tag:blogger.com,1999:blog-64483298036320806952024-03-04T12:23:24.651-08:00mudandoparadigmasDescoberta e uso de novas técnicas, para a solução dos problemas organizacionais, educacionais, humanos, sociais e ecológicos (por meio de consultorias, pesquisas, workshops, cursos e afins) com vistas à busca da melhoria da qualidade da vida humana frente a crise histórica que as sociedades contemporâneas enfrentam com a chegada do terceiro milênio.
Contatos: antoniocneto@terra.com.brAntonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.comBlogger629125tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-13462097937701658372022-04-11T09:30:00.005-07:002022-04-11T09:30:55.930-07:00ECOTURISMO COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL<p> </p><h1 align="center" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4ZfO7_QwNvEL-LvK5lkUzCR484YmcxqwMzELGeY3gChVS5DAmbQfMInL-ISjeD6D4WOnvIXddFc1Noj0qCW_E4H3gNJFf1_nWCuTNfVmfoICdNx_rOzya9tfgTNay2GniSdOZceYs23JdtQePhtXGGRHFfVLGHMBddDaxuYWkn0qFLyTJS-Hg_i5zgA/s284/pais.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="177" data-original-width="284" height="289" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4ZfO7_QwNvEL-LvK5lkUzCR484YmcxqwMzELGeY3gChVS5DAmbQfMInL-ISjeD6D4WOnvIXddFc1Noj0qCW_E4H3gNJFf1_nWCuTNfVmfoICdNx_rOzya9tfgTNay2GniSdOZceYs23JdtQePhtXGGRHFfVLGHMBddDaxuYWkn0qFLyTJS-Hg_i5zgA/w513-h289/pais.jpg" width="513" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></h1><h1 align="center" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></h1><h1 align="center" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">REPENSANDO O
ECOTURISMO COMO ATIVIDADE SUSTENTÁVEL E INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA
PERSPECTIVA DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL NO SÉCULO XXI<o:p></o:p></span></span></h1>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Magda
Beatriz de Almeida Matteucci<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="color: windowtext; font-size: 10pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Enga Agrônoma, Dra. Desenvolvimento
Sustentável – Gestão Ambiental/ CDS-UnB<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 313.5pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 10pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Antonio
da Costa Neto<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Administrador, Especialista em
Sociologia do Desesenvolvimento e Mestre em Educação/FMV/UnB<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></span></b></p>
<p style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><span style="font-family: arial;">DECARAÇÃO SOBRE O AMBIENTE HUMANO<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;"><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Estolcolmo1972<o:p></o:p></span></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Princípio 19<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: arial;">“É indispensável um esforço para a educação em questões ambientais,
dirigida tanto às gerações jovens como aos adultos e que preste a devida
atenção ao setor da população menos privilegiado, para fundamentar as bases de
uma opinião pública bem informada, e de uma conduta dos indivíduos, das
empresas e das coletividades inspirada no sentido de sua responsabilidade sobre
a proteção e melhoramento do meio ambiente em toda sua dimensão humana. É,
igualmente, essencial que os meios de comunicação de massas evitem contribuir
para a deterioração do meio ambiente humano e, ao contrário, difundam
informação de caráter educativo sobre a necessidade de protegê-lo e melhorá-lo,
a fim de que o homem possa desenvolver-se em todos os aspectos”.<o:p></o:p></span></i></p>
<p style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 106.35pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="letter-spacing: 2.0pt;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">1-INTRODUÇÃO<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">São inegáveis os benefícios não só
econômicos e sociais, mas culturais, éticos, humanos, ecológicos, dentre outros,
que o ecoturismo e suas práticas podem proporcionar. É indubitavelmente um
recurso e mais que isso, um instrumento significativo para o país, gerando
empregos, a diversificação das relações comerciais e das economias regionais
envolvidas no processo e inúmeros outros fatores possíveis de serem adicionados.
Nisto reside sua relevância, em especial dentro dos tempos em que vivemos em
que tudo se soma e que, frente aos desafios do mundo será pouco todo o esforço
que for feito em favor das questões ambientais, isto é fato. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Impossível abdicar de qualquer forma de
benefício para a construção de uma sociedade melhor, justa, democrática, humana
e que garanta um mínimo de cidadania e dignidade na qualidade de vida de seus
cidadãos. E no presente estudo colocamos em pauta o ecoturismo e a educação
ambiental como pontos fundamentais neste contexto, buscando atender, ainda que,
tardiamente, anseios e necessidades que se acumulam historicamente, não só no Brasil,
mas em todas as dimensões planetárias.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Há, num primeiro e fundamental aspecto,
a necessidade de se estudar sua instrumentalização no processo de Educação
Ambiental – numa abordagem em que se inclui o ecoturismo como instrumento ou
ferramenta para sua implementação de forma eficiente, eficaz e efetiva frente
aos desafios comuns que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que o planeta
como um todo enfrenta momento histórico de caos efusivo na virada de século e
de milênio, o que requer uma profunda mudança de paradigmas em todas as
ciências e suas respectivas práticas sociais.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">É necessário repensar, ao mesmo tempo, o
contexto tanto do ecoturismo como da educação ambiental inserindo um no outro,
transformando-os, quase que instintivamente em um só bloco, para que suas
teorias, práticas e práxis possam se completar mutuamente, na linha de
instrumentos, ferramentas, métodos e processos, servindo, ambos e,
simultaneamente, às causas e objetivos micro, em nível de pessoa e macro, falando
em grupos sociais e comunidades mais amplas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Considera-se aqui a necessidade de um
trabalho de conscientização sobre o valor da natureza e da integração do ser
humano com a mesma. E o que fazer dentro de uma abordagem trans, multi e
interdisciplinar, fundindo técnicas e modalidades de se fazer o ecoturismo e,
ao mesmo tempo, a possibilidade de se desenvolver processos de ensinar e de
aprender dentro de uma perspectiva da educação, logicamente, ambiental. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em princípio, atendendo as expectativas, as
necessidades, os desafios e demandas na realidade atual neste sentido, daí a
sua complexidade e pertinência.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">O propósito é contextualizar a educação
ambiental dentro do caráter de sua concepção, educando o sujeito enquanto um
“ecoturista”. Projetando e promovendo no próprio ecoturismo elementos que
envolvam o desenvolvimento natural e simultâneo da própria consciência
ecológica no processo do turismo em si, inclusive, como entretenimento e como
lazer.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Possibilitar o acesso a espaços naturais
como cidades do interior, vilas, povoados mais simples, cachoeiras, rios e
montanhas. O convívio com a fauna, a flora, as populações autóctones e propiciar
com que o cidadão perceba esse contexto. Revigorando condições e atendendo e às
necessidades para a sobrevida do ser humano no planeta, com o que se cumpre o
duplo sentido de se promover o ecoturismo, e, ao mesmo tempo educar as pessoas.
Promover, desenvolver o senso e a consciência ecológica inequivocamente perdida
dentro de séculos de rigores de um capitalismo consumista, explorador e
perverso. Sendo esta, uma medida de urgência, inserindo temas como a
preservação das matas e florestas, o declínio da Amazônia, o desmatamento
ilegal e imoral, a questão das águas, do aquecimento do planeta, serão temas
que se desenvolverão quase que automaticamente dentro do contexto uno entre
ecoturismo e educação ambiental dentro de um efeito eminentemente sistêmico,
aqui proposto.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
presente trabalho teve por objetivo avaliar o ecoturismo como instrumento de
Educação Ambiental numa dinâmica com discentes de duas turmas do componente
curricular Ecoturismo e Meio Ambiente que se integra ao Núcleo Livre da Escola
de Agronomia da Universidade Federal de Goiás, de responsabilidade da autora
sendo a pesquisa realizada com fins acadêmicos e atendendo a todo este conjunto
de construtos e pressupostos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;">2-BUSCANDO
UMA NOVA REFLEXÃO SOBRE O ECOTURISMO COMO POSSÍVEL FATOR EDUCACIONAL</span></b><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
turismo historicamente foi e é o maior dos movimentos migratórios da humanidade.
Responde a necessidade do ser humano de espaço, movimento, bem-estar, diversão,
entretenimento, lazer, expansão e repouso longe das tarefas impostas pelo
cotidiano. É uma tentativa de escapar da rotina, conhecer novos prazeres, descobrir
outros horizontes, conhecer pessoas, sabores, experimentar novas emoções. O
produto turístico difere, fundamentalmente, dos produtos industrializados e de
comércio, compõe-se de elementos e percepções intangíveis e é sentido como uma
experiência (Ruschmann,1991).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>No contexto da crise ambiental planetária e suas incontáveis consequências,
o que se requer é um novo comportamento humano regido, naturalmente, por outras
percepções. E o reconhecimento do valor e da nobreza do que é o simples, o natural,
o lúdico e divertido. Que se reveste da necessidade de mais do que altas tecnologias,
de desenvolvimento acelerado, de indústrias, do luxo e da ostentação. O
necessário é paz, silêncio, integração com a natureza e seus atributos.
Abandonar metrópoles e buscar o ambiente do rural, de vilas e lugarejos para
conviver com a população local, gente simples e, quiçá, autêntica, talvez seja também
uma forma de lazer e ainda de aprender outros caminhos para a construção de um
mundo e uma vida melhores, se possível, para todos. Dessa forma, o ecoturismo
pode ser, em si, a causa, o efeito, o processo e o resultado de outras
aprendizagens para um novo enfrentamento de uma vida saudável em busca, pelos
meios corretos da felicidade, da paz interior, da saúde e do bem-estar das
pessoas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
termo ecoturismo foi cunhado para identificar um segmento do turismo voltado
para o lazer associado ao contato direto com a natureza em sua essência, com
traços de aventura e emoção. E, claro que tais experiências irão gerar,
querendo ou não, altos impactos internos na consciência das pessoas, alterando
– espera-se – de forma positiva e correta seus procedimentos, comportamentos,
sabedorias, em última análise, o que chamamos de educação com eixo no meio
ambiente. Portanto, uma educação ambiental propriamente dita. Se ela já
acontece no real concreto dos que praticam o ecoturismo, porque não
sistematizar e organizar este processo dentro de uma nova visão de
planejamento, ação, em busca de mais e melhores resultados neste sentido?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Assim,
no documento onde estão dispostas as diretrizes para a política nacional de
ecoturismo, este é conceituado como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“um
segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio
natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma
consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar
das populações envolvidas”</i> (EMBRATUR,1994).<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>E
ainda de acordo com a exposição do Motivos Interministerial nº 005 de 25 de
outubro de 1994, configura-se o ecoturismo como uma “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">importante alternativa de desenvolvimento econômico e sustentável,
utilizando racionalmente os recursos naturais sem comprometer a sua capacidade
de renovação e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>conservação, além de proporcionar
benefícios econômicos, sociais e muitos outros para o País, principalmente, em
áreas mais pobres<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e remotas</i>,<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> propiciando a geração de empregos, a
indução à instalação de micros e pequenos negócios, e a diversificação da
economia regional. Propicia, ainda, a fixação da população no interior e a
melhora das infraestruturas de transporte, comunicações, educação e de saneamento
nas localidades consideradas destinos ecoturísticos. E, fundamentalmente, o
ecoturismo é uma alternativa para financiar a proteção dos recursos naturais e
culturais e a administração das áreas protegidas</i>”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>A falta do que se pode identificar como uma consciência ecológica é em
muito responsável pelos altos revezes e alertas, notadamente, os ambientais a
que todos sofrem: o calor excessivo, a carência de água, de verde, a
contaminação do ar, toda modalidade de poluição, o aquecimento global que
acabam por sintetizar uma espécie de “suicídio coletivo da humanidade”.
Possíveis de serem neutralizados ou reduzidos com uma carga extra de educação
ambiental e a que mais e mais pessoas tivessem acesso, discernimento,
aprendizado e domínio. Seria, enfim, o referendar de uma nova cultura e uma
nova consciência muito mais voltada para os valores e necessidades da vida, do ser
humano e do planeta. E se o ecoturismo, suas práticas – e outros
empreendimentos que fogem aos limites do presente estudo –podem ser
instrumentos para este processo de educação tão necessário como urgente, por
que não agilizar meios de operacionalizar tal processo? É preciso agir enquanto
existe vida. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
ecoturismo é uma atividade perfeitamente sintonizada com o ambiente e o meio
sócio/cultural, o que necessita ser comprovado. Extensos danos podem ocorrer no
ambiente e em todo tipo de vida a ele associado (Dodge, sd.). <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;">3-A
DUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DO CONTEXTO DO ECOTURISMO</span></b><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 5;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Do
verbo latino “educare”, educação significa arrancar para fora, sair, “como uma
planta sai da terra ou germina por própria energia”, embora necessite de um
ambiente adequado, água, higienização e outros cuidados, muitas vezes
dependendo da ação e do conhecimento de outros. Educar e educação perpassam as
etapas do acesso ao novo, do domínio do conhecimento e das novas performances
aí adquiridas, sua operacionalização na prática e as transformações aí
auferidas (Costa Neto, 2012). <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">O ser que se educa deverá mudar na sua
forma de ver e de fazer as coisas – pois por educação subentende-se mudança,
transformação no como externar seu comportamento, seu caráter, o saber e sua
cultura. O que identificamos como a filosofia da práxis, ou seja, o novo, o
diferente com o qual se opera, esperando que seja, logicamente, para melhor.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Educação e vida são facetas de um mesmo código e uma deve interferir na
outra de forma a moldar o seu status, sua operação e seu modo. Num mundo eivado
pela educação e suas práticas as suas relações deveriam ser melhores, mais
perfeitas, mais ajustadas ao que se busca, ou seja, um convívio franco, justo,
agradável, confluindo melhorias da qualidade da vida em todos os seus aspectos.
Assim sendo, como seria a sociedade de hoje se comparada a décadas ou, até
mesmo, séculos atrás?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Assim como na planta que se desenvolve, cresce, muda, a educação brota
de dentro para fora enquanto a pessoa equaciona seus objetivos ou ideais com
suas energias, aproveitando para tal das realidades circunstantes. É cada um
que se educa a si mesmo. Outras pessoas podem favorecer ou prejudicar o
processo, mas a última resposta tem que ser dada pelo próprio indivíduo. A
educação, em especial aquela que se refere ao meio ambiente e às questões
congêneres tem que ser libertadora, ela não pode ser impositiva ou
massificante. Para isso deverá ser criadora, enquanto permite à pessoa ser ela
mesma num sentido dinâmico de fazer opções” (Camargo,1991). <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Portanto, todo processo educativo em si
deve abranger todos os aspectos da personalidade e não, meramente, o
intelectual ou o profissional, numa sistemática que dura toda a vida. Como um
sistema aberto, em interação com o ambiente<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>o educando transforma o que recebe, ordena e reordena, criando coerências
outras. Engendrando, portanto, novas histórias por meio dos novos saberes.
(Ferguson,1980 & Camargo,1991). <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A
educação, levando o indivíduo a construir-se a si mesmo, leva-o a descobrir seu
lugar na sociedade não como objeto, mas como sujeito consciente e transformador
desta mesma realidade (Freire, 1980 & Camargo,1991).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim posta, a educação requer
antes de tudo que os “seus agentes desenvolvam, dentre muitos outros, um
compromisso social e político, questionando causas e efeitos dos resultados
vivenciais e construindo, ao mesmo tempo, a dinâmica de uma nova ordem
existencial e social a partir da solidificação dos valores humanos realmente
necessários: consciência crítica, participação ativa, questionamento,
integração cooperativa e facilitadora de conquistas para todos (Costa
Neto,1994). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Sendo a educação um processo de
transformação, quando voltada para a natureza, cabe a ela, essencialmente,
desenvolver potencialidades latentes, fazer eclodir algo novo e estimular
outras ideias para minimizar ou evitar os danos ao meio ambiente, despertando a
criatividade que existe dentro do indivíduo para resolver ludicamente os
problemas, destruindo o condicionamento anterior para criar novos hábitos e
rotinas com a natureza (Azevedo, 1995).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Isto porque o meio ambiente natural é
interação de vida no seu pleno sentido, necessitando seriedade nas decisões em
alterá-lo pois, nesse processo a maior vítima é quase sempre o ser humano que
atua sem que saiba como seu próprio algoz. Daí a necessidade, diria, mais que
urgente de se reformular esta mesma consciência, o que aqui chamamos de
educação ambiental (Godinho, 1973).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Dentro
dessa linha de pensamento os “educadores ambientais não só brasileiros ou
latino-americanos têm insistido e conquistado espaços importantes, quando
afirmam que a educação ambiental é, principalmente, uma educação política que
visa a participação do cidadão e da cidadã na busca de alternativas e soluções aos
graves problemas ambientais locais, regionais e globais”</span><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> (Reigotta, 1997).<span style="letter-spacing: 2.0pt;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A
Carta de Belgrado, 1975, preconiza como objetivos da Educação Ambiental, que o
indivíduo adquira valores sociais, um profundo interesse pelo meio ambiente e a
vontade de participar de maneira ativa em sua proteção e melhoramento;
adquirindo as aptidões necessárias para resolver os problemas ambientais
diversos e superar os desafios afins, o que vem demonstrando a profunda
necessidade de urgência neste sentido.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esses
são os objetivos propostos por quem já possui satisfeitas suas necessidades
básicas, os países industrializados e muitos, pós-industrializados como tem
sido a grande tendência do presente milênio, em, praticamente, todo o mundo.
Que compromisso teria um pobre excluído dos benefícios do progresso, em evitar
a degradação ambiental, se a sociedade em que vive não cuida de impedir sua
degradação como pessoa? Esse é o questionamento do terceiro mundo e que abre
profundas feridas vivas e sangrentas que suplicam pela cicatrização e a cura.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Os
danos ao meio ambiente são as consequências do modelo de desenvolvimento que as
sociedades escolheram, de certa forma insensíveis para com as pessoas e as
condições de vida em um sentido mais amplo. Dessa maneira, é impossível
analisar questões ambientais sem estabelecer uma relação entre riqueza,
qualidade de vida, miséria e degradação ambiental, fome, pandemias, desemprego,
violência e inúmeras mazelas que invadem o mundo e que o ser humano parece
assistir de braços cruzados, pois, não foi, para isso educado ou informado. Em
Tibilisi, 1977, se reconhece que o meio ambiente “não é somente o meio físico e
biótico, mas também, o meio social e cultural, relacionando os problemas
ambientais com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span>Essa
maneira de se pensar desperta para a necessidade de programas de educação
ambiental e, principalmente, envolvendo uma atividade como o turismo. E, neste
sentido, o ecoturismo oferece as condições mais que adequadas para a prestação
deste tipo de serviço muito mais do que necessário e que deve ser feito com a
maior urgência se quisermos, de fato, sobreviver a toda esta crise análoga,
singular e diferente de todas as demais crises ambientais que já tivemos em toda
a história da humanidade.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Conforme afirma Capra (1990) a crise
ambiental que vivemos hoje é gigantesca e singular. Jamais estivemos à beira de
situações tão graves e definitivas a ponto de colocar em risco as condições de
vida e, em última análise, até mesmo a existência do planeta terra. E algo fica
claro que a solução de quaisquer dos problemas do atual desafio requer a
solução de todos os outros com os quais se envolve e se define. É, portando,
uma questão clara de mudança de paradigmas para o que teremos que educar ou
reeducar as pessoas dentro deste contexto ambiental e aqui sugerimos uma ponte
de ligação imediata com o ecoturismo e as suas características.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Porque, como alerta Hurtado, 1992, em seu
livro Educar para transformar, transformar para educar, os programas de
educação popular, para produzirem mudanças e gerarem ações coerentes com os
objetivos políticos colocados pelos responsáveis por eles, devem adotar
posicionamentos metodológicos, filosóficos e paradigmáticos com coerência
interna, externa e uma concepção, no mínimo, dialética que lhe deem coerência
política e assertividade ética no planejamento e na execução de cada uma de
suas etapas. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><b><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">MATERIAL
E MÉTODO</span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; text-indent: 35.4pt;">Para efetivação deste estudo utilizou-se
como base os textos sobre legislação vigente no Brasil que abordam a Educação
Ambiental e o Ecoturismo como se seguem abaixo, identificando e definindo cada
uma das propostas de trabalho dentro do enfoque múltiplo da educação ambiental
e do ecoturismo, conforme seguem:</span></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-left: 72.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: arial;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Lei nº 9.795, de 27
de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política
Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span></i></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-left: 72.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]--><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por
meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.<o:p></o:p></span></i></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-left: 72.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]--><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">EMBRATUR 1994 - “Segmento da atividade turística que utiliza
de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva a sua
conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da
interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas”.<o:p></o:p></span></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">A dinâmica foi aplicada em datas distintas
em aulas síncronas. A primeira dinâmica com a Turma A em fevereiro de 2021 e
posteriormente com a B em agosto do mesmo ano. As turmas eram compostas de
estudantes de diferentes cursos da UGF: Agronomia, Medicina Veterinária,
Biologia, Educação Física, Filosofia, Geografia, Ciências Econômicas,
Biomedicina, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Florestal entre outros.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">No primeiro momento o(a)s participantes
refletiram sobre o tema e posteriormente foram convidado(a)s a responderem a
seguinte questão:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Como o Ecoturismo pode
ser uma ferramenta de Educação Ambiental? </span><span style="background-color: white; color: windowtext; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Os resultados antes de serem analisados no
presente estudo foram testados pela ferramenta livre CopySpider um detector de
plágios. </span><span style="background-color: white; color: windowtext; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">A metodologia aplicada foi a qualitativa na
busca de entender quais as percepções individuais do(a)s discentes sobre o
objeto de estudo do componente curricular o ecoturismo. </span><span style="background-color: white; color: windowtext; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">A análise foi univariada.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><b><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">RESULTADOS
E DISCUSSÃO</span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b><span style="color: windowtext; font-size: 12pt;"> </span><span style="background-color: white; color: windowtext; font-size: 12pt;">Do
total de 39 respostas oferecidas 7 (sete) foram eliminadas, 4 (quatro) na Turma
A e 3(três) na Turma B.</span><span style="color: windowtext; font-size: 12pt;"> </span><span style="background-color: white; color: windowtext; font-size: 12pt;">A eliminação o
correu por serem idenficados plágios dectados pela ferramenta CopySpider com
probabilidade de similaridade superior a 5%. Este resultado inicial foi
positivo considerando que no universo de estudantes em avaliação 82,05%
demonstravam possuir opinião própria sobre o tema em estudo tendo trazido, por
consequência, contribuições válidas para o enriquecimento da proposta de
trabalho. Tendência ligeiramente superior na Turma A já que nesta eram 82, 6% e
na B 81,25%</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Todos os participantes - 100% relacionam o
ecoturismo ao viés conservacionista da educação ambiental, com estratégias de
diversificação dos métodos e processos neste sentido. Desses, 26% creditam que a
consciência/conscientização do valor da natureza através do ecoturismo levará a
despertar no praticante a necessidade de preservação/conservação da mesma. Uma
noção subjetiva considerando assim infinitas possibilidades de se associar o
ecoturismo com as práticas da educação ambiental no processo, no método, na
criatividade, na participação ativa no contexto pedagógico e, no mais
importante, que é a internalização dos conhecimentos, da nova cultura,
reformulando, desta forma, comportamentos e procedimentos em termos da
interação com a natureza, o encantamento, a preservação e o respeito a ela.
Neste contexto 10% creditam a beleza cênica a responsabilidade por despertar no
ecoturista a consciência da necessidade de preservar/ conservar a natureza,
conforme já foi explicitado.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Em consonância com a Base para a ação contidas
no Cap. 36 da Agenda 21, 18% dos discentes afirmam ser possível construir um
desenvolvimento sustentável através de atividades ecoturísticas. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Agenda 21, 36.3 - <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O ensino tem fundamental importância na promoção do desenvolvimento
sustentável e para aumentar a capacidade do povo para abordar questões de meio
ambiente e desenvolvimento. Ainda que o ensino deve ser incorporado como parte
essencial do aprendizado. Tanto o ensino formal como o informal são
indispensáveis para modificar a atitude das pessoas, para que estas tenham
capacidade de avaliar os problemas do desenvolvimento sustentável e abordá-los.<o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Agenda 21, 36.10; (g) - <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Os países devem promover, quando apropriado, atividades de lazer e
turismo ambientalmente saudáveis</i>. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">O destaque no presente estudo é o emprego do
termo “importância” mencionado em 30% das respostas quando fazem referência a
preservação/conservação da natureza. Um indicativo do valor atribuído ao
ambiente. De ser o mesmo imprescindível.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">No que se refere a promoção do bem-estar e a
qualidade de vida ambas preconizadas tanto na conceituação da educação
ambiental quanto do ecoturismo esse viés é pouco constado neste estudo, apenas
1% tem essa atividade como promotora de bem-estar na população autóctone.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Outro aspecto ignorado pelos discente é o
viés cultural que se pretende seja protegido/conservado via ecoturismo. Um
indicativo tratar-se de um assunto a ser melhor trabalhado no contexto da atividade
turística.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><b><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Turma
A - Fevereiro de 2021</span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 75.0pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Das
23 respostas desta turma as eliminadas foram: as respostas 3, 10, 12 e 13.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 75.0pt; text-align: justify;"><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">1 - O ecoturismo propõe ao ser humano uma
possibilidade de entrar em contato direto com a natureza, podendo fazê-lo
aprender sentindo na própria pele a importância da conservação da mesma, o que
conscientiza pessoas do mundo inteiro para a sustentabilidade. Sendo assim,
acredito que não há forma melhor de educar alguém sobre a importância do meio
ambiente e tudo que o envolve.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; tab-stops: 134.7pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">2- <span style="background: white;">O Ecoturismo reúne 2 coisas importantíssimas, o lazer
e a educação, então no prazer de uma viagem ou visita, de conhecer algo novo, o
cidadão também aprende a importância do meio ambiente e do porquê ele deve ser
preservado, sendo assim, firmando o Ecoturismo como objeto fundamental da
educação ambiental.</span></span><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; tab-stops: 134.7pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">3
- Plágio<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">4 - </span><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">O ecoturismo é uma ferramenta importante
para a preservação do meio ambiente pois garante a preservação durante um
turismo na natureza, conscientizando os turistas sobre a importância de se
conservar a harmonia natural do ambiente e de forma sustentável. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">5 - Através da informação, da
conscientização, mostrando que se pode desfrutar de tudo o que o ambiente nos
oferece sem a sua degradação.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>6 -
O ecoturismo pode ser uma ferramenta de Educação Ambiental porque é um exemplo
de como o ensinamento teórico funciona com excelência na prática. Além de ser
capaz de influenciar os turistas a manejar de forma sustentável, mostrando que
podemos sim conviver em harmonia com o meio ambiente, conservando e preservando
o mesmo, sem causar destruição.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; tab-stops: 134.7pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">7 - <span style="background: white;">O ecoturismo traz conhecido esses ambientes com a
natureza, assim, trazendo uma relação mais intrínseca do homem com o meio,
consequentemente proporcionando um maior cuidado e preservação por tal âmbito.</span></span><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">8 - </span><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">Por meio de projetos de educação ambiental,
aos visitantes e moradores locais. Estes projetos podem incluir: palestras
temáticas; placas educativas com textos simples que falem sobre o local, a
importância para o ecossistema, de forma que as pessoas parem e leiam; uma
conversa sobre o local, a importância, etc. entre empresas turísticas antes,
durante e após os passeios com os turistas; oficinas com práticas de
sustentabilidade, como coleta seletiva, reciclagem, reaproveitamento, que se
destinem a todas as idades; a própria observação e vivência naquele ambiente de
natureza proporciona valorizar o Meio Ambiente, fazendo necessário incentivar o
ecoturismo o que aumenta as práticas sustentáveis durante a busca por destinos
na hora de viajar/passear.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; tab-stops: 134.7pt; text-align: justify;"><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">9 - <span style="background: white;">Utilizar as belezas naturais juntamente com a diversão
é uma ótima "brecha" para a educação ambiental. Incentivar sobre a
preservação e conservação de tais lugares sem tirar o foco do descanso que a
pessoa busca é fundamental, demonstrando que os recursos não são renováveis.</span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">10 - Plágio<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">11 - Como o ecoturismo é
um segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o
patrimônio natural, cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de
uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente ou seja
quanto mais essa forma de turismo for incentivada mais pessoas aprenderão sobre
a importância de preservar o meio ambiente, quanto mais ecoturistas mais
educados ambientalmente seremos, assim o ecoturismo se torna uma importante ferramenta
para a preservação e o compartilhamento de informações serão uteis a nossa
necessária e incessante busca pela educação ambiental de todos em nosso
planeta.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">12 – Plágio<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">13 - Plágio<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">15 - Ele pode auxiliar no
discernimento social do estado em que se encontra o Meio Ambiente, ajudando a
espalhar as devidas atitudes a serem tomadas para amenizar os estragos causados
à natureza.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">16 - </span><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">Com o objetivo de "turistar" e
conhecer o local, surge uma grande oportunidade de se ensinar a Educação
Ambiental, por meio do próprio lugar àqueles turistas. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">17 - <span style="background: white; letter-spacing: .15pt;">O </span></span><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">ecoturismo pode ser uma
forma da população conhecer o meio ambiente pelo contato direto, gerando e
propagando a importância dos recursos naturais.</span><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">18 - Principalmente pela
conscientização e agregação de conhecimentos por parte dos ecoturistas ao
participar e interagir com o ambiente de forma responsável<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">19 - Pois o ecoturismo e a
forma de mostrar e demonstrar as belezas e riquezas do planeta, e conscientizar
as pessoas do que fazer para preservar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">20 - Com o Ecoturismo
busca-se conscientizar a população local para a exploração do patrimônio de
forma que consiga proteger o local, conservando-o, diminuindo assim a
degradação ambiental.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">21 - O Ecoturismo pode vir
a ser uma ferramenta de Educação Ambiental a partir do momento em que ele
proporciona a pessoas muitas vezes uma experiência marcante em algum ambiente
natural, a partir disso o indivíduo aprende o quão importante é a preservação
do meio ambiente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">22 - O Ecoturismo como
ferramenta de Educação Ambiental instrui as pessoas a conhecer os lugares e
compreender que é algo fundamental para nossa existência. Cria um certo vínculo
afetivo nas pessoas, o que faz com que elas tomem consciência de que precisão
preservar e conservar o meio ambiente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">23 - Quando o ecoturismo
pode transmitir alguma experiência em ambiente natural, nesse momento a pessoa
que teve tal experiência vai aprender e ajudar a preservar o meio ambiente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext;"><span style="font-family: arial;">Turma B –
agosto de 2021<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 75.0pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Das 16 respostas desta turma as eliminadas
foram as respostas 6, 8 e 11.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">1 </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">- </span><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">As duas práticas são marcadas por ações sustentáveis,
com objetivo de uma construção de uma visão ambiental de proteção ao meio
ambiente. Nesse sentido, o ecoturismo pode ser usado como ferramenta de
educação ambiental, visto que é uma atividade que promove em sua prática a
conservação dos lugares e a construção de uma visão ambiental, assim como o
bem-estar dos envolvidos. Possui ainda, uma capacidade educativa e de
consciência, por conta do contato direto com a natureza revelando questões que
não são observadas comumente, aliada a informações sobre a importância da
conservação e preservação do meio ambiente, proporciona ao viajante a
consciência dos problemas socioambientais existentes. Sendo assim o ecoturismo
uma ferramenta prática de educação ambiental, contribuindo com a construção de
valores, conhecimentos e habilidades dirigidas para a conservação do meio
ambiente, incluindo proporcionando ao turista após sua viagem, a criação de
novos hábitos sustentáveis, resultantes da experiência vivida no ecoturismo,
que por sua vez proporcionou a tomada de consciência sobre o meio ambiente ao
viajante.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">2 - Ao passo que as
pessoas passam a ter o contato com a natureza (e também com as agressões a
ela), proporcionado pelo ecoturismo, elas passam a se sensibilizar à
problemática ambiental e então aprender como melhorar na perspectiva individual
e também na política.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">3 - </span><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">O ecoturismo vai utilizar a natureza para
que o indivíduo perceba a beleza e para incentivar a preservação e também o
contato com a natureza. O ecoturismo também auxilia na economia local <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">4 - <span style="background: white; letter-spacing: .15pt;">De </span></span><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">modo que uma das bases do
ecoturismo é o respeito ao meio ambiente, sendo assim, uma forma de educação
ambiental.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">5 - O ecoturismo pode ser
utilizado como ferramenta de educação ambiental pelo simples fato de ser um
exemplo claro do que é conservação. Ensina ao homem que ele pode se fazer
presente no meio ambiente, não sendo necessária sua retirada de cena, afinal,
ele é um integrante daquele meio. Mas sua presença e suas ações devem conter
consciência e responsabilidade, pois ele pode lesar o meio de forma
irreparável.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">6 – Plágio<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">7 - Aliando o lazer e a
educação o ecoturismo pode despertar a consciência do indivíduo para a
conservação e preservação o meio ambiente, mostrando seu valor imaterial e como
é fundamental para o planeta.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">8 - Plágio<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">9 - Através do ecoturismo
as pessoas são ensinadas na prática a como visitar um ambiente sem provocar
alterações negativas e estabelece um maior contato com a natureza, aprendendo
que cada um tem importância nos cuidados com o meio ambiente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">10 - O ecoturismo pode
ajudar pois busca incentivar a sua conservação e busca a formação de uma
consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o
bem-estar das populações.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">11 – Plágio<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">12 - O ecoturismo é uma forma
prática para aplicar a consciência de sustentabilidade, conservação e
preservação à sociedade.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">13 - Com o ecoturismo as
pessoas conseguem conhecer lugares e espaços naturais e reconhecer sua
importância e benefícios para a humanidade. E com essa experiência o ser humano
entende a necessidade de conservar e preservar o meio ambiente e assim o
ecoturismo ser como uma ferramenta educacional para a continuidade de espaços
naturais.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">14 - Pode ser um grande
incentivador da sustentabilidade pois atua diretamente com um dos setores da
sociedade mais importantes para o exercício desta atividade: o meio ambiente
natural.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">15 - </span><span style="color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">Na medida que o turismo desloca pessoas
para um espaço e pode causar uma situação de perturbação na ordem natural das
coisas daquele ambiente, o ecoturismo pode utilizar desse deslocamento para
alertar para problemas ambientais/culturais de uma região, arrecadar fundos,
difundir e elaborar conhecimento que ajudam a reverter essas problemáticas,
prever novas e movimentar tais saberes no sentido da conservação daquele meio
ambiente. Uma pessoa que vai fazer rafting em um rio mais acidentado pode ser
orientada sobre a preservação das nascentes e de matas ciliares, ou sobre a
importância de não descartar resíduos humanos diretamente no próprio rio por
questões de saúde ou do próprio funcionamento daquele espaço etc.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">16 - <span style="background: white; letter-spacing: .15pt;">Em </span></span><span style="background: white; color: #202124; font-size: 12pt; letter-spacing: 0.15pt; line-height: 150%;">resumo pode ser uma
oportunidade de aplicação das ações pensadas quando se trata de educação
ambiental, uma oportunidade de aplicar aquilo pensado anteriormente, tendo em
vista que é uma atividade em expansão.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><b><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">PARA NÃO CONCLUIR...</span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b><span style="color: windowtext; font-size: 12pt;">O presente trabalho foi concebido a partir da ideia de que
todo o esforço na preservação do meio ambiente, no controle do aquecimento do
planeta e os cuidados com a água, a flora, a fauna, a própria terra em si, será
pouco dentro dos desafios e problemas que se concretizaram, em especial, nas
últimas décadas, o que se deve a uma astuta e absoluta falta de conhecimento,
informação, consciência, enfim, da educação ambiental em termos mais amplos e
complexos, não só no Brasil , mas, praticamente, em todas as extensões do
mundo, em primeiro lugar nas regiões urbanas e nas metrópoles que, por si, já
devastam a natureza quando se impõem brusca e barbaramente, ainda que coloquem
em risco todas e quaisquer condições de vida, inclusive, e, principalmente, de
seus habitantes – cometendo, portanto, ainda que inconscientemente, uma forma
de suicídio coletivo.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">É mais que urgente o desenvolvimento de uma chamada
consciência ecológica em seu sentido mais profundo. Faltam às pessoas, tanto
dos empresários, governantes, as pessoas do povo em todas as faixas etárias e
demais condições sociais o senso de cuidado com os recursos naturais renováveis
ou não, a sensibilidade, a visão para o entendimento da importância da
preservação. A visão econômica ressalta aos olhos e para se ampliar esta fonte
de meios todos e quaisquer recursos são válidos: o desmatamento ilegal, o
assoreamento dos rios, a contaminação irresponsável dos mananciais e o uso
desregrado da água para fins industriais, agrícolas, e, em última análise, até
domésticos trazem consequências devastadoras para a vida no planeta, inclusive,
conforme o caso, em muito curtos espaços de tempo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Se bilhões de pessoas sobre o mundo – dezenas de milhões só
no Brasil – usam desenfreadamente a água, só para exemplificar, no banho, lavando
carros e calçadas, o que parece pouco, mas imagine o que isto pode significar
ao longo das horas, dos dias, dos anos, dos séculos. Tudo constitui um
fantástico absurdo, mas como é feito aos poucos, parece aos olhos incautos dos
pouco educados ambientalmente, muito pouco o seu impacto, o que pode não
significar nada, sendo este um ledo engano e o que tem levado a vida a padrões
quase que insuportáveis e, podendo até, ser demasiado tarde para se tentar
corrigir esta imensa defasagem em termos da possibilidade de vida no planeta.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Assim, se todas as alternativas são válidas nas tentativas de
superação de já muitas décadas perdidas no campo ambiental e ecológico, por que
não utilizar do ecoturismo como uma válida estratégia a mais e que poderá
lograr imensos, positivos e surpreendentes resultados? É só mesmo uma questão
tática, de bom senso, de vontade política. Resgatar o valor da vida simples, do
convívio com nativos, a cultura popular, suas danças, cantigas, brincadeiras,
festas e a descoberta do prazer, do lúdico que tais convivências – perdidas com
o avanço das tecnologias e outros critérios do luxo e da sofisticação – podem
render e proporcionar. A alegria de trocar o ronco efusivo dos motores pelos
românticos e bucólicos canto dos pássaros, o banho quente pela natureza das
cachoeiras, rios, e lagos, a beleza de um entardecer, o admirar um rio de águas
azuis e caudalosas. O prazer e o teor de saúde da comida natural, crua, cozida
a lenha e feita pelas mãos rudes de homens e mulheres simples, puros, cheios de
solidariedade, amor e outros valores,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o
frescor dos ares refrigerados pela brisa perfumada que vem da mata, etc. se
todos estes segmentos forem aquinhoados no contexto da educação, certamente,
trará muitas mudanças positivas, pró-ativas e em favor da vida, do bem estar e
da saúde das pessoas, que é, enfim, o que, de fato se espera.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Explorar os recursos e meios do ecoturismo, fundindo-o em um
só bloco com a educação ambiental, caminhando, assim para a unidade em termos
da ciência deve ser sim o grande salto frente às poucas perspectivas e os
muitos desafios que se instalam no bojo do Século XXI onde a humanidade não
pode mais se dar ao luxo de esnobar, de varrer para debaixo do tapete quaisquer
oportunidades neste sentido. O de convencer as gerações humanas da necessidade
e da urgência de se revigorar os valores da natureza, do verde e de sua simbiose
com a saúde, o bem estar das pessoas e o alcance da paz mundial a cada dia mais
fugidia e mais distante.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já passa da
hora da humanidade inteira dar mais que este salto – este vôo – precisamos não
escolher caminhos para a superação deste prejuízo, deste crime silencioso a que
todos vimos sendo praticantes, ou, no mínimo, cúmplices em alto grau de
culpabilidade, pela omissão, a ingenuidade, a falta de iniciativa. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">Neste ponto, ou seja, no que diz respeito às questões
ambientais, por falta de formação, consciência, conhecimento, temos errado
muito, mas, felizmente, talvez, até, pelos infortúnios que se acumulam
colocando em risco a nossa vida e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a das
gerações futuras, parece que começamos a acordar. Há portanto, alguma
esperança, alguma luz no fim do túnel. E este trabalho é mais um convite a
descruzarmos os braços e fazer, cada um, educados e informados em termos
ambientais a fazermos a nossa parte. A parte humana que cabe a quem ajudou a
destruir e a acabar. Quem apedrejou estará disposto a afagar, a dar carinho, a
cobrir a natureza de carinho, cuidados e afetos. Precisamos agir enquanto
estamos vivos. Amanhã, infelizmente, poderá ser tarde demais.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><b><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">BIBLIOGRAFIA</span></b><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;">.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt;">AZEVEDO, M. N. de. </span><b style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt;">Ecologia mental</b><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt;">. São Paulo:</span><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt;">
</span><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt;">Pensamento, 1995.</span><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt;"> </span><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt;">174 p.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">CAMARGO, M.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Valores
da existência humana.</b><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Petrópolis: Vozes, 1991. 102 p.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">CAPRA, Fritjof. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O ponto de mutação:</b> a ciência, a cultura e a sociedade emergente.
São Paulo: Nova Era,1990. 580p. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE
E<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>DESENVOLVIMENTO. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nosso futuro comum</b>. Rio de Janeiro:
FGV, 1988. 430 p.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">COSTA NETO, A. da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Educação alienante existe</b>. Brasília: Photolitto, 1994. 165 p.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">________. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Paradigmas em educação no novo milênio.</b> Goiânia: Kelps, 2012. 225
p.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;">CRUZ NETO, O.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O Trabalho de Campo como descoberta e
criação. </span><span lang="EN-US" style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;">In: MINAYO, M.C. de S. Org. et al.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;">Pesquisa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>social</span></b><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;">: teoria método e criatividade. 6. ed. Petrópolis:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vozes. 1996. 80 p., p. 51-66<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">EDUCAÇÃO AMBIENTAL.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Brasília: Ministério da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Educação e do Desporto, 1997.24 p.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">EMBRATUR. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo.</b> Brasília,
1994. 48p.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">EMBRATUR. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Política nacional de turismo 1996-1999: diretrizes e programas. </b>Brasília,
1996.54p.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">FERGUSON, M. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A conspiração aquariana.</b> 2ª ed. Rio Janeiro: Record, 1980,431 p.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">FREIRE, P. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pedagogia do Oprimido</b>. 6<sup>a</sup> ed. Rio de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>janeiro: Paz e Terra, 1978. 218p.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">GODINHO, M. T. Aspectos comunitários do
comportamento ambiental in:<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Ecologia e
Comportamento Humano. </b>Petrópolis: Vozes.1979.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>80 p.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>p. 27-36.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">GREGORI, W. de.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Cibernética social I</b>: um método<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>interdisciplinar das ciências sociais e
humanas. São Paulo: Perspectiva, 1988.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>249 p.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">GUTIÉRREZ, F. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pedogogia para el Desarrolo Sostenible.</b> Costa Rica:
Editorialpec,1994.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">HURTADO, C.N. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Educar para transformar, transformar para educar.</b>2<sup>a</sup>ed.
Petrópolis: Vozes.1992. 201p.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: arial;">REIGOTTA, M. Educação ambiental:
autonomia, cidadania e justiça social.In: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Meio
ambiente & Educação para a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>cidania.</b>
São Paulo: CEDEC.1997.36p. p.6-7<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><a href="http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-Ambiente/declaracao-de-estocolmo-sobre-o-ambiente-humano.html"><span style="font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;">www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-Ambiente/declaracao-de-estocolmo-sobre-o-ambiente-humano.html</span></a><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><a href="http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Agenda-21-ECO-92-ou-RIO-92/capitulo-36-promocao-do-ensino-da-conscientizacao-e-do-treinamento.html"><span style="font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;">http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Agenda-21-ECO-92-ou-RIO-92/capitulo-36-promocao-do-ensino-da-conscientizacao-e-do-treinamento.html</span></a><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: windowtext; font-size: 12pt; letter-spacing: 2pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></span></p>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-41789634597168657102022-04-09T19:51:00.001-07:002022-04-09T19:51:35.181-07:00A ESCOLA COMO INSTRUMENTO DE TORTURA - POR PAULO LEMINSKI<p> </p><p><span style="font-size: 20.8px;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxrQI885D8jtFwpBqZ_KcCup18HTrw3gtxPUYkfXoJ-oabZ50l7i2FXut1sosiOfB5smCYgJ5zXydTCHY2XvMY1aj21r4z0D1hyLYfU4SWOwKKnYMBvs0dRXYYN5tskr3HZn0dUE5mACdYQYDWQ0QXPdmV09XPAtq7QkWHcUyRzAQdVC3R-p-Ao2mUTA/s324/4ffdf34ed9d3d6801b0edd4bd78d021c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="324" data-original-width="235" height="365" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxrQI885D8jtFwpBqZ_KcCup18HTrw3gtxPUYkfXoJ-oabZ50l7i2FXut1sosiOfB5smCYgJ5zXydTCHY2XvMY1aj21r4z0D1hyLYfU4SWOwKKnYMBvs0dRXYYN5tskr3HZn0dUE5mACdYQYDWQ0QXPdmV09XPAtq7QkWHcUyRzAQdVC3R-p-Ao2mUTA/w537-h365/4ffdf34ed9d3d6801b0edd4bd78d021c.jpg" width="537" /></a></div><br />Há muitos modos de se torturar uma criança.<p></p><br /><div align="justify"><span style="font-size: 20.8px;">Pode-se, por exemplo, fazer uma fogueira com todos os seus brinquedos e obrigá-la a assistir a cena. Esse era o método favorito entre os mongóis, que entendiam de tortura infantil como poucos.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size: 20.8px;">Um outro método muito eficiente também é chegar de repente e dizer para a criança: - "Tua mãe morreu." Salvo caos raríssimos como o do imperador Nero, essa técnica dá resultados lancinantes. Já os russos preferem métodos mais sutis. Para torturarem uma criança eles enchem um quarto escuro com as obras de Lênin e Stalin e deixam a criança lá dentro por vinte e quatro horas. Os americanos, mais pragmáticos, preferem levar a criança a um parque de diversões bem distante e dizer: - "Titio vai ali comprar pipocas." E nunca mais aparecer. Só isso. Soube-se de casos em que pais ou responsáveis deixaram seus filhos ouvindo Frank Zappa, a todo volume, no escuro e por horas a fio, tortura preferida pelos pais contraculturais dos anos 60.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size: 20.8px;">Pais imaginativos gostam de torturar seus filhos contando-lhes histórias em que lobos tentam entrar nas casas dos porquinhos, sendo que a criança é um dos porquinhos. Ou histórias onde a bruxa malvada prende a Branca de Neve numa jaula para que ela (a Branca, não a criança) engorde e fique no ponto para ser assada no churrasco de domingo. Essa tortura ficcional - é muito eficaz porque vai repercutir na vida onírica dos petizes, produzindo, a longo prazo, sonhos angustiantes e pesadelos insuportáveis, dos quais, a criança, inevitavelmente, acorda gritando: - "Mamãe!" ...É a hora certa para dizer: - "Volte a dormir, querida, a mamãe, o lobisomem comeu!" (...)</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size: 20.8px;">Mas, de todos os métodos para torturar crianças, nenhum se compara ao método chamado "escola". A escola deve ter sido inventada por um verdadeiro discípulo do Marquês de Sade. Basta dizer, para vocês fazerem uma ideia, que nestes hediondos calabouços as crianças são obrigadas a memorizar que dois mais dois "são quatro", que "pi" é um número sem fim, que um ao quadrado é um e que todo o número multiplicado por zero - mesmo que sejam infinitos bilhões - é zero. E não para por aí.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size: 20.8px;">Uma das torturas mais requintadas usadas nestas tais "escolas" é a chamada análise sintática. Nome inocente para disfarçar um dos mais requintados tormentos que a doentia mente humana conseguiu inventar.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size: 20.8px;">Basta dizer que na tal "análise sintática" diante de uma frase uma criança tem que adivinhar quem é o sujeito, quem é o predicado, quem é o objeto. Não nesta ordem, é claro. Adivinhar é uma brincadeira divertida. Mas não no caso da "análise sintática." Se a criança adivinhar errado, reprova, e vai ter que fazer de novo, aquele ano inteirinho tentando advinhar - sob a tortura, o pavor e o medo da reprovação - quem é o sujeito, quem é o objeto, quem é o predicado. Depois de reprovar uma, duas, três, quatro vezes, a criança desiste e prefere ser trombadinha, traficante, surfista ou cabo eleitoral de Paulo Maluf. Tudo, menos sujeito, predicado e objeto.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size: 20.8px;">Peguem, por exemplo, o tal "sujeito inexistente", o sujeito das orações que expressam os fenômenos atmosféricos. Chove. Quem chove? Ninguém chove. Venta. Quem venta? O vento. Errado. Ninguém venta. O vento se venta sozinho.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size: 20.8px;">Que dizer do tal "sujeito oculto"? Claro que o "sujeito oculto" é sempre o principal suspeito do crime de haver frases no mundo. A não ser por isso, por que se ocultaria? Exemplo de sujeito oculto: "O assassino se escondeu atrás da parede de tijolos." "O espião da KGB usa óculos escuros." "Jack, o estripador era filho da rainha Vitória." "O Menguelle está vivo e muito bem no Paraguai." Esses sim, são os verdadeiros casos de sujeitos ocultos. Mas as crianças levam anos para encontrá-los. E quando os encontram, já estão de cabelos brancos como Sherlock Holmes.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-size: 20.8px;">A invenção da escola, como vocês estão vendo, torna obsoletos todos os antigos métodos de torturar crianças. Com mais escolas, as crianças sofrerão muito mais, se tornarão ingênuas, omissas e prontas para aceitarem todas as torturas possíveis. Os adultos se divertirão muito e todos teremos, enfim, "aquele Brasil com que todos sonhamos."</span></div><div>__________</div><div><strong><span style="font-size: 12.48px;">(LEMINSKI, Paulo<em>. ...E por falar em tortura.</em> Jornal A folha de S. Paulo, de 18.09.85, citado na íntegra por Antonio da Costa Neto, in, Paradigmas em educação no novo milênio. Goiânia: Ed. Kelps, 2004).</span></strong></div>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-56865373804133069002022-04-07T05:54:00.006-07:002022-05-03T07:59:11.893-07:00VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS - FORMAS DE COMBATE<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHV-_5OOmnw_4CeL1gock07Xba_oOjATVetzcjzkwWZKBdVMF8tO0eWLeHDgr-8r1yMI9-D8YsNcTmuROzfpeIWqlTMlqOJvDzLHqfI4V_--qcFvXGfHdPAFFlboQdK2Ixj7zV5kxIRkXfaihnlkucmBckvuNKAn4TnBcO-qXX1KOpj8WXz9j-4wCXGQ/s275/images%20(19).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHV-_5OOmnw_4CeL1gock07Xba_oOjATVetzcjzkwWZKBdVMF8tO0eWLeHDgr-8r1yMI9-D8YsNcTmuROzfpeIWqlTMlqOJvDzLHqfI4V_--qcFvXGfHdPAFFlboQdK2Ixj7zV5kxIRkXfaihnlkucmBckvuNKAn4TnBcO-qXX1KOpj8WXz9j-4wCXGQ/w370-h246/images%20(19).jpg" width="370" /></a></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><br /></span></b><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1025" style="height: 177pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 265.8pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="" src="file:///C:/Users/cliente/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.jpg">
</v:imagedata></v:shape></span></b><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">BREVES REFLEXÕES
QUÂNTICAS SOBRE A VIOLÊNCIA NA ESCOLA</span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>______________________<br />
Por:<o:p></o:p></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>(*)Antonio da Costa Neto</b><o:p style="text-align: justify;"> </o:p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;">Uma das grandes discussões que
acontecem hoje no campo da educação é, justamente, a questão da violência que
ocorre nas escolas. Trata-se de um preocupante problema, um desafio enorme em
função da sua extrema gravidade, o perigo eminente, vez que envolve riscos,
vidas, dores, sofrimentos, enfim, uma tarefa de extremas grandeza e importância
que se coloca como uma barreira a ser suprimida – se possível, com a máxima
urgência – por todos os direta ou indiretamente envolvidos com as escolas, a
educação, o ambiente de estudos, quer formal ou mesmo informalmente. Uma séria
e grave situação que nos expõe a todos, em algum momento </span><span style="text-align: justify;"> </span><span style="text-align: justify;">de uma ou outra maneira.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É fato que a violência acontece e
que aumenta de forma galopante em nossos ambientes escolares. Desde pequenas
brigas, discussões, desavenças<i>, bulling</i>,
passando pela sua estrutura física, com o uso de instrumentos, armas, a força
corporal,, luta, chutes, socos, pontapés. E isto em todas as dimensões e com
amargas consequências. Horizontalmente, entre alunos ou destes contra seus
professores servidores, funcionários, vizinhança. Estabeleceu-se, assim, gradualmente, ao longo
dos anos o que se assemelha a uma guerra, com pequenos e grandes crimes,
sangue, até mortes, o que, sem sombra de dúvidas, gera uma preocupação enorme,
sem precedentes de suas gravidades como temos nos certificado, em especial, nos
últimos tempos.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas acredito sim que a solução depende,
em princípio, de um novo e profundo olhar. Diria eu – para estar na linguagem
da moda – um olhar quântico, enxergando para além da mera evidência do óbvio.
Entendendo e relativizando a relatividade dos fatos: o que é bom para a ordem,
a disciplina, o funcionamento da escola, pode, e, geralmente é péssimo para a
pessoa, a alma, o sentimento, podendo sim – e na maioria das vezes está –
violentando as pessoas. Faz-se
necessário relativizar as causas, os efeitos, os processos e os resultados,
interligados, em pleno efeito dominó, desta mesma violência, podendo, assim, de
certa forma entender tal fenômeno e articular meios e condições capazes de
superá-lo. Faz-se necessário que os gestores das escolas e, em especial, os
professores, responsáveis pelos processos didáticos e pedagógicos ampliem as
suas sensibilidades e passem a ver e a entender os elementos e substratos que
se ocultam debaixo de suas próprias práticas, gerindo e ampliando esta mesma
violência que tanto nos atordoa.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sim, as próprias práticas
pedagógicas e os aparatos formais da escola podem estar concebendo e ampliando
as mesmas violências que se combatem –
num autêntico faz-e-desmancha absolutamente enlouquecedor. Por que sim, não pode e nem deve ser a escola
um espaço para isto, mas, muito pelo contrário. Para se fazer, aprender,
ensinar e concretizar uma política de paz, de entendimento, de relações sadias
e produtivas, calcadas no diálogo, na compreensão, na empatia, nos ditos
valores humanos, produtivos e edificantes que devem – ou que deveriam –
constituir a alma das pessoas. E, também para isto é que elas vão à escola em
busca de se educarem e de se tornarem melhores.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Falo em olhar quântico
referindo-me a um novo perceber das funções da escola frente às dimensões da
sociedade capitalista, já em si, competitiva e violenta. Não tendo, por isso
mesmo a escola, a educação e seus agentes, em princípio sabido como agir dentro
deste vendaval, neste turbilhão de fatos
e fenômenos o que levam-me a perguntar: - Se a dimensão quântica advoga a ideia
de que tudo se liga a tudo, transcendendo valores e resultados similares, onde
então estariam as bases desta violência na escola? Não seria a escola também em si – quântica e
profundamente falando – um laboratório permanente de violências simbólicas e
intelectuais que, uma vez repetidas e repisadas durante anos nas cabeças das
crianças, dos adolescentes e dos jovens, não acabam por fazer explodir a violência
concreta que agora tanto nos assusta?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">De acordo com determinadas linhas
do pensamento, em especial as humanistas
de muitos dos atuais teóricos da educação, da psicologia, da pesquisa e da
didática, a violência na escola pode começar sim pela obrigatoriedade legal de
ter que frequentá-la. Claro que, num sentido macro e dentro de uma certa ordem
política, podemos assim dizer que isto pode estar correto, mas, inegavelmente,
é violento. Submeter, ordenar, determinar coercitivamente pela lei e, não raro
com o poder de polícia que a criança tem que ir à escola, embora ela possa não
querer ou desejar isso, não podemos
negar: é uma primeira e brutal violência e para superá-la temos que ter sim, um
olhar sensível em busca deste entendimento.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Uma sociedade que se quer
democrática, justa e livre não pode usar da coerção, dita legal ou
institucional para conduzir seus métodos de ação, pois, isto é de uma incoerência absolutamente
inaceitável o que precisamos compreender com profundidade já no advento do
terceiro milênio e num tempo de plenos direitos humanos e do exercício da
cidadania. A força coercitiva e
determinante é, talvez, a maior de todas
as violências e nossas escolas estão, no seu dia a dia, eivadas disto. E o que é pior, ninguém parece perceber os seus males. Ter que ir à escola – todos os dias durante
toda a melhor fatia da vida - responder
a uma chamada nominal ou numérica – o que é pior ainda – escutar, ler,
escrever, estudar, aprender, o que muitas vezes não interessa, se renega, não
se quer. Enfrentar um professor, uma professora com quem não se simpatiza,
colegas com quem não se comunga ideias, sentimentos ou empatias. Cumprir
horários que lhe são impostos sem o menor consentimento ou estudos de
condições, etc. Usar um uniforme do qual não exista um menor teor de vontade e
muito mais. Mas isso são detalhes. Sim, são. Mas juntos e reforçados por todos
os anos vão corroendo a liberdade e
consolidando a violência que cresce dentro de cada pessoa que irá a seu modo
colocá-la pra fora.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ter que se sentar neste ou
naquele lugar. Levar para casa, além dos muitos que já possa ter, problemas
para resolver, trabalhos, estudos, tarefas, de preferência, todos os dias e sem
descanso, como um treinamento operante para fazer o que não dá prazer, não
interessa e não reclamar por isso. Ter determinado o espaço e as condições para
a satisfação de necessidades fisiológicas, um cardápio alimentar incompleto; um
ambiente feio, não muito limpo, mal cuidado, etc. são maldades que as escolas,
sem que saibam, impõem aos seus alunos, violentando seus corpos e almas. Ser corrigido, chamado à atenção, exposto
frente aos colegas e receber notas e castigos com os quais muitas vezes não se
concorda e não ter o direito de falar, revidar, se explicar devidamente; já
seria em si, um elenco enorme de violências intelectuais e simbólicas, que,
juntas e alinhadas só poderão gerir as
violências concretas e é, sobre isto que nós, educadores, preocupados com a
violência nas escolas temos que nos debruçar antes que seja tarde demais. Levando,
assim, a um possível e definitivo caos
que seria o fracasso inevitável da educação, das escolas, das pedagogias e de todos os aparatos que acercam toda a
realidade escolar e seus efeitos nas pessoas e na construção da sociedade que
queremos.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Diz a escola que não quer a
violência. Mas, inadvertidamente, ela faz tudo para adequar os sujeitos – aos
quais julga educar – a se ajustarem à uma realidade social violenta,
competitiva ao extremo. Segregada pelo ter, o poder, centralizando a renda , as
decisões e socializando a fome, a miséria, o desemprego, o medo. Ora, não seria
isto semear e propagar violências outras que se tornam mais numerosas e mais
plurais, justamente, na mesma medida em que se tornam mais raros e escassos os
bens materiais ou não, os meios e as condições de vida? Como vai querer a
escola combater a violência física, a briga, a luta, o sangue, a morte, ao
mesmo tempo promovendo e legitimando a violência simbólica, a violência
intelectual, a violência do poder e da imposição em suas próprias práticas? Não
estaria a pedagogia simplista dos resultados capitalistas simbolizados no
percentual de frequência, na obediência extrema às militares imposições, à
nota, à aprovação na medida em que se diz sim e não se revida a controles e
imposições, ampliando e diversificando esta violência óbvia e que tão fortemente se
manifesta?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Pensando, então num fazer
pedagógico não-violento podemos, em princípio, enumerar alguns elementos,
passos, ações que podemos sugerir a aplicação no cotidiano da escola, dentre
ouros, apenas para exemplificar. São pequenas medidas graduais, simples,
corriqueiras, que, certamente, agregarão o lúdico, o bem-estar, o valorizar a
pessoa, amortizar o ambiente, humanizando as práticas educacionais e
tornando-as, ao longo do processo, agradáveis, não violentas, e, se possível,
plenas de boas essências. Assim, os agentes educacionais, a nosso ver, devem:<o:p></o:p></p><p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Horizontalizar as formas de
tratamento, conhecendo, memorizando e se referindo ao aluno chamando-o pelo
próprio nome ou a forma previamente combinada
- de preferência que todos se tratem respeitosamente por você,
suprimindo títulos e outros pronomes de tratamento. Um detalhe, que,
certamente, fará a maior diferença reduzindo muito da conturbação do ambiente
escolar.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Flexibilizar horários e personalizar
exigências, limites de chegada, ampliando a tolerância para os que moram mais
longe ou têm mais dificuldades que os demais para se locomoverem até a escola.
Toda padronização exclusiva prejudica uns mais do que outros e isto também é,
de certa forma, violentar.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Estabelecer, no cotidiano dos
processos de ensinar a indução e a dedução simultâneas, permitindo que todos
falem, ainda que ordenadamente, quando quiser, colocando para fora suas ideias,
crenças, impressões, críticas, concordância, discordância. Muitos surtos e
explosões vêm desta angústia acumulada na alma de não poder expressar o que
quer e o que sente, no devido momento em que o fenômeno acontece.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Conhecer e considerar as diferenças
individuais, entendendo que alguns aprendem ouvindo, outros lendo, falando,
escrevendo, documentando, apresentando sínteses. Uns raciocinam melhor
sozinhos, outros em grupos. Os “insights” de aprendizagem em alguns acontecem
na hora, outros depois do sono, alguns demoradamente, em outros, nunca, o que
precisa ser reconhecido e considerado.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"> Concluir o ciclo de indução, dedução,
argumentação, sistematização e conclusão em cada unidade de conhecimento
trabalhada. Este fechamento é absolutamente fundamental, oxigenando as sinapses
nervosas, reduzindo o estresse mental, a fadiga intelectual e favorecendo a um
aprendizado agradável e completo.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Entender que nem todo o mundo precisa
aprender tudo, e, muito menos, da mesma forma. Alguns precisarão de mais
matemáticas, outros de mais linguagem, artes, história, eletrônica,
informática. Relativizar e dosar o conhecimento – como uma dose de medicamento
que se ministra para diferentes comorbidades, é, sim uma grande sabedoria.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Diversificar os métodos. Nem todo o
mundo gosta de ficar sentado, calado e quieto por horas. Insira a dinâmica de
grupo, o movimento, a teatralização, o diálogo, a música, as brincadeiras, as
técnicas de relaxamento e o controle da respiração. O estresse do dia a dia, o
medo da própria violência, os ônibus lotados, o cansaço da caminhada precisam
ser compensados de forma livre, lúdica e salutar. Depois de se subir uma escada
longa e exaustiva – como é a vida cotidiana de muitos de nós – é preciso
descansar, parar, respirar para depois conseguir o que se pretende e isto
deveria ser feito todos os dias, tanto no início, como no final das aulas, das
atividades pedagógicas.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Desenvolver todas as atividades em
círculos, dando um adeus definitivo às seletivas e segregadoras filas que
privilegiam poucos e castigam, violentam, prejudicam muitos. Ao invés de
posições classificatórias de primeiros até os últimos você tem uma
classificação igualitária para todos que estão no círculo. Isto, além de
facilitar a operacionalização de qualquer processo é, também, absolutamente
democrático, dando a todos e da mesma forma, o direito de acesso, visão, vez e
voz.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Corrigir deveres, tarefas e demais
atividades acentuando e valorizando os acertos e não erros. A atividade
convencional de correção de atividades pedagógicas têm funcionado,
tradicionalmente, como um verdadeiro bombardeio de caça ao erro para tirar
ponto, diminuir a nota, como se ela fosse um prêmio de consolação para os
privilegiados “mais aptos”. Uma ação seletiva, draconiana como quem aciona
força de trabalho e o ato educativo por excelência não pode ser assim. Ao
contrário, é preciso que seja caloroso, convidativo, humano. Não posso, como
aluno ter medo do resultado do meu trabalho “possivelmente, cheio de erros.
Preciso sim de expectativas e estímulos para melhorar. Corrigir com caneta
vermelha é como ensanguentar o trabalho, muitas vezes com empenho e dedicação. Se
pudermos evitar este tipo de coisa estaremos violentando menos os corpos, as
almas e o desejo de estar na escola para aprender.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Entender que o dever de casa, em
especial em grande quantidade e exigido cotidianamente, bem mais do que um
recurso de aprendizagem e fixação é uma forma de treinamento operante na linha
pavloviana para que facilite a aceitação do fazer muito e receber em troca um
nada ou quase nada. Além de passar na escola boa parte do dia, não raro, o
aluno terá ocupar boa parte do seu tempo restante fazendo os deveres de casa
para que, assim, permaneça ocupado, não podendo dedicar-se a atividades lúdicas
e do seu interesse. Permanecendo ocupado e recebendo correções ou uma nota
meramente simbólica a pessoa estará pronta para se entregar, futuramente a muito trabalho e pouca remuneração no que
se sustenta o nosso modelo capitalista. Além de uma violência intelectual tal
prática, quando repetida em excesso será, igualmente, uma violência econômica,
social e profissional, quando não agora, mas no futuro da pessoa e da sociedade
da qual ela faz parte.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"> Por último, mas, nem por isso, menos
importante, é preciso que o aluno queira ir para a escola e se sinta feliz,
gratificado, realizado em frequentá-la. Assim, a chamada deve ser gradualmente
substituída pela boa qualidade do que se faz e se desenvolve na escola, sendo,
assim, um convite natural a estar na escola e desenvolver nela o seu
aprendizado, a sua educação. Flexibilizar a obrigatoriedade, a regra, a norma e
ampliar o desejo, a felicidade, fazendo da escola um local de encantamento.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não se pode definir os parâmetros
que favorecem a uma certa violência capitalista de um modelo como o nosso sem
provocar, mesmo que em níveis inconscientes, violências outras que tanto nos
assustam, assolam, neurotizam, matam e preocupam. A violência que a escola gera
é processual, não palpável, não é física e não pode ser vista. Ela amadurece e
se encrudesce ao longo dos muitos anos desde que a criança vai sonolenta para o
jardim de infância e, ao longo de muitos e ininterruptos anos, vai assimilando
fragmentos inúteis de muitas teorias, incorporando práticas segregadoras,
aprendendo a competir, a neutralizar a vontade
e a aplaudir algozes. E um dia, é, claro, isto explode corporificando a
mesma violência que agora queremos combater, só que agora, de forma física,
concreta e muito mais ampla, pois se multiplica pelos inúmeros impulsos que
foram recebidos os seus impactos quer seja na imposição de regras e normas, no
não ouvido, no ponto tirado na humilhação sofrida e da qual não foi possível se
defender e talvez estamos fazendo isto da forma mais incoerente. O que
apresentamos pode ser considerado sim – em especial pelos mais céticos – como
um conjunto de detalhes sem importância. Mas não podemos nos esquecer que como
“aqueles outros detalhes que aqui combatemos” juntos e operacionalizados
repetidamente eles irão fazer a grande diferença. A diferença feita para o bem.
Pode parecer que não mas é uma diferença que também conta.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ai vem a pandemia da Covid 19 que
reforça todo este estado de coisas. Enfraquece as relações, anula vontades e
desejos, enlouquece as pessoas. Acirra a violência e faz com que a principal
função de todos os envolvidos com a educação seja superá-la, o que começa com o
combate à causa de tudo isto que é, justamente, a violência simbólica e
pedagógica. A violência do intelecto com a qual a escola sempre trabalhou e se fez presente na vida das pessoas durante os
séculos infindos de sua história. Mas que, agora precisa, necessariamente de
chegar ao seu final e para tanto os educadores devem refinar seu olhar, superar
a dificuldade de perceber as múltiplas violências que eles próprios promovem,
mudando, com a urgência possível, alguns pressupostos e muitos paradigmas.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Claro que a escola prescinde de
limites, sem os quais inexiste a organicidade. A diferença é que em termos
educacionais, ao invés de impostos estes mesmos limites precisam ser,
efetivamente, negociados. No cômputo da não-violência ninguém, nem mesmo o
aluno cumpre normas que não ajudou a construir. Faz-necessário que a vontade, o
desejo de todos estejam presentes na definição de tudo o que irá acontecer
naquele ambiente ou em decorrência dele. Assim,
a liberdade , a flexibilidade devem fazer parte dos contextos éticos das
definições das coisas que acontecem ou não, com o que parece-me a comunidade
escolar não está acostumada e ainda combate com veemência total a este tipo de
coisa. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Horários flexíveis e negociados,
professores escolhidos perante trocas, conhecimentos, conversas e adesões,
palpites de ambas as partes. Participação efetiva da família e do próprio aluno
nas decisões das escolas, minimizando os antagonismos brutais que acontecem.
Ninguém obriga ninguém a nada. A chamada deve ser substituída – ainda que
gradualmente – pela qualidade das aulas, a ludicidade dos encontros, as
surpresas, as novidades, os encantos. O aluno precisa desejar ir para a escola
e se sentir feliz e realizado dentro dela. E, de preferência, ficar chateado
por ter que ir embora. Deve-se estudar
sim, aquilo que agregue valores que interessem,
que contribuam para a felicidade, a realização enquanto sujeito, pessoa, autor
e ator da própria história e não ao contrário. Ritmos, estilos, formas de
aprender, desejos, metas, dificuldades e facilidades precisam ser conhecidos e
considerados no entendimento de que cada indivíduo é um universo diferenciando,
não podendo, como dizia Paulo Freira, engessar métodos; vestindo em todos uma
roupa de tamanho único que serve para todos mas que não fica bem em nenhuma
pessoa.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quem é violentado, violenta. Existindo
aí, naturalmente, uma proporção geométrica que empurra para mais e maior o
próprio processo violento. É muito mais fácil do que se imagina, e, diria até,
automático que o violência simbólica – intelectual, psicológica, etérea, não-física e não-perceptível
se transforme na violência concreta, palpável, sangrenta, criminosa. Quem tem,
por exemplo, sua vontade descumprida quer gritar. Quem ouve o grito precisa
urrar, dar uns tapas. Quem recebe o tapa distribui palavrões e murros e daí
para o “tiro facada e bomba” pode ser sim, uma questão de segundos. E assim se propagam as dimensões do crime,
das guerrilhas, das dores e toda a sorte de sofrimento. E nossas escolas,
infelizmente, estão cheias disto. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vestir-me do jeito que não gosto
e o que não foi-me perguntado se agradava ou não é, sim, um tipo de violência.
Julgar é violência. Dar ou tirar notas, pontos, é violência. Reprovar é
violência. Impor regras e normas, conteúdos e assuntos, espaços, colegas,
professores, enfim, tudo o que não é escolhido por consenso violenta o sujeito.
Em contrapartida, o capitalismo opressor e periférico só sobrevive com estas e as violências outras, das quais e
com as quais sobrevivem as escolas que
se transformam, a cada dia em odiosos calabouços, sendo esta a percepção que
devemos ter e a atitude que devemos tomar. Não dá para servir, há um só tempo a
dois senhores: ou trabalhamos pela dimensão exploradora do nosso sistema
econômico sendo, profundamente violentos em todos os sentidos ou tenhamos a
exata convicção do que devemos mudar. E a violência na escola e na sociedade,
enfim, poderá ser superada e vencida. É
tudo uma questão de consciência. A consciência da certeza da necessidade de
mudar. Mudar ontem.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">__________<br />
<b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">(*)Antonio da Costa Neto</span></b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"> é professor aposentado, pesquisador, consultor em
programas de educação, atualização de professores. Fundador do Instituto
Humanizar – assessorias especiais para programas de educação. Autor de livros e
artigos. Contatos para consultorias, pesquisas, cursos, palestras, seminários e
afins: </span><a href="mailto:antoniodacostaneto@gmail.com"><span style="color: windowtext; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">antoniodacostaneto@gmail.com</span></a><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"> – </span><a href="http://www.mudandoparadigmas/"><span style="color: windowtext; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">www.mudandoparadigmas</span></a><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"> – WhatsAap: 61 99832 25 37<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p></p><p></p>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-37703080652225358292022-03-18T09:50:00.002-07:002022-03-18T09:50:22.095-07:00PAULO FREIRE E O RETROCESSO PEDAGÓGICO: QUEM SERIA O VERDADEIRO INIMIGO?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8w05F2wieqHLeMKH6wBtF8Cx4skQNku__ewDpjE03BOfSFPO3T31d7bFg7v30SWEwRVmZwpJ8gqDJp0_AZhgCHT-9JN8Rg-GeV5IfQ8XLPZH4lIRscRCkqz5XRA1NSpLtRMXpP3m-tlNRz5K_VXEeje54o4HHjXX70KhS7ditCPYuUwyGIAkNhfA9kg/s500/431501_280718481999499_100001840490922_683176_593813688_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="500" height="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8w05F2wieqHLeMKH6wBtF8Cx4skQNku__ewDpjE03BOfSFPO3T31d7bFg7v30SWEwRVmZwpJ8gqDJp0_AZhgCHT-9JN8Rg-GeV5IfQ8XLPZH4lIRscRCkqz5XRA1NSpLtRMXpP3m-tlNRz5K_VXEeje54o4HHjXX70KhS7ditCPYuUwyGIAkNhfA9kg/w582-h305/431501_280718481999499_100001840490922_683176_593813688_n.jpg" width="582" /></a></div><br /> <p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 20pt; line-height: 107%;">PAULO FREIRE E O
RETROCESSO PEDAGÓGICO: QUEM SERIA O VERDADEIRO INIMIGO?<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">______________<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Por:<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Antonio da Costa Neto<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Realmente, encantei-me com a beleza, a elegância e a
densidade do texto do Professor Edmar Camilo Cotrim, brilhante doutorando em
educação, silvaniense de renome e júbilo, intitulado: Paulo Freire, o inimigo.
No qual traça uma muito bem elaborada rede sobre as críticas feitas ao grande
Paulo Freire, no que concordo plenamente, em gênero, número <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>grau e em algumas circunstâncias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Modestamente,
considero-me um profundo conhecedor da obra freireana e a divido em três blocos
segundo uma linha de pensadores que seriam: A pedagogia do oprimido; A
pedagogia da Autonomia; e, um terceiro momento a que denominamos de A pedagogia
da esperança. E, logicamente, que, no seu maravilhoso conjunto propõe a
libertação de oprimidos e opressores do jugo abusivo de uma sociedade cruel e
injusta, no que, pelo que mostra a realidade parece que Freire fracassou. Mas
será que foi ele mesmo?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Paulo propõe, sim, a libertação de oprimidos e opressores,
pois não poderia cair no lugar comum, de por sua vez, ser excludente. Sua
pedagogia é para libertar a todos, embora, de formas diferenciadas,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de forma a aliviar as tensões abusivas da
competição e do ganho a qualquer custo, mas, dando a todos o direito de voz,
vez e condições de vida, bem ao contrário do que aí se agrega na pedagogia burguesa
com vistas a resultados que, via de<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>regra, não beneficia mais ninguém. Acumula lucros, violência e socializa
fome, miséria, opressão. Sendo, portanto, necessário a salvação de todos deste
turbilhão de coisas que se amontoam, historicamente, construindo o caos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Pois bem, Paulo Freire é sim, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>inequivocamente, o maior defensor da educação
libertadora, utilizada como instrumento para desenvolver nas pessoas o senso
crítico, a visão política, a autonomia ética, humana, econômica e social. Enfim,
a educação que, na sua conduta, forma – e não deforma o cidadão. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Paulo Freire inseriu os temas mobilizadores trabalhando
palavras do contexto vivo do universo de seus alunos, ativando, com isso, o
raciocínio abstrato necessário à compreensão de tais fenômenos. Lembro-me de
uma crítica muito importante que ele fazia sobre a frase, por exemplo: “Eva viu
a uva” –<a name="_GoBack"></a> utilizada nas então cartilhas de educação de
adultos e que não motivavam nordestinos que só conheciam Marias, Sebastianas,
não Evas; e que, nem sabiam o que era uva. Claro, concordo muito, pois este é
um fator que eleva a consciência, o senso, quando se estuda a palavra tijolo
para quem trabalha com tijolo e a palavra roupa para quem lava roupas, por
exemplo. Partindo daí para temas mais eloquentes, mais profundos como as
descobertas dos próprios direitos e de si próprio como cidadão, agente, ator da
sua história. Pois, segundo o próprio Freire, “descobertas se fazem
descobrindo”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Mas penso que com o propositor texto do Prof. Edmar nós
poderíamos inaugurar uma nova era, uma outra pedagogia, A Pedagogia do Cinismo.
Pois, diferentemente, de quem ousa escrever sobre Paulo Freire, ele teria hoje
como elo motivador palavras como política, ideologia, economia, capitalismo,
comunismo, coisa que, aliás ele sempre discutia, um pouco diferente de certas
constatações. Claro que Paulo, exilado e subversivo aos olhos dos tradicionais
donos do poder, que em nada eram diferentes dos atuais, não poderia se declarar
comunista, pelo óbvio amor ao seu pescocinho. Evidentemente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Muito interessante o cinismo pedagógico de quem escreve enaltecendo
a coragem e a ousadia libertadora de Paulo Freire, quando na prática se exclui,
expulsa propostas e ações que referendem a autonomia, a livre expressão do <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pensamento seja ele qual for. Vivemos, afinal
numa sociedade supostamente democrática, até como merecida conquista de muito
do trabalho educacional de Paulo Freire, suas publicações e ideias. É o
refratarismo conservador, elitista, burguês na prática, para se delinear na
reflexão teórica bonita, contundente, mas, por força das circunstâncias, antagônica
e vazia. O famoso falar em mudança para evitar a mudança com o que se aprazem
os céticos conservadores de plantão que negam no cotidiano o que afirmam nas
letras.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">É lógico que atenua a dor, o sofrimento, a maldade falar bonito
para fazer feio. Não me refiro aqui em absoluto ao Edmar como autor do texto;
mas ao fracasso retumbante da educação e da escola depois de tantos esforços,
tantos louros, tanta força para o diálogo. No discurso buscamos a libertação, a
construção por meio do ato educativo de uma sociedade melhor, mais justa e mais
humana. Mas pelo que nos parece, ajusta-se ao contrário frente aos dias amargos
em que gente vira gado, o que também aparece na sua contundente crítica. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;">Penso, finalmente, que o Edmar abre aqui uma comporta para o
diálogo e a reflexão, dentro da qual espero que venham sucessivas respostas.
Chega destes absurdos. Temos, sim, que ser rápidos no gatilho contra sandices
como estas. Parabéns ao Edmar pelo belo e contagiante texto. Quanto a Paulo
Freire, coitado, deve estar dando voltas no túmulo, aos vômitos, reclamando do
muito que falta para que ele seja, de fato, compreendido. E como ele próprio se
referia com seu aguçado humor nos debates finais de suas conferências. Sorrindo
ele sempre dizia entredentes: “Na prática a teoria é outra. ”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É, de fato. Mais uma
vez o gênio brasileiro <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tinha toda razão.
As pedagogias o cinismo, da opressão e da violência, de fato, se fazem muito
mais presentes no campo da educação e da escola. Discursos bonitos “tapando com
peneira” práticas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>funcionalistas,
liberais, burguesas, sem rumo e sem propostas. Mas um dia, não sei quando,
Paulo Freire deixará de ser considerado nosso inimigo. E nós então, os
identificaremos um a um. Apesar das máscaras.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 16pt;">___________</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;">Antonio da Costa Neto – educador silvaniense, mestre e doutor
em sociologia da educação pela Universidade de Brasília<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- autor de livros, artigos e projetos
educacionais pelo Instituto Humanizar – Assessorias Especiais para Programas de
Educaçao – Especial para o Jornal A Voz. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></b></p>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-36735631244169073252021-05-15T19:18:00.000-07:002021-05-15T19:18:16.201-07:00 Passagem das Horas (Álvaro de Campos)<p style="text-align: center;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXoJVy6_Ac7720CkjpUJduyXY04hJafgZbMeyTSIfya4twudd_mvpasQwcwNxEC_e31n_JVZWMyQgpBK61HFusiYMJrOrp2wFdrcT3EYeBunZiCdd4xGnbvUtvrwin1GBFdNzgkaaD08TP/s526/754_916659058446726_9001109298562135858_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="390" data-original-width="526" height="485" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXoJVy6_Ac7720CkjpUJduyXY04hJafgZbMeyTSIfya4twudd_mvpasQwcwNxEC_e31n_JVZWMyQgpBK61HFusiYMJrOrp2wFdrcT3EYeBunZiCdd4xGnbvUtvrwin1GBFdNzgkaaD08TP/w656-h485/754_916659058446726_9001109298562135858_n.jpg" width="656" /></a></div><br /><p style="text-align: center;"> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;"><b><span style="font-size: medium;">Passagem das Horas (Álvaro de Campos)</span></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;"><b><span style="font-size: medium;"><br /></span></b></span></p><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">Não sei sentir, não sei ser humano,</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> não sei conviver de dentro da alma triste, </span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">com os Homens, meus irmãos na Terra.</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> Não sei ser útil, mesmo sentindo ser prático, cotidiano, nítido.</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo, </span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">mas tudo ou sobrou ou foi pouco, não sei qual, e eu sofri. </span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">Vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos. </span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> Amei e odiei como toda gente.</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> Mas para toda gente isso foi normal e instintivo. </span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">Para mim sempre foi a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> Não sei se sinto demais ou de menos,</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> porque a vida, de tão interessante que é a todos os momentos,</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> a vida chega a doer,</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> a enjoar,</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">a cortar, </span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">a roçar,</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> a ranger,</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> a dar vontade de dar pulos, de ficar no chão,</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> de sair para fora de todas as casas,</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> de todas as lógicas,</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> de todas as sacadas</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"> e ir ser selvagem </span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">entre árvores e esquecimentos.</span></b></div></div>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-34076977047919527382021-05-14T12:41:00.004-07:002021-05-15T19:10:31.052-07:00O LADRÃO DE BISCOITOS - Original de Valerie Cox - Tradução livre de Antonio da Costa Neto<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS3W4g_8J1kWywyJF5uRKqdxdGlxiPGG6SD1nN2XGJ08eT1s8J2KT6Yyr8IqOnpyIM9on4PO8dqaYAYeWIa-vV80iYYmTAWx_nb3BuhOUWXwxkF2rdmcyqlMKn1eK_0WmduLno4L0ARYNZ/s400/cookie-thief-11+%25281%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="264" data-original-width="400" height="353" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS3W4g_8J1kWywyJF5uRKqdxdGlxiPGG6SD1nN2XGJ08eT1s8J2KT6Yyr8IqOnpyIM9on4PO8dqaYAYeWIa-vV80iYYmTAWx_nb3BuhOUWXwxkF2rdmcyqlMKn1eK_0WmduLno4L0ARYNZ/w538-h353/cookie-thief-11+%25281%2529.jpg" width="538" /></a></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">O LADRÃO DE BISCOITOS</span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Original de Valerie Cox
<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Tradução livre e
adaptação:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Antonio da Costa Neto<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">___________________<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Ela havia chegado, pelo seu tempo, já meio atrasada naquele
aeroporto imenso, movimentado cheio das pessoas mais diferentes. Eram barulhos
estranhos, música alta e o cheiro misturado das comidas que eram servidas nos
bares, lanchonetes e restaurantes que rodeavam aquele ambiente em que estava naquele momento. Corria louca para o angar, procurando o portão do seu vôo, carregando malas,
sacolas e demais apetrechos, já com o coração saindo pela boca. É quando vem do
auto-falante a notícia de que o seu avião estaria atrasado, talvez por hora,
talvez por mais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Era uma notícia boa e ruim ao mesmo tempo. E como não restava
nada a fazer, respirou fundo, examinou seu relógio de pulso, dourado,
encantador e que herdara de sua avó materna. E teve até, num lampejo lembranças
dela, brotando em seus lábios um leve sorriso de saudade. </span><span style="font-size: 14pt;">Olhou em sua</span><span style="font-size: 14pt; mso-spacerun: yes;"> </span><span style="font-size: 14pt;">volta e
deparou com convidativos bancos de madeira onde poderia, finalmente, sentar-se, aguardar a
sua hora, ler o jornal, ligar para as pessoas, pensar na vida, enfim. Aproximou-se então de um deles e ali depositou com cuidado suas bolsas, valises,
pacotes, encomendas, aliviando seu corpo do peso e da pressa que eram, afinal,
parceiros de toda uma vida,</span><span style="font-size: 14pt; mso-spacerun: yes;"> </span><span style="font-size: 14pt;">em que,
conforme dizia, desancava carregando pedras.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Foi aí que se lembrou que estava com um pouco de fome e que seria
bom se divertir com o gostoso troc-troc e a crocância nos dentes daquele
biscoitinho de polvilho que tanto gostava e que, aliás, traria mais lembranças
de sua saudosa avó que há tempos, havia partido. Seria maravilhoso repensar
tudo, visitar o passado e degustando aquele biscoito que fazia, sim, parte da
sua infância, dos bons momentos da sua história. Assim, foi até ao quiosque
mais próximo, comprou um belo e transparente pacote dos seus preferidos, com
gostinho de sal e aquela pimenta suave que encantava com o sabor e o revestir
das lembranças. Relembrando seu passado. Matando saudades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Estava ali sentada, perdida em seus pensamentos, quando chega
um simpático e bem vestido senhor. Os dois se olham, trocam cumprimentos e meia
dúzia de palavras sobre vôos, horários, partidas. Ele pede licença e senta-se
ao seu lado e os dois começam a devagar, por<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>instantes, cada um em suas reminiscências. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando ele, inesperadamente, de forma
lenta<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e educada, enfia a mão no pacote
de biscoitos que estava no banco entre os dois e saboreia com um ar de alegria
o biscoito estalante. Ela, vendo e ouvindo aquilo, achou estranho, mas não
disse nada. Pegou também um biscoito, comeu, ainda pensativa no ato, que embora
simples, não esperava daquela pessoa. Mas, tudo bem...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Eis que o homem, mostrando gostar da iguaria, pegou
educadamente mais um biscoito e começou a comer. Aí sim, ela achou mais estranho, franziu a testa e
se apressou em apanhar o terceiro biscoito, sempre surpresa com atitude
impensada e até meio desrespeitosa daquele senhor com aparência doce, educada,
e,<span style="mso-spacerun: yes;"> a </span>princípio, muito especial.
Continuaram, como que, naturalmente aquela façanha gastronômica. Na medida em
que o homem pegava um biscoito, ela pegava outro. E até dava um sorrisinho
desconfiado para o homem, no que era correspondida e cada vez entendia menos.
Assim, foi-se o tempo e perdida nos seus pensamentos, nem percebeu que agora já
era chamada para o seu vôo que sairia quase que de imediato. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Ao recolher seus pertences, viu que sobrava no pacote um
último biscoito e tratou de comê-lo rapidamente, pois, ao menos, teria aquele
direito. Retirou o biscoito, amassou o saco de plástico transparente, jogou-o no
lixo e saiu apressada para pegar o seu acento no avião sob pena de perder
aquele vôo já tão esperado. Fez questão de nem se despedir do seu sócio indesejado de sua iguaria - ao menos isso. Enquanto buscava a aeronave pensava no quanto as pessoas são
estranhas e folgadas. Faltava, de fato, educação e costumes, ainda mais para
alguém tão sóbrio e que demonstrava aquela sensatez toda.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Ao abrir o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>porta-malas
superior do avião que já se movimentava no pátio pronto para alçar vôo e que
ela ia colocar a sua sacola no alto, eis o susto: - Viu o seu pacote de
biscoitos ali inteirinho, intacto, intocado. Percebeu, então que não era o
homem, mas ela o ser sem educação, invasivo, sem respeito ou cultura que
invadira, sem a permissão ou consentimento o território, a privacidade alheia,
ainda, comendo o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>último biscoito e
jogando, atrevidamente, o pacote que não era dela no lixo, saindo dali, duramente, sem se despedir. Se arrependia profundamente de tudo e daria tudo para poder voltar onde estava o homem para desfazer, dentro do possível o pior de todos os enganos de sua vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Repensou tudo naquele momento e um gelo
inexplicável subiu-lhe pela coluna. E ela cheia de vergonha e do desejo, agora impossível, de abraçar aquele homem, oferecer-lhe o pacote inteiro e pedir-lhe milhões de desculpas. Mas era tarde. O avião já estava no ar e ela não tinha e
não teria nunca mais aquela pessoa ao alcance dos olhos. E tudo era
desesperador, tendo que se acostumar com a realidade do caminho sem volta e, de repente, nada mais poder fazer como em muitos desafios da vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Ficou com tudo isso a lição para o não julgamento de nada, nem de ninguém. Que, por mais que nos surpreenda, conscientemente, ou não, o errado
poderemos ser nós, com ações, palavras, pensamentos e às vezes já tarde demais
ou impossível, o se desculpar, ou o refazer o mal, o erro ou a grande injustiça
que podemos estar cometendo.<o:p></o:p></span></p>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-14202663741993151012021-04-13T09:23:00.003-07:002021-04-13T09:29:47.388-07:00UMA VISÃO QUÂNTICA SOBRE A PANDEMIA: NOVAS MUTAÇÕES X ANTIGOS COMPORTAMENTOS<p> </p><p style="text-align: left;"></p><h2 style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg16FokCiBrFuZ1SDIHfv-4NaaKXZUixJOr6HLCKlDmakfGJj3Ds-0Yes2VH_AyPEG26exd86BN_Af3KC1rldijxD-ilEAhxTaZAznfpwA0PwmMZMmARJu3zLCoIF9SNEdxGpqysNztqh8i/s2048/0007.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1856" height="707" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg16FokCiBrFuZ1SDIHfv-4NaaKXZUixJOr6HLCKlDmakfGJj3Ds-0Yes2VH_AyPEG26exd86BN_Af3KC1rldijxD-ilEAhxTaZAznfpwA0PwmMZMmARJu3zLCoIF9SNEdxGpqysNztqh8i/w642-h707/0007.jpg" width="642" /></a></h2><p></p><br /><p></p>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-54741799218584236282021-04-09T09:32:00.001-07:002021-04-09T09:32:04.799-07:00 SUPERANDO A PANDEMIA DO CORONAVIRUS<p> <span style="font-size: large;"><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;">S</span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;">UPERANDO A PANDEMIA DO CORONAVIRUS</span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_6hhwdKd7_cAsiqIe_DJGye-jQ6nUW9c0ZD1O7toYT3aMVJmx797jgopeEkpHdZ36sfL5gjG9zYUxc-FJVoTrd24pZIacLBosE6_LEsF-czt5DPhk8wjdfNTVp-XiHNzGPDOqHfDi-H9G/s490/20070825-17.Flamboyant.2-490x367.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="367" data-original-width="490" height="452" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_6hhwdKd7_cAsiqIe_DJGye-jQ6nUW9c0ZD1O7toYT3aMVJmx797jgopeEkpHdZ36sfL5gjG9zYUxc-FJVoTrd24pZIacLBosE6_LEsF-czt5DPhk8wjdfNTVp-XiHNzGPDOqHfDi-H9G/w603-h452/20070825-17.Flamboyant.2-490x367.jpg" width="603" /></a></span></div><span style="font-size: large;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></span><p></p><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="font-size: large;">Eu penso que a superação da pandemia do coronavírus apenas será possível com uma profunda modificação de sentimento, almas e ações. Precisamos de uma outra cultura, outra educação, outra escola, outra família, outra política, outra economia que possibilitem este salto milagroso para a humanidade. Até agora fizemos tudo ao contrário e deu no que deu. Mas as pessoas ainda resistem duramente a esta mudança, mesmo as que se consideram boas, progressistas, honestas, amorosas. </span></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="font-size: large;">Ainda pensamos no sentido contrário. Enquanto temos que pensar, falar e agir de uma forma amorosa, verdadeira, humana, plena, voltada para o bem estar de todos ainda somos competitivos, subservientes, mesquinhos, covardes, medrosos, cínicos, ignorantes políticos, egoístas, beneficiadores dos mesmos e desgraçando a vida da vasta maioria. Falta tudo para começarmos o caminho de volta, infelizmente. Talvez daqui há uns 100, 200, 3000, 5000 anos. Talvez nunca. A humanidade é, de fato, um projeto de Deus que não deu certo. É preciso recomeçar tudo.</span></div></div>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-29506058840130970222021-04-09T09:23:00.002-07:002021-04-09T09:23:51.572-07:00A CRIANÇA SABE... UM FANTÁSTICO ESTUDO DO SOCIOGRAMA FAMILIAR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh1Nr4NoXQUajhwJhWw5K6yfshTjtSmIhEu6SuDXwTwahIf4QMIPVnRFAMB0oluUxobmqPdEbr5NS-nBN2CYl7cSNiAk-gnFcCOP0uLiiUo7petACZii1_bN1gj8zLt21N1ijrOaNnZhPd/s269/images+%25288%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="187" data-original-width="269" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh1Nr4NoXQUajhwJhWw5K6yfshTjtSmIhEu6SuDXwTwahIf4QMIPVnRFAMB0oluUxobmqPdEbr5NS-nBN2CYl7cSNiAk-gnFcCOP0uLiiUo7petACZii1_bN1gj8zLt21N1ijrOaNnZhPd/w559-h388/images+%25288%2529.jpg" width="559" /></a></div><br /><p><br /></p><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: center;"> </p></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><p style="text-align: left;"> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">A CRIANÇA SABE... UM FANTÁSTICO ESTUDO DO SOCIOGRAMA FAMILIAR</span></p></blockquote><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"> Estudo, há anos uma técnica que chamamos de Sociograma familiar, ou familiograma e nela descobrimos que:</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">01 - A criança sabe de tudo, nós, adultos é que subestimamos esta sabedoria e que todas as vezes que fazemos isso dá errado. Se o pai do Henrry tivesse ouvido a súplica para ficar com ele mais um dia, nada disso teria acontecido.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">02 - A intuição da criança é fortíssima, o hemisfério direito dela está intacto, perfeito e ela sintoniza tudo. Se a criança quer ou não quer isso ou aquilo, observe bem. Se ela gosta muito ou rejeita aquela pessoa, pode saber que não é por acaso que isto acontece. Tenha a sensibilidade de tomar os cuidados.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">03 - Meninos se ligam nas mães e competem cegamente com os pais, e lógico, muito mais ainda com os padrastos. O mesmo acontece com as meninas que se ligam mais nos pais e competem com as mães e muito mais com asmadrastas. Este é o princípio freudiano que define a libido, a sexualidade (hetero, homo, bi, etc.) e todas as relações dela com as pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto por toda a vida, incluindo amores, ódios, prazeres, sofrimentos, subserviência, domínios, consensos e conflitos. Sutilezas ou desavenças neste campo durante a vida intrauterina e a primeira infância (de 0 a 5 anos) é que vão definir todas as relações da vida daquela pessoa. Isto é muito sério e delicado e a maioria dos pais e educadores são absolutamente ignorantes neste sentido o que gera pequenas e grandes tragédias, infelizmente.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">04 - A pessoa mais importante para a criança, o seu grande mito e ídolo é o pai do sexo oposto ( para a menina é o pai e para o menino é a mãe) e este é um entendimento sutil e fundamental em termos do diálogo, do carinho, do afeto, da atenção. A criança "enlouquece" quando esta situação é colocada em risco e a não percepção disso, por ignorância ou insensibilidade dos pais, dos responsáveis e dos educadores é uma verdadeira catástrofe humana, social, responsável por tragédias, dores e sofrimentos para a grande maioria das pessoas por toda uma vida e o que é pior, é passado para gerações e gerações sem fim, num ciclo vicioso quase que interminável.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">05 - País, avós, professores morrem e deixam aí seus descendentes cometendo erros e provocando sofrimentos que eles causam nas pessoas enquanto crianças. O que você faz hoje com seus filhos, companheiros, amigos, colegas, etc. é o fruto do que, consciente ou inconscientemente vc recebeu dos seus pais que receberam dos seus bisavós, que receberam dos seus trisavós e por aí vai. Uma questão mal resolvida há séculos com seu antepassado pode estar sendo repassado agora para alguém aqui e agora e será repassado para a geração futura, como um vírus, com suas variantes de pessoa para pessoa. Uma pandemia milenar e devastadora causada pela extrema ignorância tão fácil de ser superada.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">06 - O simples desenho do sociograma famíliar e o seu cuidadoso desdobramento irá ajudar muito na solução desta problemática devastadora. Podemos fazer isso quando você quiser. Venho acumulando experiências em escolas, grupos familiares, conselhos tutelares, instituições de assistência a crianças e até empresas e outras organizações.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Não tenha medo de ser feliz e de promover a felicidade das pessoas. Os desafios porque passa o mundo requer de cada um de nós este tipo de posicionamento.</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><br /></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><b>Antonio da Costa Neto</b></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><b>Institutohumanizar</b></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><b>antoniodacostaneto@gmail.com </b></div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><b>61 99832 25 37</b></div>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-70789446670011027042021-03-01T11:13:00.002-08:002021-03-02T05:36:49.942-08:00 UMA VISÃO QUÂNTICA SOBRE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS E DA COVID 19: O PROBLEMA NÃO SÃO AS NOVAS MUTAÇÕES MAS OS ANTIGOS COMPORTAMENTOS<p> </p><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Gosto da concepção da física quântica que analisa os fenômenos vivenciais a partir de quatro variáveis: a causa, o efeito, o processo e o resultado. Assim, o método de busca para a solução de qualquer problema deveria ser, para lograr êxito, a partir de uma análise segura, de uma coleta de dados e uma tomada de decisão para mudanças concretas em todos estes aspectos. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Antigamente, com problemas menos complexos, do que é, por exemplo, esta pandemia, os dilemas eram resolvidos com dimensões parciais, atuando, principalmente, sobre os resultados, e, poucas vezes sobre os processos, deixando de lado a causa e o efeito, resolvendo assim, parcialmente, o problema, passando uma falsa visão de solução completa, gerando conforto, alívio, mas acumulando, quanticamente, os resíduos da causa e do efeito, como quem, por exemplo, varre o lixo para debaixo do tapete, dando a impressão que o ambiente está limpo, quando, na verdade não está. A sujeira apenas fugiu do alcance dos nossos olhos.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Claro que chega uma hora em que esta atitude não pode ser mais sustentada ou sustentável. As coisas apodrecem, o lixo se acumula e não cabe mais sob o tapete, o mal cheiro começa a se espalhar e é preciso, portanto, proceder a mudança real, a limpeza profunda, a revolução necessária, o que dará muito trabalho, afetará a zona e conforto das pessoas que ali vivem ou trabalham. Difícil sim, desconfortável, um desafio que ninguém quer, mas, absolutamente necessário se quisermos continuar vivendo ali. E o coronavírus, a Covid 19 é, justamente, a saturação do lixo embaixo do tapete de todo o planeta - claro que estou apenas exemplificando - e que precisa ser limpo o quanto antes, o que requer uma revolução, uma exemplar e sem precedentes mudança de paradigmas. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Mudança de ação, de sentimentos, de comportamentos. Falamos de mudança completa e complexa, em todos os aspectos e sentidos. Algo muito maior do que temos visto no caso de como vem sido tratada a pandemia. Precisamos de algo para muito além das ações sanitárias e dos cuidados epidemiológicos, clínicos e hospitalares, que atuam só em relação ao resultado, já dando efusivas mostras de saturação, deixando de lado as causas, os efeitos e os processos que levaram a tudo isso. Daí a pandemia, e, com a profunda resistência do ser humano em proceder as mudanças necessárias, vêm as mutações, as novas cepas, que, no final; se não forem tomadas as medidas corretas, irão destruir todas as possibilidades de vida no planeta como um todo.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Fritjof Capra, meu autor favorito, físico, austríaco, radicado nos Estados Unidos fala no seu excepcional livro: O ponto de mutação - a ciência, a cultura e a sociedade emergente de uma questão muito importante e que agora vem à tona que é o que ele chama de crise de percepção, sendo esta a tônica deste maravilhoso best-seller, de mais de seiscentas páginas. Esta crise de percepção pode ser sintetizada como a falta de visão, sob a parcialidade, o engodo e o engano das pessoas - em todo o mundo - condicionadas, por sua vez, por uma certa ótica, uma certa lógica que levam as pessoas a praticarem o tremendo mal, achando, sim, que atuam no mais absoluto bem. E imagine o impacto disto em todo um mundo, e, segundo o autor, nas diversas áreas que compõem a dinâmica e ampla realidade do mundo e da vida e se repetindo, viciosamente, ao longo dos séculos, dos milênios da história da humanidade.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Segundo o autor esta crise acontece em todos os segmentos e áreas de ação da humanidade: as mães nas famílias, os professores nas escolas, e, muito especialmente, na gestão das economias, das empresas, do trabalho e da produção, na política, ampliando a exploração, a concentração da riqueza, e, ao mesmo tempo, a socialização da dor, do sofrimento, da fome, da miséria absoluta e as pessoas envolvidas jurando que estão fazendo o bem, quando na verdade, tudo acontece ao contrário.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"> É que as pessoas atuam para atingir os resultados visíveis, parciais e tendenciosos que, por isso mesmo, para beneficiar alguns poucos, prejudicam muitos e isto se repete no cotidiano do mundo inteiro há muitos milhares de anos. Imagine, portanto, o lixo mundial em termos de valores, postura, caráter, formas de ver, pensar, sentir e fazer as coisas que agora eclodem e estão matando a sociedade inteira e, sempre que encontra resistência, muda o foco, amplia a sua capacidade de "limpar o lixo", daí as mutações.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Claro que não podemos abandonar as medidas e os cuidados médicos, hospitalares, clínicos e epidemiológicos, eles atuam nos resultados da pandemia e atenuam as consequências imediatas e palpáveis no aqui e no agora, mas, se não atacarmos as causas e os pequenos e grandes efeitos dela, a coisa irá se ampliando, tanto na saúde como na economia, até chegarmos a um ponto de total impossibilidade de continuarmos a viver. É preciso sim, mais do que necessário que alteremos as causas e os efeitos de tudo isto, embora quase tudo não tenha, em princípio, ao nosso olhar raso e fraco, nenhuma conexão, ou seja - um nada haver com a questão da pandemia e da doença, o que na verdade quântica sobre a qual aqui falamos - é um tudo haver - sobre o qual podemos exemplificar:</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">1 - Tudo se processa num ciclo de energia que se evolui progressiva e continuamente, que se inicia na energia sutil. No contexto da relação entre as pessoas, no ciclo que as une esta questão está nas pequenas coisas: um sorriso, uma gentileza, um cumprimento, um diálogo, um carinho, uma atenção. Um olhar para o lado no sinaleiro, um cumprimentar no elevador. Segurar a porta na saída/entrada do prédio, do condomínio; um muito obrigado seguido de uma resposta, quando for dito. Ceder a frente, dar o lugar no ônibus, no metrô, ceder o aparelho na academia, a frente na fila, enfim, estas pequenas coisas. Puxar um papo com quem está ali do lado, se interessar, fazer amizade real, estreitar laços. Conhecer os vizinhos, trocar ideias, saber como, onde e quando acontece a vida das pessoas que nos cercam, que conosco trabalham. Gentilezas, cuidados, carinhos, empatia, afeto, que traduzem a solidariedade, a troca. Coisas simples e por onde tudo começa.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">2 - Nossas empresas, governos e instituições são céticos, frios, calculistas, minimalistas, burocratizados e não dão ao ser humano a menor importância. Trabalham pelo capital, a técnica, a concentração do poder e da riqueza e as pessoas que fazem isto desconhecem os processos e os resultados malignos do que fazem e do como fazem. Faltam-lhes uma visão de dualidade e que de cada pró, existe um contra e que todas as vezes que beneficiamos alguém podemos estar prejudicando muitos outros. O povo que trabalha, o faz contra si próprio e nem sabe disso. A ignorância, a cegueira, a indução psicológica pelos detentores do poder e do dinheiro cegam, alienam, robotizam as pessoas. A maldade, a competição, o orgulho, a mali discência, a ganância deixam as pessoas apáticas. Os políticos, os ricos, os parlamentares, empresários e patrões são, definitivamente secos, céticos e mesquinhos e se cercam de pessoas cegas e pouco perspicazes que os ajudam a desgraçar o mundo e a vida. E o que é pior, estão longe de saber disso e enquanto não souberem e não operarem ao contrário do que fazem não teremos a menor possibilidade de derrotarmos nem o vírus nem a doença. Será o caos absoluto, o fim do fim. A vacina poderá até contornar, mas tudo voltará num ciclo, absolutamente vicioso e cada vez mais grave e mais perigoso.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">3 - As escolas são frias, calculistas, maldosas, vingativas, castradoras, insuportáveis e é onde, talvez, as mudanças mais profundas precisam ser operadas. Pois elas são as responsáveis pela formação das mentes e das mentalidades que, por sua vez, constroem o mundo. Ao invés de ensinarem as pessoas para serem atores da transformação do mundo e da vida, elas fazem absolutamente ao contrário, educam, treinam, adestram, confinam para que as pessoas atuem no sentido de perpetuarem o mal extremo que aí está em todas as dimensões. Não educam para o amor, mas para a competição e a ganância. Não para a vida, a paz, a decência, a vida, a cidadania, a prosperidade, o afeto, a alegria, mas para a insanidade, a morte, o ter materialmente, a guerra, a concentração do poder e da riqueza, o desamor, o sofrimento. E, de certa forma, acontece o mesmo com as mães, as famílias, os grupos humanamente afetivos e próximos que, na verdade são egoístas, perversos e malignos. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Para acabar com a pandemia e expulsar de nossas vidas este vírus assassino temos sim, que mudar estes valores, estas crenças e estas ações. Mas no real concreto das coisas, das pessoas e da vida. Temos que fazer a palavra andar, concretizar os fatos, alcançar as metas do amor, da dignidade, da comida, do conforto material, espiritual, habitação, dignidade, cidadania, educação e saúde, mas na prática, no dia a dia de todas as pessoas e não só das poucas, das mesmas, dentre as quais incluímos a nós mesmos. </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Temos de estar atentos, denunciar as injustiças, ser politicamente ativos na luta contra quem dificulta a dignidade humana em todos os sentidos. Temos que ler poesia, ouvir música, amar de verdade, conhecer e inervir na vida do outro de forma concreta, entendendo, finalmente, que o pior de todos os males, o imperdoável é deixar de fazer o bem quando se pode fazer o bem com as pessoas, os animais, a natureza, a vida. E sempre podemos fazer o bem. Mas não fazemos porque não queremos, não estamos preparados, não fomos educados para isso, mas sim, para o contrário. O próprio Fritjof Capra no livro já citado fala no "Pense Globalmente e Atue Localmente" e, ao mesmo tempo, no "Pense Localmente e Atue Globalmente". É simples, fácil e maravilhoso. É só uma questão de experimentar.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Precisamos mudar, profundamente os paradigmas da competição para a cooperação, da apatia, o não fazer nada para a empatia, colocando-se, na realidade, no lugar do outro, do que sofre, do que procura você; da mera caridade passiva para uma luta pela justiça social, para a dignidade, a proposição de dias e noites melhores para todos. Uma mudança concreta não só do discurso fofinho para a ação instauradora do bem. Entendendo, finalmente, que o amai-vos uns aos outros não é mais somente uma passagem bíblica, mas a única saída.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Não tenha dúvida. Está lançado o desafio. Conversemos a respeito: 61 99832 25 37.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Vamos transcender. Seguremos em nossas mãos. Mas antes, arregacemos as mangas.</div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjphIm93q6bZ8yiF3mp0QWdjB-HIbkp6RZRL3zVxlHhxRqKa92FwDjEzSQocY357l-X9YQVxotbaHRuSTR7MN9L4j5Ys01lzCnCsnAZx7endlYHWyPfpSlz51FQI3wXEt7ROtqFlBn_SzSp/s600/14705658_1499695986723442_5703686042706431920_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="600" height="592" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjphIm93q6bZ8yiF3mp0QWdjB-HIbkp6RZRL3zVxlHhxRqKa92FwDjEzSQocY357l-X9YQVxotbaHRuSTR7MN9L4j5Ys01lzCnCsnAZx7endlYHWyPfpSlz51FQI3wXEt7ROtqFlBn_SzSp/w592-h592/14705658_1499695986723442_5703686042706431920_n.jpg" width="592" /></a></div><br /><p></p><p><br /></p>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-79042459179113016992020-05-12T17:15:00.002-07:002020-05-12T17:16:50.974-07:00ODE À BETHÂNIA - POR JORGE MAUTNER<div class="" data-block="true" data-editor="atk6i" data-offset-key="c47s0-0-0" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiawT5ThlI66CJZKjqjtOZTIZkMeU-LCv0QCyuhgz6LNDulWhTuvtvN_QDuc2vkcjQIcBBqJSnC5mAXPuDW5vHkqxco0rjzWPln3B3vh5jfTilubVsM37AKMqgUxf8E_kk_noY3OhXoTgrP/s1600/1489484.jpg-r_1280_720-f_jpg-q_x-xxyxx.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="412" data-original-width="309" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiawT5ThlI66CJZKjqjtOZTIZkMeU-LCv0QCyuhgz6LNDulWhTuvtvN_QDuc2vkcjQIcBBqJSnC5mAXPuDW5vHkqxco0rjzWPln3B3vh5jfTilubVsM37AKMqgUxf8E_kk_noY3OhXoTgrP/s640/1489484.jpg-r_1280_720-f_jpg-q_x-xxyxx.jpg" width="480" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="c47s0-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="c47s0-2-0" style="font-family: inherit;">
</span><span data-offset-key="c47s0-4-0" style="font-family: inherit;">Quero aproveitar para falar do sublime nesse poema que escrevi para minha e nossa querida Maria Bethânia de todos nós:
Quando ela canta ela transforma o palco em um altar, e, ao mesmo tempo-espaço, em um terreiro.
O ser humano nasceu na África e daí se espalhou para todos os lugares. E viva o rei Zumbi do Quilombo dos Palmares!!!!
“Aonde foi que Jesus ensinou sua filosofia?" Foi na Bahia, foi na Bahia!” — Noel Rosa.
Miriam em Aramaico é Maria. Miriam de Migdal, Maria Madalena. Aqui é Miriam, de Maria de Bethânia. Ela vem do mais profundo início do teatro de Ésquilo onde as falas são cantadas. Mas é mais atrás, é mais agonal, vem da grande mitologia, da literatura oral de Homero, Hesíod, dos candomblés, de Dom Sebastião que morreu em Alcácer Quibir, de cânticos de luz de axé, de flores, amores que é Jesus de Nazaré e os tambores do Candomblé.
O perfeito equilíbrio simultâneo quando ela canta ela irradia entre o esplendor de todos os paganismos e o esplendor de todos os cristianismos, humanismos, democracia, anarquismo, socialismo pacifista da Amálgama, com a qual José Bonifácio nos definiu em 1823 dizendo: “Diferente dos outros povos e culturas, nós somos a Amálgama, esta Amálgama tão difícil de ser feita.”
Quando ela entra no palco ela transforma o palco em um altar, e, ao mesmo tempo-espaço, em um terreiro. O altar é de Palas Atena e o terreiro é de Iansã. Sua presença é um incêndio de paixão que ressuscita o tempo todo o seu canto Nagô que é Banto e é o amor. E que em sua voz tão bela e cheia de bem-querer é Benguela e Gêge pra irradiar a instantaneidade da vibração da vida com todos os entrelaçamentos das dimensões da graça divina que começa lá na infância em sua família lá em Santo Amaro da Purificação desta Bahia onde o Brasil começou e não é à tôa que foi seu irmão Caetano quem lhe deu o nome, inspirado na música cantada por Nelson Gonçalves.
Ela é poetisa, filósofa, pensadora, ativista social política, pioneira dos feminismos, irradiadora de um conhecimento absorvido em leituras incessantes, de Fernando Pessoa, dos filósofos, e, também não foi à toa que foi lançada pelo magnífico Vinicius de Moraes que a trouxe para o Rio de Janeiro.
Ela vive perto de Jorge de Lima, da neurociência e o que é mais impressionante para mim é um constante mistério que ela irradia com seu talento que é, ao mesmo tempo, antiquíssimo e reflete todas as emoções e informações dos ancestrais. E, ao mesmo tempo, de novo a simultaneidade, traz sempre a novidade é o eternamente novo. Na verdade, são cânticos religiosos, incluindo cânticos das religiões ateias, mas todas anunciando a mensagem do presente que arrasta o passado em direção ao futuro e se eu fosse resumir em todas as miríades de interpretações e composições de Dorival Caymmi a outros tantos, gênios da cultura brasileira e internacional. Eu acho que está no Evangelho de São João em que uma voz anuncia: “Uma criança nasceu entre nós.”
Ela tem o expressionismo com um afastamento mediúnico, ela tem também Villa-Lobos que disse: “Aprendam harmonia e contraponto a fundo e depois esqueçam tudo”. Mas o que ela tem é ela mesma e isso se reflete em tudo em mensagem permanente de ressurreição. Com Fernando Pessoa lado a lado com Seu Esteves e a tabacaria, a presença onipresente dos fados imortais. E aqui eu pergunto: Nasceram os fados no Brasil?
Amália Rodrigues, a grande fadista portuguesa, canta De São Paulo de Luanda de Capiba: “Minha mãe chorava, kalunga, e eu cantava, kalunga, maracatu! Maracatu! Nação do preto nagô”.
Bethânia quando canta, seus cantos também são acalantos de ninar, de adormecer a criança que nasceu entre nós para ela ser feliz e para morar na felicidade.
Dizem que nossa arte é barroca, ela é mais do que isso, é maneirista e o maneirismo já é quântico.
Sua majestade tem tamanha plenitude que se apresenta com a mais extrema humildade. Sua voz ecoa sempre nos batuques em homenagem ao rei Zumbi do Quilombo dos Palmares. Ela ecoa em todos os lugares, e este canto tem sempre aquela cor azul dos primeiros raios da manhã, os quais o pintor Fra Angelico captava em seus quadros. Claro que a primeira luz do azul de anil assim canta e caminha a rainha, porta-estandarte e porta-bandeira da bandeira brasileira. A voz do candomblé que irradia/ o Sermão da Montanha, Maria Bethânia.
Eu a conheço há milênios e me lembro que assistimos juntos à entrada em Jerusalém de Jesus de Nazaré montado em seu burrico.
No candomblé existe a árvore Irôko que é a árvore do tempo. Mas no tempo antes do tempo. Orun, o céu e suas estrelas ou Olorun, seu Orixá, habitavam aqui no planeta Terra com nossos ancestrais. Acontece que, de repente, os nossos ancestrais começaram a tratar Orun e Oloruncom muita falta de respeito. Alguns usavam a lua como travesseiro, outros chegavam a cuspir e urinar nas estrelas. Então Orun e Olorun não se queixaram porque os deuses não se queixam, apenas decidiram já que a coisa era assim, se afastar do Planeta Terra e ir morar lá no alto, onde estão até agora. No entanto, quando Maria Bethânia canta, Orun, o céu estrelado e Olorun, seu orixá, voltam para ficar em nossa presença. E se o espectador prestar bem atenção perceberá que o sol, a lua, as estrelas, os cometas estão ali enquanto ela canta. </span><span style="font-family: inherit;"> Quando ela para de cantar, Orun e Olorun voltam lá para o alto para morar no infinito novamente.</span></div>
</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-75843153430044404472020-04-30T15:07:00.000-07:002020-04-30T15:21:44.637-07:00ODE À NOBREZA DE VÓ HERCULANA<div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: "segoe ui historic", "segoe ui", helvetica, arial, sans-serif; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;">
<div dir="auto" style="animation-name: none; font-family: inherit; font-size: 15px;">
<br /></div>
<div dir="auto" style="animation-name: none; font-family: inherit; font-size: 15px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 15px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKm4pkGVd1CBuGMdLfX34pI1MQ87uOcqGkQ_95emXntbaiOqhTnAdQ0ome98YEf_GyLzvpTJotP9OwW5WHdWSXTjTQp_Xmo6tc34mL2_mjRfiD0sLm8uGOtmeRLt9vTz5DIhdDIBcr5nyg/s1600/1f76aeedfd86f930337df488891a0f19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="846" data-original-width="564" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKm4pkGVd1CBuGMdLfX34pI1MQ87uOcqGkQ_95emXntbaiOqhTnAdQ0ome98YEf_GyLzvpTJotP9OwW5WHdWSXTjTQp_Xmo6tc34mL2_mjRfiD0sLm8uGOtmeRLt9vTz5DIhdDIBcr5nyg/s640/1f76aeedfd86f930337df488891a0f19.jpg" width="426" /></a></div>
<div dir="auto" style="animation-name: none; font-family: inherit; font-size: 15px; text-align: center;">
<br /></div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>ODE À NOBREZA DE VÓ HERCULANA</b></span></div>
</div>
</div>
<div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;">
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Minha vó Herculana </div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
sempre teve toques de nobreza.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Pele alva, tez macia,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
boca cheia de doces cerejas.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Os cabelos longos</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
com ondas de ouro e prata</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
presos no alto da cabeça</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
mostravam que estava sempre coroada.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Sim, minha vó teve a vida toda,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
não só toques, mas hábitos de rainha.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Ela possuía um paletó imenso, lindo,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
de um veludo cor de ouro que lhe servia de manto</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
jogado nas costas, de forma</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
altiva e elegante em todas as noites de frio.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
E se sentava cheia de pompa na cadeira de braços,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
no jardim, entre lírios, margaridas e rosas brancas</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
que eram as que ela mais gostava.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Tinha nas mãos o cetro da agulha de crochê</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
que cosia como ninguém:</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
um trabalho fino, belo, imperial</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
que ela sempre vendia</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
para as pessoas mais ricas da cidade:</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
as Caetanas,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
D. Elvira, a esposa do Juiz;</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
D. Helena Brenner,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Lela Caixeta e muitas</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
mães das alunas ricas </div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
do colégio interno das</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
freiras eram as suas clientes</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
mais notáveis.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Minha vó gostava de soltar pipa,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
um brinquedo que nunca abandonou</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
e me levava para o pasto do S. Sebastião,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
para fazer isto, por horas,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
sem o obstáculo dos fios elétricos</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
(uma figura).</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Também preferia almoçar cedo</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
para sentir que já era de tarde, pois</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
dizia que as manhãs a angustiava</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
(e eu herdei isto dela).</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Era destas pessoas que conversavam com galinhas</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
e varria com cuidado o chão</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
à sombra da amoreira</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
que tinha no quintal – o seu recanto predileto.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Mas o que mais sabia fazer era</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
dar risadas com esplendor de oração.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
E do alto de sua majestade,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
ria de tudo, confortavelmente,</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
com as bochechas de maçãs</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
e a corrente de pérolas que brilhava</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
em sua boca de gente rica.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Minha vó não tinha só toques de nobreza.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
Pois, de vez em quando, </div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
ela furava o dedo na agulha</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
de crochê que era o seu cetro de rainha</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
e saia um sangue azul que era uma beleza.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: center;">
<b>(Antonio da Costa Neto - do livro Simplesmente azul)</b></div>
</div>
</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-87380717668070750672020-04-25T18:02:00.000-07:002020-04-30T15:11:42.747-07:00A CRISE SÓ VAI PASSAR SE CADA UM DE NÓS DER A SUA CONTRIBUIÇÃO<div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div class="" dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div class="ecm0bbzt hv4rvrfc ihqw7lf3 dati1w0a" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id="jsc_c_14n" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; padding: 4px 16px 16px; transition-property: none !important;">
<div class="j83agx80 cbu4d94t ew0dbk1b irj2b8pg" style="animation-name: none !important; display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px; transition-property: none !important;">
<div class="qzhwtbm6 knvmm38d" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px; transition-property: none !important;">
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"></span><br />
<div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;">
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"><br /></span><span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"><br /></span><span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"><br /></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk94_rYaW3o8bO1sXQz8Gsg7JCSWG15xNMBqeVbhFYbAnW6lpdmTc4oAiKEgbtnXeQ4oY0EFSe9rTUv9ZQmgtwFMx2_lXbHaCvv4G5DiSXkJ3m26lxUNpoTj35X8811_y4Imq5iRNnTYUR/s1600/27337302_1328843017219998_644316457007168598_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="590" data-original-width="450" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk94_rYaW3o8bO1sXQz8Gsg7JCSWG15xNMBqeVbhFYbAnW6lpdmTc4oAiKEgbtnXeQ4oY0EFSe9rTUv9ZQmgtwFMx2_lXbHaCvv4G5DiSXkJ3m26lxUNpoTj35X8811_y4Imq5iRNnTYUR/s640/27337302_1328843017219998_644316457007168598_n.jpg" width="488" /></a></div>
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word; text-align: center;"><br /></span><span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"><br /></span><span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"><br /></span><span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><b>A CRISE SÓ VAI PASSAR SE CADA UM DE NÓS DER A SUA CONTRIBUIÇÃO</b></span></span><span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word; text-align: center;"><br /></span></div>
</div>
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;">
<div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;">
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
01 - Faça um mergulho fundo para dentro de você e perceba coisas, defeitos a corrigir; falhas, omissões, egoísmos, limitações, vaidades inúteis, tolices, ignorâncias, preconceitos, etc. e trate de fazer a limpeza. Sempre tem algo que a nossa cegueira e covardia não nos permitem enxergar e isto também precisa ser corrigido.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
02 - Ligue para aquele amigo - ou alguém que deixou de o ser - com quem você não fala há muito tempo. Mesmo que seja para conversar coisas simples, dar risada. Neste momento, qualquer perfume inebria a alma e ajuda a espantar a dor, a.agonia, a tristeza, o sofrimento o que fará um bem enorme.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
03 - Se alguém ligar pra você atenda, mesmo com sono e evite bocejar ou deixar de atender. Ao contrário, mostre entusiasmo, alegria é dê assunto. Sei de telefonemas que evitaram suicídios e deixaram muita gente feliz. Nunca sabemos a condição interior de quem está do outro lado.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
04 - Lembre-se que diferente do dicionário, na vida a justiça vem antes da caridade. Agora, se você não pratica nenhuma nem outra, acorde, já passa da hora de realizar as duas.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
05 - A absoluta maioria de nós passa a vida a serviço de produzir poder e riqueza para quem os tem, sem saber que, com isso ajuda a ampliar a fome, o medo, o desemprego, a violência e a miséria - o que gera todos os males do mundo.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
Portanto, se você ou algum ente querido for vítima de alguma destas coisas lembre-se de que não há efeito sem causa e que a lei do eterno retorno precisa ser respeitada, em especial, para quem sabe disso. E atenção, se não sabia, você ficou sabendo disso agora. Mude, portanto.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
06 - Tudo acontece na seguinte ordem quântica das energias: primeiro vem a rarefeita, o desejo, talvez; inconsciente. Depois vem a sutil, a consciência do desejo e do pensamento. Em seguida, a palavra, falar da coisa tem sim seu peso e importância. Atenção com isso. Mais tarde vem a energia complexa que são pequenas ou grandes ações direta ou indiretamente direcionadas para a o concretização daquele desejo dependendo do nível de consciência. Por fim, a energia compacta, que é a realização da coisa em si. E toda energia complexa gera infinitas energias rarafeitas num ciclo infinito em que tudo recomeça. Tudo o que pensamos, desejamos, falamos e fazemos se concretiza em algum nível e em algum lugar do universo - é o que chamamos de inconsciente coletivo. Assim, até o coronavírus e a covid-19 também surgiram deste processo e pela força das energias criadas por 7 bilhões de pessoas em todo o planeta. Pense nisso. Certamente, eu, você, todos nós demos a nossa contribuição. Para superá-las é preciso que cada um tenha consciência neste sentido. Faça a sua parte.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
07 - Agradeça sempre as mínimas coisas, um sorriso, um olhar carinhoso, um gesto, uma palavra já são suficientes quando alguém, presta uma gentileza, cede o lugar, dá a vez no trânsito. Nestas pequenas coisas se escondem os grandes segredos. Também responda, fraternalmente, quando alguém agradecer e cumprimente as pessoas, não custa nada e faz um bem enorme. "Gentileza gera gentileza." Lembra?</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
08 - Se vc recebe mensagens via Whatsapp, por exemplo, responda ao menos a alguma delas. Muita gente pára de mandar coisas boas, divertidas, informações importantes para sanguessugas que nunca respondem, ou vêm sempre com aquelas mensagens prontas, geralmente, de gosto questionável. Além de feio e isto é falta de educação. Quem recebe é porque tem, também, condição de mandar. Basta um pequeno esforço. Simples assim.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
09 - Nestas alturas coloque a consciência política acima de todas as qualidades e a alienação, ingenuidade o pior de todos os defeitos. Em quem você vota e a quem elegemos faz toda a diferença para a vida de todos, para as gerações futuras e é de uma responsabilidade sem tamanho e numa dimensão inimaginável. Ainda há tempo de se arrepender, se for o caso, se você ajudou a eleger políticos perversos, devassos, que só fazem o mal, prejudicam nossas vidas e, de certa forma, nos condenam á morte, literalmente até. Apoiar a estes eleitos é algo que não pode ter o perdão do universo frente à gravidade e ao horror que vivemos e que gerará retrocessos futuros de dimensões inaceitáveis.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
10 - Aprendi com um amigo que não está mais entre nós que o pior de todos os males é deixar de fazer o bem quando se tem a oportunidade de fazê-lo. Penso nesta hora em quem tem nas mãos algum poder. Poder este que todos nós temos em maior ou menor proporção. </div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
"O amarmos uns aos outros - aprendi com Milton Greco - não é mais apenas uma passagem bíblica, mas a única saída." Não é lindo? </div>
</div>
</div>
<div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;">
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
(Antonio da Costa Neto)</div>
</div>
</div>
</span></div>
</div>
</div>
</div>
<div class="l9j0dhe7" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important;">
<div class="l9j0dhe7" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important;">
<div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div class="l9j0dhe7" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important;">
<div class="l9j0dhe7" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; padding-top: 500px; position: relative; transition-property: none !important;">
<div class="ni8dbmo4 stjgntxs pmk7jnqg" style="animation-name: none !important; bottom: calc(0% + 0px); font-family: inherit; left: calc(0% + 0px); overflow: hidden; position: absolute; right: calc(50% + 1.01px); top: calc(0% + 0px); transition-property: none !important;">
<a aria-label="A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, árvore, planta e atividades ao ar livre" class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 q9uorilb mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso pmk7jnqg i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl abiwlrkh p8dawk7l i09qtzwb n7fi1qx3 j9ispegn kr520xx4 tm8avpzi" href="https://www.facebook.com/photo/?fbid=2979595635441659&set=pcb.2979595748774981&__cft__[0]=AZVFUwQgqllTIyo_6Pg-qQJP_M2OAGYL1ePGyBK1427yOim6hkJ1PEUmQZ0ditlW_ScdAQYBduWGgzrvNMye5r_Hi5toq9py6RA6QgBbs-VRcAT4Y84_7bmyh6im0X4ger0&__tn__=*bH-R" rel="theater" role="link" style="animation-name: none; border-style: solid; border-width: 0px; bottom: 0px; box-sizing: border-box; color: #385898; cursor: pointer; display: inline-block; font-family: inherit; left: 0px; list-style: none; margin: 0px; min-height: 0px; min-width: 0px; outline: none; padding: 0px; position: absolute; right: 0px; text-align: justify; top: 0px; z-index: 0;" tabindex="0"></a><br />
<div class="ni8dbmo4 stjgntxs" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; overflow: hidden; transition-property: none !important;">
<div class="do00u71z ni8dbmo4 stjgntxs l9j0dhe7" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; height: 0px; overflow: hidden; padding-top: 498px; position: relative; transition-property: none !important;">
<div class="pmk7jnqg kr520xx4" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; height: 498px; left: -40.6563px; position: absolute; top: 0px; transition-property: none !important; width: 330.328px;">
<a aria-label="A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, árvore, planta e atividades ao ar livre" class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 q9uorilb mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso pmk7jnqg i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl abiwlrkh p8dawk7l i09qtzwb n7fi1qx3 j9ispegn kr520xx4 tm8avpzi" href="https://www.facebook.com/photo/?fbid=2979595635441659&set=pcb.2979595748774981&__cft__[0]=AZVFUwQgqllTIyo_6Pg-qQJP_M2OAGYL1ePGyBK1427yOim6hkJ1PEUmQZ0ditlW_ScdAQYBduWGgzrvNMye5r_Hi5toq9py6RA6QgBbs-VRcAT4Y84_7bmyh6im0X4ger0&__tn__=*bH-R" rel="theater" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; align-items: stretch; animation-name: none !important; border-bottom-color: var(--always-dark-overlay); border-left-color: var(--always-dark-overlay); border-right-color: var(--always-dark-overlay); border-style: solid; border-top-color: var(--always-dark-overlay); border-width: 0px; bottom: 0px; box-sizing: border-box; color: #385898; cursor: pointer; display: inline-block; flex-basis: auto; flex-direction: row; flex-shrink: 0; font-family: inherit; left: 0px; list-style: none; margin: 0px; min-height: 0px; min-width: 0px; outline: none; padding: 0px; position: absolute; right: 0px; text-align: inherit; text-decoration-line: none; top: 0px; touch-action: manipulation; transition-property: none !important; user-select: none; z-index: 0;" tabindex="0"><img alt="" class="i09qtzwb n7fi1qx3 datstx6m pmk7jnqg j9ispegn kr520xx4 k4urcfbm" src="https://scontent.fgyn7-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/s600x600/94996917_2979595642108325_3582798316015976448_n.jpg?_nc_cat=111&_nc_sid=8bfeb9&_nc_ohc=ydAvOjx688QAX-O4cRa&_nc_ht=scontent.fgyn7-1.fna&_nc_tp=7&oh=2c710fe410cd5ba28007daee7810dfbd&oe=5ECBA08C" style="animation-name: none !important; border: 0px; bottom: 0px; height: 498px; left: 0px; position: absolute; right: 0px; top: 0px; transition-property: none !important; width: 330.328px;" /></a></div>
</div>
<div class="i09qtzwb rq0escxv n7fi1qx3 pmk7jnqg j9ispegn kr520xx4 linmgsc8 opwvks06 hzruof5a" style="animation-name: none !important; border-bottom: 1px solid var(--media-inner-border); border-top: 1px solid var(--media-inner-border); bottom: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; left: 0px; pointer-events: none; position: absolute; right: 0px; top: 0px; transition-property: none !important;">
</div>
</div>
<a aria-label="A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, árvore, planta e atividades ao ar livre" class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 q9uorilb mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso pmk7jnqg i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl abiwlrkh p8dawk7l i09qtzwb n7fi1qx3 j9ispegn kr520xx4 tm8avpzi" href="https://www.facebook.com/photo/?fbid=2979595635441659&set=pcb.2979595748774981&__cft__[0]=AZVFUwQgqllTIyo_6Pg-qQJP_M2OAGYL1ePGyBK1427yOim6hkJ1PEUmQZ0ditlW_ScdAQYBduWGgzrvNMye5r_Hi5toq9py6RA6QgBbs-VRcAT4Y84_7bmyh6im0X4ger0&__tn__=*bH-R" rel="theater" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; align-items: stretch; animation-name: none !important; border-bottom-color: var(--always-dark-overlay); border-left-color: var(--always-dark-overlay); border-right-color: var(--always-dark-overlay); border-style: solid; border-top-color: var(--always-dark-overlay); border-width: 0px; bottom: 0px; box-sizing: border-box; color: #385898; cursor: pointer; display: inline-block; flex-basis: auto; flex-direction: row; flex-shrink: 0; font-family: inherit; left: 0px; list-style: none; margin: 0px; min-height: 0px; min-width: 0px; outline: none; padding: 0px; position: absolute; right: 0px; text-align: inherit; text-decoration-line: none; top: 0px; touch-action: manipulation; transition-property: none !important; user-select: none; z-index: 0;" tabindex="0">
<div class="n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql i09qtzwb n7fi1qx3 b5wmifdl hzruof5a pmk7jnqg j9ispegn kr520xx4 c5ndavph art1omkt ot9fgl3s" data-novc="1" style="animation-name: none !important; border-radius: inherit; bottom: 0px; font-family: inherit; left: 0px; opacity: 0; pointer-events: none; position: absolute; right: 0px; top: 0px; transition-duration: var(--fds-duration-extra-extra-short-out); transition-property: none !important; transition-timing-function: var(--fds-animation-fade-out);">
<br /></div>
</a></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="stjgntxs ni8dbmo4 l82x9zwi uo3d90p7 h905i5nu monazrh9" data-vc-ignore-dynamic="1" style="animation-name: none !important; border-radius: 0px 0px 8px 8px; font-family: inherit; overflow: hidden; transition-property: none !important;">
<div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; transition-property: none !important;">
<div class="l9j0dhe7" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important;">
<div class="bp9cbjyn m9osqain j83agx80 jq4qci2q bkfpd7mw a3bd9o3v s1tcr66n kvgmc6g5 wkznzc2l oygrvhab dhix69tm jktsbyx5 rz4wbd8a osnr6wyh a8nywdso" style="align-items: center; animation-name: none !important; border-bottom: 1px solid var(--divider); color: var(--secondary-text); display: flex; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; justify-content: flex-end; line-height: 1.3333; margin: 0px 16px; padding: 10px 0px; transition-property: none !important;">
<div class="bp9cbjyn j83agx80 buofh1pr ni8dbmo4 stjgntxs" style="align-items: center; animation-name: none !important; display: flex; flex-grow: 1; font-family: inherit; overflow: hidden; transition-property: none !important;">
<span aria-label="Veja quem reagiu a isso" class="bp9cbjyn j83agx80 b3onmgus" role="toolbar" style="animation-name: none; display: flex; font-family: inherit; padding-left: 4px;"><span class="np69z8it et4y5ytx j7g94pet b74d5cxt qw6c0r16 kb8x4rkr ed597pkb omcyoz59 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 qxh1up0x qtyiw8t4 tpcyxxvw k0bpgpbk hm271qws rl04r1d5 l9j0dhe7 ov9facns tkr6xdv7" style="animation-name: none; border-radius: 11px; border-style: solid; border-width: 2px; font-family: inherit; height: 18px; margin-left: -4px; position: relative; width: 18px; z-index: 1;"><span class="t0qjyqq4 jos75b7i j6sty90h kv0toi1t q9uorilb hm271qws ov9facns" style="animation-name: none; border-radius: 9px; display: inline-block; font-family: inherit; height: 18px; width: 18px;"><span class="tojvnm2t a6sixzi8 abs2jz4q a8s20v7p t1p8iaqh k5wvi7nf q3lfd5jv pk4s997a bipmatt0 cebpdrjk qowsmv63 owwhemhu dp1hu0rb dhp61c6y iyyx5f41" style="animation-name: none; display: inherit; font-family: inherit; height: inherit; max-height: inherit; max-width: inherit; min-height: inherit; min-width: inherit; width: inherit;"><div aria-label="5 Amei" class="oajrlxb2 g5ia77u1 qu0x051f esr5mh6w e9989ue4 r7d6kgcz rq0escxv nhd2j8a9 nc684nl6 p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of lzcic4wl l9j0dhe7 abiwlrkh p8dawk7l" role="button" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; animation-name: none !important; background-color: transparent; border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline; font-family: inherit; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; position: relative; text-align: inherit; touch-action: manipulation; transition-property: none !important; user-select: none;" tabindex="0">
<br /></div>
</span></span></span></span></div>
<div class="bp9cbjyn j83agx80 pfnyh3mw" style="align-items: center; animation-name: none !important; display: flex; flex-shrink: 0; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div class="gtad4xkn" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin-left: 7px; transition-property: none !important;">
<span class="tojvnm2t a6sixzi8 abs2jz4q a8s20v7p t1p8iaqh k5wvi7nf q3lfd5jv pk4s997a bipmatt0 cebpdrjk qowsmv63 owwhemhu dp1hu0rb dhp61c6y iyyx5f41" style="animation-name: none; display: inherit; font-family: inherit; height: inherit; max-height: inherit; max-width: inherit; min-height: inherit; min-width: inherit; width: inherit;">
</span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="tvmbv18p cwj9ozl2" style="animation-name: none !important; color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 4px; transition-property: none !important;">
<span class="pmk7jnqg g0aa4cga q45zohi1" data-html2canvas-ignore="true" style="animation-name: none; clip: rect(0px , 0px , 0px , 0px); font-family: inherit; position: absolute;"></span></div>
</div>
</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-23206021670425034842020-04-12T21:26:00.003-07:002020-04-30T15:17:03.790-07:00CONVITE PARA VENCER O CORONA VÍRUS - UM GRANDE DESAFIO<div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div class="" dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div class="ecm0bbzt hv4rvrfc ihqw7lf3 dati1w0a" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id="jsc_c_10t" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; padding: 4px 16px 16px; transition-property: none !important;">
<div class="j83agx80 cbu4d94t ew0dbk1b irj2b8pg" style="animation-name: none !important; display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px; transition-property: none !important;">
<div class="qzhwtbm6 knvmm38d" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px; transition-property: none !important;">
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"></span><br />
<div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;">
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word; text-align: center;"><br /></span></div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"><br /></span></div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"><br /></span></div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYQrviVfBigx6-JRtfZiGVrYitvdokwYuOduanRiQGzoXJ8-zfmx4PBp2FKvStLCbwJl2BcOL0VgDf2eNM3rwWt7v_cg-XRhl4KfJRxIkqE7jTtVrholHY4vqXVnAI7PS_iQTjn6E75_gY/s1600/e5444517292029bb2c8b76e7eb15d90c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="512" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYQrviVfBigx6-JRtfZiGVrYitvdokwYuOduanRiQGzoXJ8-zfmx4PBp2FKvStLCbwJl2BcOL0VgDf2eNM3rwWt7v_cg-XRhl4KfJRxIkqE7jTtVrholHY4vqXVnAI7PS_iQTjn6E75_gY/s640/e5444517292029bb2c8b76e7eb15d90c.jpg" width="640" /></a></div>
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word; text-align: center;"><br /></span></div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 enqfppq2 jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="animation-name: none; display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; margin-bottom: -4px; margin-top: -4px; max-width: 100%; overflow-wrap: break-word;"></span></div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<div dir="auto" style="animation-name: none; background-color: white; color: #050505; font-family: "segoe ui historic", "segoe ui", helvetica, arial, sans-serif;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>CONVITE À SUPERAÇÃO DO CORONA VÍRUS: O MAIOR DE TODOS OS DESAFIOS</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
Algo teria mesmo que surgir para frear esta humanidade louca, competitiva, egoísta, gananciosa, sem a menor concepção de valores, princípios, ética, sentimentos. A vida em si perdeu toda e qualquer dimensão de valor frente à abusiva competitividade do ser humano, em todos os tempos, cujo somatório é, sem dúvida, o maior de todos os males: milhares de anos de maiores e menores maldades, contra as quais a terra resolveu revidar de forma mais drástica do que, talvez, conseguiremos suportar.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
O ser humano é profundamente mau e não sabe. É ingênuo, incauto, doente, seco, agressivo e não sabe. Dedica sua vida, talentos, habilidades, inteligência para destruir o outro, a si próprio e ao seu habitat natural e nem se dá conta disso. </div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
Mesmo as pessoas voltadas para algum bem, os valores, as crenças, Deus à caridade, ao suposto senso de justiça que circunda sobre a terra, são más e não sabem, perversas e não sabem, etc. Mente, blefa, engana. As mulheres, os professores, os empresários, os pais, mães, governantes, advogados, pedreiros, sapateiros, lavadeiras - enfim, todos ou quase todos - em maior ou menor nível, contribuem, sem que saibam na contínua destruição da vida e do planeta que dá agora o seu grito, talvez, final declarando uma gerra única e jamais vista em todos os milhares de anos da sua história.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
Sempre afirmei - por minha conta e risco, diga-se de passagem - que o maior, minto, que o único problema do mundo é o ideológico. Fomos todos orientados - condicionados - por uma certa ordem, uma certa condução de conhecimentos, diretrizes e práticas, feitas sempre pelos mesmos, para beneficiar os mesmos, e, automaticamente, prejudicando e condenando à fome, à miséria, ao relento, ao desespero, à violência e à morte, bilhões e bilhões de pessoas ao redor de todo o mundo. E, esta energia iria, sem sombra de dúvidas, se materializar em algum ponto do universo, declarando e deflagrando uma pandemia sem precedentes sobre o planeta e ela está aí: chama-se Corona Vírus, COVID - 19. Com nome, sobrenome, história, êxito tão grande ou maior do que os males que nós, a humanidade incauta, lava o rosto e vai fazer acontecer durante todos os anos de vida, sem, ao menos se dar conta desta dura realidade.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
Formamos, ao todo, um covil de políticos cínicos, empresários gananciosos e insensíveis, homens e mulheres ingênuos, alienados, trabalhadores cegos e subservientes, condicionados por uma percepção de mundo para privilegiar poucos e sucumbir muitos e muitos a uma barbárie, material, espiritual, intelectual, enfim, em todos os sentidos.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
Assim, à revelia dos incomensuráveis avanços da ciência, da pesquisa e da tecnologia, o ser humano se nega a evoluir. Continua sendo mau, mesquinho, fraco, inábil, inumano, horrendamente cruel contra tudo o que o cerca e que foi feito para ele, o que levou o mundo a revidar de forma singular, destruindo a vida, de forma concomitante em todas as regiões do dito mundo civilizado. E pior, por meio de um personagem invisível, inodoro e incolor como a água, rarefeito como o ar e inexistente em sua essência - um minúsculo vírus - que em meses de história fez com que a humanidade inteira parasse, cheia de medo e pavor se colocando estática diante de tanta dor, miséria, opressão, pavor e morte. É, estamos, sem dúvida, diante do maior de todos os desafios já expostos a esta humanidade inteira, prontamente imbecilizada e sem caminhos ou frentes para dar o primeiro passo.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
As escolas, as universidades fecharam suas portas. Mas elas devem , não para ensinarem o que ensinavam antes que tudo isto. Ao invés de apurarem o veneno, elas devem se preocupar em produzir o antídoto para todas as dores, que, em última instância, elas ensinaram e cobraram o êxito que aí está. As empresas, o jogo do capital não pode mais ser feito para o lucro desenfreado, o ganho de poucos sobre a exploração de muitos. Mas tudo deve ser refeito de uma forma respeitosa, distributiva, humana, considerando o bem-estar das pessoas e a perpetuação da vida.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
Os governos, as instituições, as empresas, os bancos, as igrejas, a espiritualidade, as famílias, enfim, tudo precisa mudar radicalmente para o amor, a solidariedade a compaixão. </div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
Falamos aqui de uma especial, singular e mais que necessária mudança de paradigmas. Mudança profunda de pensamentos, palavras, ações, arquétipos, desejos, processos, resultados,tudo, a um só tempo. Antes que seja tarde demais. Ou seja, precisamos agir enquanto estamos vivos.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
O desempenho corporativo e capitalista, comprometido ideologicamente, não serve mais. É preciso que todos ganhem, todos tenham, todos comam e todos vivam. Mas todos. Ou serão todos ou não será ninguém e a Covid - 19 está aí para destruir quem se negar a tais fatores, com o que irão fortalecê-la mais e mais até se transformar num monstro de proporções absolutamente invencíveis, o que será o fim do fim. O fim de tudo, podem estar certos disto. </div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
O ranço ideológico, a política de benefício da pequena burguesia, do branco, do macho e do capital. a extrema maldade, a insensibilidade dos que defendem tais aspectos precisam ser trocados por abordagens outras que intensifiquem o bem capaz de ser maior e suprimir o mal que, hoje em dia, os mais de sete bilhões de seres humanos cometem todos os dias sobre a terra por meio de pequenas ou grandes atitudes, jogos de poder, educando as crianças, escrevendo os estatutos, conduzindo a vida e os benefícios para os poucos mesmos e matando de fome massas e massas de homens, mulheres, crianças, bichos, árvores, fonte de ar, água e também, outros recursos da natureza. </div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
O mesmo ser humano que constituiu o inferno terá agora de unir todos os esforços para construir o paraíso num processo múltiplo e transdisciplinar, unindo e misturando ciência, tecnologia, teorias, práticas, sentimentos, espiritualidade, estética, filosofia, humanização, bom senso, este, sim, o verdadeiro diferencial.</div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
O Corona Vírus e a Covid - 19 não são e nem nunca foram uma sintomatologia, uma doença ou algo a ser tratado unicamente pela medicina e seus técnicos frios, cartesianos, centrados na técnica e fazendo dela um negócio, que é o que vemos acontecer em volta de todo o mundo. Claro que a conduta médica, os hospitais, clínicas, medicamentos, respiradores, profissionais de saúde constituem, sim, o eixo central de toda a conduta, mas não, apenas eles, este novo paradigma requer que se agreguem a outras experiências, trabalhando, sim, num sentido mais extenso e mais global. Tudo é um construto que envolve valores, educação, cultura, filosofia de vida, espiritualidade, amorização, condutas humanas outras centradas numa proposição muito maior e bem mais complexa. As discussões deverão integrar todos os meios, tendências, formas de pensamento, ação, cultura, alma, estética e arte. </div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
Precisamos, sim, de uma mudança radical e profunda - nunca antes vista - assim como os processos que ora se desencadeiam, onde não só médicos, medicamentos, enfermeiros e técnicos terão vez e voz. Isto foi para as pandemias do passado, hoje, estamos lidando com um monstro de muito maiores proporções e que deverá ser atacado de todos os lados, numa percepção muito mais plena e sintomática. Entendo e se colocando no lugar do outro, revelando o sentido empático do que e do como fazer. Revendo ideologias, princípios, e, entendendo, finalmente, que maior de todos os erros e o mais poderoso de todos os males é deixar de se fazer o bem quando se tem a oportunidade de fazê-lo. E é só o que a humanidade inteira tem feito - em todos os momentos, séculos, milênios da sua brutal existência. </div>
</div>
<div dir="auto" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;">
<div style="text-align: justify;">
E é este o paradigma que precisa ser mudado. Para ontem. Enquanto estamos vivos. Para vencermos esta luta temos que confinar nossos corpos, e, acima de tudo, refinar nossas almas, entendendo que temos sim de cuidar de nós cuidando do outro, que são todos, e, com a mesma intensidade.</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="l9j0dhe7" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important;">
<div class="l9j0dhe7" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important;">
<div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">
<a class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 a8c37x1j mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso l9j0dhe7 i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl abiwlrkh p8dawk7l tm8avpzi" href="https://www.facebook.com/photo/?fbid=2951048078296415&set=a.202424996492084&__cft__[0]=AZV5-Ktz_tdNW77EE0bQy17czSmTtPhGPVlTBDa_jkeRNOqrt7N1888Vuk2gTXBXghlSXprvBkqfWI-04VbhwkrzKoy6E0lcaUICLjMaub3ILA&__tn__=EH-R" rel="theater" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; align-items: stretch; animation-name: none !important; border-bottom-color: var(--always-dark-overlay); border-left-color: var(--always-dark-overlay); border-right-color: var(--always-dark-overlay); border-style: solid; border-top-color: var(--always-dark-overlay); border-width: 0px; box-sizing: border-box; color: #385898; cursor: pointer; display: block; flex-basis: auto; flex-direction: row; flex-shrink: 0; font-family: inherit; list-style: none; margin: 0px; min-height: 0px; min-width: 0px; outline: none; padding: 0px; position: relative; text-align: inherit; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation; transition-property: none !important; user-select: none; z-index: 0;" tabindex="0">
</a></div>
</div>
<div class="stjgntxs ni8dbmo4" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; overflow: hidden; transition-property: none !important;">
</div>
</div>
</div>
<div class="stjgntxs ni8dbmo4 p0l241xz s70u1j17 ef36h4xz csza95pw" data-vc-ignore-dynamic="1" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; overflow: hidden; transition-property: none !important;">
<div style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; transition-property: none !important;">
<div class="a8nywdso e5nlhep0 rz4wbd8a ecm0bbzt jklb3kyz dhix69tm oygrvhab wkznzc2l kvgmc6g5 j83agx80" style="animation-name: none !important; display: flex; font-family: inherit; margin: 0px 16px; min-height: 32px; padding: 4px 0px; transition-property: none !important;">
<div class="ewlkfwdl jq4qci2q buofh1pr btwxx1t3 j83agx80 oo9gr5id bp9cbjyn" style="align-items: center; animation-name: none !important; color: var(--primary-text); display: flex; flex-direction: row; flex-grow: 1; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; order: 1; transition-property: none !important;">
<span class=" _18vi" style="animation-name: none; display: flex; font-family: inherit;"></span><br />
<div class="l9j0dhe7 k4urcfbm" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important; width: 156px;">
<div class="l9j0dhe7" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; position: relative; transition-property: none !important;">
<div aria-label="Curtir" class="oajrlxb2 bp9cbjyn g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 j83agx80 mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso l9j0dhe7 i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl abiwlrkh p8dawk7l buofh1pr taijpn5t" role="button" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; align-items: center; animation-name: none !important; background-color: transparent; border-bottom-color: var(--always-dark-overlay); border-left-color: var(--always-dark-overlay); border-right-color: var(--always-dark-overlay); border-style: solid; border-top-color: var(--always-dark-overlay); border-width: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: flex; flex-direction: row; flex: 1 0 auto; font-family: inherit; justify-content: center; list-style: none; margin: 0px; min-height: 0px; min-width: 0px; outline: none; padding: 0px; position: relative; text-align: inherit; touch-action: manipulation; transition-property: none !important; user-select: none; z-index: 0;" tabindex="0">
<div class="e71nayrh _18vj" style="align-items: center; animation-name: none !important; color: var(--secondary-text); display: flex; flex: 1 0 0%; font-family: inherit; font-weight: 600; height: 32px; justify-content: center; line-height: 1; padding: 0px 2px; position: relative; transition: transform 400ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1) 0s; z-index: 6;">
<span class=" _18vi" style="animation-name: none; display: flex; font-family: inherit;"><span class="q9uorilb sf5mxxl7 bdca9zbp" style="animation-name: none; display: inline-block; font-family: inherit; vertical-align: middle;"><span class=" q9uorilb" style="animation-name: none; display: inline-block; font-family: inherit;"><img alt="" class="q9uorilb fv0vnmcu" height="18" src="https://static.xx.fbcdn.net/rsrc.php/v3/yz/r/gGPRzHuW8qT.png" style="animation-name: none !important; border: 0px; display: inline-block; margin-right: 6px; transition-property: none !important;" width="18" /></span></span></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="tvmbv18p cwj9ozl2" style="animation-name: none !important; color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 4px; transition-property: none !important;">
<span class="pmk7jnqg g0aa4cga q45zohi1" data-html2canvas-ignore="true" style="animation-name: none; clip: rect(0px , 0px , 0px , 0px); font-family: inherit; position: absolute;"></span></div>
</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-13457991482941558892020-02-21T17:46:00.000-08:002020-02-21T17:46:54.279-08:00Contos da Meia Noite - Ideias de Canário ( machado de assis)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwWL2W7nZKbWomp_hJfoKx9cAN9lU-nawJPe6s44eYBVPu3LxwS4qWSFjHC_H5-yUVwlyMCK43NPM2KyYmOJw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
este é um dos vídeos mais emocionantes da minha vida !!!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
espero que gostem!</div>
<br />Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-86191262176037486852019-10-05T06:37:00.000-07:002019-10-05T06:37:36.217-07:00PARABÉNS SILVÂNIA PELOS 245 ANINHOS...UM BEBÊ ENGATINHANDO PELA VIDA...<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<span class="_ezo" id="u_0_13" style="color: #f1765e; cursor: pointer; font-family: inherit; font-weight: 600;">PARABÉNS</span> SILVÂNIA PELOS 245 ANINHOS...UM BEBÊ ENGATINHANDO PELA VIDA...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXmQr3R2eniXJEcTkOb6KrmpUD8vNp1SLi6OrwLCI2r0JiprmNZzBJQSgHkFT-kT-KGsd4gtPN2Y8EmxwbX0JQrJE2xdiW8pB5fDR1dwsP0X6gk5HcMWBYGVb6-Tbx0eJvpYJ1pdVp8sCN/s1600/71398375_2410938175819494_6171220512262324224_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="695" data-original-width="568" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXmQr3R2eniXJEcTkOb6KrmpUD8vNp1SLi6OrwLCI2r0JiprmNZzBJQSgHkFT-kT-KGsd4gtPN2Y8EmxwbX0JQrJE2xdiW8pB5fDR1dwsP0X6gk5HcMWBYGVb6-Tbx0eJvpYJ1pdVp8sCN/s640/71398375_2410938175819494_6171220512262324224_n.jpg" width="522" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
Todo mundo tem uma paixão secreta, acredito. Seja ela qual for: uma pessoa, um bicho, uma lembrança que faz suspirar, sentir saudade. Mas sei também que todo mundo tem uma paixão explicita. E aqui venho deixar escancarada e clara uma das minhas. Cinco de outubro pode ser para muita gente uma data comum. Um dia sem nenhum brilho especial. Uma ou outra pessoa pode até puxar pela memória e ser pega de surpresa ao lembrar, ainda que de maneira atrasada, o aniversário de alguém. De um acontecimento marcante, um amor, um beijo, alguma coisa feliz, gratificante.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, porém, vou mais longe, se me permitem. Vou voltar no tempo e arriscar algumas emoções. Pois, 05 de outubro é a data de aniversário da minha cidade natal. A minha amada Silvânia, a antiga e inesquecível Bonfim, de todos nós. "Terra que ensinou Goiás a ler, a ter cultura, sendo sua Atenas". Cidade que viveu tempos memoráveis do cinema. Onde olhos curiosos acompanhavam ansiosos o mundo que se descortinava frente às enormes telas do Cine Teatro Municipal e do Cinema do Seu Aurelino, na rua do Neves de Siqueira. Ou do teatro das freiras salesianas e da arte suprema e inesquecível de D. Nair Damásio e sua "intrépida trupe".</div>
<div style="text-align: justify;">
Ali, muitos se conheceram e, possivelmente, se apaixonaram. Apertaram as mãos às escondidas, trocaram o primeiro beijo, a primeira carícia carregada de suspiro como se a vida quisesse imitar a arte. E conseguisse. Cidade que tem às margens a telúrica Estação Ferroviária, um por do sol poético. Cheiro do eucalipto, as águas do Rio Vermelho, as velhas histórias de Zé Caetano, Josito, D. Maria Teresa. Silvânia do saudoso Manezão, das figuras humanas tão suas, tão próprias: Hermínio Cotrim, Urbano Caetano, D. Fleuza Corrêa, Chico da Altina, Sinhô, Aninha do Afonso, Tôen do Cândido...</div>
<div style="text-align: justify;">
Silvânia, fragmentos de poemas, sempre inacabados. A voz da Salete encantando multidões. Gracinha do Acrísio, um misto de beleza, carisma, inteligência, jornalista, poeta, atleta de vôlei. Maria Érika, sua arte, sua força. Carmita, seu sorriso, sua máquina de costura, sua batalha incansável, por anos, até hoje, até sempre. Silvânia do Inácio, o anjo sem asas. Do Astrogildo, homem bom, sensível, bem-humorado, uma pessoa maravilhosa. Fazendo par com a sua Cota e ciranda com seus filhos, netos, bisneta. Silvânia dos Damásios, de D. Darvina, minha eterna professora, com quem muito aprendi. Dos jardins paradisíacos de D. Inácia Leite. As trilhas com suas porteiras rangendo, suas vacas, galinhas, hortas, flores ao vento. E, logicamente, dos Silva, que lhe deram o nome, a graça, o encantamento da simplicidade que tudo dignifica.</div>
<div style="text-align: justify;">
Que tem os famosos colégios Anchieta, Nossa Senhora Auxiliadora e o Aprendizado Padre Lancísio. Além do José Paschoal, o campus da Universidade de Goiás, de educação rigorosa, desdobrando as tradições da clássica pedagogia, dos ensinamentos igualmente especiais e profundos como os suspiros, as saudades, a bondade no coração do seu povo.</div>
<div style="text-align: justify;">
A matriz de Nossa Senhora do Rosário e a Igreja do Senhor do Bonfim, com sua pracinha típica de cidade de interior.O casarão sisudo, as ruas tortas, os telhados seculares. Um coreto melancólico e solitário, que nos faz voltar no tempo. Terra de gente católica, que tem como símbolo da fé um Cristo de braços abertos em cruz lá no alto, abençoando a tudo e a todos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Silvânia deve estar em festa. Antes estaria. E era festa das grandes. Os desfiles em comemoração a sua fundação, eram verdadeiros motivos de grandes expectativas. Os ensaios das "bandas" de cada escola se sucediam cansativos, mas cheios de entusiasmos. Cada um queria render sua homenagem maior que a outra. Numa das principais avenidas da cidade os dobrados emocionavam o público. O amontoado de gente formava um verdadeiro corredor humano para ver o desfile passar. Alguns nem respiravam. Cada centímetro era disputadíssimo. E a cidade lá, acolhendo cada nota como prêmio de uma segura gratidão. Silvânia dos festivais, dos encontros de juventude, das marchas da amizade, das serenatas do Lico, da viola do Zé Luiz, da voz doce da Lalá. E também, dos cursilhos de cristandade, das festas dos ex-alunos. Dos espetáculos, das semanas de retiro, dos jogos escolares. Os uniformes de gala, as gincanas. O mel do seu Brenner, os salgados de D. Almira, biscoitos de Ana Rogéria, presépios de D. Babita. Rezas, benzimentos, crenças, muita fé.</div>
<div style="text-align: justify;">
As excursões para Aparecida, D. Rilza sorridente e amorosa. Dr. Helvécio, nsosso dentista atendendo as pessoas no seu casarão da Praça. Os ciprestes do quintal de D. Quetinha. A livraria da Nenzita, Vivin, Maria Preta fazendo graças. Conversas afiadas, rodas, brincadeiras da rapaziada, quadrilha junina marcada pelo Toín da D. Elpídia e Amelinha. Não se sabia o que era mais belo, se a dança, as roupas, a alegria dos casais ou a voz melodiosa de seus marcadores.Alguém lembra como era lindo? Hum! que saudade...</div>
<div style="text-align: justify;">
As pamonhadas, a feira ao lado do Céssi. Os pomares de jabuticabeiras, o rádio de D. Nestina sempre no último volume. Os anúncios do Ditão no alto-falante da igreja.O repicar dos sinos, os sermãos do Pe. Polly. A visita da imagem do Divino Pai Eterno e toda gente animada decorando suas portas, iluminando a graça das toalhas brancas e bordadas ao calor das mãos humanas, calejadas, sofridas, mas, nem por isso, deixando de fazer as alegrias do povo.</div>
<div style="text-align: justify;">
A cidade que tem como um dos cartões postais a Praça do Rosário. Famosa por sua fonte luminosa onde todos se encontram durante o final de semana e ainda vivem ali os grandes carnavais, os shows que encantam, as feiras, as mostras de arte, só alegrias. Os bailes do Clube Recreativo, as festas religiosas e profanas. A Avenida, o Galetu's, o Bar Patropi, o saudoso Tôen do Clóvis...o Bloco do Id, a Rádio Rio Vermelho.</div>
<div style="text-align: justify;">
A casa deliciosa de Seu Cipriano, onde íamos estudar entre paredes de adobo, terreiro de margaridas, cortinas de chitão, estampadas ao vento. E aquele portão lá na rua, longe da casa onde a gente batia e ficava esperando a pessoa e o sorriso. Os meninos do Seu João de Oliveira, com quem eu até não me encontrava muito, mas até hoje, quando encontro qualquer um deles é uma festa tão grande, a demonstração de uma alegria tão imensa, que fico sem graça, emocionado e sem ar. Os filhos do Soguim e D. Laudicena. As nossas idas em sua casa para colher as uvas-do-Pará, uma delícia como poucas. Como não sentir a falta de todas estas delícias.</div>
<div style="text-align: justify;">
Silvânia dos Clubes Atenas e das Pedrinhas, do queridíssimo Padre Januário. Da AABB. E como não poderia deixar de lembrar aqui, Silvânia das galerias enormes do Anchieta, das festas juninas, da quadra de vôlei no meio da praça. . Do relógio acertado pelo Tãozinho, do Zequita, D. Luiza Mestre, a Julina do Asilo, D. Preta do Hermelindo, Ivani, Antonio da Laura, Maria do Zé Leão, D. Carlota, Nigrinha, Zefina, Zulmira, Sinhana de Sá Rosa, Maria Tanásia, Neném do Nego, Vó Cândida e inúmeros outros amores profundos e inesquecíveis. Impagáveis.</div>
<div style="text-align: justify;">
Silvânia de D. Inhazica, encantadora. Do Zé Caixeta, um grande prefeito, seguido de Zé Denisson, Zé Tavares, Milton, Adonias do Prado, Augusto Siqueira e tantos outros. Silvânia das festas maravilhosas de São Sebastião, do Divino, das comemorações da Paixão de Cristo, do Natal. O mês de maio, inteirinho dedicado à Maria. Silvânia de D. Geralda do Chaveco, D. Nina. Lôpo Ramos, Tim, Moisés Umbelino, Pe. Pedro Celestino. D. Miçana, Seu Clarido, Begê, Moisés Português, Seu Oscar, Bendita de Eva, Nigrinha do João Alfaiate... Das plantações de marmelo mais cheirosas dos que as noivas e o seu perfume invadia toda a pequena cidade durante as noites inteiras. E a gente acordava se deliciando e dando graças a Deus por aquele presente: motivo pra sorrir e agradecer sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
Silvânia dos sorrisos doces de D. Isaura, o mais eficaz dos remédios do hospital e de D. Lili de Melo, um banho de alegria, uma festa. Além das mãos mágicas do Dr. Tiago, um outro santo da nossa terra. As procissões bonitas, iluminadas, as músicas, as rezas de D. Tina Guimarães. A elegância de D. Didi Félix, D. Negueta, D. Leonor da Pensão, a doçura de D. Teresinha Lobo. A poesia, a pureza, as madrugadas silenciosas e repletas de bênçãos para os dias que sempre chegavam radiantes, vindos das mãos de Deus. Os pedaços da cidade que adolesciam com a sua juventude a cada final de manhã, a cada nova primavera. Silvânia de tantas outras lembranças. Silvânia, minha paixão ensolarada, repleta de luz, de sonhos e poesias.</div>
<div style="text-align: justify;">
Silvânia que surge da luz e do amor de Deus.</div>
<div style="text-align: justify;">
Silvânia de todos nós.</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-78478039917070023242019-07-11T18:02:00.000-07:002019-07-11T18:02:13.250-07:00CHORANDO COM RODRIGO MAIA... LÁGRIMAS DE CROCODILO<div class="" data-block="true" data-editor="9gppg" data-offset-key="cik9-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cik9-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="cik9-0-0" style="font-family: inherit;">AS LÁGRIMAS DE CROCODILO DE RODRIGO MAIA </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHaJjHLPmDFd8_mThHrjymmXQfUdmlsBZmYZVmFhfuHX0X1IhsNIvU90bGgSIn-3dZoNjvOOushI_cA2JdhncEIWbiKTLkHOIrqTnjKUx-c6gGwqQYsvaOHCEce9TZqi0n5J4lCw3oF9PW/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHaJjHLPmDFd8_mThHrjymmXQfUdmlsBZmYZVmFhfuHX0X1IhsNIvU90bGgSIn-3dZoNjvOOushI_cA2JdhncEIWbiKTLkHOIrqTnjKUx-c6gGwqQYsvaOHCEce9TZqi0n5J4lCw3oF9PW/s640/maxresdefault.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cik9-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: center;">
<span data-offset-key="cik9-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9gppg" data-offset-key="fsgad-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fsgad-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="fsgad-0-0" style="font-family: inherit;"> </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9gppg" data-offset-key="2lpbs-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2lpbs-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="2lpbs-0-0" style="font-family: inherit;">Estou estupefato com a cena do Rodrigo Maia chorando de amor pelo povo que sofre, as crianças, as mulheres, os pobres, os trabalhadores. Não sei o que mais me assusta, se o cinismo incondicional, o anacronismo, o pedantismo, o sadismo deste Nhonho dos infernos ou a ignorância, a subserviência de um povo que não reage a uma palhaçada destas.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9gppg" data-offset-key="1dap4-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1dap4-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="1dap4-0-0" style="font-family: inherit;">É repugnante. Armar a reforma que tira o pão da boca dos filhos dos trabalhadores, escraviza e explora quem trabalha - ou quer trabalhar - submetendo o povo à miséria, à fome, à violência galopantes à deseducação e ainda chorar de emoção enquanto faz isso. É bárbaro, é baixo, é repugnante.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9gppg" data-offset-key="5p60e-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5p60e-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="5p60e-0-0" style="font-family: inherit;">Talvez precisássemos, sim, de uma reforma da previdência, mas não esta. Associada a uma possível reforma moral e ética era preciso, igualmente, mexer nos privilégios da canalhice que governa o Brasil. Que ganha como elite, mora, vive e come como elite e que tem a cara de pau de preservar todos os seus direitos, inclusive da aposentadoria precoce, integral e milionária.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9gppg" data-offset-key="b94lf-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b94lf-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="b94lf-0-0" style="font-family: inherit;">É preciso mesmo, Rodrigo Maia, Nhonho dos inferno, retirar moedas dos pais de família para engrossar os privilégios de vocês dos governantes fanáticos pelo poder e o dinheiro e cegos para a vida. Vocês que têm a coragem de chorar de emoção enquanto sagra o coração do povo, matando seu futuro retirando os direitos mínimos, a comida, a habitação, a cidadania, negando direitos, retirando conquistas.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9gppg" data-offset-key="6rj9d-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6rj9d-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="6rj9d-0-0" style="font-family: inherit;">Meu consolo é que como o Nhonho dos infernos você logo retorna para o seu lar e, felizmente, caixão não tem gavetas. Sinto dor, mágoa, tenho lágrimas nos olhos. Tenho vergonha de ser brasileiro. A mesma vergonha na cara que você deveria ter frente a este espetáculo dantesco, a esta palhaçada política com a qual você já acostumou tanto que considera normal e cotidiana.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="9gppg" data-offset-key="4qr63-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4qr63-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="4qr63-0-0" style="font-family: inherit;">Tenho é pena de você, Rodrigo Maia. Tenho pena deste Nhonho dos infernos.</span></div>
</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-248252758691875732019-07-11T08:29:00.002-07:002019-07-11T08:29:19.111-07:00REFORMA DA PREVIDÊNCIA É RASGAR E QUEIMAR A LEI ÁUREA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJVGTc3yq3qvagp_mMIcdj-xDc-X41tqsDta4vwdAxw2dXIFN-8VV1vqdsXWm_NMvOM-X2Gh3_RbOk47u8DqanJVOExNsWQdyKZH7aXihtUrvmNWxV7U5YHYCMKrQpbSZKeGwQlj-SMqxX/s1600/systemuploadsnews7e8b1acfe59aef55e75-700x460xfit-362aa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="460" data-original-width="700" height="420" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJVGTc3yq3qvagp_mMIcdj-xDc-X41tqsDta4vwdAxw2dXIFN-8VV1vqdsXWm_NMvOM-X2Gh3_RbOk47u8DqanJVOExNsWQdyKZH7aXihtUrvmNWxV7U5YHYCMKrQpbSZKeGwQlj-SMqxX/s640/systemuploadsnews7e8b1acfe59aef55e75-700x460xfit-362aa.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
ESTA REFORMA DA PREVIDÊNCIA É RASGAR A LEI ÁUREA</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
São mais que repugnantes, cruéis e inumanos os pressupostos que regem a reforma da previdência social que deverá ser aprovada nas próximas horas pelo parlamento brasileiro, sob a pressão e a opressão do (des)governo Bolsonaro que, por sua vez, se pauta nas perspectivas mais obscuras, atrasadas e de um retrocesso sem fim em termos políticos, econômicos, humanos e sociais.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
É a retórica macabra de um economista mequetrefe como Paulo Guedes que entende que é melhor tirar moedas de milhões de trabalhadores do que reduzir os privilégios escandalosos de uma minoria privilegiada, má, cínica e arrogante. Mas, afinal, o dito governo Bolsonaro é uma de suas crias. Governo eleito e feito para privilegiar e manter o poder e a riqueza dos abutres que vivem das larvas que sobram da miséria do povo: os políticos, os burgueses, os grandes empresários, enfim, as elites e sua laia de assessores, servidores e puxa-sacos. Gente da pior espécie.<br />A reforma de previdência, tal como foi proposta - e pelo visto, aceita e aprovada - é um retorno à escravidão, considerando, obviamente, os contornos da evolução tecnocrática deste mesmo processo. Ela não só re-escraviza a população afro-descendente, mas escraviza toda a classe social desprovida do dinheiro. Escraviza todos os trabalhadores, enfim, os que vendem - e passam a prostituírem-se por meio da sua força de trabalho. É a escravidão moderna, tecnológica, feita, não mais por meio do tronco, castigos físicos e chibatadas. Mas por meio de instrumentos talvez muito piores e que marcam com muito mais força: a violência simbólica, a exploração, os baixíssimos salários, o aumento do custo de vida, enfim, a exploração sem limites do corpo, do trabalho, enfim, da vida.<br />Talvez fosse mesmo necessário reformar a previdência social no Brasil, mudando algumas de suas bases, por exemplo, ampliando a base de responsabilidade e de contribuição do capital, do empresário, do patrão, fazendo a justiça histórica em função de tudo o que foi tirado do trabalhador e não, o contrário, retirando, mais uma vez o pouco de quem trabalha, para acumular mais e mais para os patrões, a empresa, privilegiando mais uma vez o capital, justamente, num tempo em que se perde a guerra para o desemprego, a informalidade, a perda do poder de compra do trabalhador, enfim, investindo-se no caos, na dor, na fome, no desespero que só tende a aumentar dentro das atuais perspectivas.<br />A reforma brutal e cruel da previdência, associada à inumana reforma trabalhista que seca direitos, retira benefícios,reduz as condições de emprego, desgraça o trabalhador, feita, associada a esta reforma "bolsomínica" da previdência é a constituição da treva absoluta, do assassinato histórico e social de quem trabalha, precisa, quer, mas não vai trabalhar, vai, se for o caso, se escravizar e dar graças a Deus por isso.<br />Enquanto o "mito" ri da canalhice contra os incautos que votaram nele e que ainda o defendem de dentro de suas ignorâncias, de suas burrices, de suas faltas de visão, de inteligência, de lógica e de contexto. Vivemos e aplaudimos este caos, este retrocesso, este atraso absurdo. Mas não resta o que fazer. Só esperar mais alguns séculos e quem sabe, um dia, a classe trabalhadora brasileira possa ter um mínimo de senso, de visão, de vergonha na cara. O que me consola é que muito antes de tudo isto, Bolsonaro estará torrando no fogo do inferno. Ele e sua trupe. E eu também. Estarei do lado para aplaudir.</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-57527584190769858362019-06-03T20:21:00.000-07:002019-06-03T20:21:00.805-07:00PAULO TINHA FAMA DE MENTIROSO, Carlos Drummond de Andrade<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIM3R29pAXo_0HFb0TrBN_RhPsLS7StEA3jPruULHGtaHn9QkSX4Z0QzXyWavpyeKddVY_GGyl5mDBCQBwkLlDhbdLgBxk0s4Ls9CtousHCaN-sevpxKwpjKiY6B7wqtx8UfGGp9RYvfgT/s1600/18010862_1725890600770645_6742262598513868887_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="480" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIM3R29pAXo_0HFb0TrBN_RhPsLS7StEA3jPruULHGtaHn9QkSX4Z0QzXyWavpyeKddVY_GGyl5mDBCQBwkLlDhbdLgBxk0s4Ls9CtousHCaN-sevpxKwpjKiY6B7wqtx8UfGGp9RYvfgT/s640/18010862_1725890600770645_6742262598513868887_n.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: large;">Paulo tinha fama de mentiroso.<br />Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.<br />A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo mesmo.<br />Desta vez, Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-la ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, Dr. Epaminondas abanou a cabeça:<br />– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: large;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">(</span><strong style="border: 0px; font-family: inherit; font-style: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Carlos Drummond de Andrade</strong> <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">foi um poeta, contista e cronista brasileiro)</em>.</span></div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-89668242441800554442019-05-30T14:26:00.001-07:002019-05-30T14:30:34.227-07:00<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="color: #bbbbbb; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; margin: 20px 0px 0px; position: relative; text-align: center;">
<span style="background-color: #20124d;">A MÁQUINA DE AVESSAR OS DIAS DA MINHA AVÓ</span></h3>
<div class="post-header" style="background-color: #539bcd; color: #bbbbbb; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1em;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-8117720371480128354" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4; position: relative; width: 700px;">
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #bbbbbb; font-family: "trebuchet ms" , "trebuchet" , sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="background-color: #539bcd; color: #bbbbbb; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 4px; position: relative; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_HBHdVAyHAdXjY7_4TXt3bTqduQa4y0bLtrVVcAQDJ2Uj0AomVL_5v76TGMjxXeCAKRyYbHXOHK0BgHUWtmDNg8LRd8LdIa1hjDJ6BfNPPPZm6BKeTjzzK0hkdeycHKIDdMAXS5XH_3qL/s1600/10453318_10201324066303583_1931557559462047079_n.jpg" imageanchor="1" style="color: #b87209; margin-left: auto; margin-right: auto; text-decoration-line: none;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_HBHdVAyHAdXjY7_4TXt3bTqduQa4y0bLtrVVcAQDJ2Uj0AomVL_5v76TGMjxXeCAKRyYbHXOHK0BgHUWtmDNg8LRd8LdIa1hjDJ6BfNPPPZm6BKeTjzzK0hkdeycHKIDdMAXS5XH_3qL/s400/10453318_10201324066303583_1931557559462047079_n.jpg" style="border: none; position: relative;" width="318" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 10.4px;">Theo G. Alves</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Spectral; font-size: 18px; line-height: 1.5; margin-bottom: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
T</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Spectral; line-height: 1.5; margin-bottom: 10px; padding: 0px; text-align: center;">
<strong style="box-sizing: inherit; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-size: large;">a máquina de avessar os dias de minha avó</span></strong></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Spectral; line-height: 1.5; margin-bottom: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">minha avó</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">inventou uma máquina</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">de avessar os dias:</span></div>
<br />
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Spectral; line-height: 1.5; margin-bottom: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">antes de sua morte</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">pôs-se a engendrar</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">memórias</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">– gente com asas</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">– estranhas histórias do tempo</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">– cães de nomes improváveis</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">e lindos</span></div>
<br />
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Spectral; line-height: 1.5; margin-bottom: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">eliminou</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">de seus dias as</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">pessoas reais –</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">que pode</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">haver de mais tedioso</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">que gente</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">concreta</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">ou tijolos e barro e pedras?</span></div>
<br />
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Spectral; line-height: 1.5; margin-bottom: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">minha avó</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">com sua máquina de</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">avessar os dias</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">acordava</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">a casa no meio da noite</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">ironizava</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">a invenção do vento</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">esquecia</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">os nomes inúteis das filhas</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">recriava</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">o absurdo não linear do tempo.</span></div>
<br />
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Spectral; line-height: 1.5; margin-bottom: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">era uma máquina</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">de costurar avessos –</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">retalhos</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">coloridos do tempo:</span></div>
<br />
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Spectral; line-height: 1.5; margin-bottom: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">guardei-a para mim</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">– minha avó</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">e sua máquina de aventuras –</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">para usá-la</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">quando for</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">meu tempo.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">(Theo Alves)</span></div>
<br />
<span style="font-size: large;"><b style="background-color: #20124d; color: #bbbbbb; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif;"></b></span><br />
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #333333; font-family: Spectral; line-height: 1.5; margin-bottom: 10px; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="font-size: large;">——</span></div>
</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-89554189029212135982019-05-30T14:04:00.003-07:002019-05-30T14:04:45.278-07:00ANÁLISE DO MEU LIVRO SIMPLESMENTE AZUL<br />
<div class="_3x-2" data-ft="{"tn":"H"}" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div data-ft="{"tn":"H"}" style="font-family: inherit;">
<div class="mtm" style="font-family: inherit; margin-top: 10px;">
<div style="font-family: inherit; position: relative;">
<div class="_1ktf" data-ft="{"tn":"E"}" style="font-family: inherit; margin-left: -12px;">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2308195949248301&set=a.727058087362103&type=3&eid=ARCpFUyvPeJb6VJO3Zlbn6FjUH7Z9PiaUcmdQqQxTe29MDWhJXcobjR7Tu4ai1-QznP7ohGNGe7c0x_J&size=540%2C960&source=13&player_origin=story_view" class="_4-eo _2t9n _50z9" data-ft="{"tn":"E"}" data-ploi="https://scontent.fgyn7-1.fna.fbcdn.net/v/l/t1.0-9/61382020_2308195952581634_5527071887122759680_n.jpg?_nc_cat=103&_nc_oc=AQkTPbLRofnug9CEir8SlMOYwuugMelob-q6lGVTO15IZ2vM6gsYO_EtbLRl2o5BHdo&_nc_ht=scontent.fgyn7-1.fna&oh=4a133a5c4a945c34bef1aae2a9826836&oe=5D58F02B" data-render-location="permalink" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2308195949248301&set=a.727058087362103&type=3&eid=ARCpFUyvPeJb6VJO3Zlbn6FjUH7Z9PiaUcmdQqQxTe29MDWhJXcobjR7Tu4ai1-QznP7ohGNGe7c0x_J" rel="theater" style="box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.05) 0px 1px 1px; color: #385898; cursor: pointer; display: block; font-family: inherit; outline: none !important; position: relative; text-decoration: underline; width: 500px;"></a></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<br />
<div class="_5pbx userContent _3576" data-ft="{"tn":"K"}" data-testid="post_message" id="js_6" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 1.38; margin-top: 6px; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div style="font-family: inherit; margin: 0px 0px 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr6scqCELzyRAzWsV1sedCwJZ0YPjRA7taTyAdkdTpeIlo49YF6vGU6KXr3l4TZhV9PHgfrO0x9rALvdScTmTLjUuY77wpdKBK7VLVVdiSVu3HenWxa8swovDv_xXi1x7lvsLUnDKMQ9Gl/s1600/39913699_1904499656284601_3082185925950701568_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="412" data-original-width="960" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr6scqCELzyRAzWsV1sedCwJZ0YPjRA7taTyAdkdTpeIlo49YF6vGU6KXr3l4TZhV9PHgfrO0x9rALvdScTmTLjUuY77wpdKBK7VLVVdiSVu3HenWxa8swovDv_xXi1x7lvsLUnDKMQ9Gl/s640/39913699_1904499656284601_3082185925950701568_n.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="font-family: inherit; margin: 0px 0px 6px;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit; margin: 0px 0px 6px;">
<span style="font-family: inherit;">VALIOSA ANÁLISE DO LIVRO SIMPLESMENTE AZUL...</span></div>
<div style="font-family: inherit; margin: 0px 0px 6px;">
ABSOLUTAMENTE FANTÁSTICO</div>
<div style="font-family: inherit; margin: 6px 0px;">
[OPINIÃO] BOCA LIVRE: Brasília-DF, 30 de maio de 2019.</div>
<div style="font-family: inherit; margin: 6px 0px;">
SIMPLESMENTE AZUL<br />Marcos Fabrício Lopes da Silva*</div>
<div style="font-family: inherit; margin: 6px 0px;">
Azul da cor do mar: “Ah! Se o mundo inteiro/Me pudesse ouvir/Tenho muito pra contar/Dizer que aprendi/E na vida a gente/Tem que entender/Que um nasce pra sofrer/Enquanto o outro ri/Mas quem sofre/Sempre tem que procurar/Pelo menos vir achar/Razão para viver/Ver na vida algum motivo/Pra sonhar/Ter um sonho todo azul/Azul da cor do mar”. Tim Maia (1942-1998) na vitrola, enquanto fui curtindo o livro Simplesmente azul (2015), com versos de Antonio da Costa Neto, inicialmente embalado por uma gentil dedicatória, certa vez, feita pelo amigo Paulo César de Oliveira: “Antônio, as pessoas boas se dividem em simples e azuis. Agora, você é simplesmente azul”.</div>
<div style="font-family: inherit; margin: 6px 0px;">
O poeta e educador se alimenta de tesouros biográficos para homenagear, em versos, fatos, pessoas e invenções. Nesta terra onde tudo é linguagem, o poeta é um brincante das palavras. Durante a obra, leveza e humor se espalham generosamente: “A poesia mora no azul do céu e visita as nuvens/como quem procura conversas amigas,/aconchegos, cafezinhos, motivos para rir de alguma coisa./A poesia mora onde não existe solidão”. Realmente, pensar e rir ao mesmo tempo nos levam às alturas! Entre o matutar aqui e o prosear ali: “Tia Maria da Cândido sempre dizia/- Ai, menino!.../Deus pode ser bom./Mas, queijo com açúcar!.../Viiiiiixeeee!”.</div>
<div style="font-family: inherit; margin: 6px 0px;">
Questionando a retórica – essa “fraude sutil”, como diria Umberto Eco (1923-2016) – Costa Neto, em “Púlpitos”, discorre sobre o traquejo da língua entre retas simbólicas e curvas diabólicas, mapeando convicções e incoerências que marcam historicamente o exercício humano do palavrear: “Quebram tímpanos e silêncios,/entre gestos bruscos, repentinos/e as lágrimas dos olhos dos monstros esverdeados/se misturam com as gotas e babas/inadiministráveis como os pensamentos/e desejos recônditos e ocultos:/aquela criatividade vadia e má que todos temos”. No livro de Costa Neto, a poesia se realiza como um lugar lúdico onde as associações se realizam de maneira divertida, proporcionando recordações e reminiscências curiosas e inusitadas. Vida com diferentes espacialidades e ambientações, a exemplo de “Meu Rio Vermelho”, marco poético da fluidez que perpassa as subjetividades líquidas performatizadas em água viva:</div>
<div style="font-family: inherit; margin: 6px 0px;">
“O andarilho que corta os prados da minha infância/é transparente como o coração daquelas pessoas/encantadas: os compadres dos meus pais, as mães,/padeiros, lavadeiras, domésticas, ciganas, raparigas,/gente simples e boa que merecia ali viver./Trafega cheio de ondas, alegrias, barulhos/e silêncios profundos,/gelados em suas curvas tortuosas de areia molhada,/verde, cheia de variados tons e sons,/sol e de flores coloridas de todos os matizes/[...] O andarilho rastejante/que corta os prados da minha infância/sou eu,/que durmo nu e sonho turbilhões de encantos/enquanto navego sem destino”.</div>
<div style="font-family: inherit; margin: 6px 0px;">
Conforme Norberto Bobbio (1909-2004), somos aquilo que recordamos. O conjunto das memórias de cada um determina aquilo que se denomina personalidade ou forma de ser. Se a nossa “humanidade” se torna mais frágil na medida em que é submetida a cada dia a um processo de redesenhamento das suas fronteiras (e da sua “essência”) não é de se estranhar que uma de nossas principais características, a de ser um “homo memor”, ou seja, um “ser com memória”, também seja repensada. Em “Lua Amiga”, a voz poética de Costa Neto traduz sentidos em imagens, compara os dados colhidos e gera juízos sensíveis a partir de um fecundo reservatório tomado por vivências espetaculares:</div>
<div style="font-family: inherit; margin: 6px 0px;">
“Quando eu era criança, lá em Silvânia/e nem faz tanto tempo assim,/a lua vinha nas madrugadas visitar as bananeiras,/as galinhas no poleiro, os pés de mangas e de goiabas,/as figueiras carregadas de frutos, as flores de Santa Teresinha./Eu juro!/Ela descia dos céus pelas mãos dos anjos/que jogavam um vôlei celestial./Pulava os muros de terra, molhados,/cheios de buracos e rachaduras,/por onde colocava seu olho sorrateiro e via tudo./Lembro de uma gostosa noite de frio/em que eu dormia na casa de tia Lica/(ela não viu porque era cega)”. Há que se lembrar do pequeno tratado De memoria et reminiscentia, no qual Aristóteles (384-322 a.C.) sublinha que a memória, devido ao seu caráter de arquivo de imagens, pertence à mesma parte da alma que a imaginação.</div>
<div style="font-family: inherit; margin: 6px 0px;">
“Ela [a lua] estava ali, ao alcance das minhas mãos,/a poucos palmos do solo./Redonda como um queijo, ela tocou a terra/se aninhou entre folhas secas e galhos orvalhados,/que chiavam e se quebravam sob o seu peso./Ajeitou-se como pode numa posição de conforto,/fechando lentamente os olhos até dormir/e sonhar encantada com suas bochechas gordas e sorridentes./Eu não podia incomodar sua majestade./Voltei pra casa,/fechei a porta que voltou a ranger mais alto e mais fino./Deitei-me novamente, ouvindo o descompasso do coração/saindo pelos ouvidos./Eu respirava ofegante e trêmulo/sobre o colchão de palhas e/sob as pesadas cobertas de algodão/muito limpas./Foi o único segredo que, até hoje, guardei a sete chaves./Esta verdade que agora escapa de minhas mãos/sem juízo e muito desobedientes” – prossegue em doce delírio a narrativa surreal de Costa Neto, desenvolvendo a pleno vapor a arte da memória.</div>
<div style="display: inline; font-family: inherit; margin: 6px 0px 0px;">
A arte da memória deve muito ao louvor aos grandes feitos, ao culto dos mortos e, finalmente e paradoxalmente, ao desejo de poder selecionar o que queremos nos lembrar e, portanto, também de poder determinar o que queremos nos esquecer. Até do trágico, tira-se lição para o cômico-sublime: “Ser poeta mesmo é ser Bandeira que/escrevia poemas tão fortes e tão belos/como a paixão dos suicidas./Dos que se matam sem razão/ou saber o porquê./Isto é de uma beleza tão profunda,/tão densa,/que nunca se explica,/nem mesmo quem dança/metafísica”. “Poesia de saber se matar” é o título irônico que Antonio da Costa Neto dá ao cinza que também participa do nosso azul.<span> </span><br />.<span> </span><br />* Professor da Faculdade JK, no Distrito Federal. Jornalista, formado pelo UniCEUB. Poeta. Doutor e mestre em Estudos Literários pela UFMG.</div>
</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-36086144786680775982018-11-27T19:30:00.000-08:002018-11-27T19:30:13.240-08:00MÉTODOS DE CONFINAMENTO E ENGORDA: COMO FAZER RENDER MAIS... PORCOS ... GALINHAS... CRIANÇAS... (João Batista Freire)<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigNFgi3GglPrnMD8R92L-isEpdRvD0yYV1nJ2ra86OYm2gMcMbywySXfpTxFOpO7o8tOT1ZztNLjziuM5ZFywRXcxD-Wlyo2GV8R33VqmzJ-AWr1vx6BrMTrtgsN7SN1j93b0s2PzWNaYh/s1600/download+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="163" data-original-width="310" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigNFgi3GglPrnMD8R92L-isEpdRvD0yYV1nJ2ra86OYm2gMcMbywySXfpTxFOpO7o8tOT1ZztNLjziuM5ZFywRXcxD-Wlyo2GV8R33VqmzJ-AWr1vx6BrMTrtgsN7SN1j93b0s2PzWNaYh/s640/download+%25282%2529.jpg" width="640" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">MÉTODOS DE CONFINAMENTO E
ENGORDA<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">(COMO FAZER RENDER MAIS PORCOS,
GALINHAS, CRIANÇAS...)<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
(*)João Batista Freire</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Porcos, vacas,
suponho ainda que galinhas, perus e outros animais de pelo e penas, confinados,
não só engordam mais, como produzem mais leite e carne, botam muitos ovos e
fazem menos sujeira. Não sei se essa questão da sujeira é relevante, mas,
enfim... melhor sujeira num cantinho apenas do que no pasto ou no terreiro
todo. Quando confinados, estes animais se mostram muito mais econômicos: menos
terra, pasto e comida, menos mão-de-obra, e, ao mesmo tempo, mais produção.
Coisa de país rico, porque países pobres e vastos como o Brasil, por exemplo,
não precisam economizar, pelo menos, com bichos e terras.</div>
<div class="MsoNormal">
Muitos homens da terra tornaram-se sábios e acabaram com os
latifúndios: dividiram a terra e confinaram os bichos. Mais gente com menos
terra, menos miséria. O campo organizava-se, a cidade crescia e
racionalizava-se, as chaminés enchiam os céus de fumaça. Tudo se dividia, tudo
se procriava. Também os mestres-escolas se modernizavam e faziam o mesmo, e,
melhor, com crianças.</div>
<div class="MsoNormal">
De alhos para bugalhos. Mas uma coisa tem muito haver com a
outra, e, eu, logo, vou dizer o porquê.</div>
<div class="MsoNormal">
Jeremy Bentham nasceu em 15 de fevereiro de 1748 em Londres.
Gênio, lia em grego e latim aos 4 anos de idade. Precoce, faria alegre qualquer
escola objetiva destas de hoje. Ainda atual, Bentham logo ganhou adeptos,
influenciou a gente do seu tempo e tornou-se líder de pensamentos e pensadores.
O que me parece, quando ocorre tal fenômeno, mais uma manifestação da qualidade
dos liderados do que do líder. Possivelmente, pela incorrigível<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de servos voluntários de que todos padecemos
um pouco, desde, pelo menos,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>quando
Etienne De La Boetie sentou-se para descrever aspectos singulares do espírito
humano, talvez, entre 1554 e 1576. De lá para cá recusamo-nos a nos debruçar
sobre a gênese de tal servilismo, como denunciado por Marilena Chauí e que bem
poderia ter sido feito por aqueles que se preocupavam com<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a gênese da inteligência ou dos sentimentos,
da sexualidade, ou, ainda, das relações sociais. Nas escolas aprende-se melhor
o hábito de sentar do que refletir sobre as leis matemáticas, pois é pra
aprender o melhor jeito de colocar o traseiro que vamos à escola, e, não, para
exercitar as inquietações mentais. Ou não?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">____________</b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 10.0pt;"><br />
(*)Licenciado em<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Educação Física, é mestre
e doutor em Psicologia Educacional pela<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Universidade de São Paulo. Livre Docente em Pedagogia do Movimento,
professor da UNICAMP e coordenador do grupo de estudos Oficinas do Jogo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
Nada de particular contra Jeremy Bentham, brilhante na sua
filosofia utilitarista. Também nenhum interesse especial em sua obra ou ideias,
das quais nossa sociedade de hoje parece andar, particularmente, saudosa. Do
que escreveu, num ponto apenas me detenho, com atenção sempre redobrada: no panóptico,
seu projeto para o sistema penitenciário.</div>
<div class="MsoNormal">
Não sei, exatamente, com que intenções teria Bentham
projetado seu panóptico. Não sou dado a estudar o pensamento de pensadores,
como se também, não o fôssemos. Mas Foucault era (ambas as coisas) e dissecou o
panóptico. Parte de seu livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Vigiar e punir</i>
é dedicada à análise do sistema penitenciário de Bentham. Terrível é a palavra
que define meus sentimentos diante das colocações de Foucault. Bentham pensou
numa construção circular que abrigaria prisioneiros, com a seguinte disposição:
as alas fariam fronteira umas com as outras, todas voltadas de frente para uma
torre localizada no centro do presídio. Para a torre central e para o mundo
exterior eram abertas, portanto, vazadas pela luz natural e iluminadas por ela,
tornando, portanto, impossível a privacidade dos prisioneiros. Todos os
condenados enxergavam o guarda que os vigiava da torre. Mas nenhum prisioneiro
podia enxergar os companheiros do lado. Assim, um único guarda postado na torre
central, vigiaria, ao mesmo tempo, todos os condenados. Requinte de vigilância,
em pouco tempo podia, até mesmo, retirar o guarda. Simbolizado pelos detentos,
ele os vigiaria de dentro de suas almas. Em cada prisioneiro um vigia atento
para sempre.</div>
<div class="MsoNormal">
Causa-me arrepios pensar no panóptico quando se tem em mente
prisões, manicômios, hospitais ou escolas, principalmente, estas últimas.
Métodos de vigilância sempre me causaram mal-estar. Sei para que servem e sei
como atuam. Invariavelmente, cerceiam as manifestações corporais e ritualizam a
vigilância até que a sentinela se instale simbolicamente dentro do vigiado. Daí
para a frente, a tarefa se simplifica, e, somente aí, ela se cumpre.</div>
<div class="MsoNormal">
De todas as instituições panópticas, a que me interessa mais
analisar mais particularmente é a escola. Não como o fez Foucault com sua
intensidade. Porém, dentro dos limites do texto, do ponto de vista da
simbologia da figura do panóptico. Mesmo quando o professor se ausenta por meio
a uma prova escrita os alunos relutam em “colar”, ainda que a “cola” seja um
recurso absolutamente aceitável dentro das normas previamente estabelecidas –
tudo pode desde que o autor da “cola” não seja descoberto. O exame vale uma
nota e não, um conhecimento. Na ausência física do examinador, no entanto,
permanece a sua presença simbólica que continua a vigiar a todos, a cercear a
“cola” de boa parte dos alunos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e a
prejudicar a eficiência dos que se propõem a vencer a vigilância simbólica do
professor ausente. </div>
<div class="MsoNormal">
O panóptico penetra nas entranhas do vigiados – prisioneiros,
doentes, ou alunos, não importa. As crianças, desde cedo, tornam-se vigiados
que transgredirão talvez menos. Transgredir torna-se, por vezes, uma arte,
tentada por poucos. E quando observo o empenho dos professores de educação
física, o meu mesmo, com jogos de construção de regras, nossas preocupações me
inquietam. Regras construídas pelos alunos costumam ser pouco transgredidas. Em
nome do que se faz isso? Não seria outra maneira de instalar a torre de vigia,
dado que transgredir pode se constituir, por vezes, no sintoma mais positivo da
reação, da autonomia? A forma mais democrática de vivenciar um jogo, a da
construção de regras pelos alunos, teria, de alguma forma, a ver com a
representação simbólica do panóptico. Desde que a encaremos (a construção das
regras) como panaceia de uma democracia de fachada, que é essa depauperação do
próprio nome da democracia, que é esta banalização do conceito de democracia.
Não se pode construir por construir regras nos jogos infantis. A construção de
regras deveria pressupor a autonomia para transgredi-las de tal forma que os
professores que se interessem por este processo não se espantassem com<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a sua transgressão, mas antes, se alegrassem
com estas reações vivas de autonomia da criança. Quanto a estas transgressões
serem chamadas de desonestidade, de falhas de caráter, atribuo isso mais ao
incorrigível moralismo que possuímos e à tarefa assumida de bem servir ao poder
que, consciente ou inconsciente, representamos.</div>
<div class="MsoNormal">
Mais um pequeno salto, nada tão grande que não permita
voltar às crianças e seus confinamentos. Em 1938, pouco antes do início da
Segunda Guerra Mundial, Bruno Betelheim foi enviado ao campo de concentração<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de Dachau. Entre Dachau e Buchenwald
permaneceu por dois anos prisioneiro dos nazistas, tentando, desesperadamente,
sobreviver, valendo-se de todos os recursos que possuía, incluindo, a
psicanálise. Para ele, pessoalmente, os conhecimentos psicanalíticos valeram a
vida; para a ciência, valeram uma psicanálise dos horrores dos campos nazistas
de concentração.</div>
<div class="MsoNormal">
O relato de Betelheim é espantoso. Mais espantoso pelos
métodos de disciplina e controle que relata do que pelos detalhes sobre
torturas e mortes. Os objetivos da polícia nazista nos campos eram bem
definidos. Segundo Betelhaim, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">um dos
principais objetivos era minar a individualidade dos prisioneiros e
transformá-los em massa dócil da qual não pudesse surgir nenhum ato de
resistência individual ou coletiva.” </i>Uma receita quase generalizada entre
os tiranos: destruir a identidade individual das pessoas frequentemente sob a
panaceia da utopia coletivista, cujo resultado seria, provavelmente, antes o
retorno de espécie animal do que o crescimento da sociedade humana. A ciência
da motricidade humana bem poderia ter nascido num alojamento de prisioneiros em
Dachau, desde que abrisse mão do adjetivo “humana.” Após a sirene de despertar,
isso ainda de madrugada, os prisioneiros tinham 45 minutos para se arrumar
antes que iniciassem os trabalhos do dia. Tempo mais que suficiente para
qualquer um de nós que não habita um alojamento nazista. Entre as diversas
tarefas estava a arrumação das camas. Basta descrevê-la e nada mais será
necessário para que se compreenda o êxito dos métodos disciplinares alemães
durante a Segunda Grande Guerra. Nas palavras de Betelheim:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 78.0pt; margin-right: 70.8pt; margin-top: 0cm; text-indent: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 10.0pt;">“Para se
fazer direito a cama era preciso estufar os colchões de palha e nivelá-los de
forma que ficassem lisos como a superfície de uma mesa, ajeitando os lados de
modo a formar um retângulo perfeito. Se houvessem travesseiros, estes deveriam
ser colocados sobre o colchão e também arranjados de modo a formar um cubo
simétrico. Tanto os travesseiros como os colchões tinham de estar recobertos
por uma colcha de xadrez azul e branco. Os quadrados do xadrez eram minúsculos,
mas tinham de estar dispostos de maneira a ficarem perfeitamente alinhados,
tanto no sentido horizontal, como no vertical. Para dificultar as coisas, não
só cada cama tinha de estar impecavelmente alinhada com as demais. Alguns SS
verificavam-no com metros e níveis para<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>se assegurarem de que as camas tinham sido bem montadas e de que os
retângulos estavam perfeitos; outros, ainda, disparavam tiros raspando nos
colchões para ver se estavam, de fato, absolutamente nivelados.”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 78.0pt; margin-right: 70.8pt; margin-top: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uma tecnologia perfeita, cujo desenlace não ocorreu com o
fim da guerra. Em suas nuances menos perversas continua destruindo esperanças e
individualidades para que os poderes instalados – em suas diversas colorações –
possam persistir controlando as pessoas. Uma tecnologia que procura roubar às
pessoas, muito antes que a morte o faça, sua individualidade. A
individualidade, o homem à subtraiu à espécie. Suprema conquista, nem mesmo o
caráter aparentemente irreversível da morte a derruba. Escreve Morin que “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">o caráter categórico universal, da
afirmação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da imortalidade é da mesma
craveira do caráter categórico, universal, da afirmação da própria
individualidade.”</i> Porém, roubar a individualidade em morte não atende à
economia do poder. Roubá-la em vida, investi-la no Estado sim, atenderia aos
propósitos de disciplina e controle sobre os exemplares individualizados da
massa amorfa. Que os horrores da more se atenuem pela afirmação do grupo
social. “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Quando a sociedade se afirma em
detrimento do indivíduo, quando, simultaneamente, o indivíduo sente esta
afirmação mais verídica do que a da sua própria individualidade, a recusa e o
horror da morte dissipam-se, deixam-se vencer.” </i>Investimento que atende ao
seu paroxismo nos estados de guerra, quando, então, a presença maciça do Estado
prevalece sem resistências sobre o indivíduo.</div>
<div class="MsoNormal">
Para o poder é fundamental que os indivíduos possa ser
controlados. Mas os homens não podem ser controlados como indivíduos. Daí o
deslocamento das individualidades para as sociedades, para as cidades, como se
ambas as instâncias nunca pudessem estabelecer uma harmonia de convívio. Mas
para perder sua individualidade os homens precisam abdicar de suas conquistas,
precisam retornar à condição primitiva de espécie. Os homens, em nome do Estado
se tornam vazios de fantasias,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pois, que
assim, como se dizia na sua voz rouca o monstro Gmork, o temível monstro da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">História sem fim</i> foi encarregado pelo
Nada de perseguir e matar o herói Atreiú, o único que poderia salvar Fantasia,
e, com ela, a esperança dos homens. O poder que estava por trás do Nada
pretendia que todos os habitantes de Fantasia fossem tragados por ele, para
servi-lo. Como dizia Gmork com a sua última conversa com Atreiú, quando este,
finalmente, fosse levado pelo Nada:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 78.0pt; margin-right: 70.8pt; margin-top: 0cm; text-indent: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 10.0pt;">“Quem sabe
para que vai servir. É possível, que, com a sua ajuda, se possam convencer os
homens a comprar o que não necessitam, a odiar o que não conhecem, a acreditar
no que os domina ou a duvidar do que os podia salvar. Por seu intermédio,
pequenos seres de Fantasia, fazem-se grandes negócios no mundo dos homens,
desencadeiam-se guerras, fundam-se impérios...”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 78.0pt; margin-right: 70.8pt; margin-top: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 78.0pt; margin-right: 70.8pt; margin-top: 0cm; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Métodos de confinamento e engorda –
aplicáveis, indiferentemente a porcos, vacas, galinhas e homens. Atesta-o a
metodologia do traseiro, a mais cruel e mais frequente nas nossas escolas.
Crianças confinadas em salas e carteiras, mais imóveis que os bichos que já
mencionei. Como se, para aprender, fosse necessário o contato permanente do
traseiro com a carteira. Mas, assim como os nazistas o sabiam, o sistema escola
também sabe. O corpo tem que se conformar aos métodos de controle, caso
contrário, as ideias não podem ser controladas. O fascismo, que nunca
desapareceu, sabe que ideias e ações corporais são a mesma coisa. E, se se
quiser controlar as ideias, basta controlar os corpos. Quem tem o controle do
corpo tem o controle das ideias e dos sentimentos. Quem fica confinado em salas
apertadas, sentado imóvel em carteiras militarmente alinhadas por milhares de
horas durante boa parte da vida também aprende a ficar sentado nas cadeiras, de
onde, na maioria das vezes nunca vai conseguir se erguer. Se a Educação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- em geral – e a Educação física não sabem, o
poder sabe, e muito bem, como educar a motricidade das crianças, como
educr-lhes o caráter e as ideias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">É que o corpo imita o poder em seus contornos
mais sutis. E aí, o corpo acaba a ser como o poder: imóvel, conservador,
rígido, tenso, asséptico e frio. Como seriam as ideias num caso assim? – Do
mesmo feitio, sem dúvida alguma. Nunca nenhuma educação e nenhuma educação
frísica foram tão eficientes como aquelas praticadas pelos nazistas durante a
ascensão de Adolf Hitler e nem tão bem recebidas pelos “pensadores brasileiros”
da educação – em especial, a do corpo -<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>da época, como ambas o foram. Homens rígidos de têmpera e coragem,
formados por uma educação e uma ginástica rígidas , tanto na Alemanha, quanto
aqui, para a eugenia da raça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">E em especial, esta ginástica e esta
educação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>rígidas, hipercorrigidas
chamadas por nossos “pensadores” de hoje biologizantes demais e jamais foram
tão politizantes – no sentido alienante do termo – com o que, aliás, os poderes
se deleitam. A mais eficaz economia do corpo, uma tecnologia mais que perfeita
a serviço do autoritarismo. A economia de gestos nos acampamentos dos
prisioneiros era de tal eficiência que mantinha o controle com um mínino de
esforços e de gastos. A racionalização dos gestos durante as aulas de Educação
Física – só para exemplificar – para os jovens alemães garantia a mão-de-obra
cívica para uma sociedade que pretendia o desaparecimento do indivíduo, a morte
das esperanças, o fim da fantasia, enfim, o desfecho da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">História sem fim...<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Não é por acaso que a Educação Física não tem
qualquer importância nas escolas. Não incomodará e não será incomodada enquanto
mantiver como paradigma o estereótipo militar<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>ou o palavrório inócuo e alérgico a práticas. Mas seria fortemente
incomodada se aprendesse a praticar a liberdade dos corpos. Não terá paz
durante longo tempo enquanto denunciar o universo pedagógico como um universo
do fracasso dos propósitos explícitos, mas, apenas dos explícitos. Melhor
dizendo, os problemas da rejeição da Educação Física agravar-se-ão quando puder
mostrar que as pessoas vão à escola mas não aprendem. Quase ninguém aprende
nada de significativo, apesar de tanto tempo na escola. E as pessoas não
aprendem aquilo que está declarado nos programas pedagógicos, inclusive, porque
aquele não se dirige a pessoas, especialmente, quando se trata de crianças. É
um ensino que se dirige às crianças ideais, e, nunca, às crianças reais. Que
criança pode ser somente, polida, imóvel, dócil, inteligente, bondosa,
silenciosa... enfim, dotada de todas as virtudes que compõem o modelo ideal de
aluno? Criança ri, corre, chuta, faz barulho, perturba. É perversa, bondosa,
amorosa e maldosa. Que pedagogia se dirige a esta criança? Que pedagogia
investe na criança que fantasia, que esperneia, que corre, que ri, que
grita?... Talvez, só uma pedagogia que ainda está nascendo, em parte, na
Educação Física. Ou uma pedagogia que não dê nomes a disciplinas, mas que
admite que as pessoas aprendem como são: criança como criança, adulto como
adulto, velho como velho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Parece uma loucura, mas é a lógica do sistema
escolar: crianças não podem raciocinar se movendo; não podem refletir jogando;
não podem pensar fantasiando. Elas só aprendem se forem passivas e submissas,
de preferência, a tudo. Então, para que se tornem inteligentes e produtivas,
precisam ser confinadas e engordadas. Esta sim, é a economia que o sistema
escolar faz de tudo para perpetuar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Os nazistas sabiam. Bentham, com o seu
panóptico, também o sabia. Gmork, o lobo monstruoso de Fantasia, trabalhava em
nome do poder para executar os desígnios do Nada. Em todos os casos era preciso
imobilizar, desesperançar, enrijecer, esterilizar. Em todos os casos era
absolutamente necessário que todos os símbolos fossem substituídos pelos
símbolos do poder. Todos os tiranos, todos os autoritários sempre souberam como
fazer para controlar as pessoas e manter o poder: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">apenas disciplinar seus corpos, fazendo com que simbolizem tão somente
o nada. </b>A educação em geral e a educação física em particular sempre também
fizeram isto. Também se colocaram a serviço do Nada, também trabalharam e
trabalham para a morte de Fantasia, também constroem seus panópticos. E o fazem
com exemplar eficiência, como, inclusive, a sala de aula tão bem lhes ensinou.
Aprendeu a vender a ilusão do gesto na aula de educação física e da teoria nas
aulas convencionais, o que, aparentemente, no caso da educação física, pode
exercer a motricidade, mas nunca aprendeu – ou ensina, é claro – a receita da
liberdade. Nunca aprendeu a compreender a motricidade ou a complexidade humana.
Nunca aprendeu humanizar a palavra, o contexto, o gesto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Há algum tempo a motricidade humana vem
ganhando terreno nos textos, nas ideias, nos projetos, nas aulas de Educação
Física. Teve um divulgador importante: o professor Manoel Sérgio Vieira da
Cunha, da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa, que esteve, no Brasil,
durante dois anos, quase sempre polemizando sobre o tema. Como quase sempre
acontece com as ideias novas, as suas foram recebidas com muita desconfiança,
chocou-se demais com as ideias esclerosadas, mesmo dos mais jovens. Mas não
importa. Ficaram por aqui. Parece que no Brasil, apesar de tantas misérias, o
campo ainda é fértil para as novas ideias. Mas não sou eu quem deve defender as
ideias do Professor Manoel Sérgio; ele o faz melhor do que eu. Sem ser o
inventor da ideia, ele a defende e divulgou. Ela estava por aí, procurando quem
bem a acolhesse.Felizmente, caiu no nosso terreno, no terreno da corporeidade,
no terreno da atividade motora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A motricidade humana rejeita a ideia de
smplificação. Acolhe a ideia de complexidade. Rejeita a ideia de determinação,
de previsibilidade, de irreversibilidade. Acolhe a ideia de caos, de
imprevisibilidade, de incerteza. Do ponto de vista da motricidade, nunca poderíamos
nos referir a pernas que correm, mas a pessoas correndo. Quem corre não é a
perna ou o pé, mas, um ser humano, num determinado terreno, de acordo com as
suas motivações, sob certas condições climáticas, rodeado de cultura, de noções
políticas, econômicas e sociais de um certo momento histórico. Não é apenas um
pé a chutar uma bola, mas um sujeito histórico, num contexto cultural
específico, etc. E ainda, do ponto de vista da motricidade humana, não
poderíamos fixar nossa atenção simplesmente, no sujeito que chuta, muito menos
apenas na bola chutada. Nossa atenção terá que se fixar na ação de chutar, que
não pertence nem ao sujeito e nem à bola. Antes, é um acontecimento original,
pertencente ao momento particular do encontro ente o sujeito motivado para
chutar e a bola chutável. Se voltarmos nossa atenção para a ação de chutar que
só existe naquele momento histórico, estaremos nos dirigindo, simultaneamente,
para o sujeito e para a bola. A palavra chave neste caso é – <i style="mso-bidi-font-style: normal;">interação</i>. Quando investigamos o fenômenos
da motricidade humana, nós descrevemos a face cultural do gesto, descrevemos o
visível que não vem desacompanhado, mas antes, traz consigo tudo aquilo que não
se vê. Eu mesmo, recentemente, tive ocasião de afirmar:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 78.0pt; margin-right: 70.8pt; margin-top: 0cm; text-indent: 21.3pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 10.0pt;">“Pela
motricidade o homem se afirma no mundo, realiza-se, dá vazão à vida. Pela motricidade
ele dá registro à sua existência e cumpre a sua condição fundamental de
existir. A motricidade é o sistema vivo do mais complexo de todos os sistemas:
o corpo humano... é o discurso da cultura humana se processando.”<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Acho que já posso voltar a falar dos “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Métodos de Confinamento e Engorda</i>...”
Pode ser muito interessante confinar uma vaca num estábulo, a comida à frente
de seu pescoço, dosada, medida para o máximo aproveitamento de leite e carne. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tudo vale desde que ela – a vaca – se torne
mais econômica. Até música clássica tem sido tentada com sucesso. Quem diria,
Mozart nos estábulos, a fazer jorrar leite das gordas tetas das vacas!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">As vacas ainda têm Mozart; as crianças, nem
isso.Ficam confinadas em espaços menores do que os estábulos, obrigadas a
realizar, individualmente, questões coletivas. O problema é o mesmo para todas
que devem resolvê-lo individualmente. Bem no tempo em que a escola diz que a
criança está entrando na sociedade dos homens. As vacas não compreendem o que
ocorre: as crianças poderiam. As vacas têm a motivá-las, no mínimo, os
instintos; as crianças,o prêmio ou o castigo das notas. Mas, assim como as
vacas só engordam se não puderem realizar muitos movimentos, também as crianças
só “engordarão” se não puderem se mexer. Mas engordar o quê? Ora, engordar o
comportamento esperado. Engordar a incompreensão, a servilidade, a indecisão,
engordar a alienação, a desesperança a inabilidade. Tornam-se mais econômicas.
Em pouco tempo apresentam imensa economia para o poder, à medida em que servem
com mais eficiência. Os cidadãos tornam-se gordos co conhecimento escolar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Há histórias que, de tanto serem repetidas,
cansam. Criança crítica, criativa, autônoma, crianças da vanguarda da educação
e da Educação Física, já que falamos de bichos, é conversa para boi dormir. A
criança é crítica e criativa quando pode viver como criança. Criança que parece
adulto é de uma estupidez sem par. Ora, a crítica da criança deve se referir ao
contexto de criança que ela vive. Deve se referir ao seu contexto lúdico, seu
universo de fantasias, de habilidades motoras, a seu cotidiano, enfim, ao mundo
que está ao seu alcance. A tarefa básica de crianças muito pequenas é aprender
a simbolizar. Nós, humanos, se não aprendermos a simbolizar, estamos perdidos.
O mundo não cabe dentro de nós, a não ser como símbolos. Dessa forma, todas as
coisas podem ficar dentro de nós. E quanto mais necessárias, mais precisam ser
simbolizadas: pai, mãe, irmãos, amigos, família, casa, relações, sentimentos,
objetos. Tarefa que não é automática;<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>antes, precisa de intermediários – o jogo – para ser mais preciso. A
realidade é tratada no jogo para que vire símbolo. Do simples brinquedinho
motor de colocar o dedo ou o paninho na boca o jogo mais complexo de criação de
regras da atividade coletiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Pode-se afirmar, portanto, que correr atrás
de uma bola não é um movimento qualquer. É uma expressão humana, simbólica,
cultural, expressão de uma pessoa e de uma bola, de uma situação, uma manifestação
de pensamentos e sentimentos, postos na criança tanto quanto no objeto que ela
manipula. O gesto humano não é um gesto qualquer: é este gesto impregnado de
símbolos, de história, de cultura que temos que nomear muito particularmente,
e, por isso mesmo, estou chamando de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">motricidade humana</i></b>. Poderia até
dispensar o termo, por se tratar de uma redundância, mas, uso-o enfaticamente,
o ser que manifesta o gesto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A criança não tem que ser confinada e
engordada. Não temos, nós, professores, que trabalhar para essa economia do
poder que se quer perpetuar. É possível, sim, educar sem confinar. É mentira
que criança só aprende se ficar imóvel. O fato concreto é que nós não sabemos
ensinar de outro jeito. O fato é que não sabemos ensinar ao sujeito complexo.
Acostumamo-nos a ideias de coisas simplificadas demais, ordenadas,
determinadas, quantificadas. A lição tão bem aprendida por nós – do panóptico,
dos campos de prisioneiros, da servidão voluntária terá que ser esquecida. Nem
fazendeiros, nem guardas da torre, nem militares fascistas ou servos do rei.
Simplesmente, professores é o que somos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Quero encerrar com o relato de uma
investigação que realizei recentemente, por ocasião do meu doutoramento. Entre
muitas analises realizadas destaco a que se refere às ações individuais de
crianças diante de necessidades de atuação coletiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Este estudo, como outro que realizei, dá-me a
impressão repetida de que caímos no conto do vigário. Uma grande ilusão vendida
por um preço muito alto. Vendemos a nossa própria alma. Somos comparados com
tudo o que somos: corpo e alma, porque tudo é a mesma coisa. No entanto, é
possível que a máxima realização individual venha ocorrer a partir da máxima
realização coletiva, ao contrário do que vemos, e lemos, e ouvimos todos os
dias em todos os canais de que o poder dispõe. Tenho visto essa harmonia entre
o indivíduo e o grupo social ocorrer quando, em algumas ocasiões, as crianças
brincam. Tanto que pude descrevê-la e comentá-la nesse estudo que mencionei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A tarefa solicitada às crianças era para
passarem correndo sob uma corda em movimento circular, movida por duas pessoas,
como na brincadeira de pular corda. O êxito consistia em correr transversalmente
à corda, sob ela, sem ser<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>bloqueado pela
corda. Nessa minha investigação descrevi a ordem utilizada pelas crianças
durante as passagens: se passavam sozinhas, se passavam em grupos de duas ou
mais crianças. Como não havia uma ordem preestabelecida por ninguém, as
crianças podiam ou não passar a cada batida da corda. Ou seja, podiam ou não
passar nenhuma, como podiam passar duas juntas, e até, as 26 ao mesmo tempo,
que era o total das crianças do grupo. Resumindo, como a disposição das
crianças de um dos lados da corda não constituía uma ordem prévia adequada para
realizar a brincadeira, propus-me investigar a constituição da ordem que
permitiu que a brincadeira se desenvolvesse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O dado mais surpreendente do trabalho é que
houve somente quatro passagens, durante as 35 ocorridas, em que nenhuma das
crianças passou sob a corda. A isso demos o nome de “batidas vazias”. Também
houve um número muito reduzido de passagens individuais. Na primeira parte da
brincadeira (12 passagens), predominaram passagens em grupos de duas crianças,
na segunda parte (12 passagens), predominaram as passagens em grupos de três;
na última parte (11 passagens), predominaram os grupos de quatro crianças. Ou
seja, sem dúvidas, aumentou, consideravelmente, a organização coletiva do grupo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Nota-se, pelas descrições que, dado o pequeno
número de “batidas vazias”, havia bastante empenho das crianças na brincadeira.
Isto é, elas queriam realizar a atividade. Realizá-la servia evitar a
frustração. Porém, nota-se também, no início da brincadeira era necessário
refrear muito o impulso de correr sob a corda. A falta de habilidade e de
organização iniciais tornaria impossível a realização da brincadeira caso todas
as crianças tentassem passar ao mesmo tempo sob a corda. Mas vejamos: numa situação
desafiadora como essa, a realização consiste em passar correndo sob a corda sem
ser bloqueado por esta. A máxima realização consistiria em passar em todas as
batidas, isto é, em todas as oportunidades. Não passar resulta em frustração.
Passar uma criança sozinha significa essa criança conseguir uma única
realização a cada 24 batidas (já que eram 25 crianças). Passando em duplas,
esta frustração diminuiria, pois poderia passar, provavelmente, após 12
batidas. Em trios, como na segunda parte da brincadeira, uma realização a cada
oito batidas. Na última parte da brincadeira, passando em grupos de quatro,
ocorreu uma realização a cada seis batidas. E, se a organização do grupo
aumentasse, a realização, igualmente, aumentaria, diminuindo a frustração até a
realização máxima, quando todos passassem ao mesmo tempo, se a habilidade das
crianças tornasse, é lógico, isso possível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Após 35 batidas, no entanto, a brincadeira
terminou. A própria ordem criada continha, em si, o gérmen da desordem. Não foi
possível às crianças aumentar seu poder de realização. As tentativas de passar
mais vezes, passando em grupos de cinco ou mais crianças bateu de frente com a
falta de habilidade para correr, para se organizar, etc. Os limites do coletivo
estavam nos limites do indivíduo e vice-versa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Para esse caso particular é visível que a
realização individual foi aumentando à medida em que também foi aumentando a
ordem coletiva. Ou seja, à medida em que a motricidade de cada criança foi se
ajustando ao grupo social. O que houve foi uma socialização da motricidade de
cada criança, uma acomodação ao grupo, não importa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>se consciente ou inconscientemente. O que
importa, no momento é verificar que o desejo de realização individual de cada
criança, se se choca com o desejo de todas as outras é frustrado pelo grupo,
mas, quanto menos tanto mais o grupo se organiza. E essa organização é uma
ordem dada a sentimentos de todas as pessoas do grupo, é o uso social das
habilidades individuais. Indivíduo-e-coletivo completam-se, sem que a
identidade do indivíduo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>seja morta em
nome do coletivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Esse é um pequeno e restrito exemplo, mas não
tanto que não chame a atenção para o fato muito significativo de que a Educação
Física tem o que fazer na escola. Desde, é óbvio, que os professores tenham
clareza do que se passa no meio do jogo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Crianças não confinadas também aprendem.
Crianças não confinadas precisam de professores e de orientação. Outras
aprendizagens, outros professores, outras orientações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Bibliografia
Consultada:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">BENTHAM, J. Coleção<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os pensadores. Abril Cultural: São Paulo, 1
979.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">LA BOÉTIE, E de. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Discurso da servidão voluntária</i>. Brasiliense: São Paulo, 1 986.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">FOUCAULT, Michel. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Vigiar e punir</i>. Vozes: Petrópolis, 1 984.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">BETELHEIM, B. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O coração informado</i>. Paz & Terra: Rio de Janeiro, 1 985.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">MORIN, Edgard. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O homem e a morte</i>. Europa/América: Lisboa, 1 985.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">ENDE M. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A
história sem fim</i>. Martins Fontes/Presença: S. Paulo, 1 985.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">SÉRGIO, Manoel. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Para uma epistomologia da motricidade hu</i>mana. Compendium: Lisboa, 1
987.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">FREIRE, João Batista. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">De corpo e alma</i>: o discurso da motricidade. Summus: São Paulo, 1
991.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">_________. Investigações feitas com René
Brenzinkoffer e Ricardo Machado Leite de Barros – com catalogação de dados para
dissertação de mestrado na área da motricidade humana, 1 976/1 978.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="display: none; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-hide: all;">Hi HHHHHH<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<br />Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-73051110638381480642018-07-07T12:01:00.000-07:002018-07-07T12:01:00.602-07:00FUTEBOL, COPA DO MUNDO E A REALIDADE COTIDIANA: COMO INTERAGIR?<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
É MUITO ENGRAÇADO TUDO ISTO...</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4ZfQvP8fcS0l8rRomdYLEoUNeHXzXzrUyYl2ESHPiBwE_IXwX4vsnlo291XSyGa9MFAmyVn12b1bdxcXRegJCtda1gDeb6aUuf7xvRTQT77usTVnC0_TZEOhcXo5FDrcwDVDtsFdLXIjA/s1600/36688530_1660221354097723_3980563870182801408_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="747" data-original-width="720" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4ZfQvP8fcS0l8rRomdYLEoUNeHXzXzrUyYl2ESHPiBwE_IXwX4vsnlo291XSyGa9MFAmyVn12b1bdxcXRegJCtda1gDeb6aUuf7xvRTQT77usTVnC0_TZEOhcXo5FDrcwDVDtsFdLXIjA/s640/36688530_1660221354097723_3980563870182801408_n.jpg" width="616" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Nas lições sobre ideologia - em especial a de poder - a sociologia fala sobre os aparelhos ideológicos a serviço da manutenção do Estado opressor, sendo que o esporte competitivo é um deles. E todo esporte é competitivo, ser campeão não chega, bi, tri, tetra, hexa, nunca... é uma ganância que não tem limite, o que respalda o ideal capitalista de sempre ter mais, de concentrar mais, de poder mais.<br />Ora, é impossível que todos tenham, num sistema que compete e como no jogo, alguém tem que perder para alguém ganhar. E na vida isto se repete, sendo que numa sociedade como a nossa, a elite, a burguesia, quem tem dinheiro sempre ganha e que não tem sempre perde, ampliando, em ciclo esta realidade, ao mesmo tempo matemática e geométrica: temos menos ricos muito mais ricos, e, ao mesmo tempo, muito mais pobres, infinitamente mais pobres, escalando o nível da miséria extrema.<br />E para filtrar isto é preciso a tática da ilusão, que, no futebol profissional isto se retrata nos salários arquimilionários, nos padrões Fifa de exigência; na magnitude dos heróis: Neymar, Cristiano Ronaldo, Messi - porque é isso, tem-se que concentrar. Mas concentrar o quê? Poder e riqueza e para que isto pareça normal, legal e prático, se cria uma comoção nacional onde os pobres aplaudem não só os ricos, mas também a causa da própria pobreza e assim tudo fica mais fácil.<br />Ganhar a Copa é muito bom, é lúdico, é divertido, pelo menos por algum minutos enquanto se lava a alma dos problemas, da carência, da violência, da miséria. A questão é que a partir daí se falta a base crítica para a contextualização de tudo isto.<br />Futebol sem contextualizar é não interpretar as razões, o poder, as neuras que fazem com que tudo funcione, e, no caso da Copa do Mundo, endeusando os machos, a valorização do pé, do chute, do número, do quanto mais mais. E quanto mais melhor. Mais para uns, nada para muitos e assim, se classificam os horrores porque passa o povo, a classe trabalhadora, as massas populares.<br />Futebol, competição, atletas, mitos, milhões e bilhões gastos em tudo isto é mais que nocivo para nós, o povo que trabalha. Perder rejudica a ganância de quem ganha com isto - patrões, latifundiários, grandes empresários, políticos ricos, burgueses - e a voz deles fala muito mais alto do que a nossa, pelas mesmas razões, as ideológicas, que reproduzem o mundo que temos. É preciso ter consciência disso. Felizmente, demorou, mas estamos fora da Copa. O que nos faz mais fortes. É o remédio amargo que pode expulsar a doença. Mas é preciso, igualmente, que aprendamos a nos livrar dela.<br />De preferência, para sempre.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
(</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-18421701123196799382018-07-02T06:02:00.001-07:002018-07-02T06:02:36.439-07:00FUTEBOL, NOSSO MAIOR INIMIGO<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="281i0-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="281i0-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="281i0-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="281i0-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="281i0-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="281i0-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="281i0-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="281i0-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="281i0-0-0" style="font-family: inherit;"><b>BRASIL, FUTEBOL E REALIDADE</b></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="8btvr-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8btvr-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="8btvr-0-0" style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="a2fnq-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a2fnq-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="a2fnq-0-0" style="font-family: inherit;">O processo histórico de formação da cultura brasileira foi sempre construído pela elite: os ricos, os latifundiários, os grandes empresários, os politicos, com, no máximo permitindo a participação da pequena burguesia - talvez a pior de todas as categorias - aquela gente muito cristã, que fundamenta sua vida pelo poder de pagar o dízimo para a igreja, poder financiar uma boa casa, um carro do ano, uma TV de plasma; poder ir á praia de vez em quando e poder levar uma boa lata de farofa para economizar trocados. Enfim, o poder quela,coitada,pensa que tem. . Depois sai arrotando empáfia e pensando que é rica, que pode pisar, que está por cima da carne seca - eu, particularmente, odeio tudo isto. Mas...</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="au4bv-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="au4bv-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="au4bv-0-0" style="font-family: inherit;">Como a burguesia é que fica próxima ao povo e precisa dele para sustentar seus luxos, ela trata de repassar a sua ideologia de forma lúdica, fazendo do mundo um circo, e, claro, sem falar nisso, mas também, do povo seus palhaços, quando não, seus macaquitos, pulando de galho em galho, como agora na famigerada copa do mundo.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="2ftl6-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2ftl6-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="2ftl6-0-0" style="font-family: inherit;">O futebol, assim como os outros esportes competitivos é uma verdadeira lição do interesse burguês, e claro, o povo induzido pelo processo de prazer (do qual, no Brasil a rede globo e o gogó do Galvão Bueno que lava o cérebro do povo com o seu olha o gol... olha o gol... olha o gol... olha o goooooooollll... um martírio enquanto o povo canta e dança...).</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="3b2l2-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3b2l2-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="3b2l2-0-0" style="font-family: inherit;">Para isso, a burguesia:</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="59tjv-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="59tjv-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="59tjv-0-0" style="font-family: inherit;">- faz dos homens, dos machos seus únicos e milenares ídolos, seus reis, seus donos. E numa copa do mundo inteiro só os homens reinam e brilham enquanto a sociedade burguesa é dirigida pelos homens, sendo, esta visão masculinizada, justamente, a responsável por todo um conjunto de crises, dores, sofrimentos. </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="38b06-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="38b06-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="38b06-0-0" style="font-family: inherit;">- a burguesia faz dos seus idolos, ricaços, arquimilionários, com o que se concentra muito nas mãos de poucos, que é o que rege a sobrevida da burguesia, se não nem tem a menor graça. Porque povo pobre quando aplaude gente rica, se sente também rico e se conforma muito mais facilmente, quando não, com a sua miséria, inclusive, a absoluta, o que faz parte do dos fatores do inconsciente, que se impregna no consciente, como já dizia e velho e bom Freud - mas deixa pra lá...</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="ek3js-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ek3js-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="ek3js-0-0" style="font-family: inherit;">- no futebol, assim como na sociedade burguesa, a ditadura da imposição de regras e normas é o ponto fundamental. Claro que é impossível um futebol sem regras que só funcionam se quem as cumpre baixar a cabeça, ser humilde, aceitar a ser retirado do jogo se não fizer isso, o que é engraçadinho no esporte, mas, é, ao mesmo tempo, um horror, na vida cotidiana, em especial, de quem, biblicamente falando, "come o pão com o suor do rosto" - o que não deixa de ser um construto também burguês apregoado pelas "palavras do Senhor", embora ditas pela igreja incauta e comprometida com tais valores.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="8ulns-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8ulns-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="8ulns-0-0" style="font-family: inherit;">Para finalizar, na mesma linha caminham a educação e a escola, onde as regras são impostas e o saber concentrado numa só pessoa: o professor; a igreja, em que um Cristo que é macho e que se cerca de "ministros/apóstolos que ele lidera, e não, por acaso, todos machos, aliás, como até agora.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="d44i5-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="d44i5-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="d44i5-0-0" style="font-family: inherit;">Etc. etc. etc.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="54pua-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="54pua-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="54pua-0-0" style="font-family: inherit;">Pelo menos se o Brasil saísse da Copa, de preferência, o quanto antes, poderíamos ter de novo um 7 x 1. Sete para nós o povo e um para a burguesia que sempre ganhou todos os jogos e nos empurra para a arena dos leões famintos para que nos engula.E aí ela vai chorar a dor da perda de seus serviçais, seus escravos, mas escondendo entredentes seu sorriso mais cínico.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="f3pk0-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="f3pk0-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="f3pk0-0-0" style="font-family: inherit;">Meu sonho é que, um dia, o povo entenda isto e aceite.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="flkqu-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="flkqu-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="flkqu-0-0" style="font-family: inherit;">Já seria um bom começo. Estaríamos prontos para sermos exa...</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="1s4i1" data-offset-key="4c7mv-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4c7mv-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative;">
<span data-offset-key="4c7mv-0-0" style="font-family: inherit;">Eca!!!</span></div>
</div>
Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6448329803632080695.post-10323612871529561512018-06-10T11:04:00.002-07:002018-06-10T11:04:48.108-07:00TEMOS TUDO PARA GANHAR A COPA DO MUNDO... ESTAMOS FRITOS!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpf_xJHk6JAMXrzUNa49rocvI6SU3niRCuzWSOFU2WBCNjTliz569atNMwTBHdAkZtA19tFQd8bexqPZtWbZxxJQ_ZsTFFIPt3UHUtCef45H8rNN5h13KDRp4c5UCT_Lh4PbZI4HBve0Cj/s1600/futebol.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="750" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpf_xJHk6JAMXrzUNa49rocvI6SU3niRCuzWSOFU2WBCNjTliz569atNMwTBHdAkZtA19tFQd8bexqPZtWbZxxJQ_ZsTFFIPt3UHUtCef45H8rNN5h13KDRp4c5UCT_Lh4PbZI4HBve0Cj/s640/futebol.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">TEMOS TUDO PARA GANHARMOS A COPA DO MUNDO... ESTAMOS FRITOS!!!</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"> É só uma questão de impacto. Aquela tecnicazinha micha que os ladrõezinhos de ônibus usam. Eles tão um toque forte no seu ombro direito enquanto pegam a sua carteira no bolso esquerdo da calça. É que o toque no ombro, bem maior, chama a sua atenção e quando você dá por fé, já se foi a sua carteira, cartões, o troquinho que restava. Um saco.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Assim é a nossa elite burguesa, esperta e safada que dorme com O príncipe do Maquieval no criado mudo da cabeceira. Uma gente articulada, preparada, esperta. Aproveita o momento crucial que o país atravessa, um momento singular e único de manifestações, crises, desgraças, corrupção, sujeiras, para, com a vitória na Copa do Mundo atirar todo este lixo para debaixo do tapete, todo o mundo fica felizinho, enquanto as decisões mais cruéis são tomadas contra nossa gente, nosso povo, em todos os sentidos. E o povo ainda aplaude seus algozes, torce fundo para que a desgraça aconteça. Discute, perde seu tempo, seus neurônios. Gasta a energia e a - pouca - inteligência que ainda resta que poderia ser usada numa discussão política, a exploração, o valor dos salários, as pressões do preço do dólar, do barril de petróleo, da economia internacional. Mas assim, como o soco no ombro para camuflar o toque sutil no bolso para pegar a sua carteira, todas estas coisas perdem a força, o vigor e a importância, diante de algo tão importante, de valor inestimável e que vai interferir tanto na vida dos brasileiros, como ganhar a famigerada copa do mundo, que, não por acaso antecede, de apenas meses, eleições tão importantes e que definem o nosso destino.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">E tudo é feito com estratégias, mídia, marketing, com uma logística infalível que começa com a escolhas dos mitos, das estrelas, dos salários bilionários que lhes são pagos. Com suas mães, negras e ex-pobres que vão agora para a Rússia usufrir do que seria, para as condições delas, o extremo luxo, uma ostentação sem limites ou precedentes. Tem que ser assim, com muito impacto, senão não gera o resultado estridente que quer a elite, a burguesia, os que cagam dinheiro para ostentar esta que seria, em termos sociais mais extremos, uma "cagada mundial". Contra o povo, mas a favor da elite, dos executores, dos jogadores, dos técnicos escolhidos a dedo, para, com isso, massacrar as consciências, impor jogos e regras, definir a ditadura do jogo, do ganho e do gol, com todos os requintes de pressão psicológica possíveis. É, meu caro, é assim que a banda toca.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">A sociedade brasileira ainda precisa evoluir muitíssimo para entender tais jogadas maquiavélicas e que interferem, sim, na ordem política dos fatos, nos fenômenos sociais: no bolso, na educação, na moradia, na saúde, na comida. Tudo interfere em tudo e o futebol, assim como todos os demais esportes competitivos são pensados e repensados, sob medida para , justamente, amortecer consciências, perpetuar a alienação e facilitar a extrema exploração do homem pelo homem que levou o Brasil como um todo para onde está, entendendo que estamos ainda no início do caos, no começo da crise gigantesca e que se aprimora a cada dia, mostrando um quadro novo, com o qual nos surpreendemos, mas que superamos, rapidamente com as alegrias do futebol, as surpresas da novela, os paredões do BBB, o evangelho lido na igreja, a lição da escola, e por aí vai...</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">O brasileiro não tem ainda a notoriedade intelectual para ler na entrelinha, em que, por exemplo, o jogador que não cumpre a regra que não ajudar a construir, é retirado, é expulso do jogo, mas não se muda a regra e que isto é uma imposição violenta da ditadura, mas que é feita de forma lúdica, festiva, na alegria do gol e no fulgor da vitória - como aquele soco no ombro. Lembra?</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">A autoridade de um único juíz em tudo interfere, dando a lição da centralização do poder, etc. Assim, associando à competição extrema, a necessidade de ganhar e de fazer mais gols, tudo simboliza a imposição autoritária de um poder que no futebol define o jogo, mas que na vida, define a própria vida e tudo é feito por quem comanda, a serviço de quem comando e para o bem-estar de quem comanda.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">É, podemos ganhar a Copa do Mundo sim, infelizmente. Justo num momento em que ps Bolsonaros buscam desesperadamente o poder e que as pessoas de boa fé, os pais de família, os trabalhadores, apoiam, aplaudem, revigoram a sua vitória. Torcer para o Brasil ganhar a Copa do Mundo com a sua expressão capitalista, elitista e opressora é torcer por Bolsonaro, é votar nele ou ao que o valha no sentido de se deteriorar as conquistas, os valores da nossa ainda nascente democracia.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Ganharemos a copa, é bem possível, para a alegria do famigerado Galvão Bueno, Casagrande, Júnior, Tite, Grabiéis, Neymares, Fernandinhos, etc. Claro, para esta gente é muito bom bom e muito importante.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">É possível sim, que ganhemos a Copa do Mundo e herdaremos o seu legado maldito de uma miséria sem ver, uma fome que mata, um desemprego que desespera, uma violência que nos destrói. Os poucos que comandam isto e os seus pares em volta do mundo têm tudo para comemorar. Enquanto nós, o povo que trabalha para sustentar esta corja deveríamos ter medo, sentar, chorar e suplicar para que, em vez de Copa, ganhemos o direito à vida, à dignidade, a cidadania. Pois, infelizmente, havemos de escolher entre uma coisa ou a outra, as duas, são impossíveis de acontecer a esta altura da evolução do mundo. Talvez, senhores, daqui há uns 300, 400, 500, 1000 anos. Talvez nunca. Mas enquanto isto, vamos nos contentando com as copas do mundo para enriquecer os ricos e socializar a pobreza e a miséria. Por oras, está lançado o desafio.</span>Antonio Costa Netohttp://www.blogger.com/profile/05064895099104745102noreply@blogger.com0