sábado, 21 de abril de 2012

MELHORIAS POSSÍVEIS



MELHORIAS POSSÍVEIS

Imagine um mundo futuro com todas as melhorias possíveis e pelas quais muitos lutam. Sem aquecimento global, chuva ácida e um mecanismo automático para que uma brisa serena e molhada reviva as flores, o verde, o frescor da vida. Água em abundância, limpa, doce, cristalina, fresquinha, bem utilizada. Pronta pra beber, lavar e limpar os corpos as folhas, as flores, os bichos, a terra.
Os mais velhos cultivariam suas hortaliças, com nabos, batatas, frutas e legumes cultivados sob cânticos de felicidades causados por uma vida calma, longa e saudável. A beleza não se apagaria nunca, soberana e simples, como os corações açucarados e ávidos para fazerem o bem a qualquer ser vivo.
As crianças aprenderiam brincando, em campos abertos por entre matas, rios, cachoeiras, pássaros, borboletas. Encantamentos, delícias, histórias de amor, poesia, música, carinho, contato humano e muito afeto.Sem normas fixas, uniformes, o dever de casa que se assememelham à escravidão cotidiana, que, no mundo que temos, mais cedo ou mais tarde virá.
Os adolescentes aperfeiçariam sua formação por meio de jogos, de relações e atitudes pró-ativas sempreem favor do outro.
As escolas não seriam mais simples refeitórios. Pois todos comeriam onde estivessem, com as mãos, se lambuzando de sabores e delícias. Elas ensinariam aprendendo pelo e para o prazer, o amor à vida e à esperança de uma vida longa e cheia de paz e de alegria. A saúde reinaria inteira, solta e forte, sendo desnecessários os hospitais, os manicômios e seus profissionais da doença.
A paz reinaria. Seriam destruídos os presídios. Os casebres seriam opção e, não, necessidade de moradia, cercados de jardins, árvores, flores, cheiros da natureza que acalantariam sonos reparadores deixando as pessoas prontas para a vida sem hipocrisias. O que seria o mais importante.
Teríamos um mundo que não necessitaria de governos, seus gestores frios e cínicos e dos gastos estúpidos que ncessitam para as falcatruas comuns e criminosas. Sem os que roubam e mandam enforcar, crentes que o sangue dos inocentes lavaria seus corpos e suas almas.
Pois todos teriam consciência na teoria e na prática de até onde vai o seu direito, o seu dever e o seu patrimônio e poderíamos rasgar todas as leis e fazer uma grande fogueira com todas as normas. Um mundo sem ditadores, com o qual sonhamos e se tornará, um dia, bem breve, uma realidade.

Onde ninguém furtará, porque tudo será de todos e não haverá nem meio e nem necessidade. Mas haverá, sim, a ética do amor, do reconhecimento e da escuta que seriam natural a todos e subjacente a uma educação e uma cultura vindo do interior das pessoas, seus custumes, cultura, caráter, valores. Todos ensinarão a todos pelo simples ato de ser, de viver e de estar.
O sexo e o amor poderiam ser praticados em qualquer hora e lugar, pois seriam visto como respeito e a preservação da vida. Ato de querer bem e se deliciar, lindamente, com o prazer dos corpos. Que, por estarem juntos e justos, atritam-se produzindo a energia do belo, do íntimo, do inexplicável. Tal como hoje acontecem e são vistos a violência, o crime, a corrupção, a vergonha, o espancar, sangrar, tirar a vida, sem pudor, medo ou arrependimento.
Um cenário de luz e arte, horizonte infinito sem mágoas, dores, ressentimentos, desgraças, mortes repentinas, desespero e lágrimas.
E é por lutarem por este mundo que há de vir, que muitos são abandonados mortos e cruxificados, real ou simbolicamente. E tidos como loucos, são demitidos, deixados ao sabor amargo da própria sorte. O que é feito pelos que rezam, lêem a bíblia, dirigem escolas, órgãos públicos, empresas...
Mas que, no fundo, tutam pelo contrário de tudo isto.
Pois o que mais temem é a felicidade dos outros, dos que sofrem, têm fome, necessitam, imploram.
Precisamos combater esta cegueira, esta imbecilidade.
E só assim estaremos, de fato, contribuindo para a plena
realização dos planos de Deus.

Estamos, portanto, frente a esta longa caminhada que ainda espera pelo primeiro passo, mão estendida, sorriso de amor.
Um diia chegaremos lá. Mesmo que ainda tenhamos que esperar por milhares. Talvez, milhões de anos.

(Antonio da Costa Neto)

Um comentário:

Fariddy disse...

Se o mundo fosse desse jeito, me pergunto o que vc escreveria depois?
Fariddy