sexta-feira, 8 de abril de 2011

SIMPLESMENTE, CANÔ


CANÔ

Visitei Sua Majestade,

Canô em Santo Amaro e desde então fiquei,

para sempre, purificado.

É impossível ser o mesmo

depois de assistir de perto aquele riso.

De andar pela casa, pelo quintal,

por entre varais cheios de roupas e brisas

fresquinhas, puras, encantadas.

Tocar na sua louça e tomar o suco,

o néctar de maracujá,

que nunca vi igual, feito só para as divindades,

(das quais fui a exceção, felizmente).

A cachorra chamada Bonita.

Nicinha rindo simpática.

Conversa boa e pura olhando fotos

e fazendo comentários entre risadas meigas,

como um coro-riso-de-anjos.

Café e aquele abraço terno como um toque de almas

que se unem e transbordam.

Vestida de branco com flores em alto relevo

que se amontoam sobre os ombros

e descem pelos braços

como se fossem cachoeiras de encantos.

Brancura e o frescor do leite de rosas

já impregnado na pele,

vindo de dentro,

complementando o verbo encantar.

Fazendo parte do espírito, da alma,

que só poderia ser linda, cintilante e perfumada.

Ave Canô!

Uma espécie de Maria,

parideira de flores, estrelas e esperanças.

___________

Antonio da Costa Neto

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