quarta-feira, 29 de julho de 2015

SUGESTÕES PRÁTICAS PARA SALVAR O BRASIL DA CRISE



Por:
Antonio da Costa Neto

Vivemos tempos de vacas magras. Muito magras. E não podemos mais nos dar ao luxo de desgastar e gastar milhões para nada, apenas para sustentar uma estrutura falida que não mais funciona. E a questão não é só de recursos financeiros ou técnicos, mas, também, e diria até, principalmente, de moral, de costumes, cultura, caráter, vergonha, ética, coisas que não se compra com dinheiro, mas, como não temos, fazem sim, a maior falta do mundo, daí a crise, que será gigantesca e incontrolável se medidas mais que sérias forem tomadas para mudarmos o paradigma político, existencial, social e humano, enfim, questionar e mudar tudo (ou quase).
A questão política é a primordial e para ela, faço aqui minhas propostas. Não estamos ainda - e nem estaremos, creio eu, de termos uma nação anárquica (uso aqui a palavra anárquica com todo o cuidado, pois sei o quanto ela é mal interpretada pela nossa profunda ignorância política e falta de consciência neste sentido, mas com cuidado, proponho:
1 - A imediata dissolução do Congresso Nacional. Câmara dos Deputados e Senado são conjecturas apolíticas e sem utilidade, a não ser para consumir milhões e milhões com uma burocracia estanque, profundamente onerosa e atrasada, com um faz e desmancha sem tamanho, para, no fim, não virar nada. Se fecharmos o congresso, certamente, não fará a menor falta. Ninguém ficaria nem sabendo se não fossem as mídias noticiando o fato. E o prédio, as instalações caríssimas, seriam adaptadas para só assim funcionarem como instituições sociais, creches, escolas, hospitais, universidades, etc. mas, do que falaremos em outro momento.
2 - Extinguindo o Congresso - que não funciona pra nada - afinal, pra serve, por exemplo um Senador, mesmo? Eu, honestamente, gostaria de saber. Seriam automaticamente extintas também, as inúmeras e igualmente inúteis Câmaras de Deputados Estaduais, outros covis de perversidades administrativas e, por fim, as vergonhosas e escandalosas Câmaras de Vereadores. Afianço que não precisamos de nada disto. Destes covis engolidores de fortunas e mais fortunas. Assim, restariam e seriam o bastante:
3 - O Governo Federal com a Presidência da República devidamente fortalecida, os Tribunais que representariam o Judiciário e os Ministérios, devidamente ajustados - pois já existe gente demais e sessões demais usufruindo do famoso ócio remunerado, o que serve, inclusive de galhofa deles próprios. Assim, os Ministérios tratariam ao mesmo tempo do próprio legislativo e executivo devidamente associados, fazendo e aprimorando leis, pareceres, partindo, é claro do muito que já foi feito neste séculos todos de história para quase nada.
4 - Seriam mantidos os Governos Estaduais, com as Secretarias no mesmo molde, número e qualidade dos Ministérios, sendo que estes seriam devidamente entrelaçados, para que políticas e diretrizes fossem justas, alinhadas e atuantes com eficiência e eficácia rumo aos objetivos e metas traçadas do povo e para o povo, de modo real e concreto, evidentemente.
5 - Prefeituras e correlatas Secretarias e Ministérios teriam, igualmente o mesmo congraçamento, com um trabalho unificado e união de princípios, concepções, filosofias e éticas, enxugando gastos, custos, operações inúteis, desprezíveis dinâmicas de poder infindas e para nada, a não ser justificar o cabide de empregos imenso e suas conjecturas de benefícios burgueses e para os mesmos poucos, há séculos. Não é preciso nada mais que isto.
6 - Cuidados e mais cuidados devem ser tomados para a garantia do congraçamento entre ministérios, inter ministérios, entre e inter secretarias e governos, num plano de eficiência, legitimidade e competência. Enxuga-se drasticamente as amarras desnecessárias e se tenha seriedade e caráter na condução ética e na firmeza dos propósitos deste novo governo frente a esta profunda mudança, não apenas, reforma política, pois não temos que aprimorar o caos, mas mudar, com profundidade estruturas e conjunturas, sem amarras, sem máscaras. 
Assim, os milhões, os bilhões de reais economizados para pagar os salários de deputados e senadores ociosos, a manutenção destes edifícios monstruosamente imensos iria direto para os municípios, onde, de fato estão as pessoas, os problemas, as carências, pois o Estado é uma mera abstração, uma reflexão teórica. Na verdade, o Estado nem existe, pensem nisto. Além dos salários que são os maiores gastos, já pensou no que se gasta de energia, telefone, passagens, gasolina, internet, equipamentos, computadores, tecnologias, papéis, e, até mesmo o gasto com cafezinhos, papel higiênico, assessorialistas, etc. etc, para se manter o Congresso, as Assembleias, as Câmaras que juntas não fazem nada pelo povo brasileiro? Ora, são fortunas e fortunas, fábulas e fábulas que serão gastas com as pessoas, a infra-estrutura, a educação, a saúde, a habitação, a comida, a higiene, emfim, com a vida.
Para que salvemos o Brasil precisamos parar com esta palhaçada do Estado para o estado, em que os servidores e seus quadros são os que têm a melhor qualidade de vida de todos. Ou seja, o cidadão paga o luxo, o extremo bem-estar dos que governam, em função de uma mínima qualidade de vida para a grande maioria das pessoas e, assim, sucessivamente. Um horror absoluto, um caos intransponível, um crime contra as pessoas, contra tudo e todos. Para salvar o Brasil, temos que concentrar meios e recursos no real, nas cidades, nos municípios, pois é aí que estão as pessoas.
Claro que muitos acharão que isto é impossível, é utópico demais, é loucura exasperada. Mas serão exatamente, os que perderão seus benefícios, seus lautos salários, saírem de suas zonas de conforto, enquanto o povo morre a míngua. O ser humano, os mamíferos, os animais de sangue quente são altamente competitivos, eis a sua maior e mais importante característica. E é, justamente, com esta competição sem limites e precedentes que o homem cria o Estado - opressor - a política, as instituições, a escola. É chegado então, o tempo de se transformar profundamente, tudo isto. O mundo fundado na competição é uma barbárie a ser superada por todos nós. Quem sabe? Vamos experimentar? Fico aqui aguardando comentários e resultados. Mas que resultados?

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