"Educar nesta
sociedade é tarefa de partido.
Isto é, não ignora aquele que ignora o momento
em que vive.
Aquele que
pensa estar alheio ao que o cerca.
É tarefa de partido porque não é possível a
um educador permanecer neutro:
ou educa a
favor dos privilégios da classe dominante ou contra eles,
ou a favor das classes dominadas ou contra
elas.
Aquele que se diz neutro
estará apenas
servindo aos interesses do mais forte,
ou seja, da classe dominante.
No centro,
portanto da
questão
pedagógica, situa-se a questão do poder.”
(Moacir Gadotti)
Que educação
queremos realizar?
Nossa filosofia de trabalho,
que será para
conhecimento e a lembrança de todos,
gravada na entrada do prédio:
“Tudo que
quebra a autonomia é anti-educativo.
Portanto, não
cabe e não entra nesta escola.”
Queremos
uma educação que seja útil na construção de uma vida digna, feliz e de um mundo
melhor que o nosso. Uma escola e uma educação que proporcionem aos seus alunos
algo que vá além daquilo que convencionamos chamar de ensino infantil,
fundamental, médio ou superior. Uma
escola que oriente as pessoas no desenvolvimento das habilidades necessárias ao
exercício de uma vida saudável, plena, feliz e sintonizada com as
características mutantes do meio-ambiente e da realidade social. Uma escola
afetiva, política e lúdica que as prepare para a ampla gama de papéis que
deverão assumir enquanto crianças ou adultos –, como pais, produtores; cidadãos
que participam ativamente da sociedade e que contribuem na construção da sua
própria história.
Para
atender a essas expectativas, a escola deve abrir-se para os problemas de seus
alunos – e para isso, deverá conhecê-los. Deve organizar-se para permitir que a
voz dos alunos fale mais alto que a voz dos livros didáticos, dos educadores e
seus dirigentes. Deve contar com professores que se sintam preparados, seguros,
felizes e recompensados em ajudar os educandos a enfrentarem – a partir da
situação em que se encontram – todos os dilemas individuais, sociais,
políticos, éticos, culturais e ambientais que tanto afligem a humanidade neste
sensacional início de século e de milênio.
A
construção deste novo ciclo histórico que agora começa, dependerá de outras
mentes, novas consciências e de uma outra vontade política de todos os
cidadãos. Queremos portanto, uma escola e uma educação que contribuam
concretamente para que este sonho grandioso se torne realidade. Em síntese,
nossa preocupação é a de educar para viver melhor. O que prescinde, em última
análise, que:
·
Os profissionais da educação e a
comunidade assistida educacionalmente compreendam de forma crítica e sensível
que o verdadeiro papel da educação formal e da escola, é, justamente o
contrário daquele que apregoam. Educação e escola, ao contrário do que se
pensa, foram idealizadas e montadas a partir de um eixo ideológico vinculado à
estrutura de poder, justamente para perpetuá-lo de forma fácil, que só pode
acontecer com pessoas não-esclarecidas, facilmente manipuladas e alienadas dos
processos políticos de se viver.
·
Todos os que integram direta ou
indiretamente o fazer educativo devem estar ciente desta incrível realidade que
se perpetua dentro dos séculos de história das civilizações em todo o mundo.
Escola e educação formal em todos os níveis – e quase que totalmente em todas
as unidades – são aparelhos ideológicos a serviço da manutenção do Estado
opressor – carecendo, portanto, de se repensar e refazer por completo suas
práticas, ações, processos e resultados do ensinar e do aprender, constituindo,
de fato, uma verdadeira e profunda mudança de paradigmas, que é o que, em
síntese, propõe este documento.
·
Entender
que dentro do papel e da função da escola escondem-se modelos e práticas que
facilitam e permitem que a exploração do ser humano pelo capital, e, pior
ainda, que a exploração do ser humano por ele próprio se perpetuem como
fenômenos absolutamente naturais o que, de forma geral, pode ser explicado com
o “modelito” aula-prova – em que um
único professor (elite) impõe, de forma ativa, pareceres e conhecimentos que
ele julga importantes e necessários para uma massa amorfa de alunos passivos,
calados e quietos, perpetuando aí a forma clássica de manutenção de opressores
e oprimidos, sem que os profissionais da educação, principalmente, os
professores, pelo menos desconfiem disto, o que é absolutamente descabido, mas
que continua acontecendo à revelia de todas as evoluções e crescimento da
humanidade no mundo de hoje.
·
A ainda, tal formulação reforça este
modelo de forma política e ideológica comprometida com a perpetuação do poder
de poucos sobre muitos na medida em que cabe à multidão de alunos responder o
que quer a unidade de professor. Ou seja, se a massa não atua ou responda
dentro do que quer a elite, esta, por sua vez, lança mão dos seus instrumentos
de regulação e controle, até que sejam cumpridos seus anseios e desejos. O que,
logicamente fica implícito no jogo psicológico em que as práticas educativas
acontecem durante todo o processo em que o aluno fica exposto aos processos de
“imposição educativa.” Depois desta exposição por 10, 12, 15 20 anos a fio, ou
mais, claro que o ser humano será, eternamente subjugado à estrutura de poder,
estando, portanto, a educação formal, sem que saiba, infinitamente a serviço
desta tipologia de crime, que se oculta pelos animadores e humanizantes
discursos, tanto dos legisladores, quanto dos executores de todas as práticas
sociais da educação formal, o que precisa ser radicalmente transformado e com a
máxima urgência.
·
Neste sentido, e com tais objetivos,
embora não-confessos, todas as normas que permeiam o funcionamento da escola
são definidas por quem comanda, devendo ser rígida e passivamente cumpridas
pelos alunos, para quem, supostamente a escola é feita e funciona o esquema da
educação. Já passa do tempo em que todos juntos as definam, intercambiando,
assim, desejos, anseios e direitos de ambas as partes, só assim a escola estará
a serviço do que diz que faz: formar o indivíduo para a cidadania plena e para
a conquista dos seus direitos e o alcance da qualidade de vida desejada. Por
enquanto, o que acontece é justamente o contrário e o absoluto atraso
conceitual, teórico e prático da vinculação ideológica de tais processos, não
permite que tal fenômeno seja visto, nem mesmo nas “pomposas universidades” que
se propõem a formar os educadores, justamente para, em tese, solucionar este
tipo de problema.
·
Por que os alunos têm que estar
presentes e responder de forma sistemática a uma chamada mórbida e sem o menor
significado qualitativo? Ou seja, tenho que ir à aula, não porque quero ou
porque vá, por exemplo, aprender a coisas que realmente me interessam. Vou porque sou obrigado a atender a um
percentual específico de presença, sem o que não serei aprovado e perderei o
ano letivo. Por que o uniforme para negligenciar diferenças históricas e
socioeconômicas? Se o pobre não vê que o rico possui benefícios acima dos seus,
não se exaspera, não sabe disso e jamais irá lutar para conseguir benefícios
iguais, o que se instala eternamente na vida das massas populares e do povo que
trabalha.
Estes
são apenas alguns dos aspectos que precisam ser trabalhados, pois para
listarmos todos, precisaríamos de espaços infinitos e exposições sem limites o
que esperamos delinear com a prática das ações aqui propostas. É preciso tratar a complexidade dos fatos, e,
não mais, conduzir processos tão sérios e complexos, de forma superficial,
pragmática e eminentemente técnica, como, infelizmente tem sido até nossos
dias.
As pessoas que
trabalham com a educação, felizmente,
são apaixonadas pela sua causa. Mas, igualmente, os bons educadores são
críticos inveterados da escola. Isso, na
opinião de vários pensadores da área. A
escola é o mais importante aparelho que funciona a serviço da opressão do
Estado capitalista. E o faz, na verdade, por meio do discurso de educar para a
cidadania, o futuro, a riqueza, os direitos da pessoa. Ela (todas elas) mente,
blefa, engana e sob sua imagem de redentora, de boazinha, quando concretiza
justamente o contrário. Ou seja, a escola faz um esforço brutal para enquadrar
e adequar o ser humano a um mundo caótico, terrível e insustentável, empurrando
os problemas para frente, como quem varre o lixo para debaixo do tapete.
Chegando a um ponto de saturação que não pode mais, sob pena de destruirmos as
condições de vida, continuar mais. A escola se perdeu, infelizmente, no rumo da
história
Precisamos todos, pais,
alunos, professores, comunidades prestadoras de serviços e servidas pela
escola, entender que já passamos muito da hora de MUDARMOS TODOS OS PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO, ao invés de realizarmos
as pequenas transformações, ajustes, maquiagens, que mantêm mascarados os
problemas ao invés de resolvê-los.
Estamos, portanto, falando de MUDANÇAS
REAIS E CONCRETAS, E NÃO, DOS MEROS AJUSTES LEGAIS E BUROCRÁTICOS QUE NÃO LEVAM
A NADA. Pelo contrário, gerando e mantendo os principais e sérios problemas
que nós da educação (pais, educadores e servidores das escolas) estamos
cansados de ver, ouvir e sentir todos os dias. Continuando passivos, meio
tontos, e, parece-me, sem saber como solucioná-los. O que, via de regras, nos
leva ao desespero e a desesperança com o futuro das crianças, dos nossos
filhos, da educação e da escola.
Dentre tais problemas, destacamos:
01 – A grande dificuldade dos alunos de gostarem da
escola, de freqüentá-la e de realizar as atividades e tarefas a ela
pertinentes. Pois o inconsciente do aluno capta o desserviço ético, humano e
ideológico do que o que a escola faz e ensina. Pois no íntimo, todos nós,
inclusive crianças e adolescentes, sabemos que temos que transformar o mundo.
E, não mais, adaptarmos às suas cisões, problemas e obscuridades, corroendo a
possibilidade de uma vida plena e descente, desde os nossos dias, e para um
futuro muito próximo. Daí a fuga, a resistência, a desordem, a indisciplina.
Que, no conjunto, constituem um saudável mecanismo de defesa e de preservação
da vida. Não devemos, portanto, forjar meios de forçar o aluno a se adaptar, o
que temos, é que mudar profundamente a escola. Transformando-a num campo
agradável, lúdico, prazeroso, sério, onde se ensina e se aprende, de fato, o
que interessa para se viver mais, melhor e plenamente. E não, o contrário,
conforme temos visto.
02 – A total falta de percepção dos educadores e
demais agentes da ação educacional de todo um conjunto de sutilezas humanas,
sociais, psicológicas e, principalmente, éticas, filosóficas e políticas.
Sendo, a escola, em absoluto, analfabetas nestes aspectos. A insensibilidade no
trato das questões individuais. A massificação do alunado, sendo todos, um mero
código, um número, uma peça na engrenagem enferrujada, que não sai do lugar.
Não evolui há décadas, séculos. O tratamento é um só, os métodos são únicos
para atender a tamanhas diferenças de crenças, valores, condições de vida,
histórico familiar, traumas, fissuras, dores, mágoas, problemas. Nada disto é
conhecido ou considerado. A escola, torna-se, portanto, um ambiente árido,
ríspido, duro, inumano, que, por sua vez, irá criar processos idênticos na cabeça dos seus
alunos. Que, uma vez adultos, vão conduzir as organizações, as empresas, as
famílias, os governos, os trabalhos prestados em iguais dimensões. Resultando,
logicamente a realidade muito mais que crítica que hoje já presenciamos.
03 – Currículos e programas de ensino, materiais
didáticos defasados de décadas e até mais. Ensino 100% (cem por cento) do tempo
e do método centrado na sala de aula, com professor no centro, induzindo o
poder e a concentração única da capacidade de transcender e ensinar. Formando,
por conseguinte, indivíduos passivos que esperam o pronto e são incapazes de
participar na construção do que desejam, do que querem. Os métodos em que o aluno
apreende passivamente o conhecimento por meio de uma brutal indução psicológica
são considerados por muitos, o maior dos crimes cometidos contra a evolução da
humanidade. Isto não é educação, é adestramento. Exposições simplistas,
parciais e incompletas. Neutralidade e total desintegração entre os
conhecimentos. Inflexibilidade, falta de diálogo, relações antagônicas com os
pais, a família e a comunidade. Preocupação com o resultado, a nota, a
burocracia e não, com os processos, mecanizando inteligências, aniquilando as
visões, os sensos, os valores, enfim, em nome da educação, deseducando as
pessoas e confinando suas mentes.
OUTROS
ASPECTOS IMPORTANTES A CONSIDERAR
Além dos chamados fatores considerados básicos e
fundamentais para o funcionamento de uma escola excelente, que, de uma forma
ainda muito primária acreditamos haver listado na tabela acima, iremos
considerar outros segmentos endógenos, especiais e complementares que, da mesma
forma deverão ser seguidos em nossa organização escolar:
01 – O
PROBLEMA DA DESINFORMAÇÃO, DA APATIA SÓCIO-POLÍTICA E IDEOLÓGIA DA GRANDE
MAIORIA DOS EDUCADORES – a nosso ver,
o maior e definitivo problema de toda a conjuntura educacional brasileira.
Pelas razões já citadas, nossos educadores são formados exatamente para não
enxergarem nada disso, pois tal postura forma – aliás, como queremos – cidadãos
conscientes, questionadores, vívidos e exigentes. Ora, perante o modelo
político-econômico-social que temos, e, aos olhos das autoridades formais da
educação isto não pode acontecer nunca, pois seria uma afronta aos políticos
protecionistas, aos empresários altamente competitivos, céticos e mesquinhos, os diretamente responsáveis pelo
problema social que gera todos os demais: a absoluta, abusiva e criminosa
concentração do poder e da renda. Daí, portanto – não sejamos ingênuos – o MEC,
as Secretarias da Educação, as demais instituições oficiais, as Diretorias das
Escolas, e, por osmose, os professores, fazem de tudo para ocultarem o brutal
processo que exercem por meio das exigências que fazem, dos recursos didáticos
que utilizam e do modelo de gestão da escola que exercem.
Sempre fomos críticos veementes do modelo que temos da
formação de professores e pedagogos, das licenciaturas e demais aparatos das
pacatas e negligentes Faculdades de Educação e nosso trabalho será, sem sombra
de dúvida, um laboratório – já profundamente tardio – para expressar na teoria
e na prática a enorme necessidade desta mudança. Assim sendo, todos os nossos
profissionais – professores, especialmente, diretores, coordenadores,
funcionários administrativos, servidores, pessoal da limpeza, da cantina,
guardas, etc. – passaram pela profunda e contínua preparação acadêmica do que,
por hora, estamos denominando de Pedagogia da Felicidade. Acreditamos que, por
vezes, uma fala mal colocada por um servidor mal-avisado pedagogicamente, pode
colocar por terra todo um serviço educativo por mais trabalhoso que chega.
Pois, como sabemos, o mal se infiltra com a mais astuta facilidade, bem ao
contrário do bem. E, claro, o mesmo acontece com os pais, a sociedade, a Xuxa,
a televisão, a igreja, trabalhamos, portanto, com um todo complexo que precisa
ser considerado com a máxima urgência. Nossa meta central junto aos nossos
trabalhadores é a de colocar um espetacular fim neste marasmo, nesta apatia,
neste câncer sócio-político que destrói todas as possibilidades de vida e
cidadania, dentro do modelo caquético de educação e de escola que perdura, há séculos, em todas
as dimensões deste País.
02 – ASPECTOS
EDUTICATIVOS E CURRICULARES OUTROS – a tônica da visão do currículo linear
e definido em lei está definitivamente superada, há muito, só os educadores que
não sabem disso. Nossa proposta é de um trabalho não disciplinar – pois
abominamos a palavra “disciplina” para identificar partes do currículo.
Adotaremos a expressão “componente curricular”, mas não é só isso, pois mudar
as palavras para manter os fatos já é algo comum mesmo nas instituições mais
tradicionais e caducas. Nossa proposta é
de uma ação multi, inter e transdisciplinar, de forma simultânea.
Ou seja, todos os conhecimentos são igualmente importantes e não podem, de
nenhuma maneira, serem impostos de forma dogmática em aulas puramente
expositivas – diga-se alienantes. Por que por exemplo, sete aulas semanais de
português e matemática e apenas uma de artes, de ensino religioso, etc. ?
Seriam, portanto, tais conhecimentos menos importantes, secundários, apenas
porque não se ajustam ao modelo de exploração capitalista, o que, pelo
contrário, dificultam? Trabalharemos, portanto, com ciclos contínuos de cursos,
debates, vivências, oficinas que complementam, ainda que oficiosamente, como
complemento o que é oficial e não pode ser excluído, dando, então, ao aluno,
uma performance completa, uma nova visão, possibilitando uma real mudança de
comportamento nas concepções de educação formal e informal, na exteriorização
das formas de cultura, no exercício da cidadania e na ação cotidiana.
Entendemos por “educando” – pois ninguém jamais será
completamente educado – o ser que aperfeiçoa seu modo de agir. Que interage na
ação social e humana, com todos, os menos favorecidos, os idosos, as minorias
oprimidas, os diferentes, os iguais, enfim, com todos. Não tendo uma visão de
que existem os mais iguais do que os iguais, como é, por exemplo, a nossa lei
aristocraticamente primária. Nosso educando aprimorará seus conhecimentos
dentro da ciência clássica, mas, igualmente da popular, do folclore, da arte,
das lides políticas, humanas, sociais, profissionais, dentro das infinitas
possibilidades de ser e de estar no mundo. Abandonará os rigores do pensamento
cartesiano – a maior desgraça que assola todo o mundo – e que as escolas
aprimoram sumamente, ao invés de combaterem. A visão dicotômica, parcial,
materialista, mesquinha, pequena, inflexível, preconceituosa, torpe que assola
nossas vidas e que gera todos os grandes problemas e o caos que a humanidade
apenas suporta, deverá ser substituída urgentemente por uma visão em
perspectiva plena, aberta, solta, livre, humanística, bondosa, harmoniosa,
competente, auto-sustentável, que se funda com o senso estético, o amor, a
beleza, a harmonia com o universo maior que envolve nossas vidas e histórias
individuais e sociais, abrigando a humanidade como um todo, da qual somos parte
integrante. E, se um mal atinge a ela – humanidade – claro que acomete-nos a
todos da mesma maneira.
Portanto, nosso trabalho de educação será na teoria e
na prática, nos métodos, processos, avaliações, atividades, oficinas, cursos,
vivências, etc. um ato permanente na busca da formação deste tipo de cidadão,
atuando, mais diretamente com a criança. Caminho este que consideramos não só o
mais curto, mas, igualmente, o mais ágil e eficiente, se é que queremos
possibilitar a preservação da vida e da dignidade das pessoas – mas terá de ser
de todas elas, sem distinção – este sim, o grande segredo, considerando,
ainda os seguintes critérios:
01 – Projeto
de Orientação Familiar para a Qualidade de Vida – trabalho contínuo com os pais e comunidade, visando
unificar pensamentos, linguagens e ações, colocando um fim no famoso faz-e-desmancha
que é um dos grandes inimigos de todo o bom processo educacional.
02 – Combate
Sistemático a Todas as Formas de Violência, Especialmente, a Simbólica – preocupa-se muito com o combate às violências
concretas por ações e palavras, esquecendo-se da que faz os maiores estragos e
que se camufla diante da postura do adulto perante a criança,a manifestação da
autoridade, os aparatos físicos que perpetuam o poder e o bem-estar para
poucos, ainda que de forma inconsciente (professor no centro da sala, com mesa
grande, melhor, cadeira estofada, quadro grande, meios, recursos, etc. enquanto
o aluno fica na carteira pequena, estático, imóvel... Sala do diretor, a melhor
da escola, bem equipada, decorada, bonita e em ponto estratégico da
construção... são alguns exemplos. Não seriam tais privilégios difundidos,
mesmo que de forma imperceptível, mas deteriorando o universo interior do
aluno?) nas formas e nos instrumentos paradidáticos. Este sim, um mal sem
precedentes, mas que a cegueira conceitual dos educadores não deixa perceber,
gerando as doenças pedogênicas, as formas de bulling, e todos os males
aqui listados já de forma exaustiva.
03 – Projetos, Oficinas, programas
complementares - de lazer,
intervenção, pesquisas, diagnósticos, consultorias (a definir). Trabalho com
duas categorias de alunos diretos da escola e de alunos de outras escolas que
passarão, conosco os períodos contrários aos que estarão na escola. Oficinas
ecológicas, da água, do meio ambiente, etc. Laboratório de trabalho com trânsito
urbano, as políticas públicas, economia, direitos humanos, arte, música,
teatro, esportes e lazer, juventude, mercado, sexualidade, cidadania (tudo a
definir, posteriormente).
CONSTRUÇÃO PSICOSSOCIAL DO CONHECIMENTO –TRANSIÇÃO DO ANTIGO PARA O
NOVO PARADIGMA DA EDUCAÇÃO
A
fundamentação didático-pedagógica do presente projeto se embasa, como citado anteriormente,
na concepção da Construção Psicossocial do Conhecimento, conforme os estudos do
Prof. Antonio da Costa Neto em sua dissertação de mestrado em educação pela
Universidade Católica de Brasília – UCB. Para maior entendimento da sua
proposta e os campos de inovação, apresentamos, para análise os quadros de ação
que fundamentam a dinâmica educacional
de todo o processo. Entendendo que é dever da escola driblar as armadilhas
ideológicas subjacentes ao sistema educativo oficial, o que caracteriza, o
exato diferencial deste programa.
A
elaboração dos quadros fundamenta-se nos princípios psico-educativos de Wilhelm Reich, segundo os quais, por sob as
estruturas do funcionamento dos métodos de ensinar e aprender, ocultam-se os
pressupostos ideológicos de deseducar, de alienar os alunos. O que facilita a
implementação histórica das formas de exploração do capital pelo trabalho, do
homem pelo homem, como fatores determinantes do caos, dos problemas sociais e
das crises que circundam o mundo contemporâneo.
Para
se buscar a solução de tais problemas é preciso se revolucionar o cômputo da
educação e da escola. Para o quê, este programa oferece uma nova proposta
pedagógica que se considera como adequada, pelo menos como experiência piloto para
se buscar as superações possíveis para um dilema tão grave e, que, até nossos dias sem quaisquer esperanças em
todas as regiões do dito mundo civilizado. Justamente, em função da miopia
político-social dos pedagogos convencionais, contra a qual, lutamos e dos
professores manipulados pelos cursos de licenciatura que retiram deles todo o
senso crítico, a visão de mundo, a sensibilidade, a afetividade. E,
principalmente, a vontade política para o desafio deste novo processo. Muito
pelo contrário, em todas as escolas de hoje é, infelizmente, por mais
inacreditável que possa parecer, proibitiva toda e qualquer atividade neste
sentido.
A
grande maioria dos educadores esconde o seu instinto profissional de cães de
guarda da burguesia e dos interesses das elites políticas e econômicas. Nossas
escolas não existem para educar, mas para adestrar as massas de futuros
trabalhadores. Para que vivam e morram sem entender ou ver a própria exploração,
o uso institucional das pessoas para a garantia dos privilégios doentios dos
quais se nutrem os detentores do poder e da riqueza.
Entendemos
que não é mais possível que a educação e a escola atuem de forma tão ingênua,
politicamente ignorante, neutra ideologicamente e co-responsável pelas agruras
do mundo. Precisamos processar uma educação que busque um desenvolvimento sim,
mas centrado na paz, na liberdade, na alegria de viver das pessoas. Toda a ação
e exigência que nega a autonomia humana é anti-educativo e devemos repensar seus processos, resultados e
sutilezas mais ínfimas. Que, para não enxergar e nem sentir tudo isto é que
nossos educadores são formados – ou diria, deformados e cegos – pelas nossas
faculdades de educação tão céticas, frias e incompetentes neste sentido. Desta
feita, o presente programa se norteará pelas seguintes políticas filosóficas,
das quais se surgem as políticas, diretrizes e ações práticas que conduzirão o
dia a dia da escola a que propomos conduzir:
“O mundo começa na inteligência e
na sensibilidade. E não, na estrutura, na legalização, na máquina”.
Saída do Antigo Paradigma
(do Ensino)
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Entrada no Novo Paradigma
(da Educação)
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1 - Políticas e Diretrizes
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Leis de ensino criadas nas
instâncias do poder. Feitas por indivíduos alheios ao fazer educacional e
impostas aos executores, de forma rígida e inflexível como formas de
perpetuar o modelo existente.
Currículos, programas e métodos
gerais de trabalho educativo definidos na própria lei e executados
minimamente no sentido do seu exato cumprimento.
A lei é inflexível e imposta.
Prevê punições restritivas à sua não-execução, a partir da autoridade
“competente”, da ordem estabelecida e do disciplinamento linear e rígido dos
princípios.
Leis deterministas e unificadas
com exigências mesmas para todas as escolas e dimensões do País, sem
considerar as especificidades, as condições e nem mesmo as necessidades de
cada unidade escolar, grupo, pessoa.
Leis, normas e dogmas
dificultadoras do exercício da boa educação e, inconscientemente,
facilitadoras da manutenção do poder e do privilégio de quem as faz, com
vínculo permanente com a neutralidade ideológica.
A função da lei é, na verdade,
regular, controlar e fiscalizar a execução do ato educativo pelo Estado.
Visando a garantia de seus privilégios e benefícios, educando as pessoas a
partir deste princípio norteador.
A lei regula a administração da
escola, garantindo a continuidade do seu funcionamento à revelia da sua
qualidade e da motivação dos indivíduos para frequentá-la.
Tendo a compulsoriedade e a
obrigatoriedade legal de estudar como seu ponto de sustentação, independente
do como, o que e para que explorar por
meio dos estudos que realiza. A educação formal deixa de ser um direito e
passa a ser uma obrigação,
cujo
descumprimento deve ser punido por sanções estabelecidas pela própria lei.
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Leis da educação elaboradas em
conjunto pelos representantes do poder e os agentes educacionais, inclusive
alunos, como a parte mais interessada.
Sendo flexibilizadas de acordo com
cada realidade específica, de onde, de quando e de como são implementadas em
cada prática específica.
As leis apenas orientam a
execução dos conteúdos, programas e métodos gerais de trabalho que são
flexibilizados e adequados a cada caso.
A lei deve nortear o ato
educativo, incluindo a liberdade de ações dos seus agentes, o que já
pressupõe o ato educativo em sua essência e operacionalidade: flexibilidade
como teor fundamental.
A lei, em si, antevê as
especificidades e condições de cada realidade e de cada escola.
Possibilitando a gradualidade em sua execução.
Flexibilizando as exigências
normativas para facilitar a existência e o acesso democrático a uma educação
de real e boa qualidade para todos.
Leis que visem a facilitar a
ação pedagógica de qualidade e com veiculação ideológica a serviço da
população que se educa, em termos da sua conscientização real em vistas ao
pleno exercício da sua cidadania (e não o contrário).
Legalizar a educação, não no
sentido de controlar e punir, mas de facilitar e legitimar a sua ação rumo a
processos qualitativos em busca das exigências culturais de cada época e cada
realidade global onde se atua.
A lei deve versar sobre a
qualidade da educação e do ensino, visando a orientar práticas pedagógicas
consistentes, em função de motivar as pessoas para frequentarem uma escola
que se preocupe em satisfazer as suas necessidades e, não, de
compulsivamente, domesticá-las para o capitalismo.
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“Não ensinar apenas o que já foi
inventado. Mas, principalmente, ensinar e inventar”.
Saída do Antigo Paradigma
(do Ensino)
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Entrada no Novo Paradigma
(da Educação)
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2 - Conteúdos e Programas
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Prontos, acabados, estanques e
desarticulados entre si e do processo evolutivo como um todo. Fragmentos da
disciplina ensinada em nome da ciência e do conhecimento (fim da educação).
Distantes da realidade
vivencial dos agentes da ação educativa, informações desconexas: “cultura
inútil” em sua maior parte.
Impostos pela ótica de quem
comanda o próprio processo (deliberação) e em função dos próprios interesses,
da competição e da exploração fácil.
Articuladores da produção em
série de bens, produtos, mercadorias e serviços (modelo de reprodução),
adequados à sociedade capitalista em ascensão industrial/comercial/de
negócios.
Instrução direcionada para o
treinamento, desenvolvimento de habilidades básicas de interesse
econômico-produtivo.
Aspectos parciais e
superficiais da ciência e que interessem à formação pragmática e funcional da
pessoa, para fins de produção, consumo e lucro.
Subsidiando, desta forma, a
exploração do trabalho e do trabalhador pelos detentores do capital.
Elementos teóricos que visam a
garantir a superficialidade sociopolítica dos indivíduos, tornando-os úteis
ao processo de dominação ditado pelo capitalismo internacional e a
globalização da economia dentro dos esquemas neoliberais e suas convenções.
O conteúdo ensinado é, em si, o
fim da educação. É preciso que o indivíduo domine o conhecimento que se
presta à perpetuação do poder: o saber é objetivo, determinado, inflexível e
comprometido com o domínio do capital.
Assim, os conhecimentos instituídos são apenas aos que servem à formação do
trabalhador submisso e do consumidor
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Flexíveis, abertos, em contínua
evolução e integrados por uma axiomática comum, transdisciplinar e
atual/futura. Sendo o pressuposto básico da educação das pessoas (meio de se
educar).
Contextualizados às diferentes
realidades vivenciais individuais/sociais. Personalizados ao momento, ao
interesse, à cultura e à sociedade, considerando suas especificidades.
Negociados a partir dos
interesses de todos os agentes. Adaptáveis, mutantes e de conformidade com a
evolução histórica e as necessidades do momento.
Articuladores do desenvolvimento
integral do ser (perspectiva de transformação) para a vivência individual e
coletiva, com vistas ao favorecimento de avanços, conquistas e melhorias
concretas para todos os indivíduos.
Elementos para o
desenvolvimento global e integrado do indivíduo/equipe/sociedade de forma
plena, integral, crítica, política e contextualizada.
Fundamentação sistematizada da
ciência transdisciplinar por uma abordagem dinâmica, flexível, evolutiva e
contínua para a formação integral da pessoa e a concretização das mudanças
desejáveis e esperadas.
Concepções teórico-práticas
cada vez mais profundas, buscando o domínio epistemológico sobre os vários
saberes, seus sentidos, desenvolvimento, desdobramentos e resultados para o
indivíduo e as realidades globais que o cercam, em sua plenitude. Saberes
necessários a uma vida melhor qualitativa e quantitativamente.
O conteúdo que se ensina é um
dos caminhos para se educar. Educação para facilitar a multiplicidade de
escolha e de formas de aplicação do saber: o conhecimento é intersubjetivo,
volátil, e, fundamentalmente, plural intersubjetivo e comprometido com as
pessoas.
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“Não há nada mais fatal para o
pensamento do que o ensino das respostas prontas. E é para isso que as escolas
existem”.
Saída do Antigo Paradigma
(do Ensino)
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Entrada no Novo Paradigma
(da Educação)
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3 - Métodos e Técnicas de Trabalho
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Centrados na
figura do professor e facilitadores dos privilégios de quem ensina e comanda:
(ensino/aprendizagem).
Fundamentados
exclusivamente na indução psicológica para a reprodução instrucional dos
conhecimentos necessários à perpetuação dos fatos sociais/interesses
capitalistas.
Linearizados e
massificantes, permeando uma ingenuidade ideológica não-perceptível de quem
os utiliza. (instrumentos inconscientes de alienação das massas).
Exclusividade
da racionalidade lógica (fechada, dura) para o domínio cognitivo e o máximo
teor de reprodução do saber ensinado.
Massificados,
mecanismos de treinamento ou adestramento eficiente do "aprendiz"
que os recebe passivamente, para facilitar a reprodução do
"ensinado" na prática cotidiana.
Prioridade
quantitativa tendo como fim o cumprimento dos programas previamente
estabelecidos por lei, não interessando o contexto ou a reação das pessoas.
Aplicação de
normas e tática prontas, com o uso de manuais de ensino e recursos
instrucionais clássicos, mecânicos e fragmentados. Facilitando, assim, a
manipulação das pessoas.
Condução
imperceptível do poder (do professor) sobre o aluno, aniquilando o seu teor
pessoal de sustentação política e de criatividade.
Instrução do
controle, da ordem, da disciplina, construindo os "pacientes sociais do
futuro" e "marionetes teleguiadas" pelos poderes constituídos:
do branco, do macho, do capital.
Favorecedores de benesses funcionais
(espaço, tempo, etc.) à elite simbólica do processo de aprender (o professor)
reforçando o modelo opressor/oprimido vigente na sociedade.
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Facilitadores
da aprendizagem, como prioridade: uma autêntica "ensinagem", voltados
para o aluno: (aprendizagem/ensino).
Fundamentados
na indução e dedução simultâneas, possibilitando a argumentação, criação e
conclusão, numa abordagem de construção psicossocial de novos conhecimentos
úteis e aplicáveis.
Atendem à complexibilidade
das tipologias de raciocínios, personalizados e facilitando a consciência
crítica para a participação transformadora do próprio saber, e, por
consequência, da realidade.
Prioridade na
racionalidade (lúdica e criativa) pela fusão e confluência dos processos
cerebrais: razão, intuição, prática (pensar / sentir / fazer).
Personalizados a partir do conhecimento
das especificidades, ritmos, estilos, processos, desejos, motivações e necessidades dos indivíduos, grupos, turmas e da comunidade assistida.
Prioridade
qualitativa do teor de aprendizagem, considerando as condições, a motivação e
o contexto humano/social e suas complexidades.
Construção
adequada de métodos, técnicas e recursos educacionais, considerando as
diversidades históricas, tipologias e especificidades de cada caso.
Conjunto dos
elementos, recursos e técnicas que favoreçam à captação e a construção
histórico-crítica de saberes diversificados de forma criativa e autônoma.
Formas
humanizadas de interagir na construção política do saber, construindo os
"agentes sociais históricos do presente e do futuro" buscando a
evolução, o crescimento, a educação de boa qualidade.
Redistribuidores
de benefícios entre educadores e educandos e não criando vínculos ideológicos
e simbólicos de dominação e poder: aniquilando consciências por meio da
alienação das pessoas, mas favorecendo o seu desenvolvimento em múltiplas
dimensões.
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“A avaliação deve ser um
instrumento rumo à melhoria e, não, à estagnação”.
Saída do Antigo Paradigma
(do Ensino)
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Entrada no Novo Paradigma
(da Educação)
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4 - Instrumentos de Avaliação
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Fiscalizadores
da capacidade e das habilidades reprodutivas do aluno. Instrumentos de
punição, segregação e domínio. A busca do erro para manipular a pessoa.
Mecanismos de controle ideológico e
centralização do comando (num autêntico poder de polícia): domesticação do raciocínio.
Norteadores
dos princípios punitivos, reproduzindo o poder do dominador (professor) sobre
os dominados (alunos) perpetuando a sociedade opressora.
Consideram
apenas os resultados, os processos não são valorizados e os acertos são
analisados como fatores quantitativos e estáticos (acertar é obrigação).
Provas,
sabatinas, arguições e resolução de exercícios estruturais e complementares,
de forma estanque, inflexível e exclusiva para a reprodução, o controle, a
nota, a aprovação (se não for possível a reprovação).
Avaliação do
professor sobre o aluno a partir do julgamento dos acertos e punição dos
erros de cognição sendo só o que interessa: adestrar pelo conhecimento,
mecanizar o pensamento.
Aceitação
apenas da capacidade quantitativa de reprodução simples do conhecimento
ensinado. Capacidade epistemológica não é considerada.
Avaliação para
o contexto quantitativo e burocrático do resultado e da menção a ser auferida
(meio de policiar) e o controle realizado, comprometido ideologicamente.
Classificam e
segregam os que conseguem aprender dos que apresentam dificuldades,
nominando-os de fortes ou fracos; aptos ou inaptados, sem considerar os
fatores individuais e sociais. Negando oportunidades iguais para todos.
Instrumentos que comprovam apenas a linearização dos resultados
mecânicos da aprendizagem ou a internalização do conhecimento:
registro/policiamento/punição/segregação
das pessoas.
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Facilitadores
da aprendizagem e articuladores dos processos de ensino. Instrumentos de
promoção humana centrados no aluno. Busca o certo para valorizar o seu
agente.
Recursos de
retrofeedback do trabalho dos educadores e educandos (análise da capacidade
de educar) indicando falhas e defasagens de ambas as partes
(“Ensinoaprendizagem” como processo único).
Norteadores
dos princípios da promoção humana e valorização dos fazeres educativos
globais para a interação na qualidade de vida.
Priorizam os
resultados, incluindo os processos, valorizando as tentativas e entendendo o
erro como fonte da construção do conhecimento (o erro é pedagógico).
Uso
diversificado dos vários recursos disponíveis, de formas múltiplas,
complementares e integrativas, considerando os teores e as condições individuais/sociais/contextuais/outras.
Avaliação do
professor, dos colegas e auto-avaliação, valorizando todas as performances,
tentativas e o processo em si.
Priorização da
aprendizagem, valorizando a evolução genérica do agente educacional enquanto
ser individual e social em desenvolvimento.
Avaliação para
a reestruturação adequada dos processos gerais de ensinar e de aprender vendo
a educação em permanente estado dinâmico.
Identificam
falhas e defasagens quando estas acontecem buscando conhecer e considerar as
diferenças individuais, ritmos, estilos e motivações.
Reconduzindo, assim, os procedimentos pedagógicos possibilitando oportunidades iguais para todos. Não só provas, mas, com vários instrumentos de avaliar o ensino e o aprendizado das pessoas.
Orientam os
passos gerais que possibilitam a melhoria dos processos e dos resultados educativos: crescimento/desenvolvimento/evolução.
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“Aquilo que um dia eu não sabia
me foi ensinado. Eu aprendi com corpo e esqueci com a cabeça”.
Saída do Antigo Paradigma
(do Ensino)
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Entrada no Novo Paradigma
(da Educação)
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5 - Performance Esperada do Aluno
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Ordem,
disciplina e subserviência aos controles impostos e às obrigações
estabelecidas previamente pelo comando a que se subordina.
Respostas
imediatas como resultado da aprendizagem (reprodução do ensinado) sem,
necessariamente, contextualizá-las, refletir ou transformá-las.
Passividade e
adequação por consenso aos esquemas impostos pelos comandos, mesmo não sendo
os mais desejados: ajuste, subordinação ao domínio.
Raciocínio linear
e cumprimento dos deveres, obrigações e normas determinadas de forma rígida,
inflexível. Obediência, e aceitação, sem questionar nada, de preferência.
Rigor na
capacidade de assimilação e reprodução dos conteúdos ensinados de forma
mecânica e repetitiva, sem alterar os contextos.
Quietude,
pontualidade, cumprimento dos deveres e obrigações de maneira subserviente,
pacífica de acordo com a ordem definida pela escola (de sujeito para objeto).
Atendimento
das exigências funcionais da instituição e dos moldes técnicos e burocráticos
do funcionamento, da regra, da norma pronta, estática, imposta.
Cumprimento
dos modelos de modo que não altere os aspectos gerais estabelecidos pela
instituição escolar, favorecendo à mentalidade conservadora.
Adequação, obediência
plena e postura de admiração aos superiores e à hierarquia do mecanismo
institucional e tradicional, sejam eles quais forem.
Postura de
aceitação e de respostas imediatas (se possível) aos comandos estabelecidos,
regulamentando a execução inflexível do que for determinado (formação
inconsciente do eterno oprimido).
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Senso de
justiça, participatividade, questionamento, visão crítica, evolução
permanente e em todos os sentidos. Um ser criativo em mudança.
Crescimento em
nível de processos e resultados de aprendizagem e educação (transformação
pelo conhecimento): exteriorizando a nova cultura pessoal.
Articulador
consciente de análises dos fatos sistematizados quando necessário, de acordo
com os
próprios desejos (anseios/necessidades). Raciocínio divergente, pensamento complexo, cumprimento negociado dos deveres e reivindicações dos seus direitos. Sendo sujeito ator da própria história. E não, um paciente do processo.
Capacidade de
sistematização do saber e do conhecimento por uma abordagem epistemológica
autônoma e própria, substituindo o escutar pelo produzir.
Cumprimento
articulado dos deveres a partir da consciência crítica de sua práxis enquanto
sujeito em evolução e, não mais, de forma ingênua, acrítica e parcial.
Iniciativas válidas
na construção permanente do universo educativo como um todo integrado à vida
e seus processos, resultados e esperanças de melhoras.
Postura de transformação
se o modelo não estiver satisfazendo plenamente a todos os integrantes do
sistema. Afinal, a educação é para o aluno e a escola, também.
Autonomia,
liberdade, ação e participatividade na reestruturação dos processos e resultados
educativos e vivenciais fazendo a frente às circunstâncias novas.
Postura de
desenvolvimento integral. Nova performance para além da eficiência no pleno
exercício da cidadania no presente e no futuro, buscando as melhorias
possíveis do contexto e da plena cidadania (formação do ser político, crítico
e contextualizado).
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“A tarefa fundamental do
professor: seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando, aprenda”.
Saída do Antigo Paradigma
(do Ensino)
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Entrada no Novo Paradigma
(da Educação)
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6 - Papel do Educador
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Autoridade central e
responsável pela reprodução do conhecimento e da condução do saber e seus
resultados. Detentor do poder de julgar, punir e decidir pelo aluno e seu
futuro educacional.
Condutor absoluto das decisões,
dos meios, normas e princípios (dono da verdade) de acordo com critérios
pessoais inquestionáveis.
Representante autêntico dos
poderes hegemônicos, avalizando, em sua prática, as benesses tradicionalmente
constituídas no plano social e que são simbolicamente transferidas para o
plano educativo.
Executor das funções
instrucionais estanques, em nome do processo educacional. Indutor de regras,
princípios, normas e conhecimentos disciplinados, conduzidos e cobrados por
ele.
Cumpridor do seu papel dentro
dos regimes contratuais e profissionais determinados pelo empregador, sem
questioná-los.
Atender e cumprir programas,
currículos e núcleos funcionais e burocráticos inerentes à sua função de
profissional da "educação".
Deve atender aos regimes da
eficiência instituída para o seu
trabalho e o cumprimento de suas tarefas e normas que são estabelecidas pelo
comando.
Satisfazer a organização acerca
dos princípios funcionais visíveis, adequando-se aos esquemas impostos pelos
regimes pelo mesmo poder institucional.
Instrutor, indutor de normas e
conhecimentos que apenas interessam aos detentores do poder de decidir (gerente,
técnico, pragmático). A função educacional é absolutamente complementar e
acessória, sob a função técnica, administrativa e burocrática.
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Transcende à função de
facilitador da aprendizagem, promovendo as múltiplas dissensões do processo
educacional numa autêntica parceria cooperativa e de trocas simultâneas entre
todos, indistintamente.
Articulador de negociações para
processos de decisões, normas e princípios de ação construídos contínua e
coletivamente no ato educativo.
Agente de transformação e construção
do fazer educativo, desencadeando a visão complexa do aluno, seus fins e estratégias
nos sentido teórico e prático, de forma afetiva, lúdica, prazerosa.
Agente por excelência,
exercendo as múltiplas funções em coerência com as dimensões paradigmáticas
escolhidas e adotadas para o real benefício de todos os envolvidos direta ou
indiretamente.
Consciente e cumpridor de sua
missão por princípio, conduta ética profissional e compromisso político,
associados. Não só técnico, instrutor ou professor, mas, educador.
Analisa, desdobra e orienta a
transformação do processo com vistas à qualidade educacional devidamente
contextualizada ao lado pedagógico.
Procura articular a eficiência,
a eficácia e afetividade historicamente articuladas no que faz, contribuindo
para construir a real educação, em todos os aspectos, associando competência
à vontade política.
Exerce a sua conduta cumprindo
dialeticamente os princípios organizacionais e políticos da sua função de
educar/desenvolver verdadeiramente as pessoas.
Catalisador das múltiplas
formas do conhecimento, facilitando aos processos de pensar, de desaprender,
aprender e reaprender continuamente. A função de educar é fundamental e
básica em todos os momentos da
atividade humana e feita com bases críticas, contextuais e
transformadoras.
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Saída do Antigo Paradigma
(do Ensino)
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Entrada no Novo Paradigma
(da Educação)
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7 - Gestão da Escola
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Administração linear e descontínua
com base na unidade de comando, na estrutura hierárquica e no padrão
burocrático exigido por leis e normas impostas (a escola é uma empresa).
Desconexão entre as
atividades-meio (burocráticas) e as atividades-fim (acadêmicas), gerando o
eterno antagonismo (faz-e-desmancha) entre o administrativo e o pedagógico/acadêmico.
Ênfase nas exigências
administrativas e técnicas, dando à gestão uma tipologia empresarial e com
vistas a resultados desarticulados do contexto macro.
Centralização do poder, exclusão
da autonomia dos agentes na definição geral e específica de políticas,
diretrizes e normas de funcionamento e ação reproduzindo, assim o modelo da
sociedade repressora vigente.
Rigidez das normas e dos
métodos de ação cotidiana com base nos princípios norteados pelos níveis “superiores”,
sem exceção.
Preocupação com a estrutura, as
regras de funcionamento e a exteriorização burocrática de
"possíveis" resultados e em consonância com os regimes constitucionais
e econômicos de cada época.
A norma prescinde ao bem-estar
das pessoas, sendo, que essas é que precisam adaptarem-se ao esquema técnico
estabelecido (a pessoa deve satisfazer a norma) Tratamento mecanicista e framentário dos fatos.
Planejamento como função
regimental apenas para atender aos pressupostos das que dizem do que é feito
ou que se devia fazer. “Política das aparências” para garantir o
funcionamento da escola dando respostas estatísticas a respeito das
possibilidades da educação e do ensino.
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Gestão cíclica, contínua e
participativa com base na construção coletiva, na flexibilização hierárquica
e na minimização da burocracia, com fins educacionais (a escola é uma
escola).
Integração permanente entre as
atividades meio-e-fim, sendo ambas interrelacionadas, recíprocas e mutuamente
facilitadoras, em processo de evolução permanente.
Ênfase nas características
acadêmicas e educativas, dando à gestão uma tipologia didático-pedagógica
visando a priorização dos processos aos resultados finais de evolução e
crescimento.
Poder altamente descentralizado
a partir da autonomia real de todos os agentes (principalmente o aluno) na
definição, até em nível de detalhes, das política diretrizes e normas de ação
e conduta.
Flexibilidade/elasticidade de
normas, métodos e ação. Adaptando, se necessário, os princípios norteadores
em todos os níveis hierárquicos.
A preocupação com a conjuntura
e as normas deve facilitar o funcionamento acadêmico para que processos e
resultados independam da formalização burocrática, de sua apresentação ou
aparência.
O bem-estar das pessoas que é o
princípio definidor das normas e do esquema técnico Sendo, a flexibilidade, o
embasamento fundamental de todo o processo (a norma é para satisfazer a
pessoa). Tratamento harmonioso e humanístico dos fatos.
Planejamento utilizado como
instrumento realmente facilitador da ação e do projeto pedagógico a ele
inerentes e concretizados na prática cotidiana da escola. “Política da
essência”, conduzindo processos educativos reais no tocante à qualidade (e a
quantidade) de bons serviços prestados à educação, às pessoas e à sociedade.
Educação real vista e realizada como processo facilitador do desenvolvimento
das pessoas, da criatividade, da liberdade de opinião e de escolhas.
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"Libertar o pensamento para
que eleve sobre o desconhecido, construindo as idéias. É com elas que o mundo é
feito".
Saída do Antigo Paradigma
(do Ensino)
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Entrada no Novo Paradigma
(da Educação)
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8 - Fins de Educação
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Alcance da instrução e dos
conhecimentos mínimos necessários à adequação aos esquemas impostos pela
sociedade e as exigências feitas por cada sistema especificamente (para nós,
o capitalista).
Padrão aceitável de reprodução
do saber de forma pronta, acabada, definitiva e não alterada. Numa autêntica
visão de consumo de produto e de resultado.
Obter os requisitos necessários
à aprovação final, de conformidade com os regimes institucionais impostos
pela estrutura educacional e social, com respaldo do desenvolvimento
tecnológico: industrial/econômico/produtivo.
Ordenar o indivíduo segundo as
disciplinas e normas clássicas tradicionalmente estabelecidas pelos valores
morais e culturais e, obviamente, a serviço do poder constituído.
Conduzir princípios e
conhecimentos induzidos por um regime centralizador dos processos educativos
visando reproduzir valores impostos pela elite dominante em todos os
sentidos.
Sedimentar as bases conceituais
e estáticas de conhecimentos e comportamentos durante um certo período de
vida, adequando a pessoa aos interesses da estrutura vigente, sejam eles benéficos,
ou não.
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Processo contínuo de evolução
permanente para o posicionamento, a crítica, a reconstrução dos processos
individuais e coletivos de aprender e de viver com a melhor qualidade
possível.
Crescimento interno, percepção
de novos valores e condutas favorecendo ao desenvolvimento social e cultural
direcionados à vida como um todo (e não, apenas, ao mercado de trabalho).
Acesso às diversas formas do
conhecimento, descobrindo e explorando recursos e meios de melhorias da
qualidade da vida humana em sociedade da qual faz parte.
Possibilitar a visão crítica
para a reordenação e transformação do meio, do ambiente, das normas, dos
princípios e da cultura, com vistas aos ajustes necessários para se viver
melhor e mais plenamente.
Abrir espaços e perspectivas
para a produção conjunta e por todos os agentes, dos elementos e
conhecimentos necessários ao atendimento das necessidades individuais e
sociais.
Dinamizar o desenvolvimento
global e contínuo da pessoa durante toda a vida, de forma dinâmica, aberta,
flexível, em perene evolução e mudança.
Qualificar a pessoa para a
conquista da autonomia, da liberdade intelectual, da capacidade crítica de
enxergar o mundo e suas relações, constituindo-se um ator consciente da sua
história individual e social.
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Em Síntese
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Políticas, diretrizes, conteúdos, professores e gestão
para adequarem as massas sociais aos critérios da exploração capitalista.
Favorecendo aos interesses burgueses e institucionais
historicamente estabelecidos e aceitos como certos naturais e legítimos.
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Harmonizar os sistemas didáticos e pedagógicos para
favorecer ao desenvolvimento integral das pessoas. Capacitando-as para a
busca de melhorias concretas em sua qualidade de vida, transformando-as em
agentes de mudanças, quando necessárias e da conquista de seus desejos, metas
e ideais.
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(*)Fonte: Paradigmas em educação no novo
milênio, de Antonio da Costa Neto (UDF – Centro Universitário do Distrito Federal –
Brasília/2011). Publicado pela Editora Kelps – Goiânia – Goiás
OPERACIONALIZAÇAO DO PROJETO
PEDAGOGIA DA FELICIDADE:
Educação de
Qualidade – construindo a escola de sucesso para a sociedade brasileira dentro das perspectivas do Séc. XXI
Relativisando a prática da construção psicossocial do conhecimento – Dissertação de Mestrado do Professor Antonio da Costa Neto, pela Universidade Católica de Brasília – UCB este projeto visa à implementação de uma práxis que considera como “verdadeiramente educativa e com vistas às transfomações sociais necessárias e inadiáveis, partindo, então de alguns pressupostos mais gerais:
1. Requalificação Contínua e Permanente do Potencial Humano da Educação:
Com base
crítico-político-ideológica para a compreensão do real papel do educador (e da
educação) para a cidadania. A reflexão crítica, a consciência política e o
entendimento da complexidade que envolvem o ato educativo no atual momento
histórico da sociedade brasileira, seus fatores humanos, éticos, psicológicos,
políticos, culturais, conceituais, ideológicos, econômicos, ecológicos,
constituem a base de sustentação do projeto, entendendo ser, a sua ausência, o
ponto crucial do fracasso histórico da Educação no Brasil enquanto prática
social; até aqui, não-contextualizada.
2. Educação Personalizada (não-massificada):
partindo de pesquisas e
diagnósticos intermitentes que forneçam os dados gerais a serem catalizados na
ação educativa. Dados estes originados das seguintes questões problematizadoras
(planejamento mínimo da educação):
·
O que é educar? É apenas instruir; ou
articular saberes multifacetados?
·
Como educar? Quais métodos, hierarquias
e processos de poder, assertividade, trato?
·
Como avaliar? Controlar, punir ou
promover o ser que se educa? Busca de evolução do processo educativo,
corrigindo nas falhas gerais?
·
Quem educa quem? Quais os papeis do educador
e do educando neste ciclo de atividades e funções?
·
Educar a favor de quem? Perpetuar os privilégios
das elites; e a concentração do poder?
·
Educar contra quem? Manter a opressão do
capital sobre o trabalho e a exploração entre os seres humanos?
·
Enfim, para que educar? Reproduzir ou transformar a
sociedade, buscando melhorias concretas
na qualidade de vida?
Esta, constitui teórica e
praticamente a complexidade que envolve o fazer pedagógico no momento histórico
em que vivemos e para o qual programa-se uma nova ação que, acredita-se, possa
contribuir de fato, construindo, por fim, um mundo melhor que o nosso;
conjugando esforços para a superação das múltiplas crises que assolam a vida no
planeta Terra e buscando o entendimento do sentido político da educação.
O projeto trás ainda à tona
contingentes invisíveis (objetivos não-confessos) da Educação, sua concepção
burguesa, conservadora, opressora, capitalista, machista, exploradora,
excludente e violenta; que todos os educadores deverão conhecer, se, de fato,
quiserem realizar uma educação de qualidade e com efetivos resultados de
sucesso.
Existe também todo um
conjunto de cuidados especiais no sentido de se concretizar uma escola como
laboratório de vida: o entendimento dos processos de poder, dos mitos, dos
condicionamentos psicológicos, sociais, sexuais, dentre outros que envolvem o
acontecer pedagógico. No projeto busca-se ainda conhecer e considerar as
verdades individuais e contextualizar, a partir delas, os instrumentos
educativos, instalações, ambientes, relações inter e intrapessoais, associando
a qualidade formal à qualidade política do ato educativo.
3. Fundamentos e Princípios Filosóficos:
Concretizar o prazer, o bem-estar e uma escola feliz e que contribua igualmente na construção da felicidade de todos os seres vivos na Terra é, em síntese, a tônica da presente proposta. Antevendo para tanto a implantação gradual do projeto em etapas intercomplementares, resgatando o seu pleno sentido social e político e especialmente, humano: educação para a vida e não para avalizar modelos econômicos impostos à custas de exploração, da violência, da miséria e da fome.
3. Fundamentos e Princípios Filosóficos:
Concretizar o prazer, o bem-estar e uma escola feliz e que contribua igualmente na construção da felicidade de todos os seres vivos na Terra é, em síntese, a tônica da presente proposta. Antevendo para tanto a implantação gradual do projeto em etapas intercomplementares, resgatando o seu pleno sentido social e político e especialmente, humano: educação para a vida e não para avalizar modelos econômicos impostos à custas de exploração, da violência, da miséria e da fome.
Muito se tem discutido sobre
a importância e o papel da educação e da escola, com seu aparato formal, frente
aos desafios e conflitos porque passa a sociedade contemporânea, notadamente
neste período crítico de início de século e de milênio, caracterizando esta
nova (des)ordem mundial, o que requer medidas e ações autenticamente novas e
originais.
No grande processo de
mutação em que se transformou o planeta, educar passou a ser um verdadeiro
desafio, que tem encontrado grandes dificuldades para o cumprimento de suas
funções principais:
a) dimensão econômica: fomentar a capacidade plena do indivíduo para o exercício
profissional em termos práticos e operacionais com vistas à qualidade do
trabalho e dos produtos e da cidadania; e,
b) dimensão humana: formar a consciência crítica, aberta e flexível dos indivíduos, das
comunidades e dos grupos sociais como um todo, de maneira a favorecer aos
processos, meios e resultados para a melhoria real da qualidade da vida humana
em sociedade.
O drama reside no fato de
que, a absoluta maioria dos educadores está muito preocupada em cumprir a
primeira parte: a da sobrevivência, dos fins, dos resultados e que, nem isto
conseguido realizar de forma eficiente.
E também, por um conjunto de razões, não tem conseguido dar o segundo passo: o
da transcendência, do processo, da educação permanente, capaz de associar a
formação do excelente profissional, à do excelente cidadão. Ao contrário, a
busca incessante de instrumentos e mecanismos técnicos para uma produtividade
funcional e de resultados, não deixa sobrar espaços para o lado talvez
essencial da educação: o de facilitar a formação das consciências livres e
necessárias para a construção de uma outra realidade melhor que a nossa; daí o
caos.
O dilema atual requer de
todos uma visão conjunta, não podendo mais ser tratados separadamente processos
e resultados. E a educação, como elemento principal na atividade do ensinar e
do aprender, é, de fato, o ponto central de onde se inicia todo este estado de
coisas e que precisa associar a qualidade política à qualidade formal,
concretizando ambas de forma coerente.
Para mudar é preciso antes
uma nova tomada de consciência do educador. Que ele se veja com olhos críticos,
enxergando dicotomias e defasagens; assumindo as falhas e omissões que têm
gerido não só o fracasso educacional, bem como o das instituições, da política,
da economia, enfim, de toda uma realidade crucial de um mundo em crise.
Na verdade, nossas escolas
ensinam para a prova, para a nota e nós, educadores, só queremos ter a certeza
de que o aluno sabe, mas exercendo uma avaliação burocrática, fiscalizadora e
punitiva, que em sua essência, está muito mais preocupada em detectar o que ele
não sabe, de puni-lo, de rechaçá-lo. Associando a isto uma metodologia
adestrante e conteúdos frios, prontos, e, na maioria das vezes, sem a menor
expressão vivencial.
O presente projeto pretende
dar algum respaldo técnico-metodológico aos esforços que as autoridades
educacionais têm feito, notadamente, no teor normativo e concepções
pedagógicas, com vistas a mudanças substanciais e melhorias concretas dos
processos e dos resultados educativos e em consonância com as exigências
atuais.
Os empenhos para a melhoria
da educação requerem uma nova abordagem de seus executores. Faz-se necessária a
unificação de princípios, de filosofias, de métodos, técnicas de trabalho e
objetivos a atingir, atuando, por fim, através de paradigmas mais inteiros e
mais coerentes.
Partindo de uma pesquisa
fenomenológica, ao nível de estudo de caso, tendo como ponto de referência toda
a realidade de uma escola do Distrito Federal, levantando o respectivo
diagnóstico, é que fundamentamos todas as proposições pedagógicas que dão corpo
às propostas que compõem o presente trabalho de intervenção educacional.
Realizando uma análise
comparativa do que a escola tem efetivamente feito e no que ela poderia
aperfeiçoar o seu cotidiano, tendo em vista cumprir os programas orientados
para a modernização do fazer pedagógico, é que tentamos sintetizar propostas de
uma ação educativa realmente necessária frente à complexidade de nossos dias e
que ora apresentamos como sugestão a ser operacionalizada.
Acreditamos que os
levantamentos associados ao perfil do educador e dos anseios, interesses,
facilidades e dificuldades de aprendizagem dos alunos, possibilitarão uma
percepção mais aguçada da realidade da escola como um todo, facilitando a
escolha e a apresentação de propostas (ou paradigmas) mais assertivas para o
trabalho pedagógico em sua dimensão mais ampla.
O momento brasileiro
(mundial) é muito grave, o que requer novas e urgentes medidas. O colapso das
instituições não permitirá a continuação da vida na Terra se tudo continuar
como está. Os caminhos são muitos, as alternativas variadas, o grande mal é na
verdade a inércia, a omissão, o vazio de novas idéias, a inexistência de
ideologias precisas, de enfrentamento de ideais utópicos, de vontade e
consciência política para se adotar o novo.
E em educação, o que poderia
redundar na qualidade urgente e necessária?
Talvez, priorizar o estado
de consciência do educador e a abertura de perspectivas para uma ação mais
dinâmica e equilibrada, possam constituir um dos caminhos mais curtos para a
retomada do seu valor, da sua utilidade plena. A educação precisa de um urgente
sopro de vida, de mudar, de instaurar o novo, de se refazer inteira: enfim,
precisamos todos de uma verdadeira “revolução cultural” para que não se
instalem outras: da fome, da miséria, de existência indigna de todos os
cidadãos, da vidência, do caos.O presente
trabalho tem como fundamento especial a tentativa de se contextualizar e
implementar um Novo Paradigma da Educação
mais adequado à realidade atual dos educandos e suas perspectivas futuras, a
partir dos seguintes princípios norteados:
a) educação como processo
contínuo situado na necessidade de se aprender para viver melhor;
b) ação dinâmica e
sistematicamente integrada entre currículos, programas, métodos de trabalho,
formas de avaliação e projetos especiais;
c) processo interativo entre as
concepções filosóficas, ideológicas, políticas, ecológicas, sociológicas,
psicológicas e didáticas com vistas a facilitar a perspectiva de transformação
necessária, através do ato educativo;
d) concepção intersubjetiva do
processo ensino-aprendizagem e consideração dos seus aspectos evolutivos em
termos qualitativos e quantitativos.
A partir destes pressupostos,
devidamente associados à nossa experiência docente e concepções
teórico-práticas em relação às questões administrativas de instituições e
programas educacionais, é que realizamos uma pesquisa fenomenológica de uma
unidade escolar definida, para um diagnóstico que possibilitou-nos alinhavar
uma série de proposições como fruto de avaliação dos processos do trabalho
pedagógico do estabelecimento, e com o objetivo de reorientar a sua prática.
Buscando assim, fundamentar uma nova abordagem direcionada às necessidades e
interesses didático-pedagógicos e psicossociais da realidade de hoje/futuro, a
cerca do trabalho escolar em demais instituições congêneres.
4. O Porque do Projeto: Metas Previamente Estabelecidas:
Tendo em vista todo um conjunto de insucessos e desgastes funcionais, organizativos e pedagógicos da escola brasileira, o que, ao nosso ver, advêm inclusive de uma abordagem demasiadamente fechada, que, de uma certa maneira orienta e define os programas e processos gerais da educação. Enquanto isso, as necessidades da sociedade suplicam por uma nova proposta que possa contemplar de forma mais rica, flexível e assertiva os pressupostos de uma concepção sistêmica, globalista, aberta e proporcional para se tentar libertar as mentes do teor fragmentário, mecânico e reducionista de modelos já ultrapassados de educação. Concepções em planejamento e instrumentos organizacionais; coleta dos dados que possam subsidiar a orientação técnico-metodológica de uma nova ação pedagógica é, na verdade, o que define a presente proposta de trabalho.
A educação, a escola que
temos; seus métodos, processos e técnicas não têm sido suficientes para
concretizar a ação educativa que o mundo requer e pela qual a humanidade suplica.
Nossas escolas perderam o rumo e o contexto. São contraditórias, punitivas, e,
com raríssimas exceções, deturpadoras de mentes e orientadoras de destinos não
desejáveis para as sociedades “supostamente por elas educadas”.
Entendendo que as interfaces
com as questões das múltiplas crises e dificuldades porque passa a sociedade
brasileira neste marcante início de século é também a resposta de um ensino
deficitário que influencia destinos, limita percepções e desesperança a
verdadeira transformação, é que estamos apresentando a metodologia desta nova
abordagem.
Este é um trabalho de
reflexão-ação-reação que se propõe a acordar o educador para a gritante
realidade deste conflito. Tenta mostrar um caminho de luz para resgatar a
educação como um dos propósitos de amor à vida. É um chamamento à
responsabilidade; à consciência, à necessidade de se transformar a educação,
favorecendo, assim ao alcance de uma outra qualidade de vida.
O alcance das melhoras
esperadas apenas se fará possível com outras consciências. E, a escola que aí
está, já deu-nos mais do que suficientes provas de sua impossibilidade de
adotar o novo, de interagir numa ação pedagógica que facilite o vôo da mente
humana liberta para a busca das soluções possíveis frente ao grande caos que
circunda o mundo e que suplica por outras concepções, compromissos; uma outra
educação que melhor qualifique as pessoas.
5. Medologia:Partindo da
concepção que fundamenta os Novos
Paradigmas da Educação e dos pressupostos que norteiam a ação do presente
projeto, a sua operacionalização dar-se á em etapas distintas que compõem o seu
programa geral, a saber:
5.1 - Construção
Psicossocial do Conhecimento: ação pedagógica gradativa e dinâmica,
contextualizando os conteúdos e programas necessários ao pleno andamento dos
objetivos e metas do trabalho; o que será feito através de:
·
Pesquisa e Diagnóstico – para identificação dos
aspectos e fatores a serem trabalhados nos universos psicopedagógicos,
individuais e sociais na realização do programa educativo.
·
Conteúdos e Programas – que compõem as
especificidades educativas do trabalho no cômputo do o que assinar durante todas as suas atividades, no tocante ao corpo
curricular das matérias e das atividades extracurriculares.
·
Métodos e Técnicas de
Trabalho –
como trabalhar educacionalmente dentro do enfoque desejado, personalizando as
atividades de ensino e atendendo aos pressupostos da aprendizagem, de acordo
com os princípios político-pedagógicos do ato educativo proposto.
·
Avaliação do Ensino e da
Aprendizagem
– analisar e corrigir falhas e defasagens, procedendo as devidas correções e
ajustes, ampliando a dimensão qualitativa do trabalho a partir de seus
pressupostos de promoção humana através da educação.
·
Projetos Especiais – para o atendimento das
áreas complementares e cumprir as perspectivas de continuidade do projeto em
segmentos mais amplos, considerando a abrangência da visão e dos processos a
serem desencadeados e objetivos a atingir.
5.2 - Gestão Administrativa,
Didática e Pedagógica:
Será imprescindível a coerência entre teoria, prática, gestão e processos de orientação técnica, educacional e burocrática. Ou seja, o processo de gestão dos estabelecimentos deverá acontecer com base nos mesmos princípios em que ocorre o ato educativo propriamente dito ou seja: negociação e construção conjunta de toda a ação gerencial com base na promoção humana, na flexibilidade no acato permanente de todas as idéias, contribuições e iniciativas. A escola deverá ser administrada num processo real de co-gestão e com cunho essencialmente didático e pedagógico em todos os aspectos: administra-se educação; fazendo educação.
Será imprescindível a coerência entre teoria, prática, gestão e processos de orientação técnica, educacional e burocrática. Ou seja, o processo de gestão dos estabelecimentos deverá acontecer com base nos mesmos princípios em que ocorre o ato educativo propriamente dito ou seja: negociação e construção conjunta de toda a ação gerencial com base na promoção humana, na flexibilidade no acato permanente de todas as idéias, contribuições e iniciativas. A escola deverá ser administrada num processo real de co-gestão e com cunho essencialmente didático e pedagógico em todos os aspectos: administra-se educação; fazendo educação.
6 - Objetivos e Pressupostos:
·
Gerir
processos educativos de excelente qualidade, considerando os aspectos formais,
informais, técnicos, sociais, psicológicos, políticos e humanos da educação
realizada, buscando a construção de uma sociedade e de uma vida melhores em
todos os seus aspectos.
·
Desenvolver permanentemente o potencial humano, adequar condições,
planejar e executar atividades educativas formais e informais compatíveis com
as grandes metas do projeto educativo aqui proposto: formar indivíduos e uma
sociedade eficientes e eficazes para a sustentação do desenvolvimento, da
harmonia, da paz e da felicidade humana em sentido mais amplo possível.
·
Reconduzir o plano global de ação da escola, do ensino e da educação
com vistas a superar e corrigir suas falhas e distorções historicamente
acumuladas; adequado a educação, seus métodos e técnicas aos regimes e
exigências desencadeadas pela nova ordem mundial (humana, social, cultural,
ética, política, tecnológica, ecológica, econômica e produtiva) desencadeada
com o advento do terceiro milênio.
O presente trabalho tem por base concepções, princípios e métodos
próprios e específicos, envolvendo inclusive terminologias oriundas de outras
abordagens e teorias educacionais e científicas. Daí a necessidade de uma
prévia orientação técnico-metodológica e com efeito multiplicador, para toda a
equipe envolvida na execução do trabalho.
Esta orientação,
acompanhamento ou assessoria poderá acontecer através de seminários, workshops, orientação metodológica da
pesquisa, oficinas, cursos, relatórios e feedbacks
contínuos, dentre outras. Constitui, portanto um fator indispensável a
preparação técnica, metodológica e social da equipe de educadores, levando-a a
perceber profundamente todos os aspectos intermitentes na realização do ato
educativo e seus fenômenos não-perceptíveis.
Serão feitas profundas
discussões e debates, desencadeando a pluralidade de idéias, desenvolvendo a
consciência crítica e os fundamentos sociopolíticos do acontecer educativo. E,
quebrar definitivamente a ingenuidade ideológica do educador é ponto de
definitiva e singular importância, sem o quê, a implantação deste projeto não
poderá contar com perspectiva de sucesso.
A especificidade do trabalho
impede a fundamentação por escrito de toda a sua complexidade
teórico-metodológica, o que apenas poderá ser feito, a partir da ação prática a
de sucessivas trocas de experiências. Isto, naturalmente, passará a ocorrer
durante a operacionalização do programa, e, apenas poderá ser feito num
processo de efetiva co-produção com a equipe de trabalho. Assim, cumprindo os
seus pressupostos para a ação educacional a que se destina, o presente projeto
apenas poderá ser implantado a partir das seguintes diretrizes fundamentais e
indispensáveis para o cumprimento do seu diferencial.
1.
Supressão total de títulos (diretor, diretora, senhor, senhora,
professor, professora, tio, tia, etc.) todos se tratam, respeitosamente, por
você e pelo próprio nome.
2.
Relaxamento, alongamento, reflexões e meditação diárias; escola lúdica,
motivadora, interessante e com atividades diferenciadas.
3.
Flexibilização gradual do uniforme para apenas camiseta, bóton ou
crachá.
4.
Aulas como laboratório de vida: assuntos de interesse e métodos
personalizados, com jogos, brincadeiras, ação dinâmica e contextualização das
atividades.
5.
Avaliação como processo de promoção humana, para análise e correção de
falhas tanto de educadores como de educandos e com ênfase nos acertos.
Exercício da avaliação da educação como ação política e transformadora da
consciência dos educadores, dos educandos e da comunidade. Avaliar para
promover, e não, para punir.
6.
Gestão político-pedagógica harmoniosa, aberta, participativa tendo como
teor de sustentação a promoção humana em todos os seus sentidos e aspectos.
7.
Educação como um processo crítico de participação lúdica e permanente,
em todos os seus aspectos, critérios e fatores (principalmente em relação aos
educandos).
8.
Escola continuamente aberta à participação da comunidade que quer se
desenvolver. Um espaço permanente de ação comunitária e de desenvolvimento
social.
9.
Consciência critica e desenvolvimento permanente do potencial humano
dos educadores, principalmente nos sentidos ético, político e ideológico, por
meio de eventos diversos com tais finalidades.
10. Liberdade de pensamentos e
ação; promoção humana, afetividade plena, como elementos diferenciadores da
prática concreta no cotidiano da escola com base na aceitação e na pluralidade
de idéias.
11. Presença do fator
ludicidade: música, arte, dança, movimento, ritmo, beleza e sensibilidade em
toda a dimensão do ato educativo exercido, como fator de interdisciplinaridade/
transdisciplinaridade.
12. Motivação, vontade política
e consciência crítica dos educadores sobre os processos que desencadeiam os
resultados que desejam e os que realmente atingem, numa ação permanente de feedback e evolução dos esquemas gerais
de trabalho.
7 . Parte Prática do Trabalho:
É a consistência prática do projeto, ou o diferencial
que ele deverá operar no cotidiano da escola, adotando, para tal as posturas
educativas orientadas pelo Novo Paradigma Sistêmico-Contingencial da Educação,
abandonando gradativamente um fazer pedagógico embasado no Antigo e Superado
Padrão Cartesiano de Educação: fragmentário, frio, ideologicamente comprometido
com as elites e com a concepção pequeno-burguesa de sociedade. Inumano e
altamente nocivo à constituição dos valores necessários à superação das crises
e sofrimentos do mundo, sendo, portanto, um extremo dificultador da felicidade
humana. Conduzindo, por fim, técnicas doces, amenas, amorosas, eticamente
responsáveis pelas transformações mundiais absolutamente necessárias e inadiáveis.
Frente a toda esta definição teórica, o que de fato acontece? O que melhorar na
ação escolar, e, principalmente na evolução dos alunos e no desenvolvimento
permanente dos educadores?
Particularmente,
estou convencido de que, consciente ou inconscientemente não se quer resolver
os problemas da educação e da escola, embora as soluções já existam e que,
especialmente, são inúmeras e acumuladas. Os educadores ainda não conseguiram,
por razões históricas, a entender e cuidar do câncer absoluto da educação e da
escola que é a questão ideológica. Em
síntese, o papel da escola e da educação
formal, não é, em absoluto, o de qualificar, educar ou orientar as pessoas
para a vida e a cidadania. Mas pelo contrário, seu fim precípuo é o de
“emburrecê-las”, facilitando assim as formas de exploração e do uso dos humanos
por seres humanos, o que o faz com a maior eficiência por meio dos recursos de
que se utiliza, dos discursos que faz, dos conteúdos que ensina e das formas
manipuladoras de manipulação do famigerado “status
quo” que garante a permanência dos privilégios escusos para muitos poucos,
por meio, é lógico, da exploração contínua, da fome, da miséria e da profunda
necessidade para muitos, para quase todos, daí os grandes problemas, as crises,
as dores e sofrimentos que perpetuam em toda a sociedade humana, não apesar da
educação e da escola, mas até por meio delas e por elas. Neste item,
apresentamos as referências sobre o que e como fazer; definindo e propondo
áreas e metodologias de ação. E, como propostas elas deverão ser analisadas,
ampliadas, adaptadas e corrigidas por seus executores.
7.1 - Pesquisa e Diagnóstico: Para atuar no contexto a que
nos propomos a escola deverá conhecer e considerar as verdades individuais. O
que apenas será possível se elas forem buscadas, catalogadas e reconhecidas;
daí a importância da pesquisa, da coleta de dados e do diagnóstico global dos
dados inerentes aos históricos vivenciais dos educadores e educandos.
Trabalharemos
com coleta e sistematização dos dados que identificam e catalogam os fenômenos
que interessam e/ou interferem direta ou indiretamente nos processos de
trabalho educativo, com a utilização dos instrumentos de pesquisa em anexo, e,
que culminarão com as planilhas de ação devidamente contextualizadas aos
pressupostos gerais, objetivos, processos e metas do projeto.
Em
educação não se parte nunca do zero. Primeiro porque a pessoa do educando é
reflexo da sociedade em que vive e traz portanto, em si mesma, uma série de
preconceitos, no sentido etimológico do termo, e de posições éticas, de que é
impossível se despir. Depois, porque quando chegaram à idade escolar os
próprios educandos já estão de tal maneira predeterminados genética, política,
ética, psicológica, religiosa, cultural e até socialmente, pela família e pelo
meio em que cresceram desde a mais tenra idade, que longe de constituírem tabula
rasa, trazem séries de traços indeléveis, que o educador precisa conhecer e
levar em conta, se quiser fazer um trabalho minimamente realista, assegurando,
assim, algum resultado positivo, com alguma perspectiva de sucesso.
Assim, os instrumentos de
pesquisa a serem utilizados são:
1.
Cadastro de Identificação
Psicossocial do Educando.
2.
Revelador dos Índices
Cerebrais de Aprendizagem.
3.
Quadro Revelador dos Níveis
de Inteligência.
4.
Estudo Básico do Sociograma
Familiar.
5.
Quadro Básico de
Personalização das Turmas.
6.
Quadro Conceitual do
Diagnóstico dos Alunos.
7.
Planos de Ação
Didático-Pedagógica I e II.
8.
Pressupostos para o
Relatório Final.
(Obs.: Tais instrumentos figuram
como anexos na parte final do presente documento).
Segue-se, então o seguinte
diagnóstico
1.
Identificação Psicossocial: nível socioeconômico;
satisfação com a escola, dificuldades, facilidades, desejos e expectativas de
todos os agentes em relação ao trabalho educacional como um todo.
2.
Índices Cerebrais de
Aprendizagem:
estruturas cerebrais para a aprendizagem, no tocante aos aspectos
lógico-cognitivo, sentimental-afetivo e motor-operacional, conforme explicações
posteriores.
3.
Níveis de Inteligência: relativos à formação da
personalidade e às inteligências múltiplas, a saber: comunicação, retenção,
pesquisa, epistemologia; sobrevivência, profissionalização, planejamento,
administração, afetividade, criatividade, alfa; estética e mística; que compõem
o universo personalístico do ser humano e que irão dificultar ou facilitar as
aprendizagens.
4.
Estudo Básico do Sociograma
Familiar:
refere-se às relações afetivas na primeira infância, determinando os aspectos
gerais da personalidade, das sinápses nervosas e do posicionamento do indivíduo
nos subgrupos espontâneos que são: a) oficial: posição de comando de liderança,
b) natural: crítica, questionamento, reivindicação e c) oscilante: maioria
passiva, oprimida que aceita tudo sem revidar. Características estas que são
herdadas das características da relação familiar de cada pessoa.
5.
Catalogação de Todo o
Conjunto dos Dados: em relação aos indivíduos e as turmas, planificando assim, as bases
conceituais lógicas, teóricas, psicológicas, didáticas e científicas a serem
adotadas no plano de ação da escola.
A
concepção fenomenológica da pesquisa tem por base os seguintes fatores e
segmentos principais, que julgamos indispensáveis para se operar o diferencial
educativo que ora propormos. Definindo melhor cada um deles, temos:
1.
Identificação Psicossocial
do Educando:
características socioeconômicas, tendências, condições e desejos individuais
que devem figurar na personalização dos métodos e processos educativos a
desencadear, quais sejam: condições de vida, classes sociais, dificuldades e
facilidades, ritmos e estilos, desejos, sonhos e demais especificidades
importantes que se integram ao universo educativo da pessoa, dos grupos e
turmas de educandos.
2.
Índices Cerebrais de
Aprendizagem:
uma coletânea das tendências e concepções psicológicas e mentais da educação,
incluindo: Paul McLean, Luria, Wallon e Piaget, identificando os aspectos de
cognição, afetivos e motores que precisam ser globalmente desenvolvidos em cada
pessoa, buscando equilibrar e contextualizar a personalização dos métodos
educativos aplicados.
3.
Níveis de Inteligência: identificação dos índices
que compõem as chamadas “inteligências múltiplas” que compõem a complexidade
personalística de cada pessoa, considerando as especificidades do
desenvolvimento de cada um dos níveis estudados, quais sejam:
a)
no cognitivo: comunicação, retenção, pesquisa e epistemologia;
b)
no afetivo: afetividade, criatividade, alfa e estética-e-mística;
c)
no motor-operacional: sobrevivência, profissionalização, planejamento e
administração.
4.
Siciograma Familiar: identificar todas as
conseqüências sociopsicológicas das imposições sofridas e das benesses
ocorridas no jogo familiar na primeira infância da pessoa. Entendemos que os
aspectos relacionais com as figuras masculinas e femininas, os mitos, os
processos de poder, a posição no grupo familiar e as heranças obtidas nos
primeiros anos de vida constituem-se em poderosas interferências para toda a
vida e que precisam ser extremamente bem diagnosticadas e consideradas na ação
educativa, se, de fato, quisermos proceder um trabalho de real qualidade e com
alguma garantia de bons resultados.
(Obs.: Maiores especificações
teóricas e práticas serão feitas oportunamente durante o processo de
capacitação das pessoas para a operacionalização do projeto).
7.2 - Conteúdos e Programas:
7.2 - Conteúdos e Programas:
Chega de cultura inútil, de
ensinar um nada que nega a cidadania e anula a consciência. Nossas escolas
devem trabalhar com sabedorias vivas, abrir referenciais, constituir novas
visões. Em síntese, desnudarem o saber necessário para uma vida digna, melhor e
mais feliz. Em síntese, entermediar transdisciplinarmente, dentro do que já
ensina e faz e que se dissimula no saber fragmentário das disciplinas e
programas do currículo, os fatores e questões que possibilitem a quem aprende
um viver mais intenso e repleto de felicidade. No inquérito realizado sobre o
que ensinar aos alunos, no sentido de se atender aos pressupostos e fundamentos
teórico-práticos do projeto, entendemos que deverão ser trabalhados os
conhecimentos que congreguem a ação do saber para a vivência individual e
social, dos seguintes subsistemas integrados e harmônicos:
S01 – Família, relações e moradia, vida gregária,
parentesco.
S0S2 - Saúde pessoal e pública, bem-estar completo
indivíduo/sociedade.
S03 – Alimentação e vestuário, manutenção básica e complementar.
S04 – Afetividade, associação, relações humanas e sexualidade.
S05 – Lazer, diversão, alegria, prazer,
ludicidade, contemplação.
S06 – Comunicação e transporte, livre expressão,
direito de ir e vir.
S07 – Educação, auto-promoção, crescimento, aprendizagem, cultura.
S08 – Receita, despesa, inflação, gastos, custos,
salários, economia.
S09 – Trabalho e classes sociais, emprego,
ocupação, realização.
S10 – Religião e superação de mitos, crença, cultos,
vivência espiritual.
S11 – Segurança e luta social, prevenção e garantia de vida.
S12 – Política, bem comunitário, administração,
ética, ecologia.
S13 – Justiça, moral, direitos, cidadania,
legalidade, legitimidade.
S14 – Auto-valorização, respeito, status, imagem, importância.
Assim,
os conteúdos formais das matérias e disciplinas deverão ser marcados, dentre,
outros, dos seguintes elementos que aqui sugerimos como referencial básico para
esta integração:
S01
– Educação para a integração
homem/mulher. Escola de Pais. Carreira de pai e mãe. Vida familiar. Divórcio,
novos tipos de parentesco. Hétero e autocondução na família. Sociograma
familiar.
S02
– Auto-imagem fisio-bio-psíquica.
Higiene, e saúde. Medicina natural. Previdência Social. Esperança (duração) de
vida. Desdramatização da morte e da velhice (sem mistério, sem medo e com o
mínimo de sofrimento: morte como ciclo natural). Educação da sexualidade.
S03
– Nutrição, desalienação e adequação da nutrição,
culinária, vestuário, consumo. Formação toxicológica. Alimentação natural e
orgânica. Educação alimentar, controle de peso, manutenção pessoal.
S04
– Vida afetiva, relacionamento grupal.
Cooperativismo. Sindicalismo. Parceiros sociais e adversários sociais.
Sexualidade, alteridade e combate a preconceitos. DST/AIDS. Espírito de
solidariedade. Ecologia profunda.
S05
– Desfrute da vida. Educação do físico.
Estética, beleza, elegância, bem-estar e alegria. Curtição do corpo. Jogos.
Folclore e artes locais, regionais, nacionais e mundiais.
S06
– Ensino da matemática “social”.
Comunicação verbal, não-verbal e factual. Desdobramento da comunicação de massa
e da propaganda. Leitura dinâmica. Informática. Dinâmica de grupo. Educação a
distância. Auto-escola. Educação para o trânsito.
S07
– Currículos e programas da vida, da
comunidade, das profissões e não apenas das ciências. Fluxograma evolutivo da
personalidade. Formação para a autocondução através de metas próprias para a
vida. Utilização de calculadoras, TV, computadores. Educação
profissionalizante, integração escola/empresa/comunidade. Exercício
disciplinado da mente e seus e seus processos lógicos, criativos e
operacionais. Hábitos de leitura, documentação, e pesquisa. Histórico escolar
da educação infantil, do ensino fundamental, médio e superior (conforme o
caso).
S08
– Técnicas bancárias, e comerciais.
Negócios, acumulação de bens. Bem-comum, impostos, inflação, drenagem da renda.
Capitalismo. Socialismo. Educação anti-corrupção, anti-espoliação, anti-pobreza.
Auto-provimento. Seguros e Previdência. Economia proporcionalista. Novos
Paradigmas da economia. A questão da mais-valia. Capital Trabalho.
S09
– Currículos e calendários
regionalizados e conforme as estações. Oportunidades profissionais. Empresário,
operário e sindicato. Teste anual de gostos e aptidões. Educação para o
trabalho. Tipos de empresas. Educação artística.
Artesanato. Tecnologia da vida doméstica, industrial, dos serviços ( do quarto
setor).
S10
– Conhecimento de religiões. Técnicas
para sair de si e ligar-se aos diversos níveis de realidade (alfa-místico,
etc.). Técnicas de energização. Formação de valores morais e sociais para
controle do capitalismo e jogos destrutivos da vida, da sociedade e da
natureza. Evolução e emancipação religiosa e espiritual. Concepção agnóstica.
Religiosidade e espiritualidade.
S11
– Defesa pessoal. Auto-afirmação.
Hábitos de disciplina pessoal e grupal. Educação anti-violência. Prevenção de
acidentes. Treinamento para emergências. A violência nos 3 subgrupos
(incêndios, desastres) e defesa civil. O que é revolução, guerra. O que é
repressão. Relação consenso/conflito.
S12
– Geografia e história a partir da
comunidade. Educação comunitária. Educação política democrática, anti-ditadura.
A organização social, teocrática, a capitalista, a socialista, e a que o Brasil
precisa. Conscientização crítica dos três subgrupos. Partidos. Introdução à
burocracia. Civismo. Liderança, participação nas organizações estudantis,
educação ambiental e ecologia e na co-gestão escolar. Educação com sentido
político.
S13
– Documentação. Participação na feitura
das normas. Direitos e deveres legais e morais dos cidadões dos três subgrupos.
Introdução ao feedback sistemático dos três subgrupos e vigilância
inter-grupos. Capacidade e honestidade em auto e hétero avaliação. Avaliação
dos processos mentais e do desenvolvimento da personalidade.
S14
– Primazia da cultura nacional
(deseuropeização, desamericanização e desianquização da cultura). Educação
estética. Auto-estética (qualidades e aprumo pessoais). Estilo de vida,
etiqueta, protocolo. Celebração pedagógica e crítica do calendário civil,
religioso, cultural, da região, do país e do planeta. “Status quo”, mitos,
bem-estar, apresentação, imagens.
Deverá existir, antes da sondagem
ou mensuração, um nível explícito preestabelecido por um conjunto de
pré-requisitos, correspondente a cada idade ou a cada série ou a cada semestre.
Segundo o resultado, traça-se o plano e a estratégia complementares, para os
processos mentais ou a personalidade de cada educando. Isso requer planejamento
integrado de áreas e disciplinas, por que cada uma contempla diferentemente uma
modalidade de processo mental.
O diagnóstico que se obtém
comparando-se os dados do currículo da escola e do “currículo ideal” do
educando (contando com os dados da experiência de cada um), como é feito
participativamente, será marcado por tendências de cada subgrupo. Deve-se
buscar alguma forma de acordo. Caso contrário o planejamento estará sujeito ao
unilateralismo subgrupal.
Além do diagnóstico da
escola, os professores deverão estar continuamente fazendo sondagens,
avaliações, diagnósticos dos educandos, que podem ser feitos pelos processos
mentais básicos, pelo currículo escolar ou pelo currículo familiar ou social
aqui descrito.
A perspectiva central do
trabalho será a busca permanente da transdisciplinaridade (integração interna e
externa) entre as matérias, os conteúdos, áreas de estudos e as atividades
gerais desencadeadas.
7.3 - Técnicas de Trabalho:
7.3 - Técnicas de Trabalho:
O como ensinar é ponto de
fundamental importância na ordem das coisas. A ação política, os processos de
poder implícitos no jogo pedagógico, se não forem conscientes e bem
trabalhados, podem colocar por terra toda a dimensão educativa da proposta que
se pretende operacionalizar. É fundamental este conhecimento, subsidiando assim
uma prática diferente.
Culminando com o espírito de
diversificação, motivação e bem-estar para uma aprendizagem qualitativa e
quantitativamente rica e válida, os métodos de trabalho se embasarão nos planos
do dia, que favorecerão ao exercício de lideranças, ao atendimento das
diferenças individuais e aos propósitos políticos do ato de se educar as
pessoas.
Os métodos e técnicas terão
ainda como bases práticas e filosóficas, dentre outros, os seguintes princípios
norteadores:
·
Diversificação de atividades, quebra de rotina com enfoque diário no
elemento surpresa.
·
Indução e dedução simultâneas com trocas de idéias, exploração e
fundamentações diversificadas.
·
Argumentações concomitantes: todos argumentam indistintamente.
·
Criação e sistematização de novos conhecimentos.
·
Conclusões diárias: de aprendizagem e de operacionalização. O que fazer
com o conhecimento apreendido?
·
Uso do corpo, do movimento, do alongamento, da respiração e do
relaxamento como instrumentos motivadores e constantes.
·
Psicodramas, mostras, pesquisas e atividades práticas de maneira geral.
·
Uso intermitente do diálogo, da
troca e da pluralidade de idéias, buscando a interação ética, crítica e
política da educação realizada.
É parte fundamental do projeto
todo um conjunto de cuidados relativos às técnicas e aos métodos adotados na
execução pedagógica do programa, incluindo:
·
o tratamento ideológico,
psicossocial e psicossexual na relação professor/aluno/ técnicos/dirigentes/servidores/comunidade;
·
os processos de poder intrínsecos
à ação pedagógica: autoritarismo, hierarquias, liberdade, diálogo, respeito,
mitos e suas intercorrências nos sentidos ético, cultural, político e
ideológico de tais fenômenos;
·
a qualidade formal, técnica,
ambiental e funcional do ambiente e das instalações: cores, sons, privacidade,
arejamento, iluminação, silêncio, espaço, bem-estar, motivação, outros;
·
relação, comportamento, trocas,
amizades, companheirismo, grupos, suas dinâmicas, técnicas e todos os demais
aspectos intercorrentes à questão metodológica. O professor deverá reaprender
para trabalhar com todos estes instrumentos, operando-se assim o processo
educativo em sua complexidade.
(A
SER ADAPTADO/CONTINUAMENTE)
1. Chegada: Os alunos são acolhidos pelo Professor e Aluno Recepcionista. Líder:
Aluno Recepcionista.
1.1. Atividades de integração:
Grupos informais, recreação, ginástica, dança, etc.
1.2. Entrada para a sala de
trabalhos: Prontidão, liberdade, canto, música, etc.
2. Na Sala de Trabalhos:
2.1. Ambientação: (Sentados em círculos ou no chão):
a.
Relato de experiências: acontecimentos familiares, passeios, visitas,
notícias de casa, sonhos, etc.
b.
Introdução ao Tema do Dia: aproveitar as idéias do grupo.
2.2. Organização Didática das Atividades:
2.2.1.
Atividades Cognitivas:
a. Apresentação do Tema do Dia:
conceito, descrição, motivação.
b. Informações sobre o Tema:
pelo professor, a partir dos alunos.
Exploração-observação-comparação-classificação-contagem-medida,
etc.
c. Vocábulos novos, linguagem
verbal.
2.2.2.
Atividades Afetivas:
a. Sugestão de atividades
criativas: artísticas (pintura, colagem, recortes, dramatização, mímica) e
motoras (exercício físicos).
b. Escolha das atividades pelo
grupo (votação ou livre escolha).
2.2.3.
Atividades Operacionais:
a. Planejamento das atividades
escolhidas: (pelos alunos)
O que: explicação da atividade
Onde: local da atividade
Quem: o aluno ou grupo de alunos
Com que: material usado (preparado
anteriormente pelo professor e pelos alunos).
b. Distribuição das lideranças:
Líder do Grupo (Animador): auxiliar do
professor na condução do grupo.
Responsável pelo material
(das atividades do grupo)
Dono do Lanche (escolhe o
local, prepara o material)
Cronometrista ou Dono do
Tempo (registro e controle o uso do tempo).
Enfermeiro do Dia (cuida do
material para primeiros socorros)
Outras lideranças (sugeridas pelos alunos,
requeridas pelas necessidades).
c. Execução das Atividades.
d. O repouso após o lanche e
hábitos de higiene.
e. Avaliação do Dia:
experiências, vivências, dificuldades, êxitos.
f. Organização da Sala pelo
Grupo (coleta do material utilizado).
g. Programação do Dia Seguinte:
– Escolha de alguns líderes:
Recepcionista do Dia
Cronometrista ou Dono do Tempo
Líder do Grupo, etc.
– Sugestões de atividades para
a casa.
– Pedido de material de casa
conforme o Tema do Dia seguinte.
2.2.4.
Encerramento do Dia (Preparação para a volta ao lar)
a. Reflexão sobre a realidade
fora da escola:
– Social, Política, Econômica,
Dinâmica Nacional, interdependência sobre o que foi apreendido.
b. Conclusões do dia:
– de aprendizagem (o que
aprendemos);
– de aplicação (o que vamos
fazer com o aprendido);
– coleta de aplicações;
– seleção e escolha.
c. Sugestões: Canto,
Relaxamento, Rito de Comunhão, etc. para a complementação/encerramento das
atividades.
Obs.: Este plano do dia foi pensado
para o trabalho com crianças, podendo ser sistematicamente adequado para ser
utilizado em outros níveis de ensino, para o que faremos os estudos e as
experimentações necessários dando ao professor os instrumentos necessários para
a sua efetiva utilização.
7.5 - Cuidados Especiais:
7.5 - Cuidados Especiais:
Buscando
cumprir integralmente todos as fases do projeto, o trabalho será realizado
considerando, ainda os seguintes cuidados de ação metodológica:
7.5.1 - Desenvolvimento Mental:
–
Para desenvolver o Cérebro
Lógico (racional): leituras, pesquisas, estudos dirigidos, resenhas, debates, aulas
expositivas, palestras, minicursos, discussão de temas científicos gerais.
–
Para desenvolver o Cérebro
Sensitivo (emocional): música, poesia, teatro, dança, relaxamento, desenho, pintura,
passeios, jogos lúdicos, folclóricos e artísticos, brincadeiras, anedotas,
reflexões, toques, relaxamentos, meditação, alongamentos corporais, filmes,
trabalhos com arte.
–
Para desenvolver o Cérebro
Prático (operacional): ação, movimento, jogos, lideranças, iniciativas, ações
comportamentais, esvaziamento de tensões, trabalho em grupo, exposições em
público, trabalho com ordem, disciplina, planejamento e organização de fatos,
idéias e ambientes, oficinas diversas.
7.5.2 - Desenvolvimento de Grupos e
Subgrupos:
–
Para desenvolver o lado
Oficial das pessoas: levar ao exercício de lideranças, motivar a ação de mandar, assumir
responsabilidades e coordenação. Comandar e chefiar, dar opiniões. Fazer
cumprir o exercício da vontade. Motivar a iniciativa e a realização de ações e
propostas. Decidir, operacionalizar as decisões, exercer comando com o devido
equilíbrio e respeito às pessoas.
–
Para desenvolver o lado
Natural das pessoas: ativar a crítica, a denúncia, o questionamento para a busca da
transformação. Desenvolver a capacidade de contestação, de renúncia. Discussão
e cabeça fria. Exercitar divergências. Saber ouvir e trabalhar com pluralidade
de idéias. Ter cabeça fria, saber negociar.
–
Para desenvolver o Oscilante
(maioria):
saber calar, ouvir, refletir e saber quando tomar decisões e quando participar
ou não. Reconhecer o próprio e o direto do outro. Ter consciência dos direitos
e obrigações. Desenvolver a visão ampla sobre os vários fatos e fenômenos com
os quais se trabalha. Tomar iniciativa, ter autonomia, falar, se expor, fazer
exigências.
–
Desenvolvimento Global de
Pessoa:
desenvolver o fator assertividade. Equilibrar emoções, consciência,
posicionamento político. Sensibilidade, postura, crescimento cultural,
adequação ao contexto pessoal. Definição de ideologia própria, defesa ética dos
próprios interesses. Sensibilidade, solidariedade, parceria, consciência.
Liderança, eficiência e visão de processo.
7.5.3 - O
Santuário Ecológico da Escola foi inicialmente previsto como a construção
de um barracão do tipo habitacional, bem simples, rústico, contendo: a) cozinha
ampla, devidamente arejada e com iluminação natural, entrada de sol, etc. fogão
de lenha, pia e demais instrumentos básicos para uma cozinha; b) espaço de
quarto nas mesmas características; c) banheiro simples, e; d) o maior espaço
que é uma sala grande, onde se possam realizar várias atividades complementares
tais como vivências, dinâmicas, discussões, debates, etc.
A casa será mobiliada ao longo de
cada ano letivo, com as crianças sendo responsáveis por isso. Trazendo móveis
descartados pela família ou comprados em brechós mais simples e mais baratos
possíveis. Reciclados, consertados e montados por próprias. O uso de material
descartável como vasilhas que as mães não querem mais, tábuas, latas,
plásticos, pets. pregos, arames, parafusos, etc. adotando a tônica máxima do
menor custo e do maior aproveitamento, reciclarem, limpeza será da maior
importância dentro de todo o esquema tático do trabalho. As crianças é que elaborariam os pequenos projetos
simplificados, discutiriam a estética, a funcionalidade, cores, decoração, layout, etc. Caixotes, caixas de
papelão, pedaços de madeiras, espelhos, objetos de decoração, etc. seriam complementos
de fundamental importância, devido ao espírito ecológico do trabalho e a
difusão dos ideais de simplicidade, amor, bondade, conjugação de esforços,
respeito, convivência, etc.. Decoração, flores, plantas, panos (tecidos
utilitários diversos), como: forros, toalhas, panos de chão, panos de prato,
etc., higiene, limpeza, tudo feito pelas crianças, mediante orientação,
acompanhamento e relatos feitos como objetivo complementar de aprendizagem de
liderança, vivência em grupo, negociação, tolerância, disciplina, empatia,
valores, organização, planejamento, senso estético, etc.
- A organização, a manutenção viva de
tudo sempre será feita por rodízios dos professores responsáveis por semanas,
podendo agregar pessoas externas à vida da escola, como parentes, amigos e
voluntários. Cada semana uma pessoa se responsabilizará pela manutenção do
santuário, incluindo motivações para visitas em finais de semana, guarda
noturna, manutenção, limpeza, tratamento do lixo, etc.
- O ponto alto do trabalho será a
existência de pequenos quintal, horta e jardim que serão cuidados, plantados e
mantidos pelos alunos em esquema de rodízio, com obrigações de participação
todos os dias em que serão definidos os planos de ação que melhor se adaptarem
ao processo: semanal, quinzenal, três dias, dez dias, etc. Iremos
experimentando, trocando a escala, o que também constitui um amplo processo de
aprendizagem, até encontrarmos uma que melhor se adéqüe ao sistema de trabalho
dos professores e das crianças. Poderão participar igualmente as famílias dos
alunos, quem desejar,etc. Podem ser feitos convites para que a comunidade não
ligada à escola também participe, tais como, alunos de outras escolas, grupos
de voluntários, terceira idade, desportistas, meninos de rua, clientela de
orfanatos, de entidades assistenciais diversas, constituindo, desta forma o
núcleo vivencial básico da escola.
- Será de primordial importância a
criação de animais domésticos como galinhas, galos, pintinhos, gatos,
cachorros, passarinhos, patos, gansos, marrecos, jabotis e outros congêneres,
cujas responsabilidades obedecerão ao mesmo esquema de rodízio no sentido de:
aquisição e armazenamento de ração, ervas, grãos e outros condimentos
alimentares, água, etc. Acompanhamento do ciclo de vida destes animais e o
cuidado com eles. No caso de doenças acompanhar o tratamento, inclusive em
clínicas veterinárias se for o caso, se responsabilizando todos os componentes
do turno naquele rodízio pelos convênios, despesas, gastos e custos. Promovendo,
anterior ou posteriormente, festas, sorteios, rifas para a manutenção de um
fundo de reserva para tais, fins. Acompanhar, quando for necessário, situações
de doença e morte dos animais. Montar em conjunto um sistema de enterro digno e
respeitável para os bichos, desenvolvendo senso de amor e responsabilidade por
todos os componentes da rede ecológica e da vida. Discutindo os ciclos, os
tratamentos, as expectativas, estudando os segmentos da vida e a
desdramatização da morte como um processo absolutamente natural. É importante
que exatamente tudo seja feito pelos alunos, com a orientação, coordenação e
controle de alguém da equipe técnico-pedagógica da escola.
Ainda no Santuário Ecológico serão
implantados os sub-projetos e programas específicos voltados para a questão da
ecologia, estudando, discutindo, relatando e fazendo feiras, exposições e
mostras sobre os efeitos da poluição, uso, controle e tratamento da água,
preservação da natureza, aquecimento global,
os conflitos na Amazônia, desmatamentos, camada da ozônio, galáxias,
desgelo polar, etc.
7.5.4 - Avaliação do Ensino e da Aprendizagem:Avaliação não pode ser um
instrumento de estagnação, punição e controle, mas um recurso para corrigir e
melhorar a ação de todos. Ajudar na superação de possíveis falhas dos atores
que fazem o fenômeno acontecer, melhorar, evoluir. Avaliar é para promover não
para controlar e punir a parte considerada mais fraca: o aluno. Buscando uma integração
permanente entre os vários e segmentos do projeto (conteúdos, métodos e
projetos especiais), a avaliação tanto do ensinar quanto do aprender terá como
base os seguintes princípios, além da ficha específica que apresentamos a
seguir:
·
O erro é pedagógico, e, como processo de aprendizado, será considerado
e validado nos processos finais de avaliação (quando se erra, evolui).
·
Assim, nos exercícios, deveres, redações, etc. serão marcados os
acertos (nunca os erros) sem uso da caneta ou lápis vermelho e sempre com
citações elogiosas e motivacionais em relação aos acertos.
·
Os processos e crescimentos serão considerados e valorados e não só os
acertos mensuráveis: avaliação no processo, valorizando o crescimento e os
vários processos (não só os resultados).
·
Resolução de exercícios, ações, pontualidade, postura, crescimento
cultural, iniciativas válidas terão o mesmo valor de provas e argüições e
flexibilizadas de forma intermitente e simultânea, de acordo com os critérios
do professor.
·
O crescimento pessoal prescinde de provas, testes e exercícios, sendo
todas as medidas flexibilizadas constantemente pelos grupos, também
considerando a auto-avaliação.
·
Ao contrário da avaliação punitiva e classificatória (dos mais fortes e
mais fracos) ela deverá ser promocional e motivadora dos processos de aprender,
de continuar e concluir os estudos. Será um instrumento para mediar correções,
falhas e defasagens, facilitando a melhoria permanente de todos os processos e
de ambas as partes (avaliação do professor, do aluno e do sistema total).
Ensino
e aprendizagem caminham juntos, são intercomplementares e não podem ser
avaliados separadamente. Se houver fracasso na aprendizagem é porque o ensino
foi falho, e, a avaliação, portanto, deve ser mensurada para ambas as partes,
buscando assim a correção e melhoraria de todos os processos.
Avaliar
aqui é uma forma de perceber e desenvolver o senso crítico tanto de educadores,
como de educados. É um processo eminentemente político; a serviço da educação e
não uma arma repressiva contra a fragilidade do aluno.
Para
facilitar a implementação prática da avaliação que propomos e em coerência com
os Pressupostos Gerais do Projeto, apresentamos o seguinte instrumento que
orientará e facilitará o esquema de avaliação. Trata-se de uma ficha (ou
referencial) que poderá facilitar a orientação do professor sobre o trabalho a
ser realizado e os objetivos a atingir. Norteia também os resultados
conseguidos por meio da manifestação dos alunos a cerca do trabalho realizado.
Educação só é educação num
plano transdisciplinar e permanente, ou seja; é preciso educar e re-educar tudo
e todos ao mesmo tempo. Família, sociedade, instituição, cultura, tudo
permanece em constante ebulição sempre e cada vez mais dinâmica. A educação não
pode ser apenas na escola mas em múltiplos sentidos. Sem isto é vazio,
enganação: uma mentira.
A escola e a educação que
queremos não pode limitar-se à sala de aula, mas, ao contrário, deverá ser uma
atividade continua, plena e permanente, para o quê, propomos algumas linhas
básicas de Projetos Especiais que serão operacionalizados e detalhados,
enriquecidos e adaptados oportunamente, a partir dos critérios, dos momentos e
das oportunidades de execução de cada um deles.
Destacamos, dentre outros:
01.
Projeto de Educação
Continuada para os Pais: ciclos de palestras, minicursos, debates, oficinas, workshops, filmes,
espetáculos e eventos gerais para reeducação permanente dos pais, das famílias
e da comunidade, em consonância com as diretrizes gerais do projeto.
02.
Consciência Ecológica e
Meio-Ambiente:
estudo dos problemas sobre o abuso e a degradação da natureza, cultivo de
plantas, viveiros de animais e introdução à ecologia humana. Cultivo de hortas,
jardins e similares. Ênfase no trabalho com as questões da água, do efeito
estufa e dos recursos naturais (renováveis ou não).
03.
Educação pela Arte: educação através de todas
as modalidades e expressões artísticas: visuais, plásticas, cênicas,
literárias, virtuais e outras. Feiras, mostras, teatro, exposições, festivais,
música, poesia e arte popular, música clássica, gospel, sertaneja e repentes.
Educação pelo belo e para o belo, com o desenvolvimento do senso estético e
místico.
04.
EDUCAIDS – Para Viver uma
Sexualidade Saudável: discussão sobre o papel e importância da sexualidade. O sexo como
função política, social e biológica. Educação sexual e métodos contra
conceptivos. Educação sexual propriamente dita. Prevenção de DST/AIDS: medidas,
cuidados e informações, questões da gravidez precoce e da dimensão cidadã do
amor, do sexo e do prazer.
05.
Educação Física e Desportos: exploração educativa da
educação física e das várias modalidades de esportes, com campanhas, torneios,
campeonatos, sempre com discussão, debates e fundamentação teórica sobre seus
pontos positivos e negativos na educação e na sociedade.
06.
Economia Doméstica e
Globalização:
o sentido econômico do capitalismo brasileiro. Cultura econômica: Mercosul,
globalização, FMI, outras medidas alternativas, profissões do futuro.
Computador, informática, internet, comunicações e eletrônica. Economias
alternativas, mercados de trabalho e suas tendências.
07.
Ciclos Permanentes de
Leitura e Debates: banco do livro, biblioteca, estímulo à leitura, debates, resenhas,
criação conjunta e exposição de obras. Realização de tardes e noites de
autógrafos, divulgação da poesia e da literatura.
08.
Qualificação
dos Profissionais da Educação: cursos, oficinas, workshops, seminários e eventos afins
para o desenvolvimento permanente das equipes docentes, técnicas e
administrativas da escola. Realização de programas de leituras, análises e
debates de filmes, documentários, projetos, pesquisas e outros acontecimentos
de interesse educacional e de desenvolvimento didático e pedagógico.
09.
Política e Cidadania no IIIº
Milênio:
novas tendências da realidade política, o papel, a função e o poder da mulher
nas novas dimensões políticas. A relações de poder no trabalho, a economia
informal do futuro. O direito à cidadania e a ação política em todo o mundo e
com ênfase na América Latina.
10.
Liberdade e Alteridade como
Direitos Fundamentais: luta contra todos os preconceitos (negros, gays, idade, religião,
sexo, outros), favorecendo ao direito de ser diferente, de viver plenamente as
múltiplas diversidades com a possibilidade de ser feliz em todas as instâncias:
respeito, ética, consciência e cidadania plena.
11.
Mundo Novo e Novas
Religiosidades: introduzir às questões relativas aos novos paradigmas para a
contemporaneidade visando a melhoria conceitual e prática da qualidade de vida
das pessoas e da sociedade do futuro. Cultivar a estética e a mística como um
novo teor de religiosidade e espiritualidade, sem dogmas, máscaras ou amarras.
Cultivar a visão espiritual, a crença e a fé como fatores de construção da paz
no mundo. A nova concepção agnóstica da espiritualidade.
12.
Eventos Especiais: comemorações, datas, festas
e eventos diversos seguindo aspectos atuais, versáteis, modernos, simples,
sempre buscando enfocar o lúdico, a presença feminina, a objetividade
funcional, o bem-estar e a liberdade dos participantes de modo geral.
13.
Extensão e Pesquisa: implantação e
acompanhamento de programas comunitários e de iniciação à pesquisa, cursos,
palestras, excursões, visitas técnicas, programas comunitários, assistenciais e
sociais. Introdução à pesquisa teórica e de campo dentro das especificidades
trabalhadas e atendendo aos interesses das comunidades escolar e social.
14.
Alimentação e Saúde: acompanhamentos sanitários
através de equipes de profissionais e voluntários. Campanhas, saneamento,
ecologia, palestras, cursos, vivências e eventos afins. Implantação de hortas
escolares, caseiras e comunitárias. Cultivo da culinária alternativa e de
acesso às novas abordagens de tratamento e saúde integral do corpo e da mente.
Trabalho com técnicas nutricionais em suas várias modalidades. Ervas, remédios
caseiros e terapias alternativas.
15.
Dinamização
Cultural: realização de eventos culturais diversos e em todas as
áreas, tais como: semanas culturais, festivais, exposições, filmes, TV, vídeo,
teatro, dança, música e literatura. Descoberta e promoção de valores e talentos
artísticos e culturais da localidade e circunvizinhança, com a realização de
demais programas afins.
Estas são algumas sugestões de
Projeto Especiais, das quais poderá surgir um leque infinito de novas
possibilidades. No final deste documento apresentamos um formulário que deverá
ser preenchido pelos interessados em implementar quaisquer projetos especiais e
encaminhado às instâncias devidas, servindo como esboço inicial e mostrador dos
Projetos Especiais propostos.
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