sábado, 5 de julho de 2014

CLARO QUE O BRASIL VAI, VERGONHOSAMENTE, GANHAR ESTA COPA



A coisa está aí posta, para quem quiser ver. Mas como já dizia o velho o bom Freud, as pessoas armam, no seu inconsciente, o que elas querem ver no consciente. Para isto, o fantástico cérebro humano tem as suas encantadoras armadilhas que, infelizmente, os poderosos sabem usar como ninguém. Daí,  manipulam tudo, tendo a máquina na mão, estratégias, recursos, baixa moral e nenhum caráter e ainda, inteligentemente, dão a isto, o nome de vontade política. Uma palhaçada que ainda existe quem nela acredite.
Conheço de perto gente que já trabalhou nos esquemas técnicos de copas do mundo e me confessou o teor das táticas internas, das negociações perfeitas, do muito dinheiro que rola para que tudo fique do jeito que querem as políticas econômicas que governam o mundo e o interesse fatídico de esferas governamentais poderosíssimas. Mas, infelizmente, nada confiáveis se levarmos a sério questões politicas mais profundas, sérias e dirigidas, de fato, para o bem comum. 
A coisa começa com o "gen" da celebridade, com os milhões, bilhões que são colocados no bolso dos jogadores, das equipes técnicas, seus assessores e todos os envolvidos na copa do mundo, este projeto fatídico e, em última instância, contra o próprio mundo. Ora, este é um castelo de cartas que não pode desmoronar. Pois se o jogador milionário, cheio de status, de poder, faz desmoronar a estrutura que deu a ele tudo isto, claro que  vai por terra  a sua superioridade conquistada e ele  volta a ser  um cidadão comum. Seca a mina de dinheiro e poder por ter força no pé e pontaria certa para estufar a rede, como se isto fosse tudo. 
Então, fica fácil comprar o comprometimento "diria, ético", do cara que se vende para que o resultado do jogo, das etapas e da copa, sejam o que interessa ao ciclo econômico e político mundial que, como o Lula, em relação ao mensalão, se faz de bonzinho, de honesto, de cego, de surdo, de mudo. Ninguém sabe de nada, tira-se e coloca-se as autoridades que se querem, manipulam-se estratégias, condutas, ações, compram-se, ou "negociam-se com juízes, etc. e nós, os palhaços aplaudimos de fora, debaixo da lona ou fora dela.
É como, por exemplo, um concurso de misses. No Brasil, ganha aquela em que o Estado esteja em ápice político ou econômico, que produz café quando o café está em alta, ou cana de açúcar, construção civil, fontes de recursos minerais, etc. Mas claro, isto nunca chega ao olho nu das pessoas. Até porque elas não querem ver. Têm seus cérebros tão lavados que ficam também cegas. Manipuláveis, usáveis, exploráveis. É assim que se constrói o holocausto da exploração humana, da concentração do poder e da renda em todas as partes do mundo e em todos os momentos da dita história das civilizações (civilizações, esta é boa!).
O mesmo se dá com a miss mundo, a universo, o BBB. No BBB, no seu terceiro dia, já se sabe quem vai ganhar o grande prêmio. A rede globo não é boba nem nada e ela vive da tolice brasileira, assim como o futebol, a Fifa... As estratégias das vitórias dos jogos na copa estão longe de serem manipuladas com os toques de bola, com os jogadores em campo, a coisa é muito maior e mais profunda.
 Os acordos tácitos são feitos em nível de poderosíssimas chefias de Estado, com congregações fortíssimas, com muito dinheiro, poderes mafiosos e forças ocultas. Por último, só por último mesmo é que se chega ao escravo de luxo, ao palhaço encantado: ao jogador. Combinam-se sinais sutis e delicados para a cobrança de pênaltis. Por isso, não existe close na tv entre jogador e goleiro, o que seria muito estimulante em nível de espetáculo, mas não, tais verdades precisam ser muito bem varridas para debaixo do tapete político-ideológico para se enganar a galera de trouxas usuais que trabalham para dar a riqueza que conduz este circo dos horrores que podemos chamar de futebol, de esportes competitivos, de razões para se manipular, criminosamente, a mente humana.
Chutes para fora são negociados a peso de milhões, dependendo, é claro, do resultado do jogo até aquele momento. Goleiro pega e vira celebridade. Tudo combinado. Ganhamos com ou sem Pelé, com ou sem Neymar. Tudo combinado. Temos sufoco, empatamos, desempatamos nos pênteses.Tudo combinado. Somos uns eternos palhaços. Tudo combinado. É preciso muito suor e muito
sofrimento para tapar tantas mentiras, daí os conflitos, as lutas, as entrevistas coletivas, os cuidados. "Não machuque o Neymar... mas se não der... paciência!" É preciso arrumar o estigma de que com ele ou sem ele, o hexa é nosso. Afinal, já somos hexa em tanta barbaridade, por que não esta? Pelo menos com ela, nós tapamos nossas vergonhas, nossos estigmas, enquanto morremos de fome, na rua, na falta de um sistema minimamente digno para os que dele precisam e não são, necessariamente, os envolvidos na copa.
Está pronto o mapa da estratégia. Vamos ganhar a copa, não de lavada, para não dar na cara, mas nos estertores finais, pois isto é um cala a boca muito eficiente. Vai ser uma vitória suja, negociada, comprada, mas será uma vitória. Afinal, depois de jogarmos fora mais de oito bilhões de reais para atendermos as exigências da Fifa, em detrimento da fome de muitas crianças - só para exemplificar - ficará insustentável para o PT dar continuidade ao seu holocausto político se a seleção não levar esta. Assim, claro, a seleção leva a taça, mas a sociedade levará nas costas o caos definitivo, também fruto de tamanha ignorância. Jogadores, técnicos e a Fifa levarão os milhões no bolso, restará a nós a conta para pagar. Mas enquanto isto não acontece, vamos celebrando as nossas desgraças. Vamos cantar e dançar a vitória no campo e a desgraça nas ruas e dentro de nossas casas.
É, nós somos um povo que ainda precisa evoluir demais. Somos uma criança tola que engatinha pura e ingênua para o abismo que pode até tirar-lhe a vida. Souberam nos manipular muito bem e ainda aplaudimos nossos algozes. Aplaudimos os que nos ferem e glorificamos o caos a que nos empurram e determinam o que seriam os seus, e não, os nossos interesses. Somos um povo que sofre com prazer. Que aprendeu na bíblia a dar a outra face. E, ingênuos e tolos,vamos reclamar depois, só muito depois, quando, quase sempre já é demasiado tarde para se fazer alguma coisa. Nelson Rodrigues dizia: "...do que não vale nada, não significa nada, o futebol, certamente, é o que mais importa." Aplaudamo-nos pois. Na hora da piada sem graça, estaremos todos sem plateias. Seremos coitados tardios e frutos  solitários da nossa santa, e, pelo que nos parece, eterna ignorância.

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