sábado, 2 de agosto de 2014

UÉ, CADÊ O SER HUMANO? SERÁ QUE AINDA ACREDITA QUE É TÃO GRANDE?

O trabalho do fotógrafo Ruben Brulat, aqui ilustrado pelas séries Paths e Immaculate, lida com a relação entre o ser humano e o ambiente em que ele habita, trazendo à tona questões existenciais mais profundas que envolvem os aspectos antropológicos tais como a importância ou a grandiosidade/desimportância do ser humano no processo inteiro que envolve a criação não só do planeta, mas de todo o universo.
Vem a questão: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança ou foi o homem que criou Deus, para se convencer de sua eternidade? E nem tão longe as concepções de Nicolau Coperníco e de Cláudio Ptomolomeu sobre o homem como o centro do planeta e a terra como cento do universo: sistema geocêntrico, e, por consequência, também antropocêntrico. Ou a visão da terra como mera poeira cósmica, com o sol no centro de tudo, relegando o homem a um mero micróbio pseudo pensante frande a macro dimensão de um sistema heliocêntrico? Onde estaria a razão, a verdade? Aliás, razão e verdade existem?
Brulat explica que ...quer entender o por que do comportamento de pessoas, grupos e sociedades frente a tal dimensão tão dúbia, quanto definitiva para a transcendência. Transcendência? Da vida....
1_-Racines
Brulat foca nas suas imagens a questão da “vulnerabilidade e a pequenez de nossa espécie” ao mostrar pequenas figuras nuas em ambientes hostis, seja na cidade ou em meio à natureza.
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Segundo o artista, ele não acredita que as pessoas tenham medo da nudez: “Eu também não acredito que em meu trabalho exista uma nudez óbvia. Um corpo Nú exposto, no meio da neve, de um lago congelado ou de uma área urbana, cria, para mim, um Humano assexual, demonstrando eexpressando a nossa vulnerabilidade, pequenez, simbiose e também beleza.”
7_-Commence
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Em Immaculate, o fotógrafo explora as contradições da vida na cidade, ao investigar oesvaziamento de um bairro comercial.
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Brulat explica: “O que me chocou mais com Immaculate é que esse bairro vivia somente para um sistema, e durante a noite quando esse sistema cessa, quando não há a necessidade de ativá-lo, ele simplesmente morre, um sistema criado por Humanos, sustentado por Humanos e que não deixa absolutamente nenhum amor, nenhuma felicidade, nenhuma tristeza. Um lugar para nenhuma forma de vida. Eu sou fascinado por lugares em que a beleza do ser Humano se foi.”
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No projeto Paths, Brulat passou um ano viajando para paisagens exóticas no Iraque, Irã, Afeganistão, Tibet e Indonésia, onde convidava pessoas para participar do trabalho e posarem nuas.
10_-Flirt
5_-Douces-brise
3_-Patiences
9_-Cimes-aux-pas-subtiles
11_-Au-dessous-des-dessus
6_-Odeurs
2_-Rimes
8_-Mouvement
12_-Emportez-nous
A série de Brulat lembra visualmente o trabalho de John CrawfordAerial Nudes, mas o que está em pauta nas fotografias de Brulat são questões mais profundas, provocando reflexões sobre existencialismo e a convivência do homem com a natureza e o mundo que criou para si.

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