quarta-feira, 6 de junho de 2007

O CENTÉSIMO MACACO


Um grupo de cientistas japoneses observou por mais de dez anos o comportamento habitual de uma espécie de macacos que habitava a ilha de Kochina, onde a batata doce, na condição de nativa e abundante, era o seu principal alimento, a qual era arrancada da areia e devorada instintivamente.
Estudando uma fêmea de um ano e meio de idade, constatou-se que um dia, brincando com suas batatas no mar, lavou-as ocasionalmente, livrando-as da areia da praia, saboreando-as em seguida. Percebendo que limpas, elas se tomavam mais saborosas e agradáveis, passou então a cultivar este hábito, ensinando também a sua mãe a fazê-lo. Isto foi sendo imitado por outros macacos, que gradativamente passaram a fazer o mesmo, incorporando esta inovação, lavando suas batatas antes de comê-las, chegando, por fim, a um centésimo macaco que, como os demais, incorporou ao longo do tempo o mesmo hábito.
Então, aconteceu o estalo mágico: o acréscimo da energia deste centésimo macaco rompeu de alguma forma a barreira ideológica, e o ato de lavar as batatas para comer, atravessou o mar. Colônias de macacos de outras ilhas, além de grupos espalhados por todo o continente começaram também a lavar as suas batatas antes de comê-las criando, por assim dizer, uma transformação de atitude, uma nova cultura instintiva ou uma mudança de paradigmas.
Assim, quando um certo número crítico de consciências, absorve e adota uma nova idéia, concepção, propósito teórico ou prático, essa nova consciência passa a ser transmitida de mente para mente, materializando-se na prática, transcendendo quaisquer tipos de barreiras e tornando-se real. O que significa que, quando apenas um número limitado de pessoas descobre um novo caminho, ele permanece como patrimônio do conhecimento desses poucos descobridores. Mas há um ponto em que se mais uma única pessoa sintoniza e absorve esse conhecimento, essa crença, o campo se amplia de modo que o novo saber é captado por todos, assumido e transformado, deslanchando para o campo da realidade, fazendo acontecer o sonho, a inovação, a nova perspectiva até então impedida, por razões energéticas próprias do universo, de se concretizar.
Talvez esteja faltando a sua parte, caracterizada pelo conhecimento, o desejo, a vontade e a ação para que se possa realizar muitos dos sonhos que certamente, podem ser também seus: um mundo melhor, harmonioso, cheio de paz, alegria, ar respirável, felicidades. Pense nisso e comece a transformar assertivamente seus sentimentos, palavras em atitudes convictas e carregadas de crenças, eivadas de saber, coração e alma. Lembre-se você pode ser o centésimo, ou seja, aquele que falta para que o desejo de todos possa se concretizar e nos encher a todos de bênçãos e de alegrias. Comece aqui e agora. Há sempre algo de bom e de bonito que se possa fazer. E o velho Universo pode se cansar de ficar esperando e desistir de tudo nos próximos minutos. Pense nisto e faça a palavra andar. Não foi por acaso que você leu até aqui.
Passe pra frente. Conquiste o centésimo. Faça a sua parte.
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Ken Keyner Jr. com tradução livre de Magda Beatriz de Almeida Mateucci
e adaptação de Antonio da Costa Neto

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