A UMA CERTA TEREZA...
Ainda me lembro dos olhos que
Tereza inventava
Quando afagava com os dedos
de suas trêmulas mãos
uma rosa.
Ainda me lembro do seu corpinho a valsar
aquele alegre minuete de cor azul.
Que cativa o mais cruel dos adultos.
E hoje escrevo este poema pequeno
Do mesmo tamanho de Tereza
Porque não conheci Tereza grande.
Tereza de espasmos e de agonias
Esta mesma Tereza
que hoje habita o meu viver
Com o pecado imorredouro de haver crescido.
(Fernando Braga)
O MEU SOFRER
Não pude suportar tão fria indiferença
Tua atroz indiferença, que crueldade?
Não vês que poderás causar a descrença
Minha alma lanceada de dor e de saudade
Nada te comove por ventura?
Acaso teu coração é um rochedo?
Não vês que eu sofro, infame criatura?
Se já não és dono deste meu segredo...
Na minha grande dor asserba infinda
Desgraçada de mim que tanto sofro
Desgraçada de mim que te amo ainda.
(Tereza Martins)
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