domingo, 12 de abril de 2020

CONVITE PARA VENCER O CORONA VÍRUS - UM GRANDE DESAFIO








CONVITE À SUPERAÇÃO DO CORONA VÍRUS: O MAIOR DE TODOS OS DESAFIOS

Algo teria mesmo que surgir para frear esta humanidade louca, competitiva, egoísta, gananciosa, sem a menor concepção de valores, princípios, ética, sentimentos. A vida em si perdeu toda e qualquer dimensão de valor frente à abusiva competitividade do ser humano, em todos os tempos, cujo somatório é, sem dúvida, o maior de todos os males: milhares de anos de maiores e menores maldades, contra as quais a terra resolveu revidar de forma mais drástica do que, talvez, conseguiremos suportar.
O ser humano é profundamente mau e não sabe. É ingênuo, incauto, doente, seco, agressivo e não sabe. Dedica sua vida, talentos, habilidades, inteligência para destruir o outro, a si próprio e ao seu habitat natural e nem se dá conta disso.
Mesmo as pessoas voltadas para algum bem, os valores, as crenças, Deus à caridade, ao suposto senso de justiça que circunda sobre a terra, são más e não sabem, perversas e não sabem, etc. Mente, blefa, engana. As mulheres, os professores, os empresários, os pais, mães, governantes, advogados, pedreiros, sapateiros, lavadeiras - enfim, todos ou quase todos - em maior ou menor nível, contribuem, sem que saibam na contínua destruição da vida e do planeta que dá agora o seu grito, talvez, final declarando uma gerra única e jamais vista em todos os milhares de anos da sua história.
Sempre afirmei - por minha conta e risco, diga-se de passagem - que o maior, minto, que o único problema do mundo é o ideológico. Fomos todos orientados - condicionados - por uma certa ordem, uma certa condução de conhecimentos, diretrizes e práticas, feitas sempre pelos mesmos, para beneficiar os mesmos, e, automaticamente, prejudicando e condenando à fome, à miséria, ao relento, ao desespero, à violência e à morte, bilhões e bilhões de pessoas ao redor de todo o mundo. E, esta energia iria, sem sombra de dúvidas, se materializar em algum ponto do universo, declarando e deflagrando uma pandemia sem precedentes sobre o planeta e ela está aí: chama-se Corona Vírus, COVID - 19. Com nome, sobrenome, história, êxito tão grande ou maior do que os males que nós, a humanidade incauta, lava o rosto e vai fazer acontecer durante todos os anos de vida, sem, ao menos se dar conta desta dura realidade.
Formamos, ao todo, um covil de políticos cínicos, empresários gananciosos e insensíveis, homens e mulheres ingênuos, alienados, trabalhadores cegos e subservientes, condicionados por uma percepção de mundo para privilegiar poucos e sucumbir muitos e muitos a uma barbárie, material, espiritual, intelectual, enfim, em todos os sentidos.
Assim, à revelia dos incomensuráveis avanços da ciência, da pesquisa e da tecnologia, o ser humano se nega a evoluir. Continua sendo mau, mesquinho, fraco, inábil, inumano, horrendamente cruel contra tudo o que o cerca e que foi feito para ele, o que levou o mundo a revidar de forma singular, destruindo a vida, de forma concomitante em todas as regiões do dito mundo civilizado. E pior, por meio de um personagem invisível, inodoro e incolor como a água, rarefeito como o ar e inexistente em sua essência - um minúsculo vírus - que em meses de história fez com que a humanidade inteira parasse, cheia de medo e pavor se colocando estática diante de tanta dor, miséria, opressão, pavor e morte. É, estamos, sem dúvida, diante do maior de todos os desafios já expostos a esta humanidade inteira, prontamente imbecilizada e sem caminhos ou frentes para dar o primeiro passo.
As escolas, as universidades fecharam suas portas. Mas elas devem , não para ensinarem o que ensinavam antes que tudo isto. Ao invés de apurarem o veneno, elas devem se preocupar em produzir o antídoto para todas as dores, que, em última instância, elas ensinaram e cobraram o êxito que aí está. As empresas, o jogo do capital não pode mais ser feito para o lucro desenfreado, o ganho de poucos sobre a exploração de muitos. Mas tudo deve ser refeito de uma forma respeitosa, distributiva, humana, considerando o bem-estar das pessoas e a perpetuação da vida.
Os governos, as instituições, as empresas, os bancos, as igrejas, a espiritualidade, as famílias, enfim, tudo precisa mudar radicalmente para o amor, a solidariedade a compaixão.
Falamos aqui de uma especial, singular e mais que necessária mudança de paradigmas. Mudança profunda de pensamentos, palavras, ações, arquétipos, desejos, processos, resultados,tudo, a um só tempo. Antes que seja tarde demais. Ou seja, precisamos agir enquanto estamos vivos.
O desempenho corporativo e capitalista, comprometido ideologicamente, não serve mais. É preciso que todos ganhem, todos tenham, todos comam e todos vivam. Mas todos. Ou serão todos ou não será ninguém e a Covid - 19 está aí para destruir quem se negar a tais fatores, com o que irão fortalecê-la mais e mais até se transformar num monstro de proporções absolutamente invencíveis, o que será o fim do fim. O fim de tudo, podem estar certos disto.
O ranço ideológico, a política de benefício da pequena burguesia, do branco, do macho e do capital. a extrema maldade, a insensibilidade dos que defendem tais aspectos precisam ser trocados por abordagens outras que intensifiquem o bem capaz de ser maior e suprimir o mal que, hoje em dia, os mais de sete bilhões de seres humanos cometem todos os dias sobre a terra por meio de pequenas ou grandes atitudes, jogos de poder, educando as crianças, escrevendo os estatutos, conduzindo a vida e os benefícios para os poucos mesmos e matando de fome massas e massas de homens, mulheres, crianças, bichos, árvores, fonte de ar, água e também, outros recursos da natureza.
O mesmo ser humano que constituiu o inferno terá agora de unir todos os esforços para construir o paraíso num processo múltiplo e transdisciplinar, unindo e misturando ciência, tecnologia, teorias, práticas, sentimentos, espiritualidade, estética, filosofia, humanização, bom senso, este, sim, o verdadeiro diferencial.
O Corona Vírus e a Covid - 19 não são e nem nunca foram uma sintomatologia, uma doença ou algo a ser tratado unicamente pela medicina e seus técnicos frios, cartesianos, centrados na técnica e fazendo dela um negócio, que é o que vemos acontecer em volta de todo o mundo. Claro que a conduta médica, os hospitais, clínicas, medicamentos, respiradores, profissionais de saúde constituem, sim, o eixo central de toda a conduta, mas não, apenas eles, este novo paradigma requer que se agreguem a outras experiências, trabalhando, sim, num sentido mais extenso e mais global. Tudo é um construto que envolve valores, educação, cultura, filosofia de vida, espiritualidade, amorização, condutas humanas outras centradas numa proposição muito maior e bem mais complexa. As discussões deverão integrar todos os meios, tendências, formas de pensamento, ação, cultura, alma, estética e arte.
Precisamos, sim, de uma mudança radical e profunda - nunca antes vista - assim como os processos que ora se desencadeiam, onde não só médicos, medicamentos, enfermeiros e técnicos terão vez e voz. Isto foi para as pandemias do passado, hoje, estamos lidando com um monstro de muito maiores proporções e que deverá ser atacado de todos os lados, numa percepção muito mais plena e sintomática. Entendo e se colocando no lugar do outro, revelando o sentido empático do que e do como fazer. Revendo ideologias, princípios, e, entendendo, finalmente, que maior de todos os erros e o mais poderoso de todos os males é deixar de se fazer o bem quando se tem a oportunidade de fazê-lo. E é só o que a humanidade inteira tem feito - em todos os momentos, séculos, milênios da sua brutal existência.
E é este o paradigma que precisa ser mudado. Para ontem. Enquanto estamos vivos. Para vencermos esta luta temos que confinar nossos corpos, e, acima de tudo, refinar nossas almas, entendendo que temos sim de cuidar de nós cuidando do outro, que são todos, e, com a mesma intensidade.

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