sábado, 25 de fevereiro de 2012

MIIIIAAAUUUUUUU!.... É O GATO! É O GATO!


Mentiras & verdades:
Jornais e revistas, sempre brasileiros, vivem anunciando o “sucesso” da tal moda tupiniquim no exterior. Até mesmo na moda praia essa mentira é desmentida por números. Desde 2011, as exportações caíram 83%. A desculpa para esse decréscimo é sempre a mesma. Dólar, altos
impostos, crise. Ninguém comenta o fato de que, até pouco tempo, mulheres europeias e norte-americanas, só encontravam modelos “mostra tudo” nas confecções brasileiras. Passada a síndrome do “I don't show my ass” dessas mulheres, agora o que se vê são versões muito originais, feitas em países como Israel, que dominam o mercado.

Releases de moda e samba-enredo
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Não há nada mais parecido com release de moda do que samba-enredo. Os dois são incompreensíveis, portanto, releases deste ano poderão servir como tema para qualquer escola que deseje transformar, em 2013, o ridículo em absurdo.

Sambódromo e Kung Fu

Todas as emoções de um filme de Kung Fu foram vistas no Sambódromo de São Paulo na apuração deste ano, uma espécie de Chica-Chica Boom da arquitetura carnavalesca. Ninguém entendeu o motivo de tanta revolta e tanto vandalismo, afinal eram apenas os resultados de desfiles na sua maioria sem graça, mal feitos e mal apresentados, com sambas medíocres e uma infinidade de “déjà vu” em carnavais do Rio de dez anos atrás.

Mangueira entediante

Não existe nada mais arrepiante que a entrada da Mangueira na avenida, não existe nada mais entediante que o desfilar da Mangueira. Não existe nada mais aborrecido em saber que o tempo para essa passagem tem os mais torturantes 80 minutos que um cuco pode marcar.

Portela desinteressante
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Portela sempre foi a grande rival da Mangueira nos carnavais cariocas. Continua sendo. Não se sabe se é por falta de uma balança adequada, mas seus desfiles, a cada ano, se tornam mais pesados e desinteressantes. Apesar das pretensões, o que se vê são sempre as mesmas
fantasias e alegorias, feitas por imaginações de quem quer ganhar um Oscar, mas teriam, no máximo, que se contentar com um Kikito.

Ratos e urubus, afastem-se
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Joãosinho Trinta encantava o público com seu luxo e lirismo. Esse encantamento provocava a ira dos “puristas” da época. Ninguém percebeu que o verdadeiro luxo de Joãosinho estava em sua imaginação. De sua genialidade nasceu o mais perfeito e criativo desfile feito até hoje.
Seu “Ratos e Urubus” ficou na história. O segundo lugar, na época, foi mais importante e opressivo que todos os outros primeiros de todas outras escolas juntas.

O miado do gato
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Paulo Barros, o pit-boy da alegoria-e-fantasia, ri e chora com mais um título de uma carreira que promete ser, no Carnaval, o que a de Pelé foi no futebol. Jovem, articulado, inteligente e, pra desespero dos concorrentes, um gato cujos miados estremecem qualquer subsolo íntimo. Paulo Barros, o único herdeiro de Joãosinho Trinta, só aguarda o momento de trocar de CEP, saindo de um bairro carioca rumo à cidade onde voa um Beija-Flor milionário, com as melhores heranças,belezas e riquezas da história do Carnaval.

(Glorinha Kallil)

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