quarta-feira, 1 de agosto de 2007

PROJETO DE MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DE PREFEITURAS MUNICIPAIS





  • “O nosso sistema político necessita de ser transformado, e não, apenas reformado. Nós precisamos de algo mais, e não somente de algo a mais. Somos todos convocados a inventar, descobrir, criar, elaborar, aprimorar novas alternativas e desvendar outras fórmulas para caminhos verdadeiros, autênticos e justos para todos os seres vivos sobre o planeta Terra.
    Prescindimos de uma nova política do país, do Estado e, principalmente, do Município, do corpo, da mente e da sociedade. Nossa qualidade de vida dependerá daqui pra frente do poder para o povo: um a um.”

    (Marilyn Ferguson)


    I - APRESENTAÇÃO

    Entendendo que a Administração Pública Municipal tem perdido sólidas chances de realizar um trabalho de altíssima qualidade em termos de conquista da melhoria da qualidade de vida das comunidades por elas servidas, tanto em termos de serviços de infra-estrutura social, como nos processos de gestão da coisa pública propriamente dita é que resolvemos desenvolver o presente programa, tendo como laboratório de trabalho a atual gestão municipal dos diversos municípios brasileiros. Buscando assim personalizar a metodologia do trabalho a ser realizado, considerando-se os seguintes aspectos básicos:
  • As proporções físicas, geográficas e populacional, seus problemas básicos, complementares e as perspectivas de soluções de cada um deles em termos da dinâmica geral da própria gestão: individual, social, política, ética, cultural, econômico-produtiva, infra-estrutural e ecológica.
  • A existência e o nível de consciência crítica e vontade política de seus agentes, o que, em última análise, o presente programa quer vir facilitar e implementar.
  • Necessidade de operacionalização de uma nova proposta de ação administrativa frente à problemática que tem sido demonstrada pela gestão pública das cidades de maneira geral, não por responsabilidades pessoais definidas, mas por uma abordagem que requer melhorias e atualizações, podendo se transformar a presente proposta em um modelo de gestão para todo o País, e ser conduzida para congressos e eventos congêneres, e, por fim, objeto de publicações, pesquisas e mídia nacional e até internacional.
  • A pouca evolução em termos da tecnologia da administração municipal dentro da realidade específica da grande maioria de nossas Prefeituras Municipais, sendo necessário a aprendizagem de novas concepções metodológicas de planejamento, ação com vistas ao atendimento dos objetivos e metas do atual processo de gestão municipal no Brasil como um todo.
  • Implementar novos pressupostos de ação orçamentária frente aos rigores da atual crise econômica, tendo em vista a otimização de propostas, atividades e modelos de Gestão Pública Municipal, com vistas a solucionar também este tipo de problemática em nossas gestões públicas municipais.
  • Optar por uma nova abordagem (ou paradigma, como preferimos denominar) de Gestão Pública Municipal mais solidariamente responsável e voltada para o atendimento das necessidades e problemas relativos à melhoria da qualidade de vida humana em sociedade no cômputo da administração pública municipal específica com a qual se trabalha.
  • Um dos grandes problemas que o País atravessa é justamente causado pela falta de seriedade, de assertividade e de atualização dentro dos processos de administração da coisa pública, o que ainda mais se intensifica no caso da gestão municipal, onde, de fato, a realidade humana e social acontecem. Pois, em termos vivenciais e cotidianos o Estado, e mesmo, a Nação são apenas abstrações da visão teórica das ciências políticas e dos processos de legislação e exercício dos poderes políticos nas diversas áreas e esferas.
    Analisando mais friamente, fica claro que o que existe de fato, é, apenas e simplesmente, a cidade, o município e suas dimensões físicas concretas, para onde deveriam ser concentrados os poderes e recursos que pudessem favorecer à melhoria contínua da qualidade de vida das pessoas de uma maneira geral, em se considerando as áreas e atividades-meio-e-fim da ação governamental.
    Sociedade não existe. O que existe é a pessoa com suas conjunturas, aspectos, necessidades e carências. Assim, o que é o Estado, senão uma estrutura administrativa e burocrática? A cidade sim, esta existe, com limites sólidos e demarcados, com necessidades e carências físicas, reais.
  • Afinal, quais são de fato as áreas de ação humana e social de responsabilidade do governo, e, mais especificamente ainda do Governo Municipal? O paradigma desta tipologia de gestão está de fato definido?
  • Este é um referencial teórico-prático que direcione ações, políticas e diretrizes neste sentido ou as gestões das Prefeituras vêm sendo feita dentro de uma concepção empírica de ensaio e erro, gerando dificuldades muitas, gastos infindos, desperdícios de meios, bens, recursos, valores e talentos? Há como se pensar esta conjuntura e definir, enfim, novos meios de ação capazes de minimizar esta problemática, ajustar os gastos, despesas, ganhos e lucros políticos, sociais, administrativos e econômicos?
  • Enfim, a Gestão Municipal tem dado respostas satisfatórias ao seu possível ciclo de evolução laboral, técnica, metodológica e política propriamente dita ou há correções e ajustes mais que urgentes a serem feitos no sentido de se corrigir sérias falhas e defasagens historicamente acumuladas ao longo da história econômica, política e administrativa brasileira?
  • Como repensar a gestão dos serviços públicos municipais para além o estereótipo simplista da prestação de serviços que visem prioritariamente o bem-estar e a saúde financeira de seus agentes e autoridades, sobretudo os gerenciadores dos vários poderes executivos, legislativos e até do judiciário em nível municipal?
  • O diferencial das condições pessoais de quem conduz e operacionaliza o serviço público precisa ser repensado urgentemente?
  • Os privilégios pessoais descontextualizados da realidade macro, as condições de vida, o conforto doméstico, a segurança, o status quo dos governantes e seus assessores, familiares e agentes diretos da própria gestão precisa ser estudo e considerado profundamente no cômputo dos processos administrativos?
  • É mais que necessário considerar este aspecto no jogo de poder, na esfera municipal e nas demais. É possível “por exemplo” que um Deputado represente o povo desempregado, sem renda e que ganhe um salário mínimo, quando recebe milhares de vezes mais?
    Quem ganha como elite é elite, governa para a elite, beneficia a elite e a massa preterida passa a combatê-la, a destruí-la, a se manifestar contra ela, em crimes, corrupção, greves, etc. daí a crise e a necessidade de se encará-la dentro dos processos aqui sugeridos.
    De que forma otimizar propostas? Como, quando e quem vai estabelecer as políticas e diretrizes de ação? Com que quadro de referência nossas Prefeituras têm trabalhado? Que problemas se acumulam e por quê? Entendemos que a pobreza ideológica, o absoluto descaso com estas questões e o despreparo crítico e político destas pessoas são os elementos principalmente responsáveis por este conjunto de disfunções, algumas delas até consideradas como sérias e definitivas para o futuro histórico destas mesmas comunidades assistidas. Sendo igualmente este o ponto de crucial importância e que o presente projeto se propõe a atacar, possibilitando aos agentes da Administração Pública Municipal a oportunidade de, em conjunto, repensar, refletir e refazer este conjunto de coisas definitivamente inadiáveis.
    Tudo isto sem falarmos na problemática específica tais como as de teores ecológicos (poluição do ambiente, do ar, da água, dos mananciais, degradação da natureza e destruição da fauna e flora), as políticas sociais para a juventude e a terceira idade, os pressupostos filosóficos da qualidade da educação, a saúde pública, a infra-estrutura das cidades em termos de saneamento básico e complementar de uma maneira geral, garantindo um mínimo de conforto e segurança para todas as pessoas e não apenas, da classe média para cima. Os problemas com o trânsito, as endemias, a hiperpopulação, o aquecimento ambiental, o tratamento do lixo, da água, o controle do uso e do tráfico de drogas, sexualidade, a segurança pública, a violência urbana galopante, o setor judiciário e cumprimento de leis, etc.
    A compreensão geral não pode ser outra de que a situação é realmente muito grave, já sendo quase que demasiadamente tarde demais. É, portanto, necessário tomarem-se medidas urgentes e imediatas que devem se iniciar basicamente com um novo e profundo processo de conscientização/capacitação das pessoas que atuam nos vários níveis e segmentos administrativos das Prefeituras, buscando torná-las bem eficientes, eficazes e efetivas para o Processo da Gestão Municipal que o atual contexto brasileiro passou a exigir, notadamente nos últimos tempos, antevendo suas especificidades, necessidades e problemas. Gerindo, por assim dizer, ações efetivamente assertivas, em comum acordo com a comunidade municipal, para a minimização de custos e dificuldades e a otimização de soluções, atendendo ao máximo de pessoas e de classes sociais daquela municipalidade.

    II - JUSTIFICATIVA

    Historicamente o Processo de Gestão Municipal (e também o estadual e federal que via de regra, acontecem da mesma forma) vem sendo concretizado apenas no sentido de garantir os direitos e benesses de seus executores, bem como a perfeita saúde econômico-financeira destes. O que tem levado as cidades ao caos e à insustentabilidade em todos os sentidos. A saída passa por caminhos efetivamente mais democráticos, com mais representatividade popular, sendo auscutadas mais pessoas e elementos representativos legítimos dos vários segmentos sociais assistidos pelo processo de gestão, no caso, do município.
    É necessário, portanto, legitimar um sistema majoritário de ter voz e vez na definição das prioridades administrativas da municipalidade, no sentido de se orientar o plano de ação do fazer administrativo das Prefeituras a serviço da busca e da conquista de soluções otimizadas, ou sejam, aquelas que agreguem mais benefícios para mais pessoas, independente das categorias sociais, das tendências ou momentos históricos, causando, então, os menores impactos negativos possíveis. Desde que estas mesmas soluções, políticas e diretrizes, sejam escolhidas mediante a concepção e um conhecimento social e político devidamente mais aguçado, com sensibilidade humana, com entendimentos filosófico e ideológico mínimos dos elementos que se inserem direta ou indiretamente no mesmo processo.
    Nesta abordagem, faz-se necessário que seja levantado um bom e suficientemente, múltiplo e democrático diagnóstico das necessidades e problemas da população da cidade. Ou seja, um diagnóstico integral, definido por segmentos e representações o mais autênticas possíveis da totalidade da população, em termos técnicos, humanos e sociais e interagindo totalmente com a complexidade dos problemas para os quais a Gestão Pública Municipal tem sua finalidade.
    Optaremos assim por uma metodologia que agregue o levantamento dos possíveis problemas em cada uma das áreas atinentes ao serviço público municipal. E, frente a este levantamento, partiremos para a segunda etapa: a de priorização dos problemas para os quais serão buscadas as soluções mais satisfatórias e que, espera-se, sejam aplicadas dentro de um cronograma de trabalho a ser sugerido e competentemente aprovado.
    Consideramos como prioridade a escolha dos problemas tidos como os mais importantes e consistentes para o bom e satisfatório manejo da Gestão Municipal frente à sua especificidade e momento, buscando atingir o leque maior possível do campo de ação da administração municipal. O levantamento e a seleção dos problemas devem ser feitos pelos segmentos o mais representativos possíveis – e que constituam o grupo de trabalho direto do presente programa - em função da subjetividade dos raciocínios, a diversidade humana e as múltiplas situações em que estão submetidas os habitantes da comunidade municipal. Neste caso, o referencial ideológico é por nós considerado como fundamentalmente importante e, infelizmente, por razões de poder ou de falta de visão humana, política, crítica e administrativa, não tem sido nunca colocado em pauta, daí, ao nosso ver, o grande, o maior, talvez o único problema para o qual o presente programa se propõe a buscar soluções pertinentes e eficazes.
    Isto requer uma explicação ao mesmo tempo psicológica e sociológica. E para atingirmos o seu fim didático, exemplificamos da seguinte forma: um prefeito ou um secretário municipal, por exemplo, são pessoas que têm uma posição social privilegiada em relação à maioria absoluta da população – enormemente pobre – a que representa. Ora, quem não sofre tais problemas na pele tem uma visão diferente de quem os sofre. E, na verdade as soluções são elencadas e implementadas pelos indivíduos que não sofrem o problema. Temos também os fatores do inconsciente das pessoas e a competitividade delas, o que acaba por definir do lado contrário da questão, não acontecendo nunca as soluções esperadas, daí mais problemas, caos, insatisfações e dificuldades que se repetem num ciclo ainda maior e mais complexo.
    Isto não faz parte de um substrato de maldades que, a princípio, seria horrendamente cruel, mas é elemento do componente antropológico da raça humana em todos os segmentos. O grande problema é que as classes privilegiadas se negam bravamente, por um fator de competição, e, para não fugirem da própria zona de conforto, a enxergarem e aceitarem este tipo de situação e de problema. Perpetuando assim as calamidades e as grandes catástrofes que se acumulam ao longo dos Processos da Administração Pública em todo o País, e, infelizmente, em quase todas as dimensões do dito mundo contemporâneo civilizado.
    Na maioria das vezes, o que emperra o processo é a própria gestão dos processos ideológicos, em outras palavras, pelo jogo de poder, a falta de consciência, de conhecimento, de domínio técnico, de vontade política, de empatia, de compaixão e outros sentimentos nobres, para a absoluta maioria dos políticos em todas as esferas e setores, cabendo a nós, neste trabalho o desdobramento da situação dos governos municipais, propondo sérias, consistentes e imediatas alternativas de solução.


    III - OBJETIVOS DO PROGRAMA

    Geral:

  • Qualificar/conscientizar/motivar técnica, política, humana, social e ideologicamente um grupo de servidores dos vários segmentos da Prefeitura, Câmara Municipal e Representantes da Comunidade (com metodologia de efeito multiplicador, capacitando o grupo para repassar o programa para os demais servidores) para participarem efetivamente da construção de um Plano Norteador da Atual Gestão Municipal com vistas ao atendimento das expectativas políticas de toda a sociedade. Buscando a melhoria concreta da qualidade de vida da população, da infra-estrutura do município e a satisfatória eficiência dos processos de gestão devidamente integrados e aplicá-lo gradativamente de conformidade com as condições e interesses da Gestão Municipal.

    Específicos:

  • Discutir os planos e concepções teóricas e práticas dos modernos paradigmas da Gestão Municipal para o Brasil de hoje, em termos técnicos, econômicos, humanos, sociais, políticos e ideológicos devidamente adaptados à cada realidade específica.
  • Trabalhar os elementos humanos, sociais e psicológicos relativos aos processos da Gestão Pública Municipal e suas especificidades, considerando o teor da competitividade, os fins confessos e não-confessos que legitimam os processos da gestão da coisa pública em nível dos municípios.
  • Identificar as tipologias de personalidades e os conflitos humanos relativos à questão do exercício do poder na gestão do município e os seus resultados decorrentes, no bojo da própria Administração Municipal.
  • Conhecer os instrumentos da psiquê humana frente aos processos de comando e lideranças, bem como as interferências diretas no sentido da autocrítica e a definição das políticas e diretrizes mais apropriadas e adequadas para a maioria absoluta da população.
  • Proceder ao levantamento e a priorização das principais necessidades e problemas do município frente às especificidades do trabalho, subsidiando assim a implementação de um novo Plano de Trabalho para a Gestão Municipal.
  • Fazer a análise processual dos problemas priorizados, identificando suas causas, efeitos, processos, resultados e as interferências negativas, dificultadoras do sucesso desejável do plano de gestão dentro dos referencias técnicos e ideológicos uma vez adotados.
  • Propor soluções devidamente otimizadas por meio de uma eficiente Matriz Vetorial de Problemas e Operações a ser implementada no plano diretor de ação governamental da cidade.
    Elencar políticas e diretrizes de ação que poderão fazer parte do Novo Plano de Trabalho da Gestão do Município em termos dos atributos legais de ação da Prefeitura, conforme o atendimento das especificidades trabalhadas e o objetivo maior do plano de ação definido pelo grupo.
  • Apresentar um efetivo Plano de Trabalho para a Gestão Municipal específica, com agendas, propostas e sub-propostas nos vários campos de ação da Prefeitura, com um cronograma devidamente aprovado, plano de supervisão, atividades, recursos, coordenações e técnicos responsáveis, acompanhando, supervisionando e corrigindo possíveis falhas e defasagens decorrentes de sua aplicação.

    IV - METODOLOGIA DE TRABALHO

    O projeto tem como propósito uma modalidade de intervenção organizacional na Gestão da Prefeitura, partindo da conscientização, capacitação e motivação das pessoas envolvidas para este intento, dentro das concepções dos novos paradigmas definidos como filosofia do programa. Entendemos aqui que sem qualquer um destes aspectos torna-se impossível a realização da presente proposta, dentro do padrão de qualidade básico a que ela se destina. No geral, as pessoas não são devidamente conscientizadas, por isso falta capacitação, culminando com a desmotivação absoluta para tais atividades, levando assim ao caos que tentamos suplantar com este programa, que tem por finalidade a melhoria da qualidade do produto e do Processo de Gestão da Prefeitura Municipal.
    De acordo com os novos pressupostos, a devida orientação técnica, favorecida pelo indispensável campo de motivação e vontade política são fatores absolutamente fundamentais e indispensáveis para a implementação de um programa de trabalho com o nível de qualidade aqui proposto. O grande mal de tudo é a inconsciência que gera a ingenuidade, que, por sua vez, leva a apatia e vivemos num tempo em que nenhuma destas coisas pode ser ao menos tolerada, permitida, e, muito menos induzida pelos instrumentos de gestão, entremeados em suas concepções, métodos, processos burocráticos, administrativos ou legais. Sendo preciso igualmente favorecer a um outro tipo de liderança mais amena, democrática, humanamente responsável e pró-ativa em termos da consecução da qualidade de vida das pessoas e da melhoria contínua das estruturas vivenciais, conjunturais e políticas dos municípios.
    Desta forma, a metodologia do trabalho será definida a partir das seguintes fases e etapas seqüenciais:

    4.1 – Seleção do grupo de pessoas que participará do Workshop:

    Devendo ser constituído de: políticos (seus representantes legítimos) e profissionais dos vários escalões da Prefeitura; secretários municipais, servidores, vereadores e representantes dos vários segmentos sociais (média ideal de 35 (trinta e cinco) pessoas).


    4.2 – Workshop Básico de Implementação do Projeto:

    Duração: (proposta de 40 (quarenta) horas-atividade, prioritariamente intensivas, ou em dois finais de semana consecutivos, conforme possibilidades e favorecimentos de ambas as partes (sendo negociado no próprio processo). Sendo necessário e conforme a especificidade de cada gestão serão realizados mais Workshops Básicos, visando a qualificação de um maior número de pessoas ou será reforçada a metodologia de repasse e multiplicação dos efeitos do programa desenvolvido, o que será definido caso a caso.


    4.2.1 - Programa do Workshop:

    - Definição das normas técnicas de funcionamento do próprio programa, atendendo aos pressupostos democráticos do mesmo.
    - Distribuição do texto: O poder correto, de Marilyn Ferguson, que deverá ser lido por todos, resenhado e apresentada a síntese até o final do evento, como complementação do seu referencial teórico.
    - Concepções teóricas e práticas dos atuais Processos de Gestão Municipal: perspectivas, propostas, modelos, dificuldades, pressupostos históricos técnicos e operacionais.
    - Estudo das concepções estruturais e individuais nos processos de gestão, gerenciamento e administração municipal.
    - Jogos de poder e competitividade humana nos processos de gestão: grupos e equipes, pressupostos ideológicos, posturas e perigos do inconsciente.
    - Ideologia e processos de poder como fundamentos imprescindíveis na dinâmica dos processos de gestão do município.
    - Levantamento das necessidades e problemas na gestão municipal específica.
    - Priorização dos problemas a partir do referencial adotado pelo programa desenvolvido.
    - Análise processual dos problemas em termos de causas, efeitos, processos e resultados. Discussão e elaboração do quadro analítico.
    - Montagem da Matriz Vetorial de Problemas e Operações (propostas de soluções e levantamentos dos impactos positivos e negativos no meio social onde se atua).
    - Definir os mínimos operacionais com os quais trabalhar: a) O que fazer? b) Como fazer? c) Quem vai fazer? d) Para que e para quem fazer? d) Quem se beneficia e quem se prejudica com o que vai ser feito? e) Quanto vai custar? Eventuais surpresas e novas medidas de correção?
    - Elaboração do Plano Final de Trabalho da Nova Gestão Municipal (metodologia de elaboração de projetos) que deverá nortear as perspectivas de coordenação, responsabilidade técnica, acompanhamento e correção de possíveis falhas e defasagens.

    4.3 – Propostas de Implementação do Projeto:

  • Seleção do grupo experimental que participará do workshop básico de trabalho devendo ser adotado um método mais aberto e multifacetado possível de escolha, de forma a atender aos pressupostos democráticos do programa.
  • Realização do workshop – com no mínimo 40 (quarenta) horas de trabalho, qualificando, conscientizando e motivando devidamente as pessoas para este novo processo de Gestão Municipal.
  • Elaboração de um Novo Plano de Trabalho para a Gestão do Município de forma a subsidiar técnica e politicamente os programas de ação da Prefeitura Municipal.
  • Submeter o Novo Plano à aprovação da administração pública municipal, fazer as adequações necessárias, desde que não fira aos ideais éticos, filosóficos, ideológicos e políticos do programa, possibilitando assim a sua implementação e as melhorias esperadas.
  • Implementar o programa dentro da forma concebida, considerando as adequações realizadas, procedendo assim as mudanças necessárias dentro do Novo Plano de Ação aqui definido.
  • Corrigir possíveis falhas e defasagens decorrentes do próprio processo de implantação, buscando a interação permanente das novas propostas aqui apresentadas.
  • Promover novos workshops, cursos, congressos, seminários, palestras no sentido de melhor qualificar e atualizar as pessoas (em regime de acompanhamento), não deixando que se defase as concepções metodológicas e as atualizações políticas do programa, atendendo à contemporaneidade gradativa do mesmo.

Redação e publicação do relatório anual das atividades do programa para o conhecimento de todo o público, a participação efetiva de toda a comunidade e o reestudo de implementação do programa nos novos exercícios e assim sucessivamente.

4.4 – Currículum Simplificado do Facilitador do Projeto:

Antonio da Costa Neto – Administrador, com Especialização em Gestão Pública, Mestre em Políticas e Planejamento Educacional, Doutor em Sociologia da Educação e Contemporaneidade, consultor, palestrante, professor universitário e pesquisador nas áreas de gestão pública, empresas e educação. Autor de livros na área, artigos, ensaios e resenhas. Concebeu, implantou e coordenou diversos projetos de pesquisa e qualificação de pessoas nas áreas de gestão, políticas públicas e educação superior.

4.5 – Condições Operacionais (a decidir):

Incluindo os meios gerais de trabalho, remuneração da carga horária trabalhada, instalações, reprodução do material didático-pedagógico e demais custos que por ventura possam ocorrer e que serão negociados oportunamente, caso a caso. Ficará sempre sob responsabilidade do contratante as despesas relativas meios, recursos, local, locomoção e acomodação dos profissionais devidamente envolvidos em quaisquer das etapas do processo.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabemos que o presente programa é fundamentalmente polêmico. Mexer com as questões do poder estabelecido, com as benesses das elites é historicamente uma coisa muito difícil, diria eu, quase impossível. Infelizmente, e, por isso mesmo, vemos nosso País e o mundo se sucumbir ao mais absoluto caos, a uma crise sem precedentes em todos os sentidos. São sucessivas mortes em todas as dimensões do Planeta, crimes inusitados e quase já em nossas portas – e a qualquer hora, em nossas casas – guerras descabidas, imtempéries da natureza, com estrondosas secas, enchentes, terremotos, vendavais, aquecimento do ambiente mundial, poluições, endemias, doenças incuráveis, hiperpopulação, trânsito caótico, falta de espaço, poluição, desastrosa distribuição de renda, educação precária, desemprego, miséria, fome, péssima assistência à saúde das pessoas, habitação precária, educação de péssima qualidade, declínio da economia etc., levando a vida a padrões quase insustentáveis. Enfim, não temos outra saída senão buscar mudanças profundas, embora possam significar inquietações e desconfortos para alguns segmentos.
Infelizmente não há mais o que esperar para se tomar medidas absolutamente fundamentais em todos os sentidos e segmentos da sociedade. Não é só a administração pública que sofre deste conjunto de impropriedades, todas as instituições, organizações, entidades, grupos, classes sociais, passam por uma crise endêmica e sem precedentes. É notório o atraso das concepções da humanidade.
Nossas escolas, igrejas, estruturas e conjunturas de trabalho, famílias, justiça, leis, processos de gestão, enfim, tudo necessita ser repensado e com toda a profundidade e com a maior urgência possível. Portanto, precisamos começar de algum ponto, de alguma frente, e, por uma questão de conveniência estratégica, estamos propondo um início pela via da Administração Municipal.
Queremos deixar claro que nosso objetivo não é, de forma alguma, competir com processos de poder, pessoas ou equipes. Pelo contrário, entendemos que é mais que necessário fazer alguma coisa, retomar os processos, reconduzir os sistemas. Não podemos ver o mundo sucumbir ao caos, de braços cruzados. Sabemos que com a presente proposta podemos contribuir muito com a qualidade de vida das pessoas, mas ao mesmo tempo, temos a consciência da grande dificuldade que iremos enfrentar para colocar o presente projeto em prática, pois no papel ele não passa de meras intervenções teóricas que quase nada significam.
Já passamos muito da hora de sistematizar os conflitos necessários. “Não se faz omelete sem que sejam quebrados os ovos”. Da mesma forma, não podemos congregar a melhoria da qualidade da vida de toda a população sem ferir ao famigerado status quo das elites, a concentração absurda e bem-estar, poder de mando e acesso à renda e recursos econômicos.
Prescindimos de repensar a questão do poder. Isto faz parte do nosso compromisso como cidadãos, como seres conscientes deste conjunto de processos. Temos uma responsabilidade sistêmica ao entender que tudo se liga a tudo e até mesmo, uma resposta espiritual que haveremos de dar, uma vez que responderemos pelo mal decorrente do bem que, por ventura, deixarmos um dia de fazer.
Estamos identificando o Programa como de Modernização Administrativa da Gstão das Prefeituras Municipais, tendo como objeto real à capacitação técnico-política e a motivação das pessoas para a mudança dos paradigmas específicos, que prevemos como necessários e inadiáveis frente à vasta gama dos problemas do mundo e as perspectivas terríveis vislumbradas para o Planeta num curso espaço de tempo. Principalmente se considerarmos as conjunturas históricas.

Não podemos perder mais um minuto de tempo. A vida cobra-nos, muito e alto. Temos de repensar e, principalmente, refazer os processos vivenciais e com eles a Administração Municipal que é o campo que ora nos cabe. Vislumbrar que, com isto, possamos merecer melhorias concretas, paz, serenidade, desenvolvimento, sendo, acima de tudo agentes da busca da felicidade dos seres vivos sobre a terra. Inclusive, cada um de nós e nossas famílias pois igualmente nos encontramos expostos a tudo isto. Administrar e planejar a Gestão Municipal com muita competência técnico-política, paz, empatia, serenidade e amor é, com certeza, o grande desafio político do Século XXI. E não podemos, sob pena de garantia de nossa própria sobrevida, nos mantermos defasados e ultrapassados frente às novas exigências que nos é feita pela nova ordem mundial que ora se desencadeia. Vamos a ela.

CONTATOS:
Humanizar - Consultoria & Projetos
Prof. Antonio da Costa Neto
STN - Ed. Montreal - I - Sala 106
70.770-100 - Asa Norte
Brasília - DF
Fone: (061) 3274.27.55













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