sexta-feira, 13 de julho de 2007

FRASES ENCANTADORAS DE FABRÍCIO CARPINEJAR










"A feição envelheceu com unidade. Até os óculos acompanharam."




"Jogo cartas e dominó apenas na praia. A infância combina mais com o mar do que com nossa idade.
Metade do que vivo é imaginação A outra metade é conseqüência dela."




"Nunca foi bom em matemática. Morreu de cálculo renal."




"É mais difícil arrastar uma pessoa desmaiada, morta, tudo é bem mais pesado. É necessário que tenha vida para conseguir carregar. Assim eu penso os livros."




"Nem eu sou meu discípulo. Não suporto o próprio timbre."




"Mulheres com sobrancelhas grossas me passam um ar de tristeza impossível. Frida Kahlo marcou meu jeito de ver. Uma beleza selvagem, súplica, ardor adotivo, vento de dia que já é uma espécie de noite."




"Deixo escorrer o rímel que não estou usando. O silêncio não me deixa dormir. Sobraram-lhe nove dedos sem aliança alguma. Há sempre um momento em que é preciso chamar um adulto."




"A morte desobedece Deus em segredo."




"Conheci uma beata que espantava os demônios com os mistérios gozosos."




"Gênio? Neste momento Cem mil cérebros se concebem em sonhos gênios como eu, E a história não marcará, quem sabe? Nem um, Não haverá senão estrume de tantas conquistas futuras. Não, não creio em mim."




"O desejo é um medo que não tem cura."




"Quando se tem razão é aconselhável negar. Em seguida, o interlocutor admite a verdade e repete aquilo que havíamos dito como se fosse dele."




"Não desisto de me encontrar onde não estou."




"Escrevo com medo, mas um medo alegre, o mesmo que pressentia quando criança diante do desconhecido ou das sombras do quarto. Medo de que algo aconteça e falte voz. Um medo proibido e sedutor. Um medo curioso, que se provoca para acontecer."



"O poema é uma mão tremendo. Seguro no poema não para aliviar o tremor, mas para ser contagiado por ele."




"Contesto meu gosto, não o meu gosto no gosto dos outros."




"Antes sem modos do que seguir moda."




"Quero morrer sem sobrar vida para contar."




"Agradeço meus limites. Não me suportaria infinito. Os limites são vantagens."




"Toda arrogância é excludente e moralista. O moralismo nunca me ensinou a me comportar."




"O crítico não deve escrever para o autor, muito menos para si mesmo."

Um comentário:

Norma Lipovetsky disse...

Adorei seu blog, parabéns!Esse cara é ótimo!!!
Norma