sábado, 20 de fevereiro de 2010

MENTIRA REPETIDA VIRA VERDADE: O ILUSIONISMO DO GOVERNO LULA FUNCIONA ASSIM




O BLOG DE ADRIANA VANDONI ESTÁ CENSURADO POR ORDEM JUDICIAL! Mulher de coragem que fala o que deve está sendo punida pelo governo Lula! Veja abaixo o texto que foi censurado pelo governo Lula. Publicado por Adriana Vandoni em 10 novembro, 2009:

Já tivemos presidentes para todos os gostos: tatorial, democrático, neo-liberal e até presidente bossa nova. Mas nunca tivemos um vendedor de ilusão como o atual. Também nunca tivemos uma propaganda à moda de Goebbels no Brasil como agora. O lema de Goebbels era uma mentira repetida várias vezes, se tornará uma verdade. O povo, no sentido coletivo, vive em um jardim de infância permanente.

Vejamos alguns dados vendidos pelo ilusionista. O governo atual diz que pagou a divida externa, mas hoje, ela está em 230 bilhões de dólares. Você sabia ou não quer saber? A pergunta é: pagou? Quitou? Saldou? A resposta é não, apenas nos iludiram. Mas uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade. Veja bem, pagamos sim, ao FMI, 5 bilhões de dólares, o que portanto mostra apenas quão distante estamos do que é pregado para o povo. É sim uma dívida monstruosa que vem sendo arrolada por meios excusos, cuja explosão só sentiremos o impacto desastroso, certamente, quando os companheiros não estiverem mais aí. Quem viver, verá.

E ainda, nossa dívida interna saltou de 650 bilhões de reais em 2003, para 1 trilhão e 600 bilhões de reais hoje, e a nossa arrecadação em 2003 ano da posse do ilusionista que foi de 340 bilhões, em 2008 foi de 1 trilhão e 24 bilhões de reais. E isto ninguém nos conta, pelo contrário, se esconde a sete chaves e a todo o custo.

Este ano a arrecadação caiu 1% e, olhem bem, as despesas aumentaram 16, 5%. Mas esses dados são empurrados para debaixo do tapete. Enquanto isso os petralhas estão todos de bem com a vida, pois somente com nomeação já foram 108 mil, isso sem contar as 60 mil nomeações para cargos de comissão. É o aparelhamento do Estado. Enquanto isso os gastos com infra-esturutra só subiram apenas 1%, já as despesas com os companheiros subiram para mais de 70%. Como um país pode crescer sem infra-estrutura, sendo essa inclusive a parte que caberia ao governo?

O PT vai muito bem, os companheiros estão todos muito bem situados, todos, portanto, estão fora da marolinha, mas nos outros estamos sentindo o peso do Estado petista ineficiente, predador, egoísta, pouco inteligente e autoritário. Nas áreas cruciais em que se esperaria a mão forte e intervencionista do governo, ou seja, na saúde, educação e segurança o que temos são desastres e mais desastres, mortandades. Um atraso pedagógico muito mais que gritante, um ensino medíocre, formador de mão de obra barata para enriquecer as elites exploradoras e programas de ensino superior para garantir o lucro abusivo das instituições particulares, enquanto a universidade pública, absolutamente sucateada, morre despedaçada e deixada ao abandono, tanto estrutural, como, especialmente, no campo das idéias. Um horror muito mais que absoluto.


O governo Lula que fala tanto em cotas raciais para a educação, só se preocupa com a estrutura material mas não se ajusta em termos psicológicos, educacionais e mesmo e mesmo em relação ao conhecimento que deveria fazer acontecer. Nossas universidades constituem o mais notório poço só de ignorâncias e vaidades, basta dizer que entre as 100 melhores universidades do mundo, o Brasil passa longe. Já os Estados Unidos (eta capitalismo) possuem 20 universidades que estão entre as 100 melhores. O Brasil não aparece com nenhuma.

São números. O governo Lula também desfralda a bandeira da reforma agrária. O governo anterior fez mais pela reforma agrária que o PT, mas claro, esses números não interessam. Na verdade não deveriam interessar mesmo. Basta dizer que reforma agrária é mais falácia do que coisa concreta em beneficio da sociedade. Se querem saber, em todos os países onde houve reforma agrária, logo em seguida se tornaram países importadores de alimento. A ex-URSS, Cuba e China são exemplos claros do que estou afirmando.

Mas continuamos com o discurso de reforma agrária. A URSS quando Stalin coletivizou a terra, passou a ser importadora de alimento e consequentemente a ser um dos responsáveis pelo aumento do preço do alimento no mundo. Entendam. Cuba antes da comunização com Fidel, produzia 12 milhões de toneladas de açúcar do mundo, hoje não produz nem 2 milhões. A Venezuela tão admirada por Lula produzia 4 mil quilos de feijão por hectares, depois da reforma agrária praticada pelo coronel Hugo Chaves só produz 500 kg por hectares. Mas os socialistas não sabem nem querem saber dessas questões, o trabalho que dá para produzir, para gerar alimentos, isso porque eles tem a sociedade para lhes pagar o salário, as contas e as mordomias, além de dinheiro do contribuinte para colocar comida na sua mesa.

Mas eles não sabem nem querem saber sobre o que é produzir, cultivar, plantar alimentos. Pois bem, os companheiros acreditam nos milagres da reforma agrária. Dizem que estão mudando o país. É para gargalhar. Agora incrível, e hoje está mais do que comprovado, que com a diminuição dos impostos nos setores de eletrodoméstico fez o comércio e indústria neste setor produzir e vender mais. O aquecimento na venda de carros também surtiu efeito com a redução de impostos. O que fica definitivamente comprovado que imposto nesse país é um empecilho ao progresso e ao desenvolvimento. Mas o discurso dos petistas é outro. Ou seja, uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade. É o ilusionismo de Lula e de sua patota grotesca. É esta a evolução política que esperávamos sem medo de sermos felizes?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

POEMA DO MENINO JESUS


Num meio-dia de fim de primavera
Eu tive um sonho como uma fotografia
Eu vi Jesus Cristo voltar à terra
Veio pela encosta de um monte.
E era a eterna criança, o Deus que faltava.
Tornando-se outra vez menino,
A correr e a rolar pela relva
E a arrancar flores para deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir de
segunda pessoa da Trindade.
Um dia, que Deus estava dormindo
e que o Espírito Santo andava a voar
Ele foi até a caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro, ele fez com que ninguém
soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo, ele criou-se
eternamente humano e menino.
E com o terceiro ele criou um Cristo
e o deixou pregado numa cruz que serve de modelo às outras.
Depois ele fugiu para o sol
e desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje ele vive comigo na minha aldeia
e mora na minha casa em meio ao outeiro.
É uma criança bonita, de riso e natural.
Atira pedra aos burros.
Rouba a fruta dos pomares.
E foge a chorar e a gritar com os cães.
Nem sequer o deixaram ter pai e mãe
como as outras crianças.
Seu pai eram duas pessoas: um velho carpinteiro
e uma pomba estúpida, a única pomba feia do mundo.
E sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher, era uma mala
em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que justamente ele
pregasse o amor e a justiça.
Ele é apenas humano, limpa o nariz com o braço direito,
chapina as possas d'água;
colhe as flores, gosta delas, esquece-as.
E porque sabe que elas não gostam
e que toda a gente acha graça, ele corre atrás das raparigas
que carregam as bilhas na cabeça
e levanta-lhes as sáias.
A mim, ele me ensinou tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
E aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
quando a gente as tem nas mãos e olha devagar para elas.
Ensinou-me a gostar dos reis e dos que não são reis.
E tem pena de ouvir falar das guerras e dos comércios.
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente.
Sempre a escarrar no chão e a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes
da eternidade a fazer meias.
E o Espírito Santo coça-se com o bico;
empoleira nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é tão estúpido como nas Igrejas.
Diz-me que Deus não percebe nada das coisas
que criou, do que duvido.
"Ele diz por exemplo que os seres
cantam sua glória."
Mas os seres não cantam nada,
se cantassem, seriam cantores.
Eles apenas existem e por isso são seres.
Ele é o humano que é o natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E é por isso que eu sei com toda certeza
que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E depois, cansado de dizer mal de Deus
ele adormece nos meus braços
E eu o levo ao colo para casa.
Damo-nos tão bem um com o outro
na companhia de tudo
que nunca pensamos um no outro
Mas vivemos juntos os dois
com um acordo íntimo,
como a mã0 direita e a esquerda.
Ao anoitecer, nós brincamos nas
cinco pedrinhas no degrau das portas de casa.
Graves, como convêm a um deus e a um poeta.
E como se cada pedra fosse um universo
E fosse por isso um grande perigo
deixá-la cair no chão.
Depois ele adormece
E eu o deito na minha cama
despindo-o lentamente
seguindo um ritual muito limpo, humano
e materno até ele ficar nu.
Ele dorme dentro da minha alma.
Às vezes ele acorda de noite
E brinca com os meus sonhos
Vira uns de perna para o ar,
Põe uns encima dos outros
E bate palmas sozinho sorrindo para o meu sono.
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa
E deita-me na tua cama
E conta-me histórias, caso eu acorde,
para eu tornar a adormecer.
E dá-me os sonhos teus para eu brincar...


(Alberto Caeiro)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

SOU UM SER PROATIVO? ESTOU CERTO NO QUE PENSO E FAÇO?


Cada época é marcada com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Somos todos meio que treinados por uma educação e uma cultura absolutistas do lucro, do benefício imediato e do resguardo do que é meu, do meu conforto, sem saber que, com isto, estamos, na verdade atirando nossas vidas e perspectivas no mais profundo abismo de lodo e de trevas.
Muitos poderão dizer que não acreditam e simplesmente ignorar essas palavras. Mas uma coisa é certa: trata-se de uma grande verdade. A nossa época é notável pelas conquistas intelectuais, mas lamentavelmente marcada pela indiferença moral. Quando vemos, nas mídias, de maneira escancarada, a mentira, a corrupção, a hipocrisia, temos que dar razão aos sábios do espaço, que nos observam atentos. Pessoas que estão no poder se chafurdam na corrupção e zombam do povo diante das câmeras, numa demonstração vergonhosa de indiferença e desrespeito por aqueles que os colocaram na posição de mando. Pais observam, passivos, o mau-caráter de filhos tiranos, violentos, que pisam nos sentimentos alheios como quem esmaga um verme infeliz.
Jovens, filhos de pais que fazem as leis ou que deveriam exigir o seu cumprimento, são os primeiros a desdenhá-las, desrespeitá-las, com visível cinismo, como se estivessem acima do bem e do mal. Mães que maltratam filhos indefesos ou os jogam no lixo, como se fossem dejetos fétidos dos quais desejam se livrar. Hordas de pessoas que se dizem injustiçadas invadem propriedades alheias com armas em punho, com violência, e com a certeza de contar com a impunidade e a indiferença das autoridades. Povos inteiros são massacrados, subjugados, quase exterminados, por nada. Apenas para que o mundo veja quem tem mais poder...
São realmente tempos de grande indiferença moral, não há dúvida... Parece, mesmo, que o mundo vai acabar em corrupção, em conluios, conchavos, interesses mesquinhos de toda ordem... E isso tudo acontece diante das vistas dos intelectuais do terceiro milênio, daqueles que deveriam e poderiam usar os veículos de comunicação para conter essa "tsuname" moral que tudo arrasta, poderosa. Diante de uma geração que assiste a tudo em tempo real, graças aos avanços tecnológicos.
E as pessoas de bem se perguntam, desoladas: "Que mundo é esse? Que tipo de pessoas estão com as rédeas do planeta nas mãos?" Não se pode negar, todavia, que muitas estão indignadas, mas, lamentavelmente, a nossa indignação não sai do conforto do sofá, na sala aconchegante, de dentro da segurança de nossos lares. São tempos de indiferença moral, de passividade, de insensibilidade generalizada, certamente. No entanto, devemos convir que se todos quiséssemos, poderíamos "emparedar" e retirar de cena os malfeitores, em pouco tempo. Isso sim valeria à pena. Mas a maioria prefere pagar para opinar nos shows de faz-de-conta, como se isso lhes garantisse alguma vantagem real. E assim vamos vivendo, de ilusão em ilusão...E a indiferença vai se alastrando, destruindo, entorpecendo, infelicitando, aniquilando a esperança...
Se você é uma dessas pessoas que está indignada com a situação, faça alguma coisa. Aja de alguma forma. Escreva. Fale. Manifeste-se. Cobre atitudes dos governantes. Mas faça isso com serenidade e bom senso, sem violência. Considere que toda atitude violenta não faz sentido, quando o que se pretende é justamente o contrário. Pense nisso, e não fique só na indignação. Arregace as mangas, cobre dos seus chefes, mandantes. Exija que tudo seja feito pelo bem de todos e não de poucos, inadivertidamente, sempre os mesmos. Ensine, oriente, mas, principalmente, dê exemplos práticos. Faça acontecer os seus sonhos e que estes não representem apenas pequenos privilégios materiais e passageiros.
Acima de tudo, repense suas ações, palavras, pensamentos, omissões. Examine o seu trabalho e se pergunte a que e a quem ele serve? A quem ele prejudica, mesmo que de forma lenta e indireta? Pois sempre, tudo que beneficia, também prejudica a alguém e a alguma coisa. Pois o mundo é dual e nada é absolutamente bom ou mal. Basta saber de que lado você está. Estamos num período histórico em que temos que examinar tudo, duvidar de tudo, questionar absolutamente tudo.
Relembrando aqui o pensamento do memorável Martin Luther King que dizia: - "O que me assusta não é o comportamento dos maus. Mas, muito mais que isto, a apatia, a omissão e o silêncio dos bons".