
Mas de Dilma não tenho medo; tenho pavor. Antes de ser candidata, nunca se viu a ministra dar um só sorriso, em nenhuma circunstância. É que os monstros não sabem sorrir. Só quando se transformam em outros personagens para facilitar o cumprimento de suas metas, de suas estratégias maquiavélicas, como, por exemplo, a de presidir a república brasileira. O que seria o fim do fim.
Depois que começou a correr o Brasil com o presidente, apesar do seu grave problema de saúde, Dilma não para de rir, como se a vida tivesse se tornado um paraíso. Mas essa simpatia tardia não convenceu. Ela é dura mesmo. Não existe em Dilma um só traço de meiguice, doçura, ternura, de feminilidade. A Dilminha não tem jeito. Ela é hororrosa mesmo, na exata expressão da palavra.
Ela tem filhos - coitados - e deve ter gasto todo o seu estoque com eles, e não sobrou nem um pingo para o resto da humanidade. Não estou dizendo que ela seja uma pessoa má, pois não a conheço. Graças a Deus e nem quero. Mas quando ela levanta a sobrancelha, aponta o dedo e fala, com aquela voz de general da ditadura no quartel, é assustador, aterrorizante. E acho muito corajosa a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que enfrentou a ministra afirmando que as duas tiveram o famoso encontro. Uma dizia que sim, a outra, que não. E não poderíamos esperar que os funcionários do Palácio do Planalto medrosos e subservientes contrariassem o que seus superiores ordenassem que eles devem dizer. Acredito mesmo que eles devam viver um clima de pavor e de medo.
Sempre poderá surgir do nada um motorista ou um caseiro, mas não queria estar na pele da suave Lina Vieira. A voz, o olhar e o dedo de Dilma, e a segurança com que ela vocifera suas verdades, são quase tão apavorantes quanto a voz e o olhar de Collor, quando ele é possuído.
Quando se está dizendo a verdade, ministra, não é preciso gritar. Nem gritar nem apontar o dedo para ninguém. Isso só faz quem não está com a razão, é elementar. Lembro de quando Regina Duarte foi para a televisão dizer que tinha medo de Lula, da volta da inflação, etc. Regina foi criticada, sofreu com o PT encarnando em cima dela - e quando o PT resolve encarnar, sai de baixo. Não lembro exatamente de que Regina disse que tinha medo -nem se explicitou-, mas de uma maneira geral era medo de um possível governo Lula. Demorei um pouco para entender o quanto Regina tinha razão. Hoje estamos numa situação pior, e da qual vai ser difícil sair, pois o PT ocupou toda a máquina, como as tropas de um país que invade outro. Com Dilma seria igual ou pior, mas Deus é grande.
Minha única esperança, atualmente, é a entrada de Marina Silva na disputa eleitoral, para bagunçar a candidatura dos petistas. Eles não falaram em 20 anos? Então ainda faltam 13, ninguém merece. Seja bem-vinda, Marina. Tem muito petista arrependido para votar em você e impedir que a mestra que mente descaradamente por aí que é Doutora em um monte de coisas, que, claro, ela nem sabe o que é, Dilma Rousseff, passe para o segundo turno.
Danuza Leão (adaptações e ajustes meus, é claro).
danuza.leao@uol.com.br
2 comentários:
Meu caro, aplaudo o texto, mas prefiro o original, por causa de um pecado: um mestre não deve se equivocar com a palavra "BOÇAIS". Não deixe publicado este comentário, mas consulte o dicionário e corrija o texto. "BOSSAIS" não existe.
Danuza é uma mulher de opiniões polêmicas com as quais nem sempre concordo...mas devo admitir que ando meio sem chão com essa disputa presidencial. Ela tem razão em uma coisa: quem precisa de mais vozes de trovão e dedinhos apontados, de mais 'vamos fazer e acontecer'? Quem pediu a essa Sra. para arvorar-se em salvadora da pátria? Veja lá se sou criança ou alienada para permitir que alguém me diga o que posso ou não fazer? Não. Chega.
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