terça-feira, 5 de outubro de 2010

UM PAÍS QUE ELEGE TIRIRICAS, WESLIANS, ETC. ETC.


Não é pelo fato da política em si, mas antes pela questão humanística que envolve o fenômeno. O que Joaquim Roriz está fazendo com a sua 'amada" esposa, D. Weslian, é absolutamente descabido. É um crime sem proporções, atirando uma inocente indefesa na arena de leões tarimbados e famintos, para que a devorem em segundos. Ver D. Weslian nas rodas de discussão política, nos debates, ou nas mesas de montagem de estratégias ou diretrizes de ação, é de fazer pena é de dar dó. E ele ainda fez tudo em nome do amor, da compaixão, do companheirismo de muitos anos. O que, sem dúvida, chega a ser cômico.

Ela, coitada, fica alí parecendo uma bobinha no meio de homens letrados, de raposas velhas no jogo de poder e da exurpação do outro, como é o caso da miserável política brasileira. É um peixe fora d'água. Sendo uma pena que ela não tenha nem ao menos alguns neurônios funcionando. Se tivesse não se exporia a tamanho ridículo, e, depois, se separaria definitivamente deste homem que usa o amor e o companheirismo para exercer a sua vontade fria e abjeta, justamente contra aquela que é a sua companheira de meio século, de quem herdou a fortuna e as fazendas do seu velho e rico pai e quem, no final das contas, deu a ele duas filhas, duas deputadas, que juntas ajudam a segurar o feudo da família, o DF, exatamente como nas dimensões políticas e sociais da ultrapassada idade da pedra. Um horror.

A esta altura dos acontecimentos, a capital do Brasil, pasmem, a capital, está prestes a se tornar um sítio asfaltado, onde os aristocratas cruéis do passado, tendo como capatais do mesmo jogo, suas filhas, ordenam que façamos ou soframos, de preferência , sem reclamar, isto ou aquilo. Um absurdo incomum, a prova de que somos um país na mais astuta periferia do mundo. E estamos prestes à derrocada total se esta sofisticada motorista de fogão - ou nem isto - for eleita a governadora do Distrito Federal brasileiro.

Pelo menos teremos, como disse Alexandre Garcia, a grande atração que serão os programas eleitorais que precedem ao segundo turno das eleições. Vai ser muito engraçado continuar vê-la trocando palavras, alinhavanbo pensamentos, tropeçando nos papéis, nas fichas que consubstanciam suas colas, pois é incapaz de emitir uma única ideia com começo, meio e fim, enquanto Agnelo, um médico, um político mais do que experimentado, desdobrará com sobra de eficiência - igualmente na mentira - suas propostas, planos de ação para o exercício de uma política infinitamente superior, e que, transpira a mudança sobre estas quase duas décadas em que Roriz manda e não pede, comete suas falcatruas políticas e fala nos programas, como se fosse Deus, com sua coreografia ensaiada, dura, mecânica, que em nada combina com a sua figura ultrapassada dos coronéis escondidos nos séculos da história.

E mesmo assim é bem possível que ela ganhe, o que, de tudo, cumprirá a política do quanto pior, melhor. Só assim, depois deste circo todo, quem sabe o eleitorado "consciente" do Distrito Federal passe a ter, além desta visão opaca e tortuosa, um pouco de vergonha na cara, o que, já não era sem tempo. Enquanto isto, D. Weslian ficará cuidando de suas práticas ridículas, dos seus vestidos de gosto duvidoso, suas conversas de cozinha e a exibição das tecnologias avançadas da fazenda que "papai nos deixou".

Mas nós, o povo de Brasília, bem que merecemos. Já ajudamos a eleger as suas filhas deslavadas. E mais um pouco, seremos todos, como D. Weslian já é, perfeitos robôs nas mãos de sua excelência Roriz que sempre contribuiu para o caos de Brasília, com seus governos irresponsáveis, seus projetos eleitoreir0s e suas obras faraônicas que calam, com eficiência as bocas dos trouxas, dos palhaços e dos imbecis que somos todos nós. Sejamos então chefiados pela grande mãe religiosa, boa, dedicada, caridosa. Mas vazia, perdida, ingênua e sem ação nenhuma na vida. Caso contrário, não estaria até hoje vivendo ao lado de quem se casou. Já teria procurado um ponto de decência para viver a sua vida e terminar seus dias de estrada, que, pela lógica, não hão de ser tantos mais. Até hoje, ela ficou na penumbra, na meia-luz, ajudando ao seu amado esposo a cometer as desgraças horrendas que ele chama de boa política, e que, com certeza, levará todo o Distrito Federal a um caos insustentável nos próximos anos. Mas agora ela vem para o centro do palco, para cantar desafinada e dançar desengonçadamente.

Mas, felizmente, eleitor, o foco de luz está nas suas mãos, sendo você livre para acendê-lo ou não. Da mesma forma, você é o dono e senhor dos cordões que abrem e fecham as cortinas. Estando, portanto, o espetáculo dantesco em suas mãos. E quem o assistir terá depois noites e dias de pesadelos constantes. Pense nisto e ao invés de usá-los, vamos colocar os narizes de palhaços na porta da família Roriz, para que este seja um país que não mais eleja Tiriricas, Weslians, etc. etc, Eles que fizeram o circo. Agora, portanto, que se deleitem com o espetáculo de horror que são todos, protagonistas.
_________
Antonio da Costa Neto

Nenhum comentário: