
CANÔ
Visitei Sua Majestade,
Canô em Santo Amaro e desde então fiquei,
para sempre, purificado.
É impossível ser o mesmo
depois de assistir de perto aquele riso.
De andar pela casa, pelo quintal,
por entre varais cheios de roupas e brisas
fresquinhas, puras, encantadas.
Tocar na sua louça e tomar o suco,
o néctar de maracujá,
que nunca vi igual, feito só para as divindades,
(das quais fui a exceção, felizmente).
A cachorra chamada Bonita.
Nicinha rindo simpática.
Conversa boa e pura olhando fotos
e fazendo comentários entre risadas meigas,
como um coro-riso-de-anjos.
Café e aquele abraço terno como um toque de almas
que se unem e transbordam.
Vestida de branco com flores em alto relevo
que se amontoam sobre os ombros
e descem pelos braços
como se fossem cachoeiras de encantos.
Brancura e o frescor do leite de rosas
já impregnado na pele,
vindo de dentro,
complementando o verbo encantar.
Fazendo parte do espírito, da alma,
que só poderia ser linda, cintilante e perfumada.
Ave Canô!
Uma espécie de Maria,
parideira de flores, estrelas e esperanças.
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Antonio da Costa Neto
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