A Questão dos Paradigmas
Por:
(*)Antonio da Costa Neto
"A sociedade como um todo vive uma crise análoga e singular
diferente de todas as crises parciais que tivemos no passado,
pois não trata apenas de questões passageiras, mas definiti-
vas em relação ao futuro histórico da espécie humana.
Vivemos hoje num mundo globalmente integrado e os pro-
blemas humanos, éticos, políticos, sociais, econômicos, cul-
turais e ecológicos são interdependentes, e, para resolvê-los
precisamos de uma nova prespectiva. Será necessária uma es-
trutura educacional, social, humana, política e econômica
radicalmente diferente. Uma revolução cultural na verda-
deira acepção da palavra: uma autêntica mudança de paradigmas.
A sobrevivência da humanidade
dependerá, certamente, de sermos ou não capazes de realizar
esta mudança."
(Fritjof Capra)
As reflexões aqui levantadas nos remetem a um dos pontos da maior importância frente à dinâmica e aos problemas do mundo contemporâneo que é a necessidade urgente de se processar uma extraordinária, uma radical mudança de paradigmas. Ou seja, das formas de ver, sentir, acreditar e fazer as coisas, com consciência de suas interferências, benefícios, malefícios, processos e resultados. O que em ciência se habituou a chamar de Estado da Arte em relação aos paradigmas antigo, novo e emergente.
O novo paradigma advoga a idéia de que tudo o que é vivo cumpre ciclos, etapas, fases com início, meio e fim. E ainda, tais ciclos são epigenéticos – ou seja, um ciclo nasce dentro do outro, sendo portanto herdeiro de características e semelhanças recíprocas. O ciclo seguinte nasce da epigênese do anterior e leva deste características, idéias, símbolos e imagens reais e em especial, aquelas criadas psicologicamente. O mesmo acontecendo, infinitamente, com cada um dos novos ciclos que se sucedem. Por exemplo, uma criança criada com medo será provavelmente um adulto medroso. Se for amparada com amor, será amoroso e assim por diante. Claro que outros fatores múltiplos irão interferir e não podemos, por isso, ser simplista assim. Aqui, tratamos simplesmente de um exemplo, de um aspecto didático, para ajudar o leitor melhor entender a nossa proposta.
O novo paradigma advoga a idéia de que tudo o que é vivo cumpre ciclos, etapas, fases com início, meio e fim. E ainda, tais ciclos são epigenéticos – ou seja, um ciclo nasce dentro do outro, sendo portanto herdeiro de características e semelhanças recíprocas. O ciclo seguinte nasce da epigênese do anterior e leva deste características, idéias, símbolos e imagens reais e em especial, aquelas criadas psicologicamente. O mesmo acontecendo, infinitamente, com cada um dos novos ciclos que se sucedem. Por exemplo, uma criança criada com medo será provavelmente um adulto medroso. Se for amparada com amor, será amoroso e assim por diante. Claro que outros fatores múltiplos irão interferir e não podemos, por isso, ser simplista assim. Aqui, tratamos simplesmente de um exemplo, de um aspecto didático, para ajudar o leitor melhor entender a nossa proposta.
Estes mesmos ciclos são recorrentes, isto é, carregam recorrências, sensações, emoções, sentimentos que foram criados no ciclo anterior a eles. Se tenho medo de minha mãe e a minha professora se parece com ela, meu inconsciente vai confundir as duas e eu, naturalmente, terei também medo da minha professora, e, provavelmente, dificuldades de aprendizagem na escola, mesmo sabendo que ela não é a minha mãe. Pois a luta do inconsciente sobre nós é infinitamente poderosa. E, finalmente, os ciclos a que nos referimos anteriormente, são probabilísticos porque poderão ocorrer entre eles fatos ou fenômenos absolutamente fortes que transformem a ordem das coisas. Não se tratando portanto, de um princípio determinístico, mas probabilístico, pois, por feliz sorte, a realidade é dinâmica, como já dissemos, viva e as coisas podem mudar de rumo a qualquer momento.
Assim, ainda apenas para exemplificar, uma criança criada com medo e sem amor, poderá encontrar uma professora o suficientemente amorosa e dedicada ao ponto de mudar a sua personalidade, tornando-a num adulto sensato e amoroso, embora as suas características originais negassem isto. Pois houve um fenômeno igualmente importante que mudou o processo, tais como o são as terapias, os grandes amores, as realizações plenas, tanto para o bem, como, especialmente para o mal, que é muito mais espontâneo em tudo na vida, como todos o sabemos.
Assim, o ser humano que tem uma expectativa média de vida um pouco acima dos 70 anos. Cumpre, portnato, dentro deste raciocínio, ciclos, fases, etapas de mais ou menos 5 a 7 anos que denominamos de a) vida intra-uterina/primeira infância; b) segunda infância e puberdade; c) juventude; d) idade adulta, maturidade; e) velhice; f) senilidade e morte. E dentro de cada um deles, os altos e baixos que segmentam a história de cada pessoa em especial, que, em conjunto, formam a maravilhosa história da humanidade.
Assim, o ser humano que tem uma expectativa média de vida um pouco acima dos 70 anos. Cumpre, portnato, dentro deste raciocínio, ciclos, fases, etapas de mais ou menos 5 a 7 anos que denominamos de a) vida intra-uterina/primeira infância; b) segunda infância e puberdade; c) juventude; d) idade adulta, maturidade; e) velhice; f) senilidade e morte. E dentro de cada um deles, os altos e baixos que segmentam a história de cada pessoa em especial, que, em conjunto, formam a maravilhosa história da humanidade.
O Planeta Terra, de vida e proporções muito maiores, atravessa, naturalmente, ciclos bem mais duradouros, de 1000 anos. E, dentro destes, os miniciclos que são os séculos, anos, meses, dias, horas, etc. nos quais a história do mundo passa por deprossões, períodos de calmarias e evoluções contínuas que se complementam e se integram, que são caracterizados pela física moderna como: a) grande explosão; b) aclive/ascendência; c) clímax; d) declive/descendência; e) saturação; f) caos, que é quando se chega novamente à necessidade de se mudar o paradigma – ou seja, uma nova grande explosão. E não apenas de aperfeiçoar, maquiar, melhorar funcionalmente o paradigma existente, como a humanidade inteira insiste em fazer. Perpetuando, assim, o caos quase que insustentável em que estamos vivendo muito especialmente nos últimos tempos.
Estando justamente aí o maior problema: precisamos mudar, transformar, retirar o que existe e colocar algo de diferente no lugar, uma mudança de essência e não, de aparência. Mas é o que acontece na política, nas empresas, nas organizações da família, da igreja, da escola, da ciência, da tecnologia, etc. Fomos criados de uma forma que temos muito medo de sair da nossa zona de conforto, mesmo sabendo que ela não mais existe. Mas preferimos permanecer ali e continuar reclamando, ao invés de mudar porque o modelo fixo garante, sim, um bem aparente para aqueles que o comandam.
Assim a humanidade passou por vários paradigmas historicamente acumulados que cumpriram suas etapas e se extinguiram no processo natural de evolução. Dentre outros, podemos citar o Paradigma Religioso-Medieval, das concepções, fórmulas mágicas inspiradas e ditadas pelos tenebrosos deuses do universo retratados por monstros e/ou figuras estranhas pelas várias mitologias por nós estudas. O Paradigma Estrutural- Funcionalista que surge com o advento da Revolução Industrial. Nascendo, com ele, o dogma da disciplina militarmente imposta, a definição da ordem, da hierarquia e dos princípios rígidos impostos pelos detentores dos meios de produção e do capital, principalmente. O Paradigma Judaico-Cristão que aí está, associado à estrutura funcional das organizações e ao dogmatismo religioso comandado pela igreja católica, favorecendo à visão do patriarcado, do predomínio do macho, à centralização unificada do poder, da concepção do pecado e da linearidade absurda e antagônica do céu para os bons e do inferno, do fogo eterno para os maus. Ou sejam, aqueles que rebelarem aos seus princípios e causas.
Maquiavélica e perversamente a junção destes paradigmas todos leva a grande massa dos seres humanos à uma brutal subserviência aos princípios, valores e dogmas que os constituem e que são, imediatamente, consubstanciados na ação social da igreja, nas leis, nas organizações, escolas, famílias, no Estado, nas normas e nos estatutos das empresas e das escolas. Nos meios de comunicação de massa, e, muitas vezes, no fomento da própria arte e da cultura. O que deixa como justo e natural a exploração astuta dos trabalhadores, das massas populares, a concentração do poder, da riqueza, do bem-estar e de todos os meios de sobrevivência, o que leva à socialização da miséria, à degradação da natureza, à violência, ao desespero social e toda a sorte de problemas a que todos nos achamos expostos em toda a sociedade contemporânea.
Mas o mais forte, o que conduz na prática a síntese de todos os demais e define as ordens e normas de conduta da vida é o ANTIGO PARADIGMA CARTESIANO-NEWTONIANO. Criado e difundido pelas concepções da física clássica de Isaac Newton e a filosofia de Reneé Descartes e que já deu suas profundas marcas de superação. Mas, infelizmente, a humanidade continua fazendo todos os esforços no sentido de mantê-lo vivo e presente por meio de sua cultura, seus valores, escolas, universidades, famílias, religiões, instituições de pesquisa, serviço público, etc.
As sociedades contemporâneas, infelizmente, ainda não conseguiram identificar o terrível atraso que significa a manutenção de tal paradigma em suas práticas. O que, na verdade, constitui um crime silencioso contra elas mesmas. Homens e mulheres ainda fogem cegamente da possibilidade de vislumbrar o novo, uma outra concepção de valores. Muitos sabemos que o atual momento já há muito dá suas mostras de uma senilidade absolutamente crônica. Mas os que ainda julgam ganhar com isso, impõem drasticamente os seus valores. Pois o paradigma cartesiano-newtoniano é próprio e justo para se ganhar dinheiro, centralizar forças, fortalecer elites, ajustar mandos. Para se acumular poder e fortuna, sendo, claro, o responsável por muitos avanços na sociedade dos homens, especialmente, no desenvolvimento da técnica, da ciência, do planejamento, das organizações.Mas, infelizmente, trás também um conjunto incomensurável de males, estragos, dores e sofrimentos para a humanidade toda.
Assim a humanidade passou por vários paradigmas historicamente acumulados que cumpriram suas etapas e se extinguiram no processo natural de evolução. Dentre outros, podemos citar o Paradigma Religioso-Medieval, das concepções, fórmulas mágicas inspiradas e ditadas pelos tenebrosos deuses do universo retratados por monstros e/ou figuras estranhas pelas várias mitologias por nós estudas. O Paradigma Estrutural- Funcionalista que surge com o advento da Revolução Industrial. Nascendo, com ele, o dogma da disciplina militarmente imposta, a definição da ordem, da hierarquia e dos princípios rígidos impostos pelos detentores dos meios de produção e do capital, principalmente. O Paradigma Judaico-Cristão que aí está, associado à estrutura funcional das organizações e ao dogmatismo religioso comandado pela igreja católica, favorecendo à visão do patriarcado, do predomínio do macho, à centralização unificada do poder, da concepção do pecado e da linearidade absurda e antagônica do céu para os bons e do inferno, do fogo eterno para os maus. Ou sejam, aqueles que rebelarem aos seus princípios e causas.
Maquiavélica e perversamente a junção destes paradigmas todos leva a grande massa dos seres humanos à uma brutal subserviência aos princípios, valores e dogmas que os constituem e que são, imediatamente, consubstanciados na ação social da igreja, nas leis, nas organizações, escolas, famílias, no Estado, nas normas e nos estatutos das empresas e das escolas. Nos meios de comunicação de massa, e, muitas vezes, no fomento da própria arte e da cultura. O que deixa como justo e natural a exploração astuta dos trabalhadores, das massas populares, a concentração do poder, da riqueza, do bem-estar e de todos os meios de sobrevivência, o que leva à socialização da miséria, à degradação da natureza, à violência, ao desespero social e toda a sorte de problemas a que todos nos achamos expostos em toda a sociedade contemporânea.
Mas o mais forte, o que conduz na prática a síntese de todos os demais e define as ordens e normas de conduta da vida é o ANTIGO PARADIGMA CARTESIANO-NEWTONIANO. Criado e difundido pelas concepções da física clássica de Isaac Newton e a filosofia de Reneé Descartes e que já deu suas profundas marcas de superação. Mas, infelizmente, a humanidade continua fazendo todos os esforços no sentido de mantê-lo vivo e presente por meio de sua cultura, seus valores, escolas, universidades, famílias, religiões, instituições de pesquisa, serviço público, etc.
As sociedades contemporâneas, infelizmente, ainda não conseguiram identificar o terrível atraso que significa a manutenção de tal paradigma em suas práticas. O que, na verdade, constitui um crime silencioso contra elas mesmas. Homens e mulheres ainda fogem cegamente da possibilidade de vislumbrar o novo, uma outra concepção de valores. Muitos sabemos que o atual momento já há muito dá suas mostras de uma senilidade absolutamente crônica. Mas os que ainda julgam ganhar com isso, impõem drasticamente os seus valores. Pois o paradigma cartesiano-newtoniano é próprio e justo para se ganhar dinheiro, centralizar forças, fortalecer elites, ajustar mandos. Para se acumular poder e fortuna, sendo, claro, o responsável por muitos avanços na sociedade dos homens, especialmente, no desenvolvimento da técnica, da ciência, do planejamento, das organizações.Mas, infelizmente, trás também um conjunto incomensurável de males, estragos, dores e sofrimentos para a humanidade toda.
Podemos exemplificar neste sentido os imensos cinturões de fome e miséria em volta do mundo, que, por sua vez geram doenças, endemias, violências, guerras, corrupções de todas as ordens. Levando à depressão social, à tristeza, ao estresse, à degradação contínua e rápida da natureza. A total impossibilidade de uma vida com paz, harmonia, decência e alegria de viver para todos, indistintamente.
O Paradigma Cartesiano-Newtoniano no máximo camufla uma “pseudo felicidade” para os poucos ricos, os donos, os mandantes, que, cercados de seus badulaques e bijouterias de péssimo gosto, vivem afugentados e medrosos, temendo que o mundo caia sobre suas cabeças ou se esvaia de sob seus pés a qualquer momento. Que é o que vemos acontecer em todos os dias.
Na verdade, este Paradigma é a junção dos modelos anteriores, modernizada e difundida nos moldes da ciência. É, portanto, um paradigma frio, linear, produtivo, centralizador, exato, preocupado com resultados vistos por uma ótica unilateral, monádica, há muito, fora do contexto e de todos os propósitos de uma vida digna para todos. Trata-se de uma concepção, uma método, uma filosofia absolutamente capenga e superada como o é a mentalidade da grande maioria das pessoas, e, sobretudo, das nossas grandes instituições sociais.
A nova proposta é a de transição para adotarmos um NOVO PARADIGMA SISTÊMCO, CONTINGENCIAL, EMERGENTE, HOLÍSTICO. Oriundo das concepções transdisciplinares, da ciência antológica, da visão feminina do mundo, da física quântica, da teoria dos fractais, da teoria geral dos sistemas de F. V. Bertalanffy, Fritjof Capra, Marilyn Ferguson, Waldemar de Gregori, Clotilde Tavares, Humberto Maturana, Francisco Varela e muitos outros. Um paradigma novo e que difunde em suas teorias, estudos e pesquisas uma visão de mundo muito acima fria, mecanista e inumana a abordagem cartesiano-newtoniana. Uma maneira de ver e fazer as coisas fundamentadas no processo, no prazer, na dotação da alegria, do bem-estar, do compartilhamento, da compaixão, na abertura de horizontes e perspectivas, na co-participação de todos na construção de um planeta e de uma vida de melhor qualidade para todos. Enfim, uma nova realidade tundada no processo de evolução natural da raça humana, que infelizmente, vem fazendo um esforço brutal para não compreendê-lo e pior que isto, não aplicá-lo.
Diferentemente, esta nova proposta deixa de ser centralizadora absoluta e passa a descentralizar tudo: poder, riqueza, processos de tomada de decisão, participação ativa, acesso aos lucros, às formas de fazer as coisas, o sentimento de estar presente e se fazer importante, numa verdadeira revolução copernicana em relação a fatos, fenômenos, e, principalmente, pessoas. É uma abordagem que se preocupa em personalizar e não, padronizar, harmonizar ao invés de mecanizar. É quente, prazerosa, repleta de vida, respeito, beleza, sensibilidade, estética, mística, ações humanas, respeito, alteridade, empatia constantes. Vê infinitos processos e os resultados como um efeito natural e direto destes. Assim, bons processos gerarão bons resultados, sempre. Tornando desnecessárias a imposição de limites, o controle rígido, a guarda, a punição, a dor, o sofrimento, a desconfiança geradoras das desgraças humanas em todos os segmentos do mundo de hoje, da sociedade moderna.
Para que a humanidade tenha uma possibilidade de vida decente, paz duradoura, ar respirável, felicidade, meios de sobrevivência, saúde plena, lazer, educação, acesso e dotação dos meios de sobrevivência (bens, espaço, prazer, participação nas decisões, etc.) é preciso que ela abandone os estreitos limites da visão cartesiana de mundo: fragmentária, mecânica, fechada, preconceituosa, sexista, capitalista e adote a nova concepção global, aberta, flexível, intermitente, calorosa, responsável, afetiva, emocional, inteira, co-responsável . Plena de compaixão, senso ecológico, amor e bondade. Para que todos vivam com amor e alegria. Segurança, bem-estar e qualidade estrema, que é tudo o que nós, pobres mortais podemos vislumbrar para que o mundo não seja mais este “vale de lágrimas”, mas uma “passarela sonora, perfumada, cheia de luz, vida, sorrisos e esperanças”. Com corações e almas aliviados, ávidos, contundentes e cheios de esperanças. Iremos assim construir um mundo onde o famoso "amai-vos uns aos outros" não será mais apenas uma mensagem bíblica. Mas será, sim, a única saída.
O Paradigma Cartesiano-Newtoniano no máximo camufla uma “pseudo felicidade” para os poucos ricos, os donos, os mandantes, que, cercados de seus badulaques e bijouterias de péssimo gosto, vivem afugentados e medrosos, temendo que o mundo caia sobre suas cabeças ou se esvaia de sob seus pés a qualquer momento. Que é o que vemos acontecer em todos os dias.
Na verdade, este Paradigma é a junção dos modelos anteriores, modernizada e difundida nos moldes da ciência. É, portanto, um paradigma frio, linear, produtivo, centralizador, exato, preocupado com resultados vistos por uma ótica unilateral, monádica, há muito, fora do contexto e de todos os propósitos de uma vida digna para todos. Trata-se de uma concepção, uma método, uma filosofia absolutamente capenga e superada como o é a mentalidade da grande maioria das pessoas, e, sobretudo, das nossas grandes instituições sociais.
A nova proposta é a de transição para adotarmos um NOVO PARADIGMA SISTÊMCO, CONTINGENCIAL, EMERGENTE, HOLÍSTICO. Oriundo das concepções transdisciplinares, da ciência antológica, da visão feminina do mundo, da física quântica, da teoria dos fractais, da teoria geral dos sistemas de F. V. Bertalanffy, Fritjof Capra, Marilyn Ferguson, Waldemar de Gregori, Clotilde Tavares, Humberto Maturana, Francisco Varela e muitos outros. Um paradigma novo e que difunde em suas teorias, estudos e pesquisas uma visão de mundo muito acima fria, mecanista e inumana a abordagem cartesiano-newtoniana. Uma maneira de ver e fazer as coisas fundamentadas no processo, no prazer, na dotação da alegria, do bem-estar, do compartilhamento, da compaixão, na abertura de horizontes e perspectivas, na co-participação de todos na construção de um planeta e de uma vida de melhor qualidade para todos. Enfim, uma nova realidade tundada no processo de evolução natural da raça humana, que infelizmente, vem fazendo um esforço brutal para não compreendê-lo e pior que isto, não aplicá-lo.
Diferentemente, esta nova proposta deixa de ser centralizadora absoluta e passa a descentralizar tudo: poder, riqueza, processos de tomada de decisão, participação ativa, acesso aos lucros, às formas de fazer as coisas, o sentimento de estar presente e se fazer importante, numa verdadeira revolução copernicana em relação a fatos, fenômenos, e, principalmente, pessoas. É uma abordagem que se preocupa em personalizar e não, padronizar, harmonizar ao invés de mecanizar. É quente, prazerosa, repleta de vida, respeito, beleza, sensibilidade, estética, mística, ações humanas, respeito, alteridade, empatia constantes. Vê infinitos processos e os resultados como um efeito natural e direto destes. Assim, bons processos gerarão bons resultados, sempre. Tornando desnecessárias a imposição de limites, o controle rígido, a guarda, a punição, a dor, o sofrimento, a desconfiança geradoras das desgraças humanas em todos os segmentos do mundo de hoje, da sociedade moderna.
Para que a humanidade tenha uma possibilidade de vida decente, paz duradoura, ar respirável, felicidade, meios de sobrevivência, saúde plena, lazer, educação, acesso e dotação dos meios de sobrevivência (bens, espaço, prazer, participação nas decisões, etc.) é preciso que ela abandone os estreitos limites da visão cartesiana de mundo: fragmentária, mecânica, fechada, preconceituosa, sexista, capitalista e adote a nova concepção global, aberta, flexível, intermitente, calorosa, responsável, afetiva, emocional, inteira, co-responsável . Plena de compaixão, senso ecológico, amor e bondade. Para que todos vivam com amor e alegria. Segurança, bem-estar e qualidade estrema, que é tudo o que nós, pobres mortais podemos vislumbrar para que o mundo não seja mais este “vale de lágrimas”, mas uma “passarela sonora, perfumada, cheia de luz, vida, sorrisos e esperanças”. Com corações e almas aliviados, ávidos, contundentes e cheios de esperanças. Iremos assim construir um mundo onde o famoso "amai-vos uns aos outros" não será mais apenas uma mensagem bíblica. Mas será, sim, a única saída.
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(*) Educador, pesquisador e conferencista nas áreas de educação, gestão de pessoas e formação política. Autor de artigos sobre o tema, incluindo os livros: Paradigmas em educação no novo milênio, Educação alienante existe e Escolas & Hospícios - ensaio sobre a educação e a construção da loucura. Contatos: antoniocneto@terra.com.br ou ainda pelo blog: www.mudandoparadigmas.blogspot.com
(*) Educador, pesquisador e conferencista nas áreas de educação, gestão de pessoas e formação política. Autor de artigos sobre o tema, incluindo os livros: Paradigmas em educação no novo milênio, Educação alienante existe e Escolas & Hospícios - ensaio sobre a educação e a construção da loucura. Contatos: antoniocneto@terra.com.br ou ainda pelo blog: www.mudandoparadigmas.blogspot.com
3 comentários:
ha se todos pensasem igual a vc como o mundo estaria diferente
Muito boa sua colocação, belas palavras, claras e objetivas!! Você disse tudo o que penso da era atual em que vivemos. Espero que a humanidade acorde para este novo paradigma. Tento fazer a minha parte, vivendo de uma maneira ética e feliz.
BELISSIMAS PALAVRAS,FICO MUITO FELIZ EM SABER QUE EXISTEM PESSOAS COM ESTE PENSAMENTO.POIS ESTAMOS VIVENDO EM UMA SOCIEDADE TOTALMENTE HIPÓCRITA ,ONDE O QUE VALE É O TER E NÃO O SER,A CASCA É O QUE VALE E NÃO O CONTEÚDO.FICO NA TORCIDA POR DIAS MELHORES!!!!!
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