terça-feira, 7 de janeiro de 2014

NOVO PLANEJAMENTO SISTÊMICO-CONTINGENCIAL: A SOLUÇÃO DEFINITIVA PARA OS PROBLEMAS DE NOSSAS ORGANIZAÇÕES

Antonio da Costa Neto
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PLANEJAMENTO
 SISTÊMICO-CONTINGENCIAL:
O ESTADO DA ARTE DA ADMINISTRAÇÃO NO
SÉCULO XXI


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 Uma Abordagem Estratégica
de Teoria, Prática e Práxis
 para a Mudança, a Humanização da Tecnologia,
a Melhoria da Qualidade da Vida e a Longevidade
 das Organizações e das Pessoas
   
TEORIA E PRÁTICA DE IMPLEMENTAÇÃO DO
 PLANEJAMENTO SISTÊMICO-CONTINGENCIAL:
o estado da arte da administração no Séc. XXI
                                                                             
“Só nos resta uma saída. E para encontrá-la havemos primeiro planejar para muito além da visão masculinizada de nossas organizações sociais, da ausência de valores, da obsessão pelo progresso econômico. Sem levar em conta nossa dependência do mundo natural. E, rompendo, definitivamente, com o pensamento linear, duro, cartesiano.
Não podemos mais pensar e agir fragmentando as estruturas, mas integrando-as. E, muito menos, falar sobre roupas e talheres reluzentes, e, sim, do brilho que se esvai dos nossos rios e lagos. É certo que estamos construindo um mundo eficiente. Resta saber, eficiente para que e para quem?
Continuamos planejando para as nossas predisposições menos louváveis: cobiça material, competitividade, gula, egoísmo, orgulho, imprevidência, para a exploração fácil e o controle de forma nociva e inumana.
Assim, as instituições obsolescentes estão se desestruturando. Muito antes de desembarcarem em ideologias superficiais, preocupadas unicamente com métodos de produção e lucro, elas precisam se transformar em verdadeiras filosofias de vida. Aí vinculando não só a produção, o lucro, o processo e o resultado. Mas também a compaixão, a alegria, a eficiência, o amor, a beleza e a bondade: um terceiro caminho.

(Hazel Henderson)

I – INTRODUÇÃO E VISÃO HISTÓRICO-CONCEITUAL

O presente projeto nasce da visão do seu autor sobre  a urgência em se proceder transformações profundas nas organizações e serviços prestados à sociedade como um todo. Inclui-se aí o clima organizacional, a otimização de recursos, a qualidade de vida dos trabalhadores e consumidores, a humanização da tecnologia e tudo passa, em primeira mão, pelo planejamento. Este sim precisa ser o primeiro passo da transformação desejada. A isto, associa-se a necessidade teórica do seu autor de se realizar o  TCC como parte complementar de um curso de  Concepções, Princípios e Metodologia de Planejamento e Gestão de Pessoas feito junto à Fundação Getúlio Vargas/Brasília-DF, conjugando, também, suas experiências no Grupo Amana Key – de São Paulo – sob a direção e responsabilidade de Oscar Motomura, quando então, integrava a equipe de consultores e aprendizes daquela entidade. A sua proposta é maximizar a produção, a produtividade e a lucratividade das organizações e empresas por meio de humanizar e intensificar a qualidade de vida das pessoas que nelas trabalham, em termos dos processos e resultados do que fazem. Ampliando, por assim dizer, esta felicidade para além dos limites das organizações às quais prestam seus serviços. Sendo este, a nosso ver, o grande papel das empresas, e, hoje a grande tendência em todo o mundo. Ao mesmo tempo, o diferencial do sucesso e da longevidade destas em todos os aspectos.
Visando a condução das tônicas da eficiência (fazer a coisa certa/produto); da eficácia (fazer certo a coisa/processo) e da efetividade (fazer certo a coisa certa/contexto) – sendo, portanto a sua trilogia básica a interação produto/processo/contexto – ele visa qualificar e melhorar as pessoas para o entendimento de tais relações, em ciclos evolutivos. Buscando, assim, os conceitos ditados pela nova ordem mundial, que colocam por terra os ditames de um capitalismo opressor, centralizador e inumano que beira a escravidão – ainda que simbólica mas que gera, por si toda uma crise de valores e a gravidade dos problemas que todos enfrentamos e que solicitam mudanças drásticas em todos os planos da ação humana – das pessoas que, por incrível que pareça, ainda reina em muitas das organizações ditas modernas dentro do nosso mercado. Muitos filtros existem, discursos, teorias, inovações ditas humanísticas, éticas, responsivas, mas que esbarram em máscaras e armadilhas do inconsciente, que, estas sim, são as primeiras a ser derrubadas definitivamente; este, o nosso grande propósito nesta perspectiva de mudança.
Entendemos, assim, que os belos discursos e a sofisticação metodológica e terminológica precisam transcender para uma prática concreta, fazendo a palavra andar, no diz respeito à felicidade dos trabalhadores, consumidores, fornecedores, enfim, cidadãos direta ou indiretamente envolvidos no processo produtivo. Quanto aos servidores é necessário desencadear a crença no que fazem, enquanto processos e resultados humanos, sociais, políticos, éticos e ecológicos, dentre outros. Para o que, a nosso ver, precisamos de uma mudança profunda de mentalidade tanto de empregados, como de empregadores. Agregando, assim, uma nova filosofia de ação humana no trabalho, fundamentada, por sua vez, nos valores éticos, na certeza de estarem fazendo bem aquilo que é bom para a qualidade da vida das pessoas e do ambiente que as cerca, dentro e fora dos limites estabelecidos por uma certa ordem funcional, econômica, técnica e burocrática, dentre outras, já a muito superadas dentro do atual contexto de evolução do ser humano e de todas as suas relações.
É mais que necessário acreditar no servidor, deixá-lo mais livre, mais solto para que trabalhe mais e com uma maior produtividade, desejo, realização, fora isto, não há o que fazer. Mas, para isto é preciso que o trabalhador também acredite e confie na empresa que o emprega. Que ele não pague o preço da eterna vigilância pessoal ou eletrônica. E não seja cerceado em seus direitos, criatividade, liberdade para trabalhar e  autonomia nas ações e nas decisões, ou no mínimo, em parte delas. É impossível que o trabalhador produza a contento, para que se chegue a uma economicidade satisfatória, se ele é e continua sendo um autômato, uma peça substituível da engrenagem mecânica, um recurso a mais, como o técnico, o econômico, o produtivo, etc. Sendo tratado como número, código, uma peça a mais sem a menor diferenciação.
Se a empresa, o órgão é feito de pessoas que trabalham para pessoas, estas, por sua vez, merecem um diferencial de verdade, com uma condição livre, diversificada, rica, abrangente, criativa, lúdica, para que, no seu dia a dia, não fique contando os minutos para ir embora ou os anos que faltam para se aposentar e rezando para que o fim de semana chegue logo para se livrar daquele tormento que é, via de regra, o permanecer dentro de qualquer organização que a explora na prática e só o reconheça na  teoria e no discurso em contradição com a realidade. É urgente a necessidade de  casar as duas coisas  e é esta a missão maior deste programa. Um recurso a mais na superação do marasmo, do caos, dos conflitos gerados e dos problemas que vivenciamos todos os dias e que muito nos incomodam.
Entendemos, assim, que já é mais que hora de acabarmos com os ambientes céticos, frios e distantes nas organizações, em que, quem está do lado de dentro do balcão – e em tese, com seus problemas de sobrevivência, emprego, “resolvidos” – enxerga quem está do lado de fora como um estranho, um inimigo em potencial. Perdem a empatia, o calor humano, a compaixão e isto é muito perigoso, transformado cada ambiente em um verdadeiro campo minado em termos de competição psicológica que é o que se necessita conhecer e combater com a veemência possível. As respostas  são monossilábicas a começar, ao telefone. As pessoas não ouvem, não respondem aos agradecimentos, são secas, distantes, e trabalham unicamente, para cumprir a obrigação, manter o emprego e receber seus minguados salários, com o quê, evidentemente, não estão satisfeitas. Assim, o ciclo se repete lenta e silenciosamente, sem que percebamos. Nosso planejamento enfoca a questão da empatia, do calor das relações no trabalho, da responsabilidade ética e da ecologia humana em seus sentidos mais profundos que é, na verdade, o que necessita ser resgatado. Planejar sistêmica e contingencialmente, é isto: humanizar relações, enriquecer o clima, a liberdade, a ludicidade, o ser criativo e livre, o prazer; para que as pessoas trabalhem como as crianças brincam. Com foco no bom processo e tendo a certeza de que fazem bem o que é bom para a vida, a cidadania, a si próprio e aos seus. Pois é na absoluta falta de tais processos que reside a crise e os problemas enfrentados por nossas organizações, empresas, indústrias, escolas, enfim, todos os prestadores de serviços.
Resgatar a confiança mútua, a relação frequente, o aprimorar a autoimagem e nada mais será preciso para que as organizações lucrem por inteiro, reduzam seus conflitos, tensões, estresses e ouros aspectos extremamente negativos mas ainda não percebidos pela administração convencional e as linhas de planejamento unicamente técnicas. Assim, elas irão reverter seus quadros de conflitos, caos, desgastes, prejuízos, desperdícios, vigilância, punição, medo, violência. Absolutamente, ninguém produzirá a contento cercado por tantos monstros, cerceado de sua liberdade. E o que buscamos fazer com este projeto é buscar substituí-los por medidas aprazivas, constituídas de valores, de nobreza, enriquecendo as relações e com elas, o processo e o produto do trabalho, e, finalmente, os resultados esperados.
Busca-se, assim, um clima organizacional leve, alegre, harmonioso, e, claro, produtivo. Trabalhadores crentes, felizes, mais preparados e menos vigiados, com direito à autonomia, à criatividade, sendo livres para trabalharem melhor e com mais prazer. Sendo reconhecidos e valorizados nas ações, na distribuição das decisões, dos bens, dos recursos, dos meios de produção. Assim, eles dividem a harmonia no cômputo do trabalho, da vida, do status social de todos a exemplo das modernas economias do primeiro mundo que tanto almejamos. E claro, por efeito dominó irão sendo reduzidas as crises, os conflitos sociais, a violência que se expande e invade nossas casas. Ou seja, a saída possível para a solução dos problemas que se acumulam  nos campos da organização e da vida humana. Entrelaçar ética e realidade, bem-estar e trabalho, lucro e utilidade, respeitando a integridade do ser humano que trabalha, produz, consome e dá lucro. Todos tratados e reconhecido no plano dos iguais, dentro de uma proporcionalidade e dignidade aceitáveis no plano dos negócios de hoje em dia. Qualificar e reconhecer pessoas como pessoas e não como meros instrumentos de trabalho, peças da engrenagem, ou elos de ligação entre a produção e o consumo, pois isto é coisa do mais remoto passado e que não podem mais ser admitidas.
A empresa deve conhecer e respeitar a individualidade, a diferença das pessoas por meio de pesquisas e diagnósticos contínuos e atualizados. Entender, principalmente, que as pessoas criativas, lúdicas, inovadoras é que fazem falta nos processos organizativos e aceitar a dualidade que é própria do ser humano. Claro que os criativos provocam conflitos e mudanças que são, absolutamente saudáveis quando bem administrados, e sem este perfil de pessoas nossas organizações mórbidas, frias e lineares estão fadadas ao caos num muito curto espaço de tempo. É então, uma questão de escolha. Interpessoalidade, respeito às diferenças, alteridade ampla no cômputo do trabalho mais personalizado e menos padronizado possível. Tratamento intermitente, cooperação, participação real. Nosso trabalho visa ao alcance desta mentalidade profundamente nova que irá garantir não só a sobrevida das organizações, bem como a economicidade, a produtividade desejadas. Escalando, portanto, novas e democráticas normas como o exigem o momento de evolução histórica do homem no mundo. E, muito mais, dentro de todas as organizações que o compõem. Precisamos correr para acertar o ritmo com a evolução que transcende espaços, condições e classes, sem o quê, estaremos irremediavelmente defasados.
Intuir e perceber que sistemas macro e micro, se encontram instaurados em contingências marcadamente especiais e que devem ser estudadas caso a caso. Equipes maiores ou menores, grupos formais ou informais, pessoas, ações, políticas e diretrizes devem ser consideradas de forma proporcional e complementares, sem maiores ou menores importâncias de uns ou de outros. Todos se intercomplementam. Todas as atividades são exercidas com importâncias semelhantes, complementares e justapostas, perfazendo um ciclo harmonioso que é o que garantirá o sucesso e a continuidade. Devendo, portanto, ser assim reconhecidas. Intercambiando, fazendo trocas simultâneas para isto, benesses, recompensas, ganhos, considerações. Não é mais possível que poucos ganhem sempre e para isto, muitos estejam o tempo todo perdendo em tudo: posição, ganhos, condições de trabalho, participação nas decisões, acesso aos meios de sobrevivência (dinheiro, bens, conforto pessoal, etc.) qualidade de vida. São proposituras da evolução histórica da humanidade incluindo aspectos técnicos e produtivos, dentre as quais figuram nosso mercado e nossa economia. E não podem, jamais, abrir mão deste contexto em termos mais profundos. Daí a proposta deste trabalho como elo de articulação desta nova realidade tão esperada e desejada por todos os direta ou indiretamente envolvidos em tais processos.
  
     I I – APRESENTAÇÃO

     O que é o Planejamento Sistêmico-Contingencial ?

Constitui uma nova metodologia de planejamento e ação organizacional realizada e implantada por todos, e, não mais, por planejadores especializados. Ela se baseia e integra simultaneamente as concepções convencionais dos planejamentos tático, estratégico e operacional, dando a eles uma nova roupagem de modo a responder satisfatoriamente com soluções eficientes e eficazes que deem respostas mais satisfatórias aos problemas que envolvem tanto o todo (sistema), quanto a parte (contingência), daí a sua denominação.
Os modelos tradicionais de planejamento vislumbram apenas o problema maior em torno do qual se trabalha. Esquecendo-se ou ignorando, contudo, que existe um grande contexto em sua volta. Com o quê,  muitas vezes, cria outros problemas, que juntos, podem até acarretar prejuízos e desgastes maiores ainda. Mas que nem sempre são vistos, pois se diluem no esquema ideológico que se monta em torno de questões semelhantes. Este sim, o grande mal que precisa ser suprimido, sob pena de nossas organizações e nossa sociedade se sucumbirem ao caos. Pois é ele que emperra o todo.
Na presente proposta, as soluções só se tornam políticas e diretrizes de ação apenas depois de confrontados os impactos que poderão criar em torno de todas as situações, estados, pessoas, enfim, as circunstâncias envolvidas, etc. Quando se planeja sistemática e contingencialmente, não se trabalha apenas com esquemas táticos e científicos frios e fragmentados. Mas incluem-se todos os demais fatores ideológicos, humanos, sociais, ecológicos, éticos, técnicos e econômicos inerentes ao processo maior que se desencadeia. Bem como os aspectos emocionais e práticos – até níveis individuais – que se seguem na ação do planejamento em si e da sua posterior execução propriamente dita. Entende-se que o técnico e o econômico precisam ser priorizados, mas os demais fatores, necessariamente, incluídos, aí está um dos grandes diferenciais da proposta, o desencadeador das mudanças que com ela buscamos.
Solucionar os problemas existentes numa dada realidade, organização, sociedade, empresa, órgão público, instituição, etc. sem quebrar a harmonia de um clima organizacional e de uma cultura satisfatória, este é o segredo. Com ética, responsabilidade social e, colocando em linha de frente, fatores técnicos e econômicos. É o que se busca com a implementação deste programa que funcionará num plano piloto de ações e metas grandiosas. A sua práxis se opera com a mudança profunda dos paradigmas organizacionais que aí estão, desgastados e responsáveis, por sua vez, pelo caos organizacional, os problemas humanos, as crises sociais, econômicas e ecológicas, a violência, a corrupção, a fragilidade da economia, as crises, etc. E os demais aspectos negativos que, de uma maneira geral, todos enfrentamos nos tempos de hoje.
O Planejamento Sistêmico-Contingencial tem também como origem as teorias contingencial e sistêmica que circunda as concepções teóricas da administração e suas escolas convencionalmente estudadas. Fundamentando-se, ainda, nas pesquisas de Alfred D. Chandler, Ludwig Von Bertalanffy, Bert Herllinger, Peter Druker, Domenico De Masi, Fritjof Capra, Marilyn Ferguson, Hazel Handerson e outros. Busca articular os conceitos e as práticas que favoreçam aos vários segmentos internos e externos das organizações em si. É uma proposta que caminha par e passo com os vários segmentos das modernas ciências e práticas produtivas, econômicas e sociais, cujos significados apenas se justificam se atuarem no contexto da busca da melhoria da qualidade da vida humana em sociedade.  Aqui, entendendo-a em seu sentido global e mais amplo. Ou seja, a sociedade vista como todos os cidadãos, independente de credos, raças, situações sociais, gêneros, posições, etc. É a procura infinita, pelo e para o trabalho de uma qualidade de vida, sempre melhor para todos, indistintamente, priorizando a função empresarial  em termos de processos e de resultados mais exitosos. Entendendo o lucro, o sucesso e a sobrevida da organização de forma propositiva, como um resultado natural deste novo fluxo energético. Que é calcado na competência técnica, no compromisso sócio-político e no senso humano de se administrar, gerenciar, produzir e comercializar bem e para o bem da vida, seus processos e seus destinos a prazos indefiníveis.
Assim, orientamos o planejamento a partir  dos princípios de que nas organizações, como também em todas as demais realidades, tudo é relativo. O que nos leva a abandonar a estreita visão objetiva  e o pensar cartesiano dos fatos e dos fenômenos organizacionais para além de uma abordagem subjetiva e atingindo a intersubjetividade de tais fenômenos. que Isto significa inserir no contexto da visão dos empregadores, empregados, fornecedores e clientes concepções filosóficas mínimas, pois o construto do mercado atual não nos permite mais a ignorância, a ingenuidade  também neste sentido. E, finalmente, estes fundamentos devem ser vistos e considerados de várias formas. Dependendo da ótica, da observação, da condição, das crenças e do momento do agente ou do indivíduo que recebe o impacto direto do conjunto de processos que desencadeiam ao comandar, produzir, fornecer ou consumir, etc. Não perdendo de vista o foco do econômico e do produtivo, pois neles centram as funções que justificam a existência daquela organização. Contudo, tais segmentos não podem mais ser exclusivisados e únicos, mas inseridos entre os demais, o que chamamos de abordagem inclusivista. Esta a grande função do presente trabalho frente às demandas macro do atual momento visto pela ótica da globalidade empresarial e econômica que o acerca.
Desta feita, as regras e normas devem ser definidas e difundidas por todos, e, principalmente, por aqueles que vão cumpri-las. Gerentes e gerenciados, governo e sociedade, pais e filhos, professores e alunos, por exemplo, definem juntos os segmentos que devem ser cumpridos em cada ambiente em si, para que todos, dentro do possível, se sintam satisfeitos. As ideologias são também consideradas e não só os critérios técnicos e operacionais, colocando um fim definitivo no exacerbado pragmatismo, na superficialidade como estas coisas ainda são tratadas. As diferenças individuais são incluídas e consideradas nos processos de produção e trabalho para que todos ganhem. O bem-estar, os benefícios reais sejam redistribuídos para todos e não, para os poucos que, nos modelos convencionais de planejamento e gestão, detêm o poder de decidir e o acesso total aos meios de produção e ao lucro decorrente das ações decididas, impostas, e, logicamente, cumpridas quase sempre em prejuízo das maiorias.
Não existe casualidade direta e as variáveis são, na verdade, mais que dependentes – elas são interdependentes – dentro da relação de causa/efeito/processo/resultado de tudo que é feito, do como é feito, do para que e para quem é feito. E, logicamente do, contra o que e contra quem pode estar sendo feito, dentro de uma visão mais ampla de tais processos ao longo do processo histórico de evolução da humanidade, das ciências, técnicas e suas práticas contextualizadas caso a caso.
. Portanto, a reflexão deve ser permanente, em alto nível, evolutiva, volátil, flexível e com bases críticas, viáveis e exequíveis. Na presente abordagem de planejamento é dado um grande “não” aos mecanicismos meramente funcionais e apenas práticos das organizações: burocracia estanque, burra e desnecessária; aos instrumentos do poder pelo poder; pragmatismo excessivo; frieza. Busca-se, uma organicidade flexível e adaptável, preocupada com o ser humano, a ecologia, a ética, a qualidade de vida – e, não só, produção e lucro. Cargos sempre modificados e redefinidos dentro da flexibilidade possível, reconhecendo mudanças e surpresas que podem ocorrer. Decisões descentralizadas ao máximo e amplitude de comando em organizações diferenciadas e integradas. Atendendo, cada uma, seus regimes, climas, momentos, problemas, clientes, realidades micro e macro dentro delas e em sua volta. Ou seja, as organizações saem da vala comum, da mais que ultrapassada visão de padrão. Elas precisam ter algo de novo, de diferente, de personalizado no sentido de ajustarem adequadamente às sociedades e às pessoas a que servem. Abandonando, gradualmente, o modelo pré-existente, inadequado e tendendo a personalizar, a diferenciar a sua identidade, métodos, técnicas, processos, clima, cultura e serviços que prestam.
Não se atinge a eficácia seguindo um exclusivo método ou modelo, o que é, um grande equívoco cometido a séculos. Inexiste uma única forma melhor. Há sempre e infinitamente uma melhor maneira de se organizar, planejar, gerir e fazer as coisas. Por isso, devemos estar sempre prontos para as mudanças, as transformações e abertos ao novo, à crítica, para não nos defasarmos em termos de tempo, espaço, ação, processos, tecnologias, demandas e resultados.
 Tudo depende da interface com o ambiente externo. Sendo a organização que planeja um sistema complexo, composto de vários subsistemas, gerando juntos e interligados um supra-sistema ambiental que responde diretamente  a tudo que lhe é feito – ou que deixa de ser feito, ou seja, é omitido. Daí as grandes crises, os problemas, a dor, os sofrimentos, a violência, as misérias, as secas, o calor excessivo, a poluição, a destruição do meio ambiente, enfim, tudo o que a cegueira conceitual das nossas formas de gerir e de gerenciar não nos permite enxergar, planejar e executar em uma perspectiva nova e diferente. Dificultando, ou melhor, impossibilitando, por assim dizer, a criação e o desenvolvimento uma cultura organizacional que dê respostas assertivas aos problemas que temos. E, também, desencadeando outros valores: mais honestos, justos, humanos, livres, que, ao que parece, é o que todos queremos.
Para isso, dependemos sempre de formulações conceituais e de maneiras abrangentes de estudar os campos não-físicos das organizações, da ciência, da tecnologia, do clima social, do ambiente e da vida que não podem ser simplificadas, como tem sido, a processos de produção e lucro a qualquer custo o que é uma grande irresponsabilidade de nós, seres humanos que fazemos as coisas acontecer. Vimos, aqui, buscando encontrar, como primeiro passo, a unidade entre todos estes aspectos por meio de utros inputs, novos out-puts e feedbacks diferenciados e contínuos: um novo sistema. É o que necessitamos para sairmos do falso e sonolento consenso mórbido, conservador e doentio. Partindo rumo a uma abordagem mais global das organizações como sistemas eminentemente abertos, com comportamentos cíclicos, evolutivos, probabilísticos e não-determínisticos, o que não podemos mais aceitar.
 Bem ao contrário de como, infelizmente, ainda é visto dentro do importantíssimo, mas ultrapassado modelo mecanicista de planejar, gerir e administrar. A proposta sistêmico-contingencial trabalha com a interdependência contínua das partes, uma interligação perfeita rumo à homeostase – equilíbrio dinâmico – entre tudo e todos – para tudo e para todos – com ganhos gradativos, sistêmicos e permanentes. Melhorando, não só as organizações, seus méritos, como também a vida dos que, direta ou indiretamente, a elas se ligam – o que, para nós é, infinitamente, mais importante. Caso contrário, tudo não passa de um esforço inútil, com o qual atiramos no lixo as chances de viver bem, em sua plenitude possível, permeando um novo sistema de planejar e gerir conforme as exigências factíveis do mundo e do mercado de hoje. É preciso, portanto, revolucionar, de imediato as mentalidades, tornando o ser humano mais capaz de pensar, sentir e agir ao mesmo tempo. O que, sem dúvidas, está dentro das exigências do novo milênio que a pouco começamos a viver.  Não podendo mais, repetir os ciclos antigos, viciosos e que não podem mais ser permitidos sob pena  de estarmos negando todas as possibilidades que nos são postas para o sucesso e a vida em plenitude, inclusive, econômica.

     III – JUSTIFICATIVA

Todos conhecemos o fato de que os modelos convencionais de planejamento e gestão já a muito mostram as suas graves anomalias frente à complexidade dos problemas para os quais buscam soluções. O comprometimento ideológico de um planejamento com base na ciência burguesa, na técnica linear, fria e pragmática tem sido um elemento altamente corrosivo do seu fator de qualidade. Perpetuando as grandes crises que assolam as organizações em todo o mundo e os segmentos da chamada vida moderna   da sociedade contemporânea. O desespero, o desmando, a violência e o crime, por exemplo, não são mais, infelizmente, aspectos exclusivos das capitais e dos grandes centros. Sucumbem-se hoje a eles, o homem do campo, os moradores das pequenas e pacatas cidades, apenas para exemplificar. E claro que o planejamento e a gestão que definem os valores numa sociedade capitalista são grandes responsáveis por esta dura realidade e é preciso que seus agentes se conscientizem disto com a máxima urgência. É uma chamada para a possibilidade de se continuar a viver com um mínimo de cidadania, o que sobrevém, inclusive, dos mercados e do trabalho. Além, é claro, de se buscar diretamente a solução para os problemas e as crises internas de nossas empresas, órgãos, serviços públicos, escolas, entidades.
A corrupção, as maldades gratuitas, as intempéries do tempo são frutos da exacerbada exploração da natureza do homem, num plano absolutamente competitivo que nossos modelos de gestão sempre aprimoram, até de forma inconsciente. Criando, desta forma, os gravíssimos problemas aqui já apresentados. E tudo são fatores que se interligam à condução da gestão econômica, da administração, do planejamento. Precisamos, enfim, de um novo paradigma que inclusa processos e resultados, empatia, responsabilidade social, ética e demais mobilidades dinâmicas muito mais que necessárias, mas, esquecidas nos fundos de nossas gavetas. E o entendimento profundo das questões humanas, do teor da ação política à qual se insere, requerem uma nova proposta teórico-prática, que é o que aqui apresentamos. O novo planejamento, ao mesmo tempo sistêmico e contingencial envolve toda uma fundamentação filosófica de valores e princípios solidários, criticamente conscientes e validados nos processos de uma administração de excelente qualidade. Agregando, enfim, os fatores da vida humana: seu objetivo precípuo, sem o quê, nada se justifica.

Diferencial Metodológico do Planejamento Sistêmico-Contingencial

Este planejamento visa uma ação integrada e permanente de todos os envolvidos no esquema, tornando-se, efetivamente responsáveis pela sua execução e êxito. Minimizando a necessidade de controles e punições prejudiciais às pessoas e ao ambiente de trabalho, criando bloqueios negativos e desnecessários. Passando cada um a  interferir  na definição de políticas, diretrizes e ações, a partir de suas  vontades próprias e situações específicas. Cumpre-se, desta forma, a  organicidade a sua função democrática e produtiva que constitui a evolução necessária. Ajuda na definição de novos valores, na humanização dos processos e na distribuição equitativa de todos os meios, processos e resultados. Pois dividir o poder de decisão não é mais apenas um recurso, mas uma estratégia altamente eficiente para qualquer organização moderna. Agindo assim gera as mudanças necessárias para o seu bom funcionamento e a plenitude do alcance de suas metas em termos mais gerais.
Nele, todo o plano de trabalho envolve uma capacitação das pessoas. Propiciando, portanto, o desenvolvimento individual, comunitário e social, partindo da priorização no esquema técnico e, evidentemente, dos seus fatores produtivos. Integra os referenciais ideológicos, filosóficos, emocionais, culturais e políticos. E não, apenas, integrando de forma simplista, a ciência e a técnica que acabam por ser eficientes de um lado e devastadoras de outro.
É um esquema de trabalho desenvolvido por toda a inteligência humana: racional-intelectiva, afetivo-emocional e prático-operacional. Culminando com a inteireza de ação entre os resultados que se esperam e os processos que se desencadeiam em toda e qualquer ação, não só  do planejamento, mas, também, da sua implementação, acompanhamento e consequências mais gerais.
Desencadeia um plano flexível, mutável a qualquer momento. O que prioriza o tempo presente, as histórias, os contextos e as mudanças que deverão ocorrer. Prioriza a produtividade e a lucratividade  mas considera a melhoria da qualidade da vida em todos os fatores trabalhados. Norteando, a partir deste princípio fundamental todos os referencias, as ferramentas com as quais trabalha, as metodologias e os projetos de ação que deverão, a partir daí, ser desenvolvidos.
 É um planejamento para satisfazer as pessoas – e não para as pessoas satisfazerem o planejamento e as normas – como vem sendo concebidas e elaboradas as metodologias antigas, infelizmente, em vigor até os dias atuais. Que satisfazem  técnicas, abstrações e burocracias sem vida. Levando o ser humano, enquanto produtor ou consumidor, a se escravizar, para, se quiser, adaptar-se a elas, mesmo que custe desgastes e sofrimentos de todas as ordens, inclusive, psicológica. Quando, no final das contas, deveria ser absolutamente ao contrário – que é, enfim, o que buscamos.
 Nesta metodologia, inserem-se a responsabilidade, a motivação e a integração de todos. Pois a sua abordagem fará com que as pessoas trabalhem com afinco, vontade, agregando sonhos, desejos e alegrias concretas e duradouras. Possibilita, finalmente, a assertividade plena da ação, o que leva, consequentemente, à drástica redução de gastos, custos operacionais, desperdícios, doenças, absenteísmos e outras mazelas. Amplia, de forma natural e automática a satisfação de todos, tendo como consequência natural, melhores produtos e mais resultados. Descentralizado benefícios concretos para todos e não apenas para os que representam os regimes e domínios organizacionais defasados no tempo e no espaço, pois vivemos na era do saber, das tecnologias avançadas e do pleno reconhecimento dos direitos e dos valores humanos. Trata-se de uma concepção generalista – aplicável em quaisquer campos de ação da vida humana – dependendo apenas de pequenos ajustes caso a caso. Evitando, por meio dela o amplo desperdício de tecnologias e conhecimentos, mão de obra, tempo, recursos, o desgaste, a insatisfação das pessoas, as crises, as violências simbólicas e concretas. Em síntese, traduz-se em melhorias  reais para a organização, a vida, a produtividade e a economia.
A visão que temos de planejamento está centrada numa perspectiva unidimensional que é o lucro pelo lucro ou o ganho pelo ganho a qualquer preço, se for o caso. E isto é demasiado pobre e muito prejudicial para atender às complexidades  do mundo e dos problemas que já transcenderam a uma filosofia dialética. Dá, portanto, um tratamento simplista a questões que, na verdade, são bem mais do que complexas. Visando solucionar esta grave defasagem, a Metodologia do Planejamento Sistêmico-Contingencial trabalha com a tridimensionalidade dos fatos e fenômenos, a que denominamos:
 
QUINZE TRÍADES SISTÊMICO-CONTINGENCIAIS NECESSÁRIAS

1.      Eficiência/eficácia/efetividade – fazer a coisa certa, fazer certo a coisa e fazer certo a coisa certa;
2.      Processo/produto/contexto – métodos e aplicações, a qualidade do que se faz e a consideração de para quem se faz;
3.      Causa/efeito (integrados)/processo/resultado – visão inteira da problemática e suas circunstâncias, atuando em todas as suas dimensões de forma autêntica e simultânea;
4.      Teoria/prática/práxis – relativizar o discurso e a ação que só terão validade com as transformações qualitativas concretas e para melhor;
5.      Objetividade/subjetividade/intersubjetividade – superar o sempre foi assim e ter que ser assim, as coisas mudam, se transformam e são relativizadas o tempo todo;
6.      Ciência/física/metafísica – transcender à limitada abordagem da ciência convencional e suas práticas no real concreto das coisas, perceber além, desenvolver o senso, a criatividade, a percepção dos fatos;
7.      Inputs/outputs/feedbacks – elementos que entram, resultados, produtos, ações, pensamentos que saem para a faixa interna da organização, avaliação permanente para a correção de possíveis falhas e defasagens, no geral, historicamente acumuladas e não percebidas;
8.      Políticas/diretrizes/ações – as ações são realizadas depois de uma análise completa das suas possíveis interferências no processo como um todo e dos fundamentos políticos e filosóficos que as trouxeram à tona;
9.      Técnica/lucratividade/humanização – a produção, a produtividade são consideradas como pontos primordiais de todo o processo, mas articuladas com a humanização da tecnologia e o favorecimento para a melhoria da qualidade da vida de produtores e consumidores;
10.  Integração/recorrência/probabilidade – cumprimento das fases do trabalho pelo pensamento complexo: ciclos e mine ciclos lógicos, sensitivos e operacionais de forma intercomplementar e evolutiva;
11.  Relativização global custo/despesa/lucro – todas as interações econômicas e lucrativas vistas como globais, envolvendo o material, o imaterial, direito, deveres e demais ponderações;
12.  Entropia/Anatropia/Homeostase – permanente equilíbrio dinâmico entre os processos contínuos de evolução e quedas em todo o processo;
13.  Competência técnica/compromisso político/responsabilidade ética – integração entre os processos de produção técnica, da interferência dele no respeito à dignidade e à cidadania em sentido pleno;
14.  Inclusividade/integração/continuidade – preocupação permanente em incluir sistemas, aspectos e elementos, buscando integrá-los para a continuidade em busca de melhoras contínuas;
15.  Ecologia humana/ambiental/social – concepção profunda do ser humano, do ambiente e da sociedade, vistas como realidade uma e em evolução permanente.

IV – OBJETIVOS

         4.1 – Geral:

Implementar o planejamento com relação sistema/contingência, buscando soluções eficientes, eficazes, efetivas, econômicas, congruentes e ecológicas para os problemas de cada organização,  quais sejam: órgãos públicos, Ongs, empresas, escolas, governos, entidades, sociedade civil organizada e afins. Modificando a visão das pessoas, as formas de gerir e a conquista de melhorias concretas em todos os aspectos envolvidos, criando um Novo Plano de Gestão a ser implantado, acompanhado e avaliado de conformidade com os princípios norteadores aqui propostos.

          4.2 – Específicos:

  • Desenvolver nas pessoas as concepções necessárias para o pleno embate em relação aos problemas que vivenciam nas organizações das quais participam elaborando, em conjunto, um novo plano catalisador técnico, econômico, humano e social, o que sintetiza uma melhor qualidade de vida das pessoas e das organizações nos planos sistêmico (o todo) e contingencial (as partes).
  • Buscar a plena assertividade na resolução dos problemas gerais e específicos, por meio do crescimento e melhoria das pessoas, da qualidade do esquema tático e operacional do trabalho e das ações desencadeadas ao longo do processo de produção e produtividade esperadas.
  • Utilizar, corretamente, de uma tecnologia melhor fundamentada técnica, filosófica e ideologicamente, num plano de entendimento e ação rumo a otimizar soluções e angariar benefícios diretos e indiretos para a organização, as pessoas e à sociedade ao qual se insere.
  • Mudar a mentalidade para melhora prática e conceitual quebrando tabus, expulsando preconceitos, montando, a partir daí um novo esquema de eficiência técnica, produtiva, econômica, humana, social e política dentre, outras que se fazem necessárias frente à complexidade organizacional que temos.
  • Implementar sucessivas propostas de planejamento e ação com base em  princípios, valores e fundamentos da  eficácia profissional, do compromisso político com os micros e o macro sistemas e o uso de tecnologias inovadoras.
  • Intercambiar – trocar – processos alternativos para maiores ganhos, lucros, não só econômicos, mas em sentido global, possibilitando novos ciclos de evolução  dentro das metas que se visa a atingir.
  • Reelaborar os planos de trabalho, de conformidade com as concepções apresentadas, discutidas e sistematizadas ao longo da implementação da metodologia, em consonância com o desenvolvimento global dos vários segmentos organizacionais e humanos envolvidos.
  V – IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Metodologia de Implementação do Planejamento Sistêmico-Contingencial:
Fases/Etapas/Filosofia/Ações:
         
·         Etapas a Implementar: Seleção de um grupo representativo dos segmentos integrantes do  tema/problema a ser trabalhado (em todos os níveis de mando, assessoria ação e execução).    Ministrar o Workshop – com no mínimo 30 (trinta horas-atividade) para a fundamentação teórica, discussão e amadurecimento de todos os processos cos envolvidos. Introdução ao contexto metodológico da prática de planejamento em seus aspectos básicos para a sua implantação no esquema real. Assim, serão necessárias outras 20 (vinte) horas de trabalho para a etapa de implantação, concluindo aí a coleta de dados e o diagnóstico que se expandirão em planos táticos específicos para cada caso, devidamente negociados.

·         Método de trabalho: Indução e dedução (simultâneas), argumentação, sistematização e conclusões (de aprendizagem e de aplicação). Uso de estudos dirigidos, dinâmicas de grupo, simulações, debates, análises de cases, vídeos, documentários, experiências diversas, psicodramas, leituras e desdobramentos dos temas trabalhados até sanar absolutamente todas as dúvidas. Atividades lúdicas e corporais: respiração, alongamentos, toques, etc.

·         Elaboração do Novo Plano de Ação: frente à visão diferenciada de todo o esquema, para a execução final do planejamento em termos dos objetivos e metas que se deseja alcançar.

Currículo Mínimo do Facilitador: Prof. Antonio da Costa Neto é doutorando em         Sociologia do Desenvolvimento, Mestre em Políticas e Planejamento da Educação, Administrador e Especialista em Didática do Ensino Superior e Gestão de Pessoas.  Professor universitário, pesquisador, consultor em planejamento e gestão, conferencista na área e autor de vários livros e artigos afins. Tem vasta experiência nos campos da pesquisa e da investigação científica, especialmente, nas áreas de educação e gestão de pessoas. Presta consultorias para empresas, órgãos do governo, centros universitários, prefeituras e outras instituições educacionais Elabora, implanta e acompanha projetos de modernização administrativa, gestão ambiental, saúde do trabalhador, mudança de paradigmas, clima organizacional, qualidade de vida e outros. Prestou serviços afins, incluindo, a presente metodologia para, dentre outros, os principais clientes:
·         Vídeo Way – empresa de vídeo, designer, comunicação, propaganda e marketing, de Brasília – DF;
·         IDR – atual Escola de Governo do Distrito Federal, incluindo: Novacap, SHIS – Cia de Habitação do DF; SINE – DF; Secretaria de Governo do DF; Administrações Regionais do Distrito Federal;
·         Governo Federal: Ministérios das Comunicações, da Justiça, da Educação, dos Transportes e do Turismo;
·         Prefeituras: Pará de Minas – MG, Silvânia-GO; Pará de Minas-MG, Resende-RJ, Goiânia-GO, Cidade Ocidental-GO;
·         Empresas e Outras Organizações: Maranata – Materiais para Construção – DF, Mais Atacadista – DF, Banco do Brasil – S/A (setor de tecnologias e desenvolvimento);
·         Elaboração, implantação e acompanhamento do PPI – Projeto Pedagógico Institucional do UDF – Centro Universitário do Distrito Federal;
·         Prestação de serviços de consultoria organizacional ao SENAI/SENAC/SEBRAE, atuando, principalmente na CAESB/DF, CEB, Superintendência da Pesca, Núcleo de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Brasília – UnB.
·         Exercício regular do magistério superior público e privado: Universidade de Brasília – UnB; Universidade Estadual de Goiás – UEG; UniCeub – Centro Universitário de Ensino Unificado de Brasília; IESB – Instituto de Educação Superior de Brasília.

Recursos Necessários: Sala ampla, arejada, bem iluminada, com cadeiras móveis, quadro, flip-chart, pincéis, TV, aparelho de DVD, papel pardo (bastante folhas). Custos operacionais: a negociar caso a caso, incluindo: horas-aula trabalhadas, traslado e estada do facilitador. O diferencial da metodologia exige que trabalhemos com simulações, debates, aberturas de diálogos, reflexões, dinamicidade, etc. o que demanda, além de tempo, cuidados bastante especiais para que se possam atingir às metas esperadas. A proposta do Planejamento Sistêmico-Contingencial constitui, na prática, um grande avanço frente às concepções tradicionais do planejar nas organizações (estratégica, tática, operacional, etc.), em função das suas características, que podemos considerar como as mais importantes:

·         Enfoque tridimensional: diferente das abordagens unidimensionais, que consideram unicamente o aspecto racional, o lógico das ações. Esta metodologia prioriza o racional, mas também inclui o afetivo, emocional e o prático. Dando um enfoque muito mais completo. Assim, o Planejamento Sistêmico-Contingencial considera os potenciais lógicos, os emocionais e os operacionais dos que o elaboram e o executam. Bem como, dos que se utilizam de sua ação e resultados na prática em que ele, efetivamente, acontece. Então, considera e utiliza a inteireza das pessoas e não apenas as suas competências e conhecimentos técnicos e profissionais.

·         Filosofia dual: opera, nos mínimos operacionais com que trabalha a dualidade dos processos. Pois visa a sua completa interação com os meios interno e externo, complexos e biodiversificados, dentro e fora da organização. Assim, ao se tomar toda e qualquer decisão, são feitas, antes, as seguintes perguntas:- A favor de que e de quem estamos trabalhando?- Contra o que e contra quem poderão atuar tais processos e resultados? As políticas e diretrizes só são adotadas conscientemente, e, a partir de critérios elaborados e bem estudando tentando evitar falhas e defasagens de quaisquer espécies. Nesta metodologia não há lugar para ingenuidades técnicas, econômicas, humanas e sociais outras. Mas tudo é feito mediante um estudo criterioso de um conjunto de possibilidades. Igualmente, não se buscam apenas resultados, que são, logicamente, priorizados; mas são tão importantes quanto os processos que se desencadeiam.  Assim, ambos são considerados e respeitados o tempo todo. Não podendo ser sacrificados e nem suprimidos um ou outro. Nem no sistema, o todo, nem na contingência, a parte.

·         Concepção técnica e política: no conjunto de atividades, funções e tarefas que constituem a consecução e a execução do planejamento, são definidas como técnicas ou políticas. Há aquelas que dependem do conhecimento, da abordagem tecnológica e da experiência teórico, conceitual e prática das equipes que as executam. Mas há também as de caráter político, que envolvem a emoção, o sentimento, o desejo, o caráter, a posição, as crenças, valores, desejos das pessoas. Portanto, ao se definir uma equipe de trabalho é preciso se considerar todo este potencial de variáveis e valores. Levando-se em conta a especificidade da organização, do momento, da situação ou do projeto trabalhado, especificamente.

·         Ação inclusivista: nesta linha de ação se inclui, e nunca exclui segmentos e fatores. Planeja-se para o bem de tudo, e, principalmente, de todos. Portanto, são considerados os impactos possíveis do planejar, do pensar e do fazer no processo macro-dinâmico: o técnico, o econômico, o político, o ético, o psicológico, o social, o humano e o ecológico, dentre outros, caso. Medidas são tomadas dentro de uma maneira inclusiva, ou seja, quando beneficiam a todos os segmentos. E não, para beneficiarem a alguns e prejudicarem os demais, conforme os modelos tradicionais de planejamento e gestão. Normalmente, apenas se pensa no econômico, no lucro, desprezando-se todos os demais aspectos. Sendo esta, exatamente a grande crítica que é feita e que aqui se busca superar. Entende-se hoje por abordagem sistêmico-contingencial a fusão e confluência dos instrumentos táticos e operacionais que envolvem as linhas de ação do planejamento e que visem ao alcance das melhores estratégias possíveis para a solução dos problemas de uma organização, interna e externamente. Uma visão macro, global de todo processo. Modernamente também denominado de Planejamento Sistêmico-Contingencial, conforme aqui denominamos. Trabalha-se num enfoque de construção coletiva. Incluindo critérios de definição democrática das decisões. Envolvendo o processo macro-dinâmico, tanto interno, quanto externo. Podendo ser consideradas como suas grandes vantagens os seguintes diferenciais:
                            a)  visão sistêmica: integração e percepção do todo que envolve  proces-              
                                sos organizacional e humano;
                            b)  concepção ideológica: o compromisso político com a busca de melho-
                                rias contínuas de todos os fatores que integram direta ou indiretamente      
                                a organização e as qualidades política, técnica, produtiva, econômica  ,
                               social e ecológica da sua vida e de quem nela atua.
Os elementos necessários à visão do todo e das estratégias a serem trabalhadas, podem ser, então, assim enumerados:
·         Missão: é a razão maior de existência de uma organização, a sua função permanente no contexto da sociedade. O que dela se espera, legitimando a sua existência no meio em que se inclui: princípios, concepções, ideologias, filosofia de ação, métodos, processos, atividades, funções e efetivos resultados, priorizando o técnico-produtivo e o econômico-financeiro, mas incluindo todos os demais aspectos da condição humana.
·         Meta: o resultado maior que se busca atingir num determinado projeto, plano de trabalho, ou o fim da organização como um todo. Para o quê, inclusive, busca-se o Planejamento como instrumento facilitador de seu alcance.
·         Objetivos: pontos quantificáveis que são atingidos pela organização, a cada passo, por meio do trabalho ou projetos específicos, enquanto se busca alcançar a meta. Para um alcance didático, dizemos que são, em síntese, “as pequenas metas” necessárias à concretização da “meta maior”.
·         Problemática: é o que se deseja solucionar, ou  pontos que não satisfazem plenamente  e que dificultam o atingir de objetivos, metas ou o cumprimento da missão. São as várias dificuldades que emperram o pleno atendimento da meta (conjunto dos problemas detectados).
·         Análise Processual dos Problemas: é o estudo criterioso e sistemático de cada um dos problemas priorizados, buscando identificar: a)Causas: o que levou o problema a acontecer; b) Efeitos: o que cada causa trás como consequência imediata (levando, o somatório dos efeitos, a caracterizar o problema); c) Processos: como estes efeitos se operacionalizam na prática; d) Resultados: a globalidade das consequências, fruto da inclusão das causas, dos efeitos e dos processos  que interferem na vida da organização e das pessoas. Tal entendimento irá subsidiar a realização da etapa posterior que pode ser assim classificada para fins operacionais em:
      Matrizes Vetoriais de Problemas e Operações:                         
            I – o instrumento de análise da tipologia de impactos causados por cada solução em todos os problemas que foram priorizados para a realização do trabalho. A existência de um ou mais impactos negativos leva à necessidade de se repensar estrategicamente a solução encontrada, até transformar todos os impactos em positivos, ou no mínimo, neutros em relação à problemática maior: ou seja, o encontro da melhor solução possível, ou, como denominamos, a Solução Estratégica, cujo encontro, a aplicação e a avaliação constante e integrada constitui, em si, o motivo de se implementar a presente metodologia.
            II – igualmente, a ferramenta de análise dos impactos das Soluções Estratégicas nos elementos que constituem a macro-dinâmica de toda a organização (em termos internos e externos). Para só, então ai, termos definidas as Políticas & Diretrizes que serão, futuramente, implementadas dentro do esquema geral de trabalho. É, pois, um instrumento utilizado aqui no sentido de se fazer o perfeito cruzamento de todos os dados coletados, para, só assim, definir as:
Políticas & Diretrizes – P&D: as definições mínimas que irão orientar os Novos  Planos de Ação que serão elaborados depois de “otimizadas” as soluções estratégicas em relação ao processo macro-dinâmico.
Elas constituem, efetivamente, o que irá ser colocado em prática para se consolidar a práxis – as mudanças propostas – que se busca com o planejamento específico. Entendendo, finalmente que, as pessoas, uma vez qualificadas e orientadas por tais processos terão melhores meios e condições de se concretizar as transformações internas e externas esperadas e difundidas. Caso contrário, não se justifica a execução deste trabalho.
·         Processos a Desencadear: ações, transformações, atitudes, comportamentos e/ou performances pessoais e gerais desencadeadas no planejamento ou através dele. Aspectos nos quais as pessoas melhoraram, aperfeiçoaram seu comportamento, visão, personalidade e demais aspectos afins. Ou a nova dinâmica de processamento das operações no cotidiano organizacional: práxis humanas, técnicas, econômicas e outras relacionadas com a efetiva melhoria da  capacidade das pessoas, e, consequentemente, dos produtos, dos serviços e dos resultados gerais da ação organizacional.
·         Resultados a Atingir: aspectos concretos que se espera que aconteça com o  Planejamento, uma vez implementado pela organização. O que será feito de novo e os seus critérios devidamente associados aos processos, devem constituir o pleno atendimento dos objetivos e metas (somados e integrados). O bom planejamento deverá favorecer à concretização dos resultados anteriormente previstos, ou ultrapassá-los qualitativa e quantitativamente, para a melhora concreta do todo, entendendo a organização suas atividades, as pessoas, a sociedade e suas relações.
·         Novos Planos de Trabalho: os vários subprojetos que se originam no planejamento elaborado e executado naquela organização. Considerando, na prática concreta, suas especificidades, planos, metas, momento e objetivos que circundam a missão organizacional naquela dada realidade e com a a implementação da presente metodologia.

VI – PROGRAMA SIMPLIFICADO DO WORKSHOP

Apresentamos aqui uma síntese básica do programa do workshop, que, evidentemente, será adaptado de conformidade com os grupos, a tipologia do trabalho, da organização em si e demais aspectos. Para tanto, contamos com todo um material de suporte acadêmico previamente elaborado. O enfoque central deste momento serão as técnicas e os manejos utilizados nos processos de ensino e de aprendizagem, visando a livre intermediação da pessoa, do conhecimento, da opinião, do desejo, ritmo e estilo de cada um que deverá ser conhecido e respeitado ao longo de todo o processo por meio de:
a)       negociação – sempre – e nunca, imposição de táticas, regras ou normas;
b)       votação e aprovação das regras vigentes;
c)       indução e dedução simultâneas;
d)      horizontalidade democrática do tratamento das pessoas;
e)       argumentação espontânea e permitida – até encorajada;
f)        aproveitamento da sistematização, novas ideias, críticas, sugestões, etc.;
g)       conclusões de aprendizagem e de aplicação a cada uma das unidades.

 Podemos, então, sintetizar, genericamente, o conteúdo e os programas  dos workshops, como sendo:

6.1 – Apresentação fundamentada do plano de trabalho: elaboração conjunta e votação das normas para o evento. Todos deverão ter adesão a este processo, no sentido de se cativar a participação intensa, democrática e efetiva de todos, visando, portanto, um melhor resultado possível do workshop.

6.2 – Os paradigmas em planejamento: o novo e o antigo. A ciência, a técnica, a filosofia e os processos ideológicos no planejamento. O enfoque tridimensional: científico, afetivo e operacional. Processos e resultados, ação, dinamicidade, perguntas e respostas, surpresas, tomadas de decisão e suas contingências.

6.3 – O esquema individual e a sua interferência no processo de planejar. A condição, a posição das pessoas, os enfoques, carências, necessidades, visão de mundo, jogos de poder e de interesse na ação de planejar. Relações de grupos e subgrupos.

6.4 – Introdução ao Planejamento Sistêmico-Contingencial: fases e etapas. Aspectos técnicos e políticos. A importância da tomada de decisão, seus fatores diretos, indiretos e as interferências conscientes e inconscientes que sofrem. Importância fundamental deste processo. Estudo complementar dele: formas ética, técnica, política, ideológica, resultados, produção, produtividade, práxis diversas.

6.5 – A implementação do Planejamento: a) Definição do Tema: objetivos, problemas; b) Coleta de dados e diagnóstico situacional; c) Priorização das dinâmicas e metas;. d) Prontidão material, intelectual, social e política para o planejar; e)Processo de tomada de decisão: importância política, aspectos trans e multi disciplinares, interferências e complexidades; f) Enfoque experimental do planejamento: o que poderá ou não funcionar, processos e resultados, jogos de satisfação e de poder, preparo adequado das pessoas e dos instrumentos; g) Implantação – fases, etapas, estudos dos problemas, soluções e suas intercorrências; h) Acompanhamento:  retroalimentação, adaptação de cada uma das fases, se necessário; i) Feedback contínuo dos processos e resultados; correção de possíveis falhas e defasagens, análise de aspectos e critérios tangíveis ou não, tanto no sistema, quanto em cada uma das contingências trabalhadas.

6.6 – Implementação do Planejamento Sistêmico-Contingencial: a) Escolha e priorização dos problemas para os quais vamos planejar as soluções; b) Definição dos problemas a partir dos mínimos operacionais: O quê? Como? Para quê? Para quem? Com o que? A favor de que e de quem? Contra o que e contra quem? c) Análise Processual dos Problemas; d) Matrizes Vetoriais de Problemas e Operações I e II; e) Definição e discussão das políticas e diretrizes a implementar; f) Elaboração detalhada do Novo Planejamento em termos de Planos de trabalho dentro do melhor enfoque metodológico escolhido pelo grupo sob a orientação do facilitador.

6.7 – Discussão, resoluções complementares das soluções: Discussão final do plano e definição operacional da continuidade. Esclarecimento de possíveis dúvidas, debates e outros informes. Conclusões, análises e avaliações pessoais, feitas em rodízio, dando, a cada um dos elementos do grupo a oportunidade de voz para uma palavra final  a fim de satisfazer possíveis necessidades de todos neste sentido. Encerramento dos trabalhos e despedida afetiva do grupo.

 VII – DADOS COMPLEMENTARES

Esta metodologia de trabalho, agregando concepções filosóficas semelhantes, tornou-se, ao longo dos tempos mais necessária frente às agruras, dificuldades, problemas, limitações de nossas das organizações – e, logicamente, das pessoas que as compõem – e os conflitos gerais que, em última análise, precisam ser superados com a urgência possível, frente às exigências do mercado e da realidade da vida que daí advém.  Numa rápida análise, podemos ver a insatisfação quase que generalizada do trabalhador exposto a esquemas de opressão e exploração descabidas para o nosso tempo. O que, por sua vez gera as crises, o absenteísmo que tudo prejudica em termos de produção, produto, lucro e a efetiva cultura organizacional que requer medidas profundas e não mais, meros aparatos superficiais, apenas negligenciadores de uma realidade muito mais do que preocupante, não só para as organizações, mas para a sociedade e a vida no seu sentido global e em, praticamente, todas as dimensões do mundo.
É um programa  que visa  a capacitação e o preparo técnico, mental, ideológico, político e sensitivo das pessoas, num tempo em que a tecnologia e o desenvolvimento científico não podem mais permitir certas fragilidades e lacunas entre o empreender e  a boa  qualidade de vida no tocante  à  resolução de  seus muitos e cada vez mais complexos problemas. Em vários aspectos não dá mais para entender e muito menos, aceitar, o atraso conceitual, a ingenuidade das pessoas, dando espaço para serem consumidas e exploradas em todos os aspectos. Levando, com isto, a economia, o mercado, a produção, a técnica, a lucratividade ao mais absoluto caos. Ao mesmo tempo em que as organizações se corroem, continuam perdidas e perplexas em meio aos sérios atributos a que podemos testemunhar todos os dias dentro da atual realidade.
 Assim, a metodologia do Planejamento Sistêmico-Contingencial apresenta seu duplo objeto: o de implementar uma concepção mais ampla, eficaz de resolução dos problemas organizacionais, administrativos, técnicos, econômicos e afins. Enquanto  – daí o seu diferencial – proporciona às pessoas consciência, criatividade, sagacidade, malícia para viverem bem e com capacidade de contribuir com autonomia, visão crítica, iniciativa, criatividade lúdica para a efetiva melhora da organização, da produção, da produtividade, e, por consequência, de uma vida concretamente melhor. E são estes os valores que faltam na cultura das organizações e das empresas para a elasticidade da economia, a garantia de vantagens, do crescimento econômico e da humanização das relações e da vida humana, seu objetivo maior, sem o quê, nada se justifica.      
Já é muito mais que tempo de avançarmos em todos estes sentidos. As pessoas precisam tomar consciência do rumo ideológico das coisas e pararem de lutar cegamente contra elas próprias, seus destinos, sonhos, desejos, ou seja, competindo com o que deveriam cooperar e vice-versa. Dificultando, sem que saibam a  própria felicidade, a realização de seus ideias, as conquistas, a plena cidadania. É preciso que elas se revistam de uma outra ótica, que usem, para isto, lentes de aumento para enxergarem além do óbvio, para o que são manipuladas pela própria cultura ultrapassada de um sistema econômico tão perverso quanto o nosso. Que sejam autônomas, críticas e criativas na busca do que, de fato, seja melhor para todos. Sendo esta a saída possível.
Nossa cegueira conceitual ainda, infelizmente, não nos permite abandonar métodos e processos altamente defasados e que vão de encontro, justamente aos objetivos e metas que buscamos para  nossas vidas, nosso trabalho, enfim, para o que nos acostumamos a chamar de sistema, mas a que damos um tratamento oposto e por isso, a muito, ele não funciona a contento frente à complexidade dos problemas que temos. Nada mais pode ser  excelente só para quem comanda. Mas ao contrário, apenas será excelente, se o for, para todos, sem estigmas, escolhas ou determinações que marginalizam muitos e beneficiam poucos – e o pior, os mesmos, durante séculos. A realidade do mundo das empresas e do trabalho trás exigências  novas e que ainda não tivemos o conhecimento e nem coragem ou oportunidades para gozá-las.  Devemos fazer tudo para a busca dos encantos do bem-comum, dos poderes de todos e para todos, da justiça social e outras belezas e direitos da vida, do trabalho, das relações o que otimizará as relações, a produtividade e a lucratividade dentro de uma ótica mais global.
Hoje, o produzir bastante e bem passa por outras consonâncias e exigências. É preciso que o trabalhador seja sujeito direto dos processos nos quais atua e não mais apenas “coisificado” por regras e normas estereotipadas por um poder ultrapassado historicamente. Quem trabalha é o ator da história e, não mais, um mero inocente cumpridor de  regras, sem questioná-las e nem saber que podem ser nocivas ao seu corpo, ao seu espírito à sua vida, perspectivas e esperanças. Foi-se o tempo desta cegueira doentia, desta ingenuidade sem precedentes. Precisamos hoje planejar, ampliar e rever fases e processos. Para que todos ganhem, a justiça social se concretize e nos aproximemos o mais possível da felicidade para todos os seres vivos, o que depende, também, do fluxo natural do trabalho e da economia. Assim é que poderemos vislumbrar uma organização de sucesso, seja ela qual for.
A presente proposta de trabalho quer ser uma fonte de novos saberes na constituição de um mundo rico, vívido, de uma sociedade plural, justa e melhor o que, acreditamos, começa no trabalho e na busca dos meios de vida de cada um de nós. Sem sombras, distinções, preconceitos, mágoas e sofrimentos. Trata-se de um voo ético. Um trabalho que busca a eficiência e a eficácia profissionais acima de tudo. Mas não só, com base na técnica fria. Mas incluindo dignidade, respeito e cidadania, rumo ao sonho ainda utópico da transformação que, ao que parece, todos desejamos. Esperamos que a sua realização faça transmutar coisas, balizar mudanças rumo ao alcance de uma realidade e de uma relação econômico produtiva sempre e cada vez melhor. Ou seja,na consonância da plenitude possível. Pois a evolução humana, da ciência e da tecnologia já a muito nos dita estes rumos e as possibilidades. Falta-nos aprender e enfrentar os desafios – o que nos propomos fazer aqui.

 VIII – BIBLIOGRAFIA BÁSICA CONSULTADA:

BARNES, Peter. Capitalismo no terceiro milênio: tendências e perspectivas. San Francisco/Califórnia - USA: Barrret Koehler, 2006.
BARRET, R. Libertando a alma da empresa: como transformar a organização numa entidade viva. São Paulo/Amanakey, 2008.
BATH, S. Xintoísmo: o caminho dos deuses. São Paulo: Ática, 1 998.
BAUMAN, Z. A. A modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2 008.
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação: a ciência, a cultura e a sociedade emergente. São Paulo: Pensamento, 2004.
CHOPRA, Deepack. Buda: a história das histórias de um iluminado. Rio de Janeiro: Sextante, 2 007.
COSTA NETO, Antonio. Planejamento sistêmico-contingencial: um novo pensamento estratégico. Brasília: UCB/Pró Reitoria de Planejamento e Pesquisa (mímeo) 2011.
 ­­­_________. Mulheres E Administração – babados e rendas transformando o mundo. Curitiba: Associação das Mulheres Paranaenses de Negócios - AMPN, 2004.
__________. Propostas de organizações holísticas. Anápolis-GO: UEG, 2012.
__________. Paradigmas em educação no novo milênio. Goiânia: Kelps, 2003.
__________. Sociedades & Conflitos – uma miniatura das relações familiares. S. Paulo: Fhoyer, 2009.
_________.Visão sistêmica em administração: as bases de um novo planejamento. Curitiba: Epígrafe, 2004.
_________. Repensando o planejamento sistêmico e suas premissas de ação: in  Planejamento: princípios, fundamentos e metodologia. Brasília: Cerqueira, 2 011.
DE GREGORI, Waldemar. Capital intelectual e administração sistêmica. São Paulo: Pancast, 2000.
__________. Sociologia política pós-capitalista, pós-socialista. Anápolis: Edigraf, 2004.
__________. Hacia la quinta Amerindia. Bogotá: ISCA Ed. 1986.
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DE MASI, Domenico. O ócio criativo. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2000.
DRUCKER, Peter F. Uma era de descontinuidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2ª ed., 1974.
FERGUSON, Marilyn. A conspiração aquariana: transformações pessoais e sociais no Século XXI 80. Rio de Janeiro: Record/Nova Era, 2010.
FOUCAULT, M. A história da sexualidade: o cuidado de si. Rio de Janeiro: Editora Santo Graal, 
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HENDERSON, Hazel. Transcendendo a economia: construindo uma sociedade melhor para todos. São Paulo: Editora do Pensamento, 2008.
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JUNG, Carl Gustav. Sincronicidade e concepção energética dos fenômenos. Paris (mímeo), s/d.
LAGO, Antonio & PÁDUA, J. Augusto. O que é ecologia (Coleção Primeiros Passos). São Paulo: Brasiliense, 1996.
MOTTA, Fernando C. P. Teoria geral da administração: uma introdução. São Paulo: Pioneira, 1992.
NOBREGA, Clemente. Em busca da empresa quântica. São Paulo: Ediouro, 1989.
OLIVEIRA, Colandi Carvalho de. Da dependência à autocondução. Brasília: Editora Thesaurus, 1998.
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SIMON, Herbert. Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações. Rio de Janeiro: FVG, 1985.
________.Planejamento estratégico: concepção, ideologia, metodologia. São Paulo: Harbra, 1991.
SENGE, Peter M. A quinta disciplina: arte, teoria e prática da organização da aprendizagem. São Paulo. Best Seller, 1998.
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SCHUMACHER, E. F. Small is beautiful. Nova York: Harper, 1 985.
STEIN, Sofia Inês A. (Org). Ética e política: planejando com ética as organizações do futuro. Goiânia: GFG, 2002.
SOUSA, Walter de. O novo paradigma: a ciência à procura da verdadeira luz. São Paulo: Cultrix,/Pensamento, 1999.
TAPSCOTT, Don. Mudança de paradigma: uma nova promessa de tecnologia da informação. São Paulo: Mc. Graw-Hill, 1995.
TAHAN, Malba. As maravilhas da matemática: fundamentos e pressupostos da lei da média e extrema razão. São Paulo: Zahar, 1 968.
TAVARES, Clotilde. Modelos organizacionais holísticos: políticas, planejamento e ação. Rio de Janeiro: Record, 1997.
TOFFLER, Alvin. A terceira onda. Rio de Janeiro: Record, 1980.
WILKER, Ken (org.). O paradigma holográfico e outros paradoxos: uma investigação nas fronteiras da ciência. São Paulo: Pensamento, 1994.
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